Buscar

ALEITAMENTO MATERNO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
JOANA KELLY FREITAS 
 
 
 
 
ALEITAMENTO MATERNO NA PREVENÇÃO DA OBESIDADE INFANTIL: 
UMA REVISÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vitória de Santo Antão 
2016 
 
 
JOANA KELLY FREITAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALEITAMENTO MATERNO NA PREVENÇÃO DA OBESIDADE INFANTIL: 
UMA REVISÃO 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Colegiado do Curso de 
Graduação em Nutrição do Centro 
Acadêmico de Vitória da Universidade 
Federal de Pernambuco em 
cumprimento a requisito parcial para 
obtenção do grau de Bacharel em 
Nutrição, sob orientação da Professora 
Dra. Érika Michelle Correia de 
Macedo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vitória de Santo Antão 
2016 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Catalogação na Fonte 
Sistema de Bibliotecas da UFPE. Biblioteca Setorial do CAV. 
Bibliotecária Giane da Paz Ferreira Silva, CRB4: 2018 
 
 
 
 
 
F866a Freitas, Joana Kelly. 
 Aleitamento materno na prevenção da obesidade infantil / Joana Kelly Freitas 
. - 2016. 
 39 folhas: il., tab. 
 
 Orientadora: Érika Michelle Correia de Macêdo. 
 
 TCC (Nutrição) – Universidade Federal de Pernambuco, CAV, Bacharelado 
em Nutrição, 2016. 
 Inclui bibliografia. 
 
 1. Leite humano. 2. Alterações de peso corporal. 3. Obesidade pediátrica. I. 
Macêdo, Érika Michelle Correia de (Orientadora). II. Título. 
 
 
 
 
 649.3 CDD (23.ed.) BIBCAV/UFPE- 63/2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho especialmente a 
Deus, que sem ele nada seria possível e a 
minha amiga Késia Vastí, que esteve 
desde o começo ao meu lado em todos 
os momentos, sempre me apoiando e me 
incentivando. E a todos os professores 
que ajudaram na minha formação 
profissional. 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
A Deus, por sempre estar ao meu lado me dando forças e me fazendo seguir em frente. 
 
A minha família pelo apoio dado. 
 
A minha orientadora por todo suporte, ajuda e pelas suas correções. 
 
As minhas amigas que sempre me deram força e acreditaram em mim. 
 
E a todos que de alguma forma me ajudaram a concluir meu TCC me dando ajuda de 
diversas formas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Aleitamento Materno: Presente 
saudável, futuro sustentável." 
(Lucelia Fernandes) 
 
 
 
RESUMO 
 
A Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde recomendam aleitamento 
materno exclusivo por seis meses e complementado até os dois anos ou mais. Os 
benefícios da ingestão do leite materno (LM) também podem ser observados em longo 
prazo, dentre os quais se investiga atualmente a sua influência na redução de riscos de 
doenças crônicas, como obesidade, dislipidemias, diabetes e hipertensão arterial. A 
pesquisa teve como objetivos verificar a partir da literatura científica pesquisada 
possíveis correlações entre o aleitamento materno e a diminuição da obesidade infantil 
em crianças amamentadas até os 6 meses de idade. A metodologia utilizada foi uma 
revisão Bibliográfica, nas bases de dados: Scientific Eletronic Library Online 
(SCIELO), Literatura Latino Americana em Ciência da Saúde (LILACS) e Portal de 
Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). 
Foram incluídos os artigos que abordaram questões relevantes para o trabalho 
relacionados aos seguintes descritores: Aleitamento Materno, Obesidade infantil. No 
período de 2004 a 2016. Os resultados obtidos foram a seleção de 11 artigos no período 
de 2004 a 2015, os quais relacionavam o AM na prevenção da obesidade infantil. 
Destes, 10 confirmam o efeito protetor do AM contra a obesidade infantil, entretanto 
apenas um afirma que mais estudos são necessários para que se possa explicar como 
ocorre essa relação e ainda ressalta que se o estudo tivesse um tempo maior essa relação 
poderia ser comprovada. A partir do estudo concluiu-se que o LM traz benefícios tanto 
a curto, quanto à longo prazo, e com certeza é um fator protetor para obesidade infantil 
e diversas outras doenças. Contudo, mais estudos são necessários para esclarecer de 
fato quais são os mecanismos que levam o LM a proteger as crianças contra a 
obesidade. 
Palavras-chave: Leite humano. Alterações do peso corporal. Obesidade pediátrica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 The World Health Organization and the Ministry of health recommend exclusive 
breastfeeding for six months and supplemented up to two years or more. The benefits of 
breast milk intake (LM) can also be observed in the long term, investigates its influence 
on currently reduced risk of chronic diseases, as obesity, dyslipidemias, diabetes and 
hypertension. Check from the scientific literature researched possible correlations 
between breastfeeding and reduction of childhood obesity in children breastfed until the 
6 months old. a literature review was conducted on the basis of Scientific data 
Electronic Library Online (SCIELO), Latin American Literature in Health Sciences 
(LILACS) and periodicals of the Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível 
Superior (CAPES). We have included articles that addressed issues relevant to the work 
related to the following keywords: breastfeeding, childhood obesity. In the period of 
2004 to 2016. 11 articles were selected for the period 2004 to 2015, which linked the 
AM in preventing childhood obesity. Of these, 10 confirm the protective effect of AM 
against obesity for children, however the other asserts that more studies are needed to 
explain how this occurs and yet, points out that if the study had more time this 
relationship couldv be proven. the LM brings benefits both the short and long term, and 
it's definitely a factor to childhood obesity and several other diseases. However, further 
studies are needed to clarify indeed what are the mechanisms that drive the LM to 
protect children against obesity. 
Keywords: Human milk. Changes of body weight. Pediatric obesity. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
 
 
ABESO - Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica 
AM – Aleitamento materno 
AME - Aleitamento materno exclusivo 
CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior 
ECHO- Comissão para Erradicar a Obesidade Infantil 
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
Ig – Imunoglobulinas 
IMC – Índice de massa corpórea 
Kg - quilograma 
LILACS - Literatura Latino Americana em Ciência da Saúde 
LM - Leite materno 
MS - Ministério da Saúde 
OMS - Organização Mundial de Saúde 
SBP - Sociedade Brasileira de Pediatria 
SCIELO - Scientific Eletronic Library Online 
SISVAN - Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional 
SUS - Sistema Único de Saúde 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 9 
2 OBJETIVOS.......................................................................................................... 11 
2.1 Objetivo Geral............................................................................................... 11 
2.1 Objetivos Específicos.................................................................................... 11 
3 JUSTIFICATIVA..................................................................................................12 
4 MATERIAL E MÉTODOS.................................................................................. 13 
5 REVISÃO DA LITERATURA............................................................................. 14 
 5.1Aleitamento materno..................................................................................... 14 
5.2 Tipos de aleitamento.................................................................................... 14 
5.3 Composição do leite materno....................................................................... 15 
5.4 Benefícios do Leite Materno......................................................................... 17 
5.5 Obesidade infantil.......................................................................................... 18 
5.6 Aleitamento materno e Obesidade infantil.................................................... 21 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................... 29 
REFERÊNCIAS........................................................................................................ 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O leite materno (LM) contém todos os nutrientes essenciais para o crescimento e o 
desenvolvimento ótimos do lactente, além de apresentar melhor digestão, quando comparado 
com leites de outras espécies. É capaz de suprir as necessidades nutricionais da criança nos 
primeiros seis meses e continua sendo uma importante fonte de nutrientes no segundo ano de 
vida, especialmente de proteínas, gorduras e vitaminas. Por isso, a Organização Mundial da 
Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS) recomendam aleitamento materno exclusivo 
(AME) por seis meses e complementado até os dois anos ou mais (BRASIL, 2009). 
Água, chás e principalmente outros leites não devem ser oferecidos nos seis primeiros 
meses, pois há evidências de que o seu uso está associado com desmame precoce e aumento 
da morbimortalidade infantil. A mamadeira, além de ser uma importante fonte de 
contaminação, pode influenciar negativamente a amamentação podendo prejudicar as funções 
de mastigação, deglutição, respiração e articulação dos sons da fala, ocasionar má-oclusão 
dentária, respiração bucal e alteração motora-oral. 
 Atualmente, a chupeta tem sido desaconselhada pela possibilidade de interferir na 
redução da duração do aleitamento materno (AM). (BRASIL, 2009). 
Um levantamento do MS realizado em todas as capitais e Distrito Federal mostra que 
o tempo médio de AM aumentou, passou de 296 dias, em 1999, para 342 dias, em 2008. E a 
duração do AME, passou de 24 dias em 1999, para 54 dias em 2008. (BRASIL, 2009). 
Segundo um estudo da Universidade de Pelotas, foi relatado que quanto mais 
duradouro o período de amamentação na infância, maiores os níveis de inteligência e renda 
média de vida adulta até os 30 anos (VICTORA et al., 2015). 
Os benefícios da ingestão de LM também podem ser observados em longo prazo, 
dentre os quais se investiga atualmente a sua influência na redução de riscos de doenças 
crônicas, como obesidade, dislipidemias, diabetes e hipertensão arterial (MASQUIO; 
GANEN; DÂMASO, 2014). Mas, nos últimos anos começou a ser estudada a relação de AM 
e obesidade. A obesidade é considerada uma doença crônico-degenerativa, multifatorial, 
caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo, apresenta prevalência crescente nas 
diversas faixas etárias, sendo considerada como um dos maiores problemas de saúde pública. 
(MASQUIO; GANEN; DÂMASO, 2014). 
O aumento na prevalência da obesidade é preocupante, uma vez que se associa a 
maiores riscos para desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes, dislipidemias, 
10 
 
hipertensão arterial e doenças cardiovasculares, sendo esta última considerada a maior causa 
de mortalidade mundial. Estatísticas Mundiais da OMS de 2012, afirma que a obesidade é 
responsável por 2,8 milhões mortes por ano (OMS, 2012). 
Estima-se que aproximadamente 13.669 casos de obesidade seriam evitados 
aumentando-se a prevalência de AM para 100% aos 3 meses de idade, e verificaram que o 
AME por mais de 4 meses se associou com menor ganho de peso durante o segundo semestre 
de vida, o que pode ser associado a prevenção da obesidade e excesso de peso em longo 
prazo.( MASQUIO; GANEN; DÂMASO, 2014). 
 Muitas hipóteses vêm sendo levantadas para explicar o motivo pelo qual o AM protege a 
criança contra a obesidade, algumas se referem que o efeito protetor estaria envolvido na 
composição especifica e única do leite humano e também a fatores ambientais e 
comportamentais (PAULI, 2013). Assim, esta revisão se propõe a investigar a relação entre a 
amamentação e prevalência de obesidade infantil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
2 OBJETIVOS 
 
2.1 Objetivo Geral 
Verificar a partir da literatura científica pesquisada possíveis correlações entre o AM e 
a diminuição da obesidade infantil em crianças amamentadas até os 6 meses de idade. 
 
2.2 Objetivos Específicos 
 Descrever a composição do LM; 
 Classificar os tipos de aleitamento; 
 Relatar os benefícios do AM a curto e em longo prazo; 
 Descrever a epidemiologia e a fisiopatologia da obesidade infantil; 
 Relacionar o efeito protetor do AM contra a obesidade infantil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
3 JUSTIFICATIVA 
O AME é essencial para o bom desenvolvimento do bebê, pois irá repercutir no estado 
nutricional da criança, como também poderá influenciar nos seus hábitos alimentares futuros, 
atuando também na prevenção de diversas doenças crônicas não transmissíveis, entre elas, a 
obesidade. 
A obesidade infantil está em crescente aumento nos países em desenvolvimento e 
tornou-se uma epidemia mundial considerada como um problema de saúde pública. 
Atualmente o Brasil já encontra-se mais de 40 milhões de crianças obesas. É importante 
lembrar que crianças que são obesas tem uma maior probabilidade de se tornarem adultos 
obesos e a obesidade é um fator desencadeante para diversas outras doenças, como 
hipertensão, diabetes, dislipidemias. Então, uma das estratégias para prevenção dessa 
epidemia, seria a prática do AME até os 6 meses de idade. Portanto, justifica-se a importância 
do presente trabalho em demonstrar a possível relação do AM e a prevenção da obesidade 
infantil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
4 MATERIAL E MÉTODOS 
Trata-se de uma revisão Bibliográfica, que foi realizada na base de dados Scientific 
Eletronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino Americana em Ciência da Saúde 
(LILACS) e Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior 
(CAPES). 
Foram realizadas buscas de publicações nas línguas, portuguesa, espanhola e inglesa. 
A seleção dos artigos foi feita após a leitura do título e resumo. Foram incluídos aqueles que 
abordaram questões relevantes para o trabalho relacionados aos seguintes descritores: AM, 
Obesidade infantil. Os artigos selecionados foram entre o período de 2004 a 2016 e excluídos 
os que na leitura do resumo não apresentassem interesse em relação com o tema em questão. 
Para discussão dos resultados, foram selecionas 15 artigos no período de 2004 a 2015, os 
quais relacionavam o AM na prevenção da obesidade infantil, destes 4 foram excluídos por se 
tratarem de revisão da literatura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
5 REVISÃO DA LITERATURA 
5.1 Aleitamento Materno (AM) 
O AM fortalece a imunidade, mantém o crescimento e desenvolvimento normais, 
melhora o processo digestivo, favorece o vínculo mãe-filho e facilita o desenvolvimento 
emocional, cognitivo e do sistema nervoso. (SILVA; ESCOBEDO; GIOIELLI, 2007). 
A promoção do AM é considerada uma das ações básicas para a promoção do pleno 
crescimento e desenvolvimento, redução da mortalidade infantil e prevenção de doenças na 
infância e na fase adulta. No entanto, para a promoçãodesta prática, devem ser garantidas as 
condições necessárias à sua realização, desde o acesso ao pré-natal, alojamento conjunto, o 
efetivo direito à licença-maternidade, direito à informação, apoio das instituições, 
profissionais de Saúde, da família e a sociedade.A ausência desses fatores é responsável pelas 
dificuldades enfrentadas pelas mulheres para o início e a manutenção do AM.(BRASIL, 
2014). 
A alimentação saudável desde o início da vida fetal e ao longo da primeira infância 
tem impactos positivos, afetando não somente o crescimento e o desenvolvimento da criança, 
mas também as demais fases do curso da vida. O inverso também ocorre, a alimentação 
inadequada pode levar ao risco nutricional, propiciando desnutrição ou excesso de peso, 
gerando um aumento da suscetibilidade para doenças crônicas não transmissíveis na vida 
adulta, como diabetes, obesidade, doenças do coração e hipertensão.(BRASIL, 2014). 
 
5.2 TIPOS DE ALEITAMENTO 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2009), o AM é classificado em: 
AME, quando a criança recebe somente LM, direto da mama ou ordenhado, ou leite 
humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes 
contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos. 
AM predominante, quando a criança recebe, além do LM, água ou bebidas à base de 
água (água adocicada, chás, infusões), sucos de frutas e fluidos rituais. 
AM, quando a criança recebe LM (direto da mama ou ordenhado), independentemente 
de receber ou não outros alimentos. 
AM complementado, quando a criança recebe, além do LM, qualquer alimento sólido 
ou semi-sólido com a finalidade de complementá-lo, e não de substituí-lo. Nessa categoria a 
criança pode receber, além do LM, outro tipo de leite, mas este não é considerado alimento 
complementar. 
15 
 
AM misto ou parcial, quando a criança recebe LM e outros tipos de leite. 
 
5.3 Composição do LM 
Nos primeiros dias, o LM é chamado colostro, que é de grande importância para 
proteger imunologicamente o recém-nascido, e é considerado como a primeira vacina do 
bebê, pelo seu alto teor de imunoglobulinas (Ig). Também atua no estabelecimento da flora 
intestinal e com isso protege o lactente contra infecções. O colostro modifica-se para o leite 
de transição(8° ao 14° dia), e leite maduro após 15° dia.(BRASIL, 2015). 
A composição do leite humano é muito variada e pode ser influenciada por diversos 
fatores como a individualidade genética, a nutrição materna e o período de lactação. 
(MORGANO et al., 2005). Sua composição muda durante a mamada. No começo (leite 
anterior), é mais rico em proteína, vitaminas, minerais e água. A concentração de gordura no 
leite aumenta no decorrer de uma mamada. Assim, o leite do final da mamada (chamado leite 
posterior) é mais rico em energia (calorias) e proporciona maior saciedade, por isso a mama 
deve ser esvaziada completamente. (BRASIL, 2015). 
A composição nutricional do leite materno difere do leite de vaca. Na tabela 1 estão 
descritas as diferenças na composição dos leites humano e bovino. 
Tabela 1 - Composição nutricional dos leites humano e bovino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Adaptada de Silva e Gioielli, 2009. 
 
A fração lipídica do LM é a principal fonte de energia para o neonato, cerca de 50% 
do valor calórico total do leite humano é proveniente da gordura. O leite humano contém de 3 
a 5% de lipídios, dentre os quais 98% são de triacilgliceróis, 1% de fosfolipídios e 0,5% de 
esteróis, e ainda é fonte de colesterol, vitaminas lipossolúveis e ácidos graxos essenciais, 
como o ácido araquidônico e o ácido docosa-hexaenoico, os quais são indispensáveis ao 
COMPOSIÇÃO LEITE HUMANO LEITE BOVINO 
Gorduras Totais (g/100 mL) 4,2 3,8 
Ácidos graxos poliinsaturados (%) 14 3 
Proteínas (g/100 mL) 1,1 3,3 
Caseína 0,3 2,5 
α-lactoalbumina 0,3 0,1 
Lactoferrina 0,2 - 
ß-lactoglobulina - 0,3 
Carboidratos (g/100 mL) 7,5 4,805 
Lactose 7,0 4,8 
Oligossacarídeos 0,5 0,005 
Minerais (g/100 mL) 
Cálcio 0,030 0,125 
Fósforo 0,014 0,093 
Sódio 0,015 0,047 
Potássio 0,055 0,155 
16 
 
crescimento.Porém, essa composição é dependente da alimentação materna. (COSTA; 
SABARENSE, 2010; SILVA; ESCOBEDO; GIOIELLI, 2007). 
As proteínas do leite humano são qualitativamente diferentes das do leite de vaca. Do 
conteúdo protéico no leite humano, 80% é composta por lactoalbumina, enquanto que no leite 
de vaca essa proporção é de caseína. A relação proteínas do soro/caseína no leite humano é 
aproximadamente 80/20, enquanto a no leite bovino é 20/80. A baixa concentração de caseína 
no leite humano resulta na formação de coalho gástrico mais leve, com flóculos de mais fácil 
digestão e com reduzido tempo de esvaziamento gástrico. (SILVA; ESCOBEDO; GIOIELLI, 
2007). 
O leite humano contém também, diferentemente do leite de vaca, maiores 
concentrações de aminoácidos essenciais de alto valor biológico (cistina e taurina) que são 
fundamentais ao desenvolvimento do sistema nervoso central. Isso é particularmente 
importante para o prematuro, que não consegue sintetizá-los a partir de outros aminoácidos 
por deficiência enzimática. (SILVA; ESCOBEDO; GIOIELLI, 2007). 
Os carboidratos presentes no leite humano são os oligossacarídeos e a lactose. Os 
oligossacarídeos, na presença de peptídeos, formam um fator bífido (carboidrato com 
nitrogênio dialisável), no meio rico em lactose, produzirá ácido láctico e succínico, o que 
diminui o pH intestinal, tornando o local desfavorável ao crescimento de bactérias 
patogênicas, fungos e parasitas. Sendo assim, a lactose também exerce fator protetor ao 
desenvolvimento de afecções gastrintestinais, promovendo essa colonização benéfica. 
(PASSANHA; CERVATO-MANCUSO; SILVA, 2010). 
A necessidade de micronutrientes para o recém-nascido é maior do que em crianças e 
adultos devido ao rápido crescimento corporal e também ao alto metabolismo envolvido no 
crescimento, atividade física e combate a infecções, dentre outros. São diversos os minerais 
encontrados no leite humano, entre eles, Cálcio, Fósforo, Sódio, Potássio, Manganês, Zinco, 
Ferro e Magnésio. (MORGANO et al., 2005). 
O ferro do leite humano é altamente biodisponível, uma vez que aproximadamente 
50%é absorvido, enquanto que o leite de vaca não fortificado ou fórmula à base de leite de 
vaca têm apenas de 10 a 20% de absorção. O leite de vaca também apresenta baixo conteúdo 
de vitamina C, considerado um fator estimulador da absorção de ferro, e alto teor de cálcio e 
fósforo, fatores inibidores da absorção de ferro. Além de ser pobre em ácido linoléico e 
vitamina E, e conter quantidades excessivas de sódio e potássio.(OLIVEIRA; OSÓRIO, 
2005). 
17 
 
O leite humano possui numerosos fatores imunológicos que protegem a criança contra 
infecções. A IgA secretória é o principal anticorpo, atuando contra microrganismos presentes 
nas superfícies mucosas. Os anticorpos IgA no leite humano são um reflexo dos antígenos 
entéricos e respiratórios da mãe, ou seja, ela produz anticorpos contra agentes infecciosos com 
os quais já teve contato, proporcionando, dessa maneira, proteção à criança contra os germes 
prevalentes no meio em que a mãe vive. A concentração de IgA no LM diminui ao longo do 
primeiro mês, permanecendo relativamente constante a partir de então. (BRASIL, 2015). 
Além da IgA, o LM contém outros fatores de proteção, tais como anticorpos IgM e 
IgG, macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T, lactoferrina,lisosima e fator bífido. Esse 
favorece o crescimento do Lactobacilusbífidus, uma bactéria não patogênica que acidifica as 
fezes, dificultando a instalação de bactérias que causam diarreia, tais como Shigella, 
Salmonella e Escherichia coli.(BRASIL, 2015). 
Alguns dos fatores de proteção do LM são total ou parcialmente destruídos pelo calor, 
razão pela qual o leite humano pasteurizado (submetido a uma temperaturade 62,5o C por 30 
minutos) não tem o mesmo valor biológico que o leite cru.(BRASIL, 2015). 
 
5.4 BENEFÍCIOS DO LEITE MATERNO 
 O LM oferece benefícios para o bebê, para a mãe, família e sociedade. Para o bebê, 
previne alergias, infecções respiratórias, diarreia, melhora o desenvolvimento da face e a 
inteligência. 
Quanto à prevenção de alergias, estudos mostram que a amamentação exclusiva nos 
primeiros meses de vida diminui o risco de alergia à proteína do leite de vaca, de dermatite 
atópica e de outros tipos de alergias, incluindo asma e sibilos recorrentes. A exposição a 
pequenas doses de leite de vaca nos primeiros dias de vida parece aumentar o risco de alergia 
ao leite de vaca. Por isso é importante evitar o uso desnecessário de fórmulas lácteas. 
(BRASIL, 2015; PASSANHA; CERVATO-MANCUSO; SILVA, 2010). 
A proteção do LM contra infecções respiratórias foi demonstrada em vários estudos 
realizados em diferentes partes do mundo, inclusive no Brasil. A proteção é maior quando a 
amamentação é exclusiva nos primeiros seis meses. Além disso, a amamentação diminui a 
gravidade dos episódios de infecção respiratória. (BRASIL, 2015). O LM diminui, ainda, a 
frequência de episódios de diarreia na vida da criança e também está associado com doença de 
evolução menos grave e com menor necessidade de hospitalização.(Sociedade Brasileira de 
Pediatria, 2016). 
18 
 
O exercício que a criança faz para retirar o leite da mama é muito importante para o 
desenvolvimento adequado de sua cavidade oral, propiciando melhor conformação do palato 
duro, o que é fundamental para o alinhamento correto dos dentes e boa oclusão dentária. 
(BRASIL, 2015). O AM também contribui para o desenvolvimento cognitivo, quanto mais 
duradouro o período de amamentação na infância, maiores os níveis de inteligência e renda 
média na vida adulta até os 30 anos. (VICTORA et al., 2015). 
Para a mãe, o LM permite o retorno mais rápido ao peso pré-gestacional, previne 
contra o câncer de mama e para a família e sociedade diminui os custos financeiros e 
proporciona indivíduos mais saudáveis. (BRASIL, 2009). 
Em relação ao retorno mais rápido ao peso pré-gestacional, o organismo da mulher 
gasta muita energia para produzir o leite humano, e é isto que faz com que ela perca peso 
durante o período da amamentação. A mulher que amamenta seu bebê exclusivamente no 
peito pode perder até 500 gramas por mês, voltando rapidamente ao corpo que tinha antes de 
engravidar. (KALLIL, 2010). E estima-se que o risco de contrair câncer de mama diminua 
4,3% a cada 12 meses de amamentação. Essa proteção independe de idade, etnia, paridade e 
presença ou não de menopausa. (PLAZA, 2012). 
O custo com fórmulas infantis pode ser um gasto que comprometa uma boa parte da 
renda da família, a esse gasto devem-se acrescentar custos com mamadeiras, bicos e gás de 
cozinha, além de eventuais gastos decorrentes de doenças, que são mais comuns em crianças 
não amamentadas, uma vez que as crianças amamentadas adoecem menos, necessitam de 
menos atendimento médico, hospitalizações e medicamentos. Estima-se que o gasto médio 
mensal com a compra de leite e fórmulas para alimentar um bebê nos primeiros seis meses de 
vida no Brasil, seja entre 38% a 133% do salário-mínimo, dependendo da marca da fórmula 
infantil. (BRASIL, 2009). 
 
5.5 OBESIDADE INFANTIL 
Trata-se de uma doença crônica, complexa, caracterizada pelo aumento do peso 
corporal e acúmulo de tecido gorduroso localizado ou generalizado, provocado por 
desequilíbrio nutricional, associado ou não a distúrbios genéticos ou endócrino-metabólicos 
(SOUSA, 2008; PROJETO DIRETRIZES, 2005). 
A prevalência de sobrepeso entre menores de 5 anos aumentou de 4,8% para 6,1% 
entre 1990 e 2014 no país, passando de 31 milhões para 41 milhões de crianças afetadas 
durante esse período. (ECHO, 2016). Segundo dados divulgados em março pela Secretaria de 
Direitos Humanos da Presidência da República, o percentual de crianças entre 5 e 9 anos de 
19 
 
idade com excesso de peso chega a 33,5%. Já na adolescência, o quantitativo é de 20,5%. 
(BRASIL, 2015). 
Atualmente existe uma sobrecarga do Sistema Único de Saúde (SUS) para o 
tratamento das doenças crônicas não transmissíveis. Segundo a OMS, a hipertensão arterial e 
a obesidade correspondem aos dois principais fatores de risco responsáveis pela maioria das 
mortes e doenças no mundo. (COUTINHO; GENTIL; TORAL, 2008) 
No desenvolvimento da criança, há situações que são frequentemente associadas à 
obesidade, que são consideradas fatores de risco, tais como: obesidade dos pais,sedentarismo, 
peso ao nascer, AM e fatores relacionados ao crescimento. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE 
ENDOCRINOLOGIA E METABOLISMO, 2005). 
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o Brasil encontra-se em um 
momento de transição nutricional, causada pela má alimentação, onde os casos de desnutrição 
infantil estão reduzindo e aumentando a prevalência do excesso de peso e obesidade infantil. 
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2012). 
Esta tendência se revela, dentre outras coisas, em função do consumo de produtos com 
alto teor de açúcar e gordura que começa muito cedo no Brasil. A Pesquisa Nacional de Saúde 
revela que 60,8% das crianças com menos de dois anos de idade comem biscoitos, bolachas e 
bolos e que 32,3% tomam refrigerantes ou suco artificial. (BRASIL, 2015). 
Quanto ao diagnóstico da obesidade, em crianças e adolescentes a classificação de 
sobrepeso e obesidade a partir do índice de massa corpórea (IMC) é mais arbitrária, não se 
correlacionando com morbidade e mortalidade, da forma em que se define obesidade em 
adultos, porém, está significantemente associado à adiposidade. Devido à variação da 
corpulência durante o crescimento, a interpretação difere de acordo com sexo e faixa etária. 
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLISMO, 2005). 
O referencial para classificar o estado nutricional de crianças menores de 5 anos são as 
curvas de crescimento infantil propostas pela OMS em 2006 (OMS, 2006), e para as crianças 
de 5 a 10 anos incompletos a referência da OMS lançada em 2007 (OMS, 2007). O índice 
antropométrico mais recomendado pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional 
(SISVAN) para avaliação do excesso de peso é o IMC-para-idade. Isso porque a associação 
para determinar o risco à saúde é mais sensível quando avaliada a relação entre o peso e o 
quadrado da medida de altura (IMC) do que coma medida isolada da altura (Peso para 
estatura). Acima do percentil 97 (Escore-z +2), a criança apresenta obesidade. (BRASIL, 
2014). 
20 
 
As recomendações atuais para o manejo clínico do excesso de peso em crianças e 
adolescentes baseiam-se no controle de ganho ponderal e das comorbidades eventualmente 
encontradas. Deve-se instituir o cuidado assim que fizer o diagnóstico de obesidade. O 
tratamento convencional fundamenta-se na redução da ingestão calórica, aumento do gasto 
energético, modificação comportamental e envolvimento familiar no processo de mudança. O 
tratamento se dá em longo prazo e sugerem-se visitas frequentes. (ABESO, 2009). 
O tratamento dietético deve focar-se na adequação da ingestão calórica e no 
suprimento das necessidades nutricionais para a idade. A proporção calórica dos 
macronutrientes deve seguir a recomendação das diretrizes nacionais e internacionais de 
alimentação saudável. Do total de calorias da dieta, 15% devem provir de proteínas, 50% a 
55% dos carboidratos e 30% das gorduras.É evidente que o incremento do gasto energético com 
diminuição de hábitos sedentários e aumento de exercícios físicos é determinante para perda de 
peso. É consenso que a prescrição deve ser adequada ao sexo e à idade. A mudança 
comportamental é citada na maioria dos programas de perda de peso para crianças e 
adolescentes.(SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLISMO, 
2005). 
Quanto às consequências,a maior complicação da obesidade infantil é o fato de cerca 
de 60% das crianças obesas se tornarem adultos obesos, com menor qualidade de vida e maior 
risco para doenças coronarianas ( RODRIGUES et al., 2015). 
De acordo com a (OMS, 2011), a obesidade na infância é um dos maiores desafios da 
saúde pública no século XXI. 
Segundo o relatório da Comissão pelo fim da Obesidade Infantil (ECHO), muitas 
crianças estão crescendo hoje em ambientes que incentivam o ganho de peso e obesidade. 
Impulsionada pela globalização e urbanização, a exposição a ambientes insalubres está 
aumentando em países de alta, média e baixa renda e em todos os grupos socioeconômicos. A 
comercialização de alimentos pouco saudáveis e bebidas não alcoólicas foi identificada como 
um fator importante para o aumento do número de crianças com sobrepeso e obesidade, 
particularmente no mundo em desenvolvimento. 
Prevenir a obesidade na infância é a maneira mais segura de controlar essa doença 
crônica grave, que pode se iniciar já na vida intra-uterina. A importância de prevenir a 
obesidade na infância decorre de sua associação com doenças crônicas não transmissíveis no 
adulto, que podem se instalar desde a infância. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE 
PEDIATRIA, 2008). 
21 
 
O seu desenvolvimento ocorre, na grande maioria dos casos, pela associação de fatores 
genéticos, ambientais e comportamentais. A herança genética na determinação da obesidade 
parece ser de natureza poligênica, ou seja, as características fenotípicas do indivíduo obeso 
são resultantes da interação de vários genes. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 
2012). 
Considerando o aumento da obesidade infantil, o primeiro passo para reduzir esta 
epidemia deveria centrar-se em estratégias de prevenção (MELLO; LUFT; MEYER, 2004). O 
cuidado à saúde infantil consiste em um conjunto de ações realizadas em diferentes espaços 
institucionais nos quais a criança está inserida: família, creche, escola, rede de Saúde, 
instituições religiosas, comunidade. Esse conjunto de ações e a oferta de ambientes 
sociocultural e afetivo adequados contribuem para o alcance do potencial genético e o bem-
estar físico e emocional, necessários para a formação de uma geração saudável, produtiva e 
feliz. (BRASIL, 2014). 
Diversas medidas estão sendo adotadas para o controle dessa epidemia que é a 
obesidade infantil, entre elas campanhas de incentivo ao AM como, Estratégia Amamenta e 
Alimenta Brasil, os 10 passos para alimentação saudável para crianças menores de 2 anos, 
Programa Saúde na Escola e o guia alimentar para crianças menores de 2 anos. (REIS; 
VASCONCELOS; BARROS, 2011). 
 
5.6 ALEITAMENTO MATERNO E OBESIDADE INFANTIL 
 
Nos estudos, o índice de sobrepeso e obesidade de crianças que nunca foram 
amamentadas variou de 12,7% a 25,6%. (FERREIRA et al. 2010; FERRARIA; 
RODRIGUES; MACEDO, 2013). Segundo, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e 
Metabolismo (2005), a probabilidade de que uma criança obesa permaneça obesa na idade 
adulta varia de 20%a 50%, antes da puberdade e 50% a 70%, após a puberdade. 
Siqueira e Monteiro (2007) verificaram em seu estudo, que a obesidade infantil é um 
preditivo para obesidade na vida adulta, visto que a maioria das crianças que vieram a 
desenvolver a obesidade foram aquelas que nunca receberam o LM.Uma das hipóteses seria 
que crianças que não receberam o LM recebe um aporte calórico e proteico maior nos 
primeiros meses de vida e com isso, um ganho de peso superior, o que poderia vir a 
desenvolver a obesidade. Outra hipótese seria que, o contato com os alimentos durante os 
primeiros anos de vida pode vir a ser determinante no perfil nutricional do indivíduo no 
decorrer da vida, acarretando ou não uma tendência à obesidade (VASQUES et al., 2009). 
22 
 
 
 
 
 
23 
 
Quadro 1–Artigos encontrados na revisão da literatura sobre a relação do AM e prevenção da obesidade. 
Autor/ Ano Títulos Objetivos Resultados Conclusões 
Pudla, et al. 
(2015) 
Efeito do AM sobre 
a obesidade em 
escolares: 
Influência da 
escolaridade da 
mãe. 
 
Avaliar a 
associação entre a 
duração do AM e a 
obesidade em 
escolares de 
Florianópolis (SC), 
Assim como o 
papel de possíveis 
modificadores de 
efeito. 
O AM não esteve associado à obesidade, mesmo 
nas análises ajustadas. As análises estratificadas 
por escolaridade materna mostraram que, nas 
crianças de 7‐10 anos e filhos de mulheres com 
até o8 anos de estudo, a obesidade foi menor nos 
que receberam AM por qualquer período > 
um mês, em especial entre aqueles que 
receberam AM por um a cinco meses. Nos filhos 
de mulheres com maior escolaridade (>8 anos), a 
chance de obesidade foi 44% menor nos que 
haviam recebido LM por >12 meses. 
O AM por períodos maiores do que um 
mês em filhos de mulheres com baixa 
escolaridade protege contra a obesidade, 
mas quando a escolaridade materna é 
maior, períodos de AM menores de 12 
meses aumentam as chances de 
obesidade. 
Masquio, 
Ganen e 
Damaso (2014) 
Influência do AM 
na obesidade e 
fatores de risco 
cardiovascular 
Apresentar uma 
revisão da literatura 
sobre a relação 
entre AM, 
obesidade e fatores 
de risco 
cardiovascular. 
 
As evidencias apontam a influência do AM sobre 
a redução de prevalência da obesidade, 
resistência insulínica, concentração de colesterol 
e pressão arterial em crianças amamentadas, os 
quais podem repercutir na vida adulta. 
 
 
O AM promove benefícios a curto e 
longo prazo em crianças que são 
amamentadas no início da vida. O 
estímulo ao AM deve ser considerado 
como uma estratégia para atenuar os 
riscos de doenças ainda no início da 
vida, bem como em doenças crônicas 
em longo prazo. 
24 
 
Autor/ Ano Títulos Objetivos Resultados Conclusões 
Ferraria, 
Rodrigues e 
Macedo 
(2013) 
Aleitamento 
materno e excesso 
de peso em crianças 
na idade escolar 
Avaliar a 
associação entre a 
duração do 
aleitamento 
materno e o risco 
de sobrepeso e 
obesidade em 
crianças de idade 
escolar. 
A prevalência de sobrepeso e obesidade foi 
23,2%. Entre as 125 crianças, 28,8% foram 
amamentadas durante pelo menos seis meses e 
25,6% nunca foram amamentadas.Verificou- se 
um claro efeito dose-resposta entre a duração do 
aleitamento materno e o risco de sobrepeso e 
obesidade. 
Neste estudo, maior duração do 
aleitamento materno associou-se à 
diminuição do risco de sobrepeso e 
obesidade em idade escolar. Estes 
resultados realçam a importância do 
aleitamento materno no risco de 
obesidade infantil. 
Ferreira et al. 
(2010) 
AM por trinta ou 
mais dias é fator de 
proteção contra 
sobrepeso em pré-
escolares da região 
semiárida de 
Alagoas. 
Investigar os 
efeitos do AM 
sobre a ocorrência 
de desvios 
antropométricos em 
pré-escolares da 
região semiárida de 
Alagoas e os 
possíveis fatores 
associados. 
Na análise bivariada, a prevalência de sobrepeso 
foi maior entre crianças que não mamaram 
(12,7% vs 6%; IC95% = 1 a 5,5). O sobrepeso 
associou-se à não amamentação, tabagismo 
materno durante a gestação e peso ao nascer≥ 4 
kg. 
 
O AM por um período mínimo de 30 
dias exerce um efeito protetor contra o 
sobrepeso em crianças de um a cinco 
anos da região semiárida de Alagoas. 
 
25 
 
Autor/ Ano Títulos Objetivos Resultados Conclusões 
Amaral e Basso 
(2009) 
Aleitamento 
materno e estado 
nutricional infantil 
Foi relacionar o 
tempo de 
aleitamento 
materno com o 
estado nutricional 
infantil. 
Foram estudadas 77 crianças entre dois e seis 
anos de idade de uma escola do município de 
Santa Maria, RS. Do total da amostra, 75 (99%) 
crianças receberam leite materno e 2 (1%) não 
foram amamentados. Das 23 crianças obesas, 21 
(91%) foram amamentadas em um período 
inferior a seis meses e 2 crianças (8,6%) em 
período igual ou superior a seis meses. 
Constatou-se que, quanto maior o tempo 
de amamentação maisadequado será o 
estado nutricional. 
Simon, Souza e 
Souza 
(2009) 
 
AM, alimentação 
complementar, 
sobrepeso e 
obesidade em pré-
escolares. 
Analisar a 
associação do 
sobrepeso e da 
obesidade com o 
AM e a 
alimentação 
complementar em 
pré-escolares. 
A prevalência de sobrepeso e obesidade da 
população estudada foi de 34,4%. Foram fatores 
de proteção contra sobrepeso e obesidade o 
AME por seis meses ou mais (IC 95% 
[0,38;0,86]; OR=0,57; p=0,02) e o AM por mais 
de 24 meses (IC 95% [0,05;0,37]; OR=0,13; 
p=0,00). 
 
Os resultados sugerem que o AM pode 
proteger as crianças contra o sobrepeso 
e a obesidade, agregando mais uma 
vantagem ao LM. 
. 
 
26 
 
Autor/ Ano Títulos Objetivos Resultados Conclusões 
Vasques et al., 
(2009) 
 
A amamentação 
pode prevenir a 
obesidade infantil? 
O objetivo da 
pesquisa foi 
caracterizar a 
relação entre tipo 
de amamentação e 
obesidade infantil. 
A pesquisa foi 
realizada em dois 
Centros de 
Educação Infantil 
(CEI), com crianças 
de três a cinco 
anos. 
Associação encontrada entre obesidade e 
duração do AM na amostra estudada indicou 
que, entre as seis crianças que apresentaram 
obesidade, foi possível observar que 50% delas 
não foram amamentadas e os 50% restantes 
foram amamentadas exclusivamente por menos 
de quatro meses. 
Com a realização do estudo foi possível 
identificar entre as crianças estudadas 
que não foram amamentadas ou com 
amamentação por um curto período 
apresentaram maior susceptibilidade a 
um ganho de peso excessivo na infância. 
Esses resultados foram condizentes com 
dados da literatura sobre o assunto, no 
que se refere ao efeito protetor da 
amamentação contra a obesidade na 
infância. 
 
27 
 
Siqueira e 
Monteiro 
(2007) 
 
Amamentação na 
infância e 
obesidade na idade 
escolar em famílias 
de alto nível 
socioeconômico. 
Analisar a 
associação entre 
exposição ao AM 
na infância e a 
obesidade na idade 
escolar em crianças 
de famílias 
brasileiras de alto 
nível 
socioeconômico. 
A prevalência de obesidade na população 
estudada foi de 26%. Após o controle das 
potenciais variáveis de confundimento, o risco 
de obesidade em crianças que nunca receberam 
AM foi duas vezes superior (OR=2,06; IC 95%: 
1,02; 4,16) ao risco das demais crianças. Não se 
encontrou efeito dose-resposta na associação 
entre duração do aleitamento e obesidade na 
idade escolar. 
 
Crianças e adolescentes que nunca 
receberam AM têm maior ocorrência de 
obesidade na idade escolar. A ausência 
de efeito dose-resposta na relação entre 
duração da amamentação e obesidade na 
idade escolar e os achados ainda 
controversos sobre essa associação 
indicam a necessidade de mais estudos 
sobre o tema. 
 
Autor/ Ano Títulos Objetivos Resultados Conclusões 
Araújo, Bezerra 
e Chaves (2006) 
O papel da 
amamentação 
ineficaz na gênese 
da obesidade 
infantil: um aspecto 
para a investigação 
de enfermagem. 
Verificar a 
amamentação 
ineficaz como um 
fator que 
possibilitaria a 
gênese da 
obesidade infantil. 
O cenário que envolvia as crianças com 
sobrepeso ou obesidade foi o seguinte: 60% 
tiveram um padrão de amamentação ineficaz (< 
6 meses e não mamou); 60% viviam em famílias 
com uma renda mensal de menos de um salário 
mínimo. 
O estudo possibilitou visualizar o AM 
como uma ação importante no cenário 
da prevenção da obesidade infantil. 
28 
 
Fonte: FREITAS e MACÊDO, 2016. 
 
Bussato, 
Oliveira e 
Carvalho 
(2006) 
 
A influência do AM 
sobre o estado 
nutricional de 
crianças e 
adolescentes 
 
Avaliar a influência 
do AM sobre o 
estado nutricional 
de crianças e 
adolescentes 
participantes do 
Projeto Nutrir. 
 
Não houve relação significante entre presença e 
tempo de AM e estado nutricional atual da 
criança. Crianças de baixa renda foram 
amamentadas por mais tempo comparadas a 
crianças da classe de renda média/alta. 
 
As crianças e adolescentes estudados 
não tiveram seu estado nutricional 
influenciado pela presença ou tempo de 
AM. É possível que se a análise fosse 
estendida até a idade pré-escolar, a 
influência do AM, bem como o tempo 
de AM, a idade e o tipo de alimentos 
introduzidos no período do desmame 
apresentassem maior influência sobre o 
estado nutricional. 
Balabanet al. ( 
2004) 
O AM previne o 
sobrepeso na 
infância? 
 
Investigar se o AM 
tem um efeito 
protetor contra o 
sobrepeso na idade 
pré-escolar. 
 
A prevalência de sobrepeso foi de 18,6%. O 
sobrepeso foi mais prevalente entre as crianças 
que receberam LME por menos de quatro meses 
(22,5%) do que entre aquelas que receberam 
LME por quatro meses ou mais (13,5%)(p = 
0,03). 
 
Em nosso estudo, o AM apresentou um 
efeito protetor contra o sobrepeso na 
idade pré-escolar. 
 
28 
 
Dos 11 estudos, 10 confirmam o efeito protetor do AM contra a obesidade 
infantil, entretanto o outro afirma que mais estudos são necessários para que se possa 
explicar como ocorre essa relação e ainda ressalta que se o estudo tivesse um tempo 
maior essa relação poderia ser comprovada. 
Dois estudos mostraram que quanto maior for o período da amamentação, 
menores são as chances das crianças virem a desenvolver sobrepeso e obesidade e que 
crianças que nunca receberam aleitamento materno apresentam duas vezes mais chances 
de desenvolver obesidade (SIQUEIRA; MONTEIRO, 2007; BALABAN et al., 2004). 
De acordo com Ferreira et al. (2010), o AM por um período mínimo de 30 dias 
já exerce um efeito protetor contra o sobrepeso em crianças de um a cinco anos. 
Os estudos também mostram a relação da renda e escolaridade materna com a 
prevalência do aleitamento materno e posterior chance de obesidade. Verificaram que 
crianças de baixa renda foram amamentadas por mais tempo comparadas a crianças da 
classe de renda média/alta. Constataram que quando a escolaridade materna é maior, 
períodos de AM menores de 12 meses aumentam as chances de obesidade. (BUSSATO; 
OLIVEIRA; CARVALHO, 2006 ; PUDLA et al., 2015). 
Masquio, Ganen e Dâmaso, (2014), comprovam que o AM promove benefícios a 
curto e longo prazo em crianças que são amamentadas no início da vida. Ressaltando 
ainda que ele deve ser utilizado como uma estratégia para prevenir as doenças crônicas 
não transmissíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Diante de tudo que pôde ser analisado a obesidade infantil já é uma epidemia 
mundial e vem aumentando ao longo dos anos principalmente em países em 
desenvolvimento, sendo considerada um problema de saúde pública. As causas para 
esse aumento são diversas, entre elas a não amamentação ou aleitamento materno em 
um curto período de tempo, o consumo exagerado de alimentos hipercalóricos,o 
marketing infantil de alimentos não saudáveis, o estilo de vida das famílias e o 
sedentarismo. 
O leite materno traz benefícios tanto a curto, quanto em longo prazo, e com 
certeza é um fator protetor para obesidade infantil e diversas outras doenças como, 
hipertensão, diabetes, dislipidemias. Crianças que são amamentadas recebem calorias e 
proteínas na quantidade adequada o que diminuem as chances de vir a desenvolver a 
obesidade, além de aprenderem a ter uma melhor auto regulação da ingestão alimentar 
como também, desenvolvem melhores hábitos alimentares. Contudo, mais estudos são 
necessários para esclarecer de fato quais são os mecanismos que levam o LM a proteger 
as crianças contra a obesidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
AMARAL, Simone do; BASSO, Cristiana. Aleitamento materno e estado nutricional 
infantil. Disciplinarum Scientia, Santa Maria, v. 10, n. 1, p. 19-30, 2009. (Série: 
Ciências da Saúde). 
 
ARAÚJO, Márcio Flávio Moura de; BEZERRA, Eveline Pinheiro; CHAVES, Emilia 
Soares. O papel da amamentação ineficaz na gênese daobesidade infantil: um aspecto 
para a investigação de enfermagem. Acta Paul Enferm, v.4, p.450-5, 2006. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA OBESIDADE E DA 
SÍNDROME METABÓLICA. Diretrizes Brasileiras de Obesidade. 3. ed. ABESO, 
São Paulo, 2009. 
 
BALABAN, Geni; SILVA, Giselia A. P. Efeito protetor do aleitamento materno contra 
a obesidade infantil.J. Pediatr, Porto Alegre,v. 80, n.1, 2004. 
 
BALABAN, Geni et al. O aleitamento materno previne o sobrepeso na infância? . Bras. 
Saúde Matern. Infant, Recife, 263-268, jul. / set, 2004. 
 
 
BRASIL. Amamentação, Obesidade Infantil e Prevenção de Doenças Crônicas. IBFAN, 
n. 38, 2004. 
 
 
BRASIL. Estratégia intersetorial de prevenção e controle da obesidade: recomendações 
para Estados e Municípios. CAISAN, Brasília, maio, 2014. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o 
cuidado da pessoa com doença crônica – Obesidade. Cadernos de Atenção Básica, 
Brasília – DF, n.38, p. 212, 2014. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da criança: Aleitamento Materno e Alimentação 
Complementar. 2. ed. Caderno de Atenção Básica, Brasília – DF , n.23, p.184, 2015. 
 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da criança: Nutrição Infantil Aleitamento 
Materno e Alimentação Complementar. Série A. Normas e Manuais Técnicos. 1. ed. 
Caderno de Atenção Básica, Brasília – DF, n.23, 2009. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para 
crianças menores de dois anos: um guia para o profissional da saúde na atenção básica. 
2.ed. 2.reimpr. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 72 p. 
31 
 
BRASIL supera baixo peso infantil, mas número de crianças e adolescentes com 
sobrepeso e obesidade é preocupante, diz ministra Ideli. Mar. 2015. Disponível em: 
<http://www.sdh.gov.br/noticias/2015/marco/brasil-supera-baixo-peso-infantil-mas-
numero-de-criancas-e-adolescentes-com-sobre-peso-e-obesidade-e-preocupante-diz-
ministra-ideli>. Acesso em: 04 Jan. 2016. 
 
 
BUSSATO, Andrea Regina M.; OLIVEIRA, Ana Flávia de; CARVALHO, Helaine 
Solano L. de. A influência do aleitamento materno sobre o estado nutricional de 
crianças e adolescentes. Revista Paulista de Pediatria, São Paulo, vol. 24, n.3, p. 249-
254, 2006. 
 
CAMPANHA une governo e sociedade na batalha contra obesidade e sobrepeso. 
Ministério do Desenvolvimento Social. Mar. 2016. 
Disponível em:<http://ecos-redenutri.bvs.br/tiki-read_article.php?articleId=1372>. 
Acesso em: 24 Mar. 2016. 
 
CARRAZZONI, Daniela Silveira et al.Prevalência de fatores na primeira infância 
relacionados à gênese da obesidade em crianças atendidas em um ambulatório de 
nutrição.Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento,São Paulo, 
v.9, n.50, p.74-81, 2015. 
 
 
COSTA, André Gustavo Vasconcelos; SABARENSE, Céphora Maria. Modulação e 
composição de ácidos graxos do leite humano. Rev. Nutr.,Campinas, vol. 23, n.3, 2010. 
 
 
COUTINHO, Janine Giuberti; GENTIL, Patrícia Chaves; TORAL, Natacha. A 
desnutrição e obesidade no Brasil: o enfrentamento com base na agenda única da 
nutrição. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 24, 2008. 
 
DEZ passos para uma alimentação saudável para crianças brasileiras menores de dois 
anos. Brasilia-DF, 2010. Disponível em: 
<http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/dez_passos_para_familia.pdf>. 
Acesso em: 30 Maio 2016. 
ESTRATÉGIA Amamenta e Alimenta Brasil. Disponível em: 
<http://dab.saude.gov.br/portaldab/amamenta.php>. Acesso em: 18 Fev. 2016. 
 
 
FERRARIA, Nélia; RODRIGUES, Vera; MACEDO, Laura. Aleitamento materno e 
excesso de peso em crianças na idade escolar. Scientia Medica, Porto Alegre, vol. 23, 
n. 2,p. 75-81., 2013. 
FERREIRA, Haroldo da Silva et al.Aleitamento materno por trinta ou mais dias é fator 
de proteção contra sobrepeso em pré-escolares da região semiárida de Alagoas. Rev. 
Assoc. Med. Bras.,São Paulo, vol.56, n. 1., 2010. 
 
FIM da Publicidade para um mundo livre de obesidade. Disponível em: 
<http://criancaeconsumo.org.br/noticias/fim-da-publicidade-para-um-mundo-livre-de-
obesidade>. Acesso em: 15 Fev. 2016. 
 
http://ecos-redenutri.bvs.br/tiki-read_article.php?articleId=1372
32 
 
 
GRAÇA, Fabiana Cainé Alves da. Semana Mundial de Aleitamento Materno. São 
Paulo, 2016. Disponível em: <http://www.ibfan.org.br/site/wp-
content/uploads/2016/04/1-A-Semana-Mundial-do-Aleitamento-Materno-2016-traz-um-
tema-amplo-e-que-vem-de-encontro-com-a-situacao-atual-do-mundo.pdf>. Acesso em: 
14 Abr. 2016 
 
INÁCIO, Ligia Alvarenga et al.O aleitamento materno na prevenção da obesidade 
infantil. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento,São Paulo,v.1, 
n. 5, p.08-14, 2007. 
KALIL, Irene rocha. Amamentar: além de todos os benefícios, também ajuda a 
emagrecer. set.2010.Disponível em: <https://agencia.fiocruz.br/amamentar-
al%C3%A9m-de-todos-os-benef%C3%ADcios-tamb%C3%A9m-ajuda-a-emagrecer>. 
Acesso em: 26 Abr. 2016. 
 
MAPA da Obesidade. Disponível em: <http://www.abeso.org.br/atitude-saudavel/mapa-
obesidade>. Acesso em: 20 Jan. 2016. 
MASCARENHAS, Maria Laura W. et al. Prevalência de aleitamento materno exclusivo 
nos 3 primeiros meses de vida e seus determinantes no Sul do Brasil. J. Pediatr.(Rio 
J.), Porto Alegre, vol.82 , n. 4, Jul/Ago, 2006. 
MASQUIO, Deborah Cristina Landi; GANEN, Aline de Piano; DÂMASO, Ana R. 
Influência do aleitamento materno na obesidade e fatores de risco cardiovascular. 
Revista eletrônica acervo saúde, São Paulo, Vol.6, p. 598-616, 2014. 
 
MELLO, Elza D. de; LUFT, Vivian C.; MEYER, Flavia. Obesidade infantil: como 
podemos ser eficazes. Jornal de Pediatria, Porto Alegre, Vol. 80, n.3, 2004. 
 
MORGANO, Marcelo A. et al.Composição mineral do leite materno de bancos de leite. 
Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, p. 819-824, out./dez, 2005. 
 
 
NOVAES, J. F. et al. Efeitos a curto e longo prazo do aleitamento materno na saúde 
infantil. Nutrire: rev. Soc. Bras. Alim.,São Paulo,v. 34, n. 2, p. 139-160, 2009. 
 
OBESIDADE e hipertensão: doenças que podem deixar de existir com mudanças nos 
hábitos alimentares das crianças. Disponível 
em:<http://promocaodasaude.saude.gov.br/promocaodasaude/assuntos/incentivo-a-
alimentacao-saudavel/noticias/obesidade-e-hipertensao-doencas-que-podem-deixar-de-
existir-com-mudancas-nos-habitos-alimentares-das-criancas>. Acesso em: 20 Jan. 2016. 
 
OLIVEIRA, Maria A. A.; OSÓRIO, Mônica M. Consumo de leite de vaca e anemia 
ferropriva na infância. Jornal de Pediatria,Rio de Janeiro ,Vol. 81, n.5, 2005. 
 
OMS: Obesidade Mata 2,8 milhões por Ano. Maio. 2012. Disponível em: 
<http://www.abeso.org.br/noticia/oms-obesidade-mata-28-milhoes-por-ano>. Acesso 
em: 11 Jan. 2016. 
 
PASSANHA, Adriana; CERVATO-MANCUSO, Ana Maria.; SILVA, Maria Elisabeth 
Machado Pinto e. Elementos protetores do leite materno na prevenção de doenças 
33 
 
gastrintestinais e respiratórias. Rev. Bras. Cresc. E Desenv.Hum., São Paulo, p. 351-
360, 2010. 
PAULA, Patrícia de. Mais de 30% das crianças consomem refrigerante antes dos 2. 
Brasília, 2015. Disponível em: 
<http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/19289-
mais-de-30-das-criancas-consomem-refrigerante-antes-dos-2-anos>. Acesso em: 04 Jan. 
2016. 
PAULI, Patrícia Seibert. Associação entre Aleitamento Materno e Excesso de Peso em 
Crianças e Adolescentes, uma Revisão da Literatura. Rio Grande do Sul, 2013. 
Disponível em: <http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/1573> 
Acesso em: 20 Jan. 2016. 
 
 
PESQUISA inédita revela que amamentação pode aumentar inteligência. 
Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-
saude/17110-pesquisa-inedita-revela-que-amamentacao-pode-aumentar-inteligencia>. 
Acesso em: 17 Jul .2015. 
 
PLAZA, Mônica. Amamentação ajuda a prevenir o câncer de mama.Brasília, 2012. 
Disponível em: <http://www.blog.saude.gov.br/promocao-da-saude/30858-
amamentacao-ajuda-a-prevenir-o-cancer-de-mama.html>. Acesso em: 17 Jul .2015. 
 
 
PUDLA, Katia Jakovljevicet al. Efeito do aleitamento materno sobre a obesidade em 
escolares: influência da escolaridade da mãe. Revista Paulista de pediatria, São Paulo, 
vol .33, 2015. 
 
 
QUELUZ, Mariângela Carletti.et al. Prevalência e determinantes do aleitamento 
materno exclusivo no município de Serrana, São Paulo, Brasil. Ver Esc Enferm, São 
Paulo, 2012. 
 
REIS, Caio Eduardo G.; VASCONCELOS, Ivana Aragão L.; BARROS, Juliana Farias 
de N. Políticas públicas de nutrição para o controle da obesidade infantil. Rev Paul 
Pediatr, 2011. 
 
RINALDI, Ana Elisa M. et al. Contribuições das práticas alimentares e inatividade 
física para o excesso de peso infantil. Rev Paul Pediatria, São Paulo, p. 271-7, 2008. 
 
 
RODRIGUES, Alexandra Magna et al.Avaliação nutricional de crianças e adolescentes 
no início, fim e pós- tratamento multidisciplinar da obesidade. Revista Brasileira de 
Obesidade, Nutrição e Emagrecimento,São Paulo, v.9. n. 54, p.258-264, 2015. 
 
ROLLINS, Nigel C. et al. Por que investir e o que será necessário para melhorar as 
práticas de amamentação? Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 2016. 
 
ROMERO, Carla Eduarda Machado; ZANESCO, Angelina. O papel dos hormônios 
leptina e grelina na gênese da obesidade. Rev. Nutr., São Paulo, vol.19, n. 1, 2006. 
 
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/17110-pesquisa-inedita-revela-que-amamentacao-pode-aumentar-inteligencia
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/17110-pesquisa-inedita-revela-que-amamentacao-pode-aumentar-inteligencia
34 
 
 
SÁ, Amanda. Estilo de via é principal causa da obesidade infantil. Rio de Janeiro, 2015. 
Disponível em:<https://agencia.fiocruz.br/estilo-de-vida-%C3%A9-principal-causa-de-
obesidade-infantil>.Acesso em: 23 Mar. 2016. 
 
SBP e Soperj lançam campanha da amamentação em Madureira. 
Disponível em:<http://www.sbp.com.br/arquivo/bbf8e86e-3cf0-4134-b4fe-
57f8e2b5ce2b/>. Acesso em: 04 Jan. 2016 
 
SILVA, Roberta Claro da; ESCOBEDO, Jonas Peixoto; GIOIELLI, Luiz Antonio. 
Composição centesimal do leite humano e caracterização das propriedades físico- 
químicas de sua gordura. Quim. Nova, São Paulo,Vol. 30, n. 7, p. 1535-1538, 2007. 
 
SILVA, Roberta Claro da; GIOIELLI, Luiz Antonio. Lipídios estruturados: alternativa 
para a produção de sucedâneos da gordura do leite humano. Quim. Nova, São Paulo, 
Vol. 32, n. 5, p. 1253-1261, 2009. 
 
SIMON, Viviane Gabriela Nascimento; SOUZA, José Maria Pacheco de; SOUZA, 
Sonia Buongermino de. Aleitamento materno, alimentação complementar, sobrepeso e 
obesidade em pré-escolares. Rev. Saúde Pública, São Paulo, vol.43, n.1, 2009. 
 
 
SIQUEIRA, Renata Scanferla de; MONTEIRO, Carlos Augusto. Amamentação na 
infância e obesidade na idade escolar em famílias de alto nível socioeconômico. Rev. 
Saúde Pública,São Paulo, vol.41, n.1, 2007. 
 
 
SISVAN. Disponível em: 
<http://dabsistemas.saude.gov.br/sistemas/sisvan/relatorios_publicos/relatorio-acomp-
alimento.view.php>.Acesso em: 11 Jan. 2016. 
 
 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLISMO. 
Obesidade: Diagnóstico e Tratamento da Criança e do Adolescente.Projeto Diretrizes, 
Abr. ,2005. 
 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Manual de orientação: Departamento 
de nutrologia: alimentação do lactente ao adolescente, alimentação na escola, 
alimentação saudável e vínculo mãe-filho, alimentação saudável e prevenção de 
doenças, segurança alimentar.3. ed. rev. amp. Departamento Científico de Nutrologia, 
Rio de Janeiro, SPB, 2012. 148 p. 
 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA.Obesidade na infância e adolescência: 
Manual de Orientação: Departamento Científico de Nutrologia. SBP, Rio de Janeiro, 
2008. 116 p. 
 
SOUSA, Ana Karoline Porfírio de et al. Estratégias para o tratamento da obesidade 
infantil.Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento,São Paulo, v.2, 
n.12, p.577-583., 2008. 
 
35 
 
 
Tempo médio de aleitamento materno aumenta de 296 para 342 dias em nove anos. 
Ago. 2009. Disponível em: 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/pacsaude/not_03082009.php>.Acesso em: 04 Jan. 2016. 
 
VARELLA, Draúzio. Aleitamento materno. 2011. 
Disponível em:<http://drauziovarella.com.br/crianca-2/aleitamento-materno/>. Acesso 
em: 04 Jan. 2016. 
 
VASQUES, Crislayne Teodoro.et al.A amamentação pode prevenir a obesidade 
infantil? V EPCC Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar, 2009. 
 
 
VICARI, Elizandra Cadoná.Aleitamento materno, a introdução da alimentação 
complementar e sua relação com a obesidade infantil. Revista Brasileira de 
Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, São Paulo,v.7, n.40, p.72-83, 2013. 
 
VICTORA, Cesar G. et al. Amamentação no século 21: epidemiologia, mecanismos, e 
efeitos ao longo da vida. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 2016. 
 
VICTORA, Cesar G. et al. Association between breastfeeding and intelligence, 
educational attainment, and incomeat 30 years of age: a prospective birthcohort study 
from Brazil. Lancet, Vol. 3, n.4, 2015. 
 
 
VIEIRA, Graciete O. et al.Hábitos alimentares de crianças menores de um ano 
amamentadas e não amamentadas. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro,Vol. 80, n. 5, 
2004. 
 
ZORZO, Renato Augusto. A importância de uma alimentação saudável para um 
desenvolvimento físico e mental adequados. Pediatria Moderna. Ago 2015.

Outros materiais