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apostila prótese dental

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ABITEP – PRÓTESE_ 
www.ConcursoSdeOdontologia.com.br protese@abitep.com.br Tel.: 11 3214 - 8949 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÓTESE E 
MATERIAIS DENTÁRIOS 
 
 
 
 
 
 
Prof. Dr. Carlos Alberto Muzilli 
Prof. Dr. Hedilso C. R. Gaddini 
 
ABITEP – PRÓTESE_ 
www.ConcursoSdeOdontologia.com.br protese@abitep.com.br Tel.: 11 3214 - 8949 
2 
Introdução 
 
 O estudo preparatório para concursos especificamente tratando-se de Prótese pode parecer o menos importante 
dentre as disciplinas mais requisitadas nos exames, porém faz-se necessário o estudo minucioso desta área da 
odontologia porque é exatamente ela que seleciona e diferencia o candidato. Portanto, bom estudo! 
 
Sistema Estomatognático 
 
 O sistema estomatognático coordena a atividade mastigatória, a qual agrega uma gama complexa de estruturas 
anatômicas que desempenham em conjunto esta função bastante especializada. 
 Os componentes do sistema estomatognático podem ser agrupados nas seguintes estruturas: DENTES 
MÚSCULOS E ATM. Representados em: órgão dental, estrutura periodontal, língua, bochechas, ossos, articulações 
temporomandibulares, músculos, ligamentos e conexões nervosas. 
 
� ATM: 
A articulação temporomandibular é uma articulação do tipo sinovial bicondílea com grande liberdade de 
movimento entre as superfícies ósseas que a compõem, apresentando como particularidade movimentos simultâneos e 
sinérgicos. E por movimentos se tratar de uma articulação bicondílea, existe uma interdependência funcional entre 
ambas. As estruturas que formam e circundam as articulações temporomandibulares são as seguintes: 
1- Disco articular 
2- Eminência articular 
3- Compartimento supra discal 
4- Cabeça da mandibula 
5- Carilagem articular 
6- Compartimento infra discal 
7- Cápsula articular 
8- Região retro discal 
9- Meato acústico externo 
10- M. Pterig. Lateral (feixe inf.) 
11- Tendão do m. temporal 
 
� ATM- superfícies ósseas articulares 
 
Fossa Mandibular: limitada posteriormente pela parede anterior do meato acústico externo. 
Duas regiões: fissura retrotimpânica (n. corda do tímpano e artéria e veia timpânica) - posterior: rugosa e anterior: lisa 
articular. 
 
Superfícies que se contactuam: vertente anterior e extremo anterior da vertente posterior dos côndilos + parede 
posterior da eminência e porção anterior da fossa. 
Côndilo: cabeças elipsóides com seu > eixo para trás (Basion); possui duas vertentes articulares. 
 
ATM - zonas revestidas por tecido conjuntivo denso fibroso 
Função: amortecer as pressões e distribuí-las sobre as superfícies ósseas articulares. 
Movimentação mandibular está relacionada com a nutrição deste tecido (líquido sinovial) 
 
Côndilo da mandíbula: revestido por tecido conjuntivo denso fibroso. 
Tecido avascular e não inervado com maior capacidade de regeneração que a cartilagem hialina. Os côndilos, em uma 
vista superior, no plano horizontal, apresentam formato elíptico, com seu longo eixo ligeiramente voltado para posterior. 
 
Fossa mandibular: limitada posteriormente pela parede anterior do meato acústico externo. Superfícies que se 
contatam: vertente anterior e extremo anterior da vertente posterior dos côndilos + parede posterior da eminência e 
porção anterior da fossa 
 
Disco articular: possui três regiões: 1) Zona intermediária; 2) Banda Posterior e 3) Banda anterior. Sua parte central 
(zona intermediária) possui tecido fibrocartilaginoso não vascularizado; Parte periférica: tecido conjuntivo. O disco divide 
a ATM em cavidades supra-discal e infra-discal. Fixação: ligamentos colaterais, cápsula articular e zona bilaminar. 
 
Ligamentos das ATM 
 
Extrínsecos: esfenomandibular, estilomandibular, pterigomandibular e temporomandibular 
Função: prevenir o deslocamento do complexo côndilo-disco. 
Intrínsecos: ligamentos colaterais e ligamento posterior (tecido retrodiscal ou zona bilaminar) e Ligamento capsular 
anterior superior e anterior inferior . 
 
Lâmina retrodiscal ou Zona Bilaminar: duas camadas de fibras. Superior: fibras elásticas e atua contra o 
deslocamento anterior do disco; Inferior: anelástica, muito inervada e vascularizada. 
 
 
 
 
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3 
Ligamento capsular anterior superior e anterior inferior 
 
Ligamentos colaterais: ligamento lateral do disco e ligamento medial do disco 
 
Cápsula Articular: elástica e vascularizada; limitar a amplitude de movimento dos côndilos; inserção: pólos medial e 
lateral dos côndilos, na eminência articular, bordas do disco. Dentro da capsula articular existem dois compartimentos: 1 
Cavidade supradiscal (acima do disco articular ) ; 2 Cavidade infradiscal ( abaixo do disco articular ). 
 
Membrana Sinovial: reveste internamente a cápsula articular e produz o líquido sinovial, viscoso; função: lubrificar as 
superfícies intra-articulares e nutrição. 
 
Ligamento temporomandibular: porção interna horizontal e porção externa oblíqua. 
 
Ligamento estilomandibular : origem processo estilóde e inserção ângulo da mandíbula. 
 
Ligamento esfenomandibular: origem processo esfenóide e inserção na língula. 
 
Inervação da ATM: Nervo aurículotemporal. 
 
� MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO 
 
Ventre (centro/contrátil) e aponeurose (extremidade/inextensível) 
Origem: parte fixa 
Inserção: parte móvel 
 
Músculo Masseter - feixe superficial (para baixo e para trás) e profundo (vertical) 
•Origem: arco zigomático 
•Inserção: ângulo da mandíbula 
•Função: elevação da mandíbula 
 
Músculo Pterigoideo Medial ou Interno 
•Origem: fossa pterigoidéa (estende-se para baixo/trás/fora) 
•Inserção: superfície interna do ângulo da mandíbula 
•Função: elevação da mandíbula 
•Ação secundária: protruir e lateralidade 
•Inervação: nervo pterigóideo medial 
 
Músculo Temporal (três feixes)-posicionador 
•Anterior-verticais: fechamento (deglutição e posição postural) 
•Médio-oblíquas: fechamento 
•Posterior-horizontais (retratoras) 
•Origem: fossa temporal 
•Inserção: parte interna e anterior do processo coronóide 
 
Músculo Pterigoideo Lateral-feixe inferior 
•Origem: superfície externa da placa pterigoidea 
•Inserção: pescoço do côndilo (estende-se para trás/cima/fora) 
•Função: protrusão/depressão/estabilizador do complexo côndilo-disco contra a vertente posterior da eminência 
 
Músculo Pterigoideo Lateral-feixe superior 
•Origem: superfície infra-temporal da asa maior do esfenóide 
•Inserção: disco articular (estende-se para trás/fora) 
•Função: coordenação do disco 
 
Grupo dos Supra-Hioideos - se estendem da mandíbula ao osso hióide 
•Digástrico 
•Milo-hioideo 
•Genio-hioideo 
•Estilo-hioideo 
•Função: elevar o osso hióide superior e posteriormente (deglutição) e para abaixar a mandíbula (quando está fixo) 
 
Grupo dos Infra-Hioideos 
•Esterno-hioideo 
•Esterno tireóideo 
•Omo-hioideo 
•Função: abaixar o osso hióideo e a laringe, como também estabilizá-lo para depressão mandibular. 
 
 
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4 
Músculo Bucinador 
•Função: tencionar a bochecha direcionando os alimentos para os dentes 
 
Fisiologia da Postura 
•Posição postural (repouso): músculos agindo apenas contra a ação da gravidade mantendo sua viscoelasticidade. 
•Obs: pterigóideos laterais (ação antagônica) e temporal posterior. 
 
Fisiologia da Abertura 
•Relaxamento dos elevadores 
•Osso hióide estabilizado 
•Ativação pterigóideos laterais inferiores e digástrico 
 
Fisiologia do Fechamento 
•Relaxamento dos depressores 
•Contração dos elevadores(masseter, pt medial) 
•Obs: temporal posteriorna retração final da mandíbula 
 
DETERMINANTES DE OCLUSÃO: São diretrizes para harmonizar as relações estáticas e dinâmicas entre as 
superfícies oclusais dos dentes com os demais componentes do sistema estomatognático. 
Direcionam e limitam os movimentos mandibulares 
•Fixos: plano de Frankfurt/plano de Camper/distância intercondilar/guia condilar/RC/ORC. 
•Variáveis: DVO/DVR e EFL (discutível) /plano oclusal/curvas de compensação/altura de cúspides/trespasse vertical e 
horizontal/MIH 
 
Anatomia Dental 
•Cúspides cêntricas ou de suporte: vestibulares inferiores e palatinas superiores; conformação anatômica em duplo 
plano (vertentes). 
•Sulco de Bennet: localizado entre as cúspides médio e disto vestibulares do 1°MI Chaves de Oclusão. 
• Influência da distância intercondilar na conformação da mesa oclusal dos dentes posteriores e palatina dos anteriores 
 
Considerações sobre os dois padrões de relacionamento interdental 
Dente-dois-dentes (E.V. Payne): cúspide-crista e fossa 
Dente-dente (Peter Thomas): cúspide-fossa 
 
•Dente-dois-dentes (Oclusão Funcional): 
- Oclusão em cristas e fossas 
- 95% da população 
- Formação de cunha nas cristas 
 
 •Dente-dente: 
- Oclusão em fossas apenas 
- Forças //s ao longo eixo dos dentes, < força lateral. 
- Utilizada em grandes reabilitações orais. 
 
 
Guias de Desoclusão 
 
Guia condilar: inclinação da parede posterior da eminência articular ou parede anterior da cavidade articular. Quando a 
inclinação da trajetória dos côndilos é menos inclinada na protrusão, as cúspides devem ser mais baixas. Uma 
inclinação maior na trajetória dos côndilos permite que as cúspides sejam altas. 
 
Guia em Incisivo: face vestibular dos incisivos centrais e laterais inferiores percorrem a face palatina dos incisivos 
centrais superiores. Proteção articular: movimento condilar para baixo e para frente. 
Existe uma relação entre a angulação da configuração oclusal palatina dos incisivos superiores e a guia condilar. 
Trespasse vertical ou overbite maior- cúspides posteriores mais altas. Trespasse horizontal overjet maior – cúspides 
posteriores mais baixas. 
Guia incisal, guia condilar e altura de cúspides são relacionadas. 
 
Fenômeno de Christensen: espaço surgido entre os dentes posteriores antagonistas (desoclusão posterior) quando da 
posição de topo entre incisivos. 
 
Oclusão mutuamente protegida : Os dentes posteriores protegem os anteriores e os anteriores protegem os 
posteriores. 
 
Guia em Canino: quando durante o movimento de lateralidade apenas os caninos do mesmo lado se tocam, 
desocluindo todos os demais dentes. Movimento - côndilo do lado de trabalho: para trás, para fora e para cima; côndilo 
do lado de balanço: para frente, para baixo e para dentro. 
 
Ângulo de Bennet: ângulo formado pelo prolongamento da trajetória do côndilo do lado de balanço com o plano sagital 
mediano (observado no plano horizontal). 
 
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Movimento de Bennet: é o movimento de deslocamento lateral realizado pelo corpo da mandíbula durante o 
movimento de lateralidade, que observado pelo movimento do côndilo de trabalho. 
 
Plano de Frankfurt (Von Hering): em norma lateral, projeta-se bilateralmente dos pontos craniométrico Pórion (Po) ao 
à borda inferior da cavidade orbitária esquerda. referência análoga à base do crânio. 
 
Plano de Camper: em norma lateral, projeta-se do ponto craniométrico Pórion (Po) à Espinha Nasal Anterior (Ena); 
apresenta paralelismo relativo com o plano oclusal, em um nível mais superior. 
 
Curvas de Compensação: 
- existem para preservar a integridade do sistema estomatognático em função do padrão de movimentação mandibular. 
•Curva de Spee: projeta-se no sentido ântero-posterior. 
•Curva de Wilson: inclinação que os dentes posteriores inferiores possuem para lingual. 
•Curva de Monson/Teoria esférica de Monson: superfície oclusal dos inferiores representada por um segmento de 
esfera com 10 cm de raio, 
- centro na glabela, 
- curvas de compensação, 
- longo eixo dos dentes convergentes. 
 
Conceitos das relações articulares e oclusais 
•Relação Central (cêntrica): posição estritamente articular, onde os côndilos tendem a se posicionar em uma região 
central da cavidade articular com os discos devidamente posicionados em suas bandas articulares, quando a vertente 
articular anterior do côndilo está posicionado contra a parede posterior da eminência exigindo o mínimo de atividade 
muscular (contração passiva). 
 
•Máxima Intercuspidação Habitual (MIH): posição estritamente dental, onde se apresenta o máximo de contatos 
interdentais; o ideal seria coincidir com a ROC. 
 
•Oclusão Central (cêntrica) ou Relação de Oclusão Cêntrica (ROC): relação de contato dental que preserva um 
posicionamento centralizado dos côndilos na cavidade articular. Esta seria uma posição ideal para grandes 
reabilitações. 
 
•Dimensão Vertical de Repouso (DVR): distância entre dois pontos na face quando o indivíduo encontra-se em RC. 
 
•Dimensão Vertical de Oclusão (DVO): distância entre dois pontos na face quando o indivíduo apresenta relação de 
contato dental. 
 
•Espaço Funcional Livre (EFL): é a distância equivalente a diferença entre a DVR e a DVO. Pode variar de 1 a 10mm ! 
ARTICULADORES Aparelho destinado à fixação dos modelos de gesso, para registrar as relações intermaxilares em 
três dimensões e reproduzir os movimentos mandibulares de interesse protético. 
 
•Objetivos: Diagnóstico, Planejamento e Reabilitação. 
•Classificação 
American Dental Association (ADA): 
 
1) Articuladores Não Ajustáveis: 
- movimentos de bisagra, 
- “charneiras” ou “dobradiças”, 
- eixo terminal de rotação fixo; 
 
2) Articuladores de Trajetória Condilar Fixa: 
- guia e distância intercondilar fixas, 
- ajustes em movimentos excêntricos; 
 
3) Articuladores Semi-ajustáveis: 
- registros dos movimentos mais comuns, 
- possibilidade de uso do arco facial, 
- ajuste do guia condilar e incisal, 
- ajuste dos movimentos latero-protrusivos; 
-ARCON / NÃO-ARCON 
 
3a) Articuladores Semi-ajustáveis ARCON: 
- apresentam a cavidade articular no ramo superior e os dispositivos condilares no ramo inferior; 
-Arco facial: localiza a maxila em relação a base do crânio( plano de Frankfurt), Orienta a fixação do modelo superior no 
articulador. Pode admitir a individualização intercondilar. Pode admitir a individualização do eixo terminal de rotação. 
 
3b) Articuladores Semi-ajustáveis NÃO-ARCON: 
- apresentam a cavidade articular no ramo inferior e os dispositivos condilares no ramo superior; 
 
 
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4) Articuladores Totalmente ajustáveis: 
- reprodução precisa dos movimentos mandibulares, 
- arco facial pantográfico: 
- STUART, DENAR, TT 
 
Guia condilar no articulador: Ângulo formado entre o plano horizontal 
e a vertente anterior da cavidade articular do osso temporal. 
Ângulo de Bennett: Formado entre o plano sagital e a trajetória medial do côndilo de balanceio 
Determina a amplitude de deslocamento medial da mandíbula para o lado de balanceio. 
 
•Estudo da movimentação mandibular vertical 
 
 
Diagrama de Posselt 
 
Disfunções da ATM 
I. Desordens da Articulação Temporomandibular 
 
• Desvios na forma: Defeitos na superfície articular e Afinamento do disco e perfuração 
• Deslocamento do disco:Com redução e Sem redução 
• Deslocamento do complexo disco-cabeça da mandíbula: Hipermobilidade e Deslocamento 
• Condições inflamatórias: Capsulite, sinovite e Retrodiscite 
• Doenças degenerativas: Osteoartrose Osteoatrite ePoliartrite 
• Anquilose: Fibrosa e Óssea 
II. Desordens dosmúsculos mastigatórios 
• Agudo: Miosite, Reflexo de estiramento muscular e Espasmo muscular 
• Crônico: Dor miofascial,Contratura muscular, Hipertrofia e Mialgia secundária à doença sistêmica 
 
III. Desordens congênitas e de desenvolvimentoHiperplasia da cabeça da mandíbula 
• Hipoplasia da cabeça da mandíbula 
• Aplasia 
• Condilólise 
• Neoplasias 
• Fraturas 
 
 
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Etiologia das Disfunções da ATM 
Macro traumas � evento agudo (ex.: acidente automobilístico ou esportivo) 
Micro trauma � evento crônico, de baixo nível (ex.: apertamento, roer unhas, morder lápis, mastigação excessivamente 
forte ou aberturas forçadas repetitivas da mandíbula). 
Fatores a serem também considerados � perda(s) dental (is) posterior (ES), tensão emocional, etc. 
 
I. Desordens da Articulação Temporomandibular 
Considerações sobre as desordens da ATM quanto às (ao/aos): 
 
A) Desvios na forma 
 
1) Defeitos na superfície articular 
- No compartimento inferior – são raros e não requerem tratamento 
- No compartimento superior – normalmente está localizado na superfície articular do tubérculo. Estes defeitos podem 
ser causados por traumas, inflamação, anomalias estruturais ou remodelamento ósseo. 
 * Sinais e sintomas – ausência de dor, desvio em abertura no ponto de interferência. Pode existir clique em 
abertura e fechamento, se o ponto de interferência não for evitado. O clique sempre ocorre no mesmo ponto, tanto em 
abertura como em fechamento. 
# Tratamento – ensinar o paciente a ter um padrão de movimento mandibular a fim de evitar a interferência, 
reforço consciente para reduzir a força de mastigação, utilização de placa estabilizadora para diminuir a hiperatividade 
muscular. 
 
2) Afinamento e Perfuração do disco 
- Ocorre na parte central do disco devido à sobrecarga enquanto os dentes estão juntos. Mais provável ocorrer em 
indivíduos mais velhos devido ao tempo de uso. 
 * Sinais e sintomas – Dependem da extensão da lesão. Em perfuração, ocorre crepitação. A dor ocorre em uma 
fase inicial. Pode haver mudança de oclusão. Para confirmação de diagnóstico uma tomada de imagem, tipo artrografia, 
é indicada. O afinamento é difícil diagnosticar clinicamente. 
 # Tratamento – se existir dor e sensibilidade à palpação é indicada uma placa estabilizadora para diminuir a 
carga e os sintomas. Em caso de perfuração sem tolerância dos sintomas, a indicação é cirúrgica (remoção ou 
substituição do disco). 
 
B) Deslocamento do disco 
 
1) Com redução 
- O disco está deslocado em uma posição anterior ou antero-medial com a boca fechada e retorna à posição normal à 
cabeça da mandíbula quando da abertura. 
 * Sinais e sintomas – Sons de clique ou estalos durante a abertura e também no fechamento da boca (clique 
recíproco). Ocorre frequentemente também desvio da linha média da mandíbula para o lado articular afetado no início 
da abertura. Após a redução (primeiro clique em abertura) a mandíbula retorna à posição central. 
 # Tratamento – Nem todos os casos de deslocamento anterior de disco com redução requerem tratamento. 
Assim, ausência de dor ou de severa disfunção e ausência de dor à palpação � nenhum tratamento é indicado. 
Presença de dor à palpação � Educar o paciente a evitar o apertamento e sobrecarga. Em caso de ausência de dentes 
posteriores, a reposição protética dos mesmos é indicada. 
Em casos de suspeita de apertamento noturno � placa de estabilização noturna. Em casos de dor, a indicação é 
a terapia de reposicionamento mandibular por meio de placas reposicionadoras ou de reposionamento anterior para 
avançar a mandíbula para frente. Estas placas reposicionadoras devem ser utilizadas por dois a três meses para 
promoverem a diminuição dos sintomas e a formação de um reparo nos tecidos retro-discais pela formação de um 
pseudodisco. Apesar disso, estes tipos de placa ainda são muito controversas pelos autores por nem sempre 
alcançarem os resultados desejados e pela reincidência dos estalos numa boa porcentagem dos casos. 
 
2) Sem redução 
 
- Essa condição é caracterizada pela falha de recapturar o disco durante a abertura. O disco está anteriorizado 
permanentemente e a cabeça da mandíbula não é capaz de passar debaixo do disco deslocado devido tanto à sua 
alteração de forma de bicôncavo para biconvexo, como por uma perda de tensão do ligamento posterior. A maioria dos 
pacientes consegue descrever com precisão a data exata do início do deslocamento anterior do disco sem redução 
devido à limitação repentina de abertura. Os estágios dessa patologia podem ser divididos em agudo e crônico. 
 
- Deslocamento anterior de disco, agudo sem redução: 
 * Sinais e sintomas – severa limitação de abertura bucal (25 a 30 mm), com deflexão para o lado articular 
envolvido (ipsilateral). A protrusão também é limitada e também com desvio para o lado ipsilateral. A lateralidade no 
sentido oposto ao lado afetado é restrita. A lateralidade para o lado afetado é normal. Qualquer movimento do lado 
afetado é acompanhado de dor. 
 # Tratamento – conduzir (ou reduzir) o disco deslocado para sua posição normal quer por movimentos de 
lateralidade e abertura realizados pelo próprio paciente, quer por mobilização manual da ATM por meio de uma 
manobra, com o polegar sobre os molares do lado afetado, tracionando a mandíbula para baixo a fim de aumentar o 
espaço do disco. Em caso de sucesso, utilizar placa reposicionadora imediatamente, por período integral, durante 10 
dias pelo menos. Posterior utilização de placa estabilizadora. 
 
 
 
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- Deslocamento anterior de disco, crônico sem redução: 
 * Sinais e sintomas – disco permanentemente deformado com impossibilidade de redução. Abertura limitada e 
leve deflexão para o lado afetado. Restrições de movimento para o lado não afetado. As dores se presentes, não são 
tão severas. O som articular mais comum é as crepitações que representam mudanças degenerativas nas superfícies 
articulares. Evidências radiológicas contribuem no diagnóstico. 
 # Tratamento – tentativa de mobilização. Se obtiver sucesso, idem a anterior. Se não, dependerá dos sintomas 
do paciente. Ausência de dor� placa estabilizadora. Presença de dor � Placa estabilizadora. Persistência da dor � 
cirurgia. 
C) Deslocamento do complexo disco-cabeça da mandíbula 
 
1) Hipermobilidade 
- O complexo disco-cabeça da mandíbula translada excessivamente sobre o tubérculo articular. A maioria dos pacientes 
apresenta maior abertura quando boceja ou come. Pode ser seguida de procedimento de excessiva abertura por tempo 
prolongado como exodontia de terceiro molar, endodontia de molares, entubação endotraqueal, etc. Existe a 
predisposição genética à lassidão articular ou ainda pode estar presente em pacientes que apresentam tubérculo 
articular íngreme e overbite profundo. 
 * Sinais e sintomas – Durante a abertura os côndilos ultrapassam, após uma pausa momentânea, a crista do 
tubérculo articular, saltando para frente e para cima. Normalmente nem a dor e nem os estalos estão presentes. 
 # Tratamento – Quando o paciente apresenta menos que 12 ou 13 anos ou se a Hipermobilidade articular é 
generalizada, nenhum tratamento é indicado. Caso contrário é indicado educação postural para limitar a abertura de 
boca do paciente durante as funções normais ou quando bocejar. 
 
2) Deslocamento 
- Também conhecido como “travamento aberto”, caracteriza-se pela impossibilidade do paciente fechar a boca após 
uma ampla abertura bucal. O complexo côndilo-disco ultrapassa o tubérculo articular e devido à interferência do próprio 
tubérculo, associada a um espasmo muscular dos mm elevadores, fica impossibilitado oretorno do complexo à sua 
posição original. 
 * Sinais e sintomas – Boca aberta, presença de dor que aumenta ao tentar fechar a boca, mio espasmos, toque 
dos dentes posteriores e mordida aberta anterior. 
 # Tratamento – Instruir ao paciente tentar abrir a boca para tentar relaxar os músculos elevadores. Pedir ao 
paciente bocejar o mais que puder enquanto o clínico executa uma pressão suave para baixo e no sentido posterior do 
mento. Se não reduzir, posicionar os polegares atrás dos molares e pressioná-los para baixo e para trás enquanto o 
paciente boceja. Pode ser necessária a utilização de relaxantes musculares ou em casos mais severos, sedação com 
eventual procedimento cirúrgico. 
 
D) Condições inflamatórias 
- Sobrecarga da articulação (bruxismo, mastigação anormal, trauma, estiramento, infecção) pode causar uma resposta 
inflamatória na cápsula fibrosa, membrana sinovial e tecidos retro discais. Apresenta como sintoma principal a dor 
contínua aumentada com a função. 
 
1) Capsulite e Sinovite 
- Capsulite (inflamação da camada fibrosa externa da cápsula articular) e sinovite (inflamação da camada interna da 
sinóvia) são muito semelhantes e podem ocorrer após trauma compressivo da ATM, abertura prolongada, estiramentos, 
etc. 
 * Sinais e sintomas – Dor em repouso e piora com função. Movimento limitado por dor, dor à palpação direta 
sobre o pólo lateral da articulação (capsulite), possível presença de edema. 
 # Tratamento – Depende da etiologia. Em casos de macro traumas: orientar a função limitada mandibular, 
analgésicos leves, calor ou ultra-som na ATM. Em dores persistentes, uma injeção de corticosteróide na ATM (ou 
arredores) pode ser utilizada. Em casos de micro traumas crônicos: placa articular estabilizadora ou, em casos de 
deslocamento, placas reposicionadora podem ser utilizadas. 
 
2) Retrodiscite 
- Dada pela compressão do côndilo numa região altamente inervada e vascularizada que é a parte posterior do disco 
articular (região retro discal). Pode ser causada por um trauma agudo externo no mento ou por micro traumas crônico 
devido à perda de suporte em molar, bem como por deslocamento posterior do côndilo conseqüente ao deslocamento 
anterior do disco. 
 * Sinais e sintomas – dor constante e sensibilidade à palpação na região lateral e posterior da articulação. Dor 
aumentada com apertamento ou com movimentação mandibular para o lado afetado. Em casos de edema pode ocorrer 
falta de contato oclusal posterior no lado da região afetada. 
 # Tratamento – Em casos de macro trauma, o tratamento é similar à capsulite e/ou sinovite. Utilização de placa 
estabilizadora é bem indicada. Se houver deslocamento anterior do disco, uma placa reposicionadora é indicada. Se 
não houver resposta ao tratamento, uma injeção de corticosteróide pode ser benéfica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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E) Doenças degenerativas 
- As doenças degenerativas incluem duas desordens localizadas (osteoartrose e osteoartrite) e a poliartrite que é 
causada por uma condição artrítica sistêmica generalizada. Ocorrem quando uma sobrecarga nas articulações 
ultrapassa o limite regenerativo das mesmas. Idade e fatores sistêmicos afetam tal capacidade regenerativa. 
 
1) Osteoartrose 
- Desordem degenerativa não inflamatória da articulação que afeta principalmente os tecidos articulares e o osso 
subcondral. Uma pressão excessiva da ATM pode resultar em degeneração do tecido articular fibroso que cobre a 
cabeça da mandíbula. Tal superfície perde a compressibilidade elástica com transferência de carga diretamente ao 
osso. Os osteoclastos podem causar afilamento e perfuração da cortical articular do côndilo. Erosão generalizada e 
mudança do contorno do côndilo. 
 * Sinais e sintomas – ausência de dor e de ponto de sensibilidade à palpação. Possibilidade de limitação de 
movimentos. Em estágios mais avançados: crepitação. 
 # Tratamento – Em ausência de dor: terapia é contra-indicada. Se houver mudança de oclusão: tratamento 
dentário. 
 
2) Osteoartrite 
- Semelhante à osteoartrose, porém com presença de dor. Normalmente são graduais e auto limitadas, ou seja, vão 
aumentando e regridem progressivamente dentro de um período de três anos. A dor regride, os movimentos melhoram 
e os sons articulares também diminuem. 
 * Sinais e sintomas – Dor constante e localizada. Nos estágios iniciais a dor é pior após as funções e melhora 
com o repouso. Mais tarde pode haver após o repouso rigidez articular matinal e crepitação. Tempo frio e úmido 
normalmente piora a dor. Pode haver limitação de movimentação devido à dor. A porção lateral da articulação é 
sensível à palpação. Pode haver edema, mialgia e espasmos musculares. Mudanças radiológicas são evidentes nos 
estágios mais avançados como achatamento do côndilo, osteófito, formação cística e diminuição do espaço articular. 
 # Tratamento – Preparar o paciente para o estágio agudo de dor, Instrução de dieta pastosa e orientar a realizar 
movimentos mandibulares sem dor. Farmacoterapia com aspirina ou analgésicos leves, relaxantes musculares e um 
tranqüilizante é sugerido na presença de hiperatividade muscular. Em casos de dor severa: corticosteróide. Uso de 
placa estabilizadora pelo maior tempo possível. Em casos de deslocamento: intervenção cirúrgica. Casos extremos: 
cirurgia. 
 
3) Poliartrite 
- Desordem sistêmica que pode afetar a ATM. Existem várias entidades da poliartrite com diferentes etiologias: artrite 
reumatóide, artrite reumatóide juvenil, artrite infecciosa, doença de Lyme, artrite psoriática e desordem metabólica como 
hiperuricemia. Caracteristicamente afetam ambos os lados do corpo, inclusive as ATMs. A artrite reumatóide adulta e 
juvenil é a mais comum e 34 a 75% dos pacientes têm envolvimento nas ATMs. Enzimas são liberadas provocando a 
erosão e destruição do côndilo e osso temporal, com eventual anquilose fibrosa e deformidade ocluso facial. 
 * Sinais e sintomas – Dor e sensibilidade à palpação lateral durante o estágio agudo. Possível edema, hiperemia, 
calor, crepitação e limitação de função. Agravamento dos sintomas por atividade para funcional, mastigação abusiva ou 
normal. Devido à degeneração severa dos côndilos pode-se observar contatos somente nos molares, mordida aberta 
anterior e retrusão mandibular. O achatamento do tubérculo articular e mudanças na fossa mandibular são muito 
comuns. 
 # Tratamento – Médico. A terapia de suporte da ATM é paliativa e envolve repouso da articulação, fisioterapia e 
utilização de fármacos (analgésicos e injeção de corticosteróide). Placa estabilizadora. Em casos extremos: cirurgia 
ortognática. 
 
F) Anquilose 
- Imobilidade ou consolidação da articulação devido à doença, trauma ou procedimento cirúrgico. Esta categoria de 
disfunção, até 1974 era vista como deslocamento de disco devido à limitação de movimentos presentes. A partir desta 
época, com a utilização da artroscopia, tem ganhado grande aceitação. 
 
1) Anquilose fibrosa 
- O tecido fibrótico pode aderir ao côndilo (cabeça da mandíbula), ao disco e/ou tecido retro discal, fossa ou tubérculo 
articular. A causa mais comum é um hematoma secundário a um trauma na articulação. Adesões na articulação (devido 
ao apertamento e diminuição da lubrificação) podem levar a anquilose fibrosa. No estágio inicial a adesão pode ser 
facilmente removida. Se perdurar, tende a se tornar permanentemente fixa. 
 * Sinais e sintomas – Translação restrita tanto em abertura como protrusão e lateralidades. Dor variada 
provavelmente associada às tensões ligamentares. A imagem de tecidos moles auxilia no diagnóstico diferencial de 
deslocamento de disco. 
 # tratamento – Depende da dor presente e do grau de disfunção. Em casos de função adequada e pequeno 
desconforto, nenhum tratamento é indicado.Caso contrário, a cirurgia artroscópica seguida de fisioterapia é indicada. 
 
2) Anquilose óssea 
- Essa condição é provocada pela proliferação das células ósseas causando união das estruturas rígidas da ATM, 
resultando em completa imobilidade. Ocorre devido à infecção, fratura ou doença inflamatória crônica. É bastante 
incomum. 
 * Sinais e sintomas – Normalmente não está associada à dor. Limitação de todos os movimentos, 
semelhantemente à anquilose fibrosa. Estudo por imagem revela conexão entre superfícies ósseas. 
 # Tratamento – Cirurgia para remoção da união e fisioterapia. 
 
 
 
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II. Desordens musculares 
 
A) Co-contração protetora 
- A contração muscular é um mecanismo reflexo que tem ação protetora das partes lesadas que envolvem o Sistema 
Nervoso Central, resultando em apertamento com função de limitar os movimentos. 
 * Sinais e sintomas – amplitude de movimentos restrita, dor com movimento e sensação de fraqueza muscular. 
 # Tratamento – quando a causa é removida não há necessidade de tratamento. Repouso e calor promovem 
alívio. Relaxantes musculares e antiinflamatórios podem ser benéficos. Uma placa oclusal ajuda em casos de 
parafunções e melhora a amplitude dos movimentos. 
 
B) Mioespasmo (Dor Aguda) 
- Manifestação de um ou vários músculos, manifestada como contração crônica tônica involuntária, causando limitação 
de movimento. Ocorre por muitas causas como estiramento ou alongamento excessivo de músculos já abalados com 
co-contração. Pode durar de minutos a dias. Pode estar associado a causas de sistema nervoso central como dores 
somáticas e uso de certos medicamentos como tranqüilizantes maiores. 
 * Sinais e sintomas – Esta desordem é comumente classificada como “câimbra”. Pode ser distinguida 
eletromiograficamente da co-contração protetora. Pode ser acompanhada por contração isométrica (rigidez por tensão) 
ou isotônica (encurtamento). Uma abertura pode ser reduzida de 10 a 20 mm. Pode variar de difusa a lancinante. A 
contração pode alterar a oclusão dependendo do músculo afetado. 
 # Tratamento – Mesmo sem tratamento o espasmo e a dor frequentemente diminuem. Restrição dos movimentos 
dentro dos limites sem dor é bastante efetiva. Calor leve e massagens suaves proporcionam alívio. O frio pode ajudar. 
Analgésicos são mais efetivos que os relaxantes musculares. A placa oclusal pode ajudar em casos de fatores 
contribuintes para a piora como apertamento diurno e/ou noturno. Outros fatores contribuintes importantes são: 
problemas ocupacionais (cantores, músicos e mergulhadores) e emocionais (exames escolares, doença familiar e 
processos litigiosos). 
 
C) Miosite (Dor Aguda) 
- Inflamação de um músculo, resultante de uma causa local. Os músculos masseter e pterigóideo medial são os mais 
frequentemente envolvidos. Podem ocorrer devido a traumatismos externos (esportes de contato), estiramentos ou 
infecções (abscessos) ou por contração protetora e mio espasmos prolongados e severos. Característica típica: dor 
muscular contínua. 
 * Sinais e sintomas – Dor, edema e músculos doloridos à palpação. A dor ocorre em repouso e aumenta em 
função. Pode resultar em contração muscular protetora devido à dor contínua. Se não tratada pode evoluir para 
contração miofribótica ou encurtamento sem dor do músculo. Quando envolve tendão é chamada de tendinite. 
 # Tratamento – Limitar os movimentos e indicar analgésicos leves. Após a fase inicial e melhorada a inflamação, 
pode ser indicada fisioterapia para diminuir edema e ampliar movimentos. A placa estabilizadora é indicada não para o 
tratamento da miosite, porém para evitar episódios recorrentes devido ao apertamento e bruxismo. 
 
D) Dor miofascial (Dor Crônica) 
- Tem sido relatada como uma das causas mais comuns de dor persistente na região de cabeça e pescoço. É 
caracterizada por dor referida de um ponto-gatilho. Ponto-gatilho é definido como uma sensibilidade localizada (um a 
dois mm de diâmetro) e profunda das bandas tensas dos músculos esqueléticos, tendões ou ligamentos, capaz de 
causar dor referida numa determinada área, quando estimulado. A área de percepção da dor referida pelo ponto-gatilho 
irritado é conhecida como zona de referência. Esta pode estar no próprio ponto-gatilho ou distante dele. É de difícil 
diagnóstico, pois não existe nenhum déficit neurológico associado a essa desordem, exames de sangue e urina são 
normais e estudos de imagens como radiografias e ressonância magnética, não revelam nenhuma alteração patológica. 
O exame de palpação minuciosa é o método mais apropriado para diagnóstico, usando pressão digital profunda e única, 
com 2 a 4 kg de pressão/10seg. 
Um sinal clássico que distingue a dor miofascial é a reação do paciente quando um ponto gatilho é palpado. Este 
sinal é denominado de sinal de pulo, pois o paciente normalmente reage com um movimento abrupto de cabeça, 
enrugamento da testa ou face ou expressões verbais tipo “ai!”. Terapias específicas nos pontos gatilho podem ajudar a 
diagnosticar a dor miofascial. Estas terapias incluem spray, alongamento ou injeções com anestésicos locais nos 
mesmos, com redução ou eliminação da sensibilidade na zona de referência. A etiologia da dor miofascial é bastante 
ampla desde traumatismos, abertura excessiva, movimentos rápidos, apertamento, tensão, hábitos para funcionais a 
fatores genéticos, mecânicos ou sistêmicos. 
 * Sinais e sintomas – músculos com pontos-gatilho palpáveis e áreas de dor local e referida. Os músculos 
afetados podem também exibir fadiga aumentada, rigidez, fraqueza e amplitude reduzida. Muitas vezes esta disfunção é 
acompanhada de outros sinais como fadiga, tensão, articulações rígidas, edema, tremores, dormência, visão embaçada, 
contrações musculares, erupções de pele, excesso de lacrimejamento, dor na orelha, zumbido, audição diminuída, 
tontura, vertigem, entupimento da orelha, sensação de arranhão, hiperestesia cutânea e sensibilidade dental. 
 # Tratamento – Quanto mais complexa e com maior número de pontos-gatilho estiverem presentes, maior deverá 
ser o número de profissionais que deverão estar envolvidos (equipe multidisciplinar). O tratamento pode incluir 
exercícios, injeções dos pontos-gatilho, alongamentos, spray frio, estimulação elétrica trans cutânea (TENS), 
biofeedback, correção postural, medicamentos, etc. Existem fatores contribuintes que podem perpetuar a disfunção. 
Tais fatores incluem fatores comportamentais, posturais, biológico-estruturais que podem envolver desde a perda de um 
dente posterior a uma lordose da coluna cervical. 
 
E) Fibromialgia (frequentemente confundida com dor miofascial) 
- Enquanto normalmente a dor miofascial é primária, envolvendo um ou mais músculos específicos, a fibromialgia é uma 
doença generalizada, sistêmica de tecidos moles, caracterizada por dor pelo corpo. A dor é espalhada. A Associação 
Americana de Reumatologia oferece diagnósticos específicos para a fibromialgia. Normalmente acomete mulheres entre 
 
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25 e 50 anos, associada a distúrbios do sono e fadiga, bem como pacientes forma de forma ou sem condicionamento 
físico. 
 * Sinais e sintomas – Dor generalizada e difícil de apontar “dói por todo o corpo”. Dor na coluna (porção inferior), 
pescoço, tórax e mãos. Deve possuir no mínimo 11 de 18 pontos específicos sensíveis bilaterais e simétricos. A dor 
deve estar presente há pelo menos três meses. 
 # Tratamento – Educar o paciente a respeito da doença. Cada tratamento depende da severidade da desordem. 
Não existe cura, o objetivo principal da terapia é reduzir a severidade dos sintomas e encorajar o paciente a adaptar-se 
ao padrão de períodos de remissão e exacerbação. Fármacospodem ajudar desde antidepressivos às relaxantes 
musculares de ação central. Exercícios suaves para melhora da condição física, redução de stress no trabalho, leve 
massagem, biofeedback, terapia comportamental cognitiva, hipnose e tratamentos de auto-ajuda, podem contribuir para 
a melhora. 
 
F) Contratura muscular (Dor Crônica) 
- É o encurtamento clínico do comprimento do músculo sem interferir na sua habilidade de contrair. A dor acontece 
quando, por exemplo, a mandíbula é forçada, além do limite de amplitude, na tentativa de aumentar a abertura. Pode 
ser dividida em dois tipos: miotática e miofibrótica. A miotática ocorre quando o músculo foi mantido em um estado 
parcialmente contraído, sem relaxar totalmente. A miofibrótica é resultado da formação de tecido cicatricial por uma 
condição inflamatória (Miosite) ou traumatismo no músculo. 
 * Sinais e sintomas – Nos dois tipos ocorre limitação sem dor durante a abertura. Movimentos protrusivos e 
laterais são normais. Abertura forçada: dor. 
 # Tratamento – No caso da miotática as modalidades de fisioterapia que melhoram a circulação e aumentam a 
amplitude de movimento surtem efeito positivo. Se existirem hábitos de apertamento uma placa de estabilização pode 
ser de grande ajuda. A contratura miofibrótica tem prognóstico ruim, pois o encurtamento pode ser permanente. Por 
fisioterapia alguma amplitude de movimento pode ser conseguida com tração leve. Em casos mais severos, um método 
definitivo de tratamento é a remoção cirúrgica da inserção muscular e reinserção da mesma. 
 
MATERIAIS ODONTOLÓGICOS 
 
1. materiais para moldagem 
2. gessos 
3. materiais de cimentação 
4. materiais restauradores indiretos 
 metal 
 porcelana 
 resinas indiretas 
 
ENDURECIMENTO RÍGIDO ELÁSTICO 
IRREVERSÍVEL 
REAÇÃO QUÍMICA 
GESSO PARIS 
PASTA ZINCOEUGENÓLICA 
ALGINATOS 
SILICONES 
MERCAPTANAS 
POLIETERES 
REVERSÍVEL 
REAÇÃO TÉRMICA 
GODIVA 
CERA 
HIDROCOLÓIDE REVERSÍVEL 
 
 
Propriedades requeridas: 
1) Exatidão 
2) Elasticidade/ recuperação elástica 
3) Estabilidade dimensional 
4) Fluidez e Resistência ao rasgamento 
5) Compatibilidade 
6) Preço 
7) Propriedades Tixotrópicas: capacidade de um gel se liquefazer à medida que lhe aplicamos uma determinada 
quantidade de calor ou uma força mecânica, como cisalhamento ou vibrações. (Ex.: mel de abelha). 
8) Tempo de trabalho: disponível para manipulação e Tempo de presa: necessário para que se processem as 
reações químicas. 
 
 
MOLDAGEM 
 
•moldagem = ato de moldar 
•modelo = positivo, reprodução da anatomia 
•molde = negativo, reprodução da anatomia no material de moldagem 
 
 
 
 
 
 
 
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ELASTÔMEROS AQUOSOS PARA MOLDAGEM 
 
HIDROCOLÓIODES REVERSÍVEIS 
-HIDROCOLÓIDES = hidro + colóide (Colóide que contém água como fase dispergente) 
•COLÓIDES ou sistemas coloidais são misturas heterogêneas em que o diâmetro médio das partículas do disperso se 
encontra na faixa de 10 a 1.000 ângstrons. 
•DISPERSO: em uma dispersão coloidal é a espécie em menor quantidade. 
•DISPERGENTE : é o meio dispersante em uma dispersão coloidal, sendo identificado por estar em maior quantidade. 
Exemplos: vidro temperado (sol sólido); geléia (gel); sangue (células em plasma); leite (gordura em água); chantilly (ar 
em creme); fumaça (cinzas no ar) bruma ou nevoeiro (água em ar). 
 
Possíveis alterações dimensionais dos hidrocóloides 
•Evaporação: perda de água (vapor)→ contração 
•Sinérese: perda de água (líquida) e exudatos salinos→ contração 
•Embebição: absorção de água→ expansão 
 
Hidrocolóide Reversível (Agar) 
•É (era) um material utilizado para moldagens que apresenta características peculiares, pois quando aquecido amolece, 
tornando-se um líquido viscoso (sol) e quando esfria, endurece, formando um sólido elástico. 
Histerese: intervalo entre a temperatura de gelificação e temperatura de liquefação/solificação. 
 
•Aplicações 
- Moldagens totais 
- Moldagens de quadrantes 
- Moldagens para coroas e pontes 
- Material para duplicação em laboratório 
- Moldagens para PPR 
- 
•Composição 
- Ágar (12 a 15%) – como agente de geleificação 
- Bórax (0,2%) – melhora a resistência e consistência de trabalho 
- Sulfato de potássio (1 a 2%) – proporciona superfície satisfatória sobre os modelos ou troquéis de gesso 
- Corantes – favorecem análise da precisão do molde 
- Aromatizantes – conforto 
- Água (� 80%) 
 
 
Gelificação/solidificação 
Sol <---------------> Gel 
Liquefação/solificação 
 
O processo de geleificação (solidificação) é induzida por alterações de temperatura 
Temperatura de gelificação: 37°C 
Temperatura de solificação: > que 37°C 
 
•Algumas propriedades 
- Temperatura de geleificação 
Esp. no 11 ADA: 370C < Gel < 450C 
- Alterações dimensionais 
Sol � Gel : Desprezíveis 
Após remoção da boca: Significantes 
- Recuperação elástica: Muito boa (98,8%) 
 
Manipulação do material: 
Usualmente fornecido de duas formas seringas (mais fluidos e injetados diretamente ao dente ou preparos) e em tubos 
(mais viscosos e servem de preenchimento da moldeira). 
O material deverá ser transformado do estado gel para o estado sol (10 minutos a 100°C) 
Quando reliqüefeito após uso prévio, adicionar 3 minutos ao tempo recomendado para fluidificação. 
Temperatura de armazenagem: 65 a 68°C 
Condicionamento do material pesado: 17minutos a 43°C 
A remoção da camada externa do hidrocolóide para moldeira imersa em água (condicionado) com gaze seca ou 
esponja favorece uma união firme entre este material com o hidrocolóide leve da seringa. 
A gelificação é favorecida pela circulação de água fria a uma temperatura de 18 a 21C, pelos tubos ou canalizações que 
existem nestas moldeiras, por 5minutos. Temperaturas mais elevadas da água( quando armazenadas ) causam um 
resfriamento muito rápido causando concentração de tensões próxima a moldeira quando a gelificação ocorre. 
Tempo de separação do modelo do molde: 30 a 60min 
Desinfecção: composto a base de iodo ou glutaraldeído. 
 
 
 
 
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HIDROCOLÓIODES IRREVERSÍVEIS 
É um pó que misturado com água passa do estado sol para gel devido à reação química. Indicado para 
moldagens de estudo ou da arcada antagonista ao dente preparado. Tem baixa estabilidade dimensional (sofre 
sinérese, embebição e evaporação) e pouca capacidade de reproduzir detalhes. 
O componente principal do hidrocolóide irreversível para moldagem é um alginato solúvel (alginato de sódio, potássio e 
amônia). A gelificação ocorre devido a uma reação química. O profissional prepara o sol e a temperatura não é um fator 
usado durante este procedimento. 
 
•Tipos 
– Especificação no 18 da ADA 
• Tipo I (presa rápida): 
 60seg < geleificação < 120seg 
• Tipo II (presa normal): 
 2,0min < geleificação < 4,5min 
 
•Aplicações 
– Moldagens totais 
• Modelos de estudo 
• Modelos para ortodontia 
– Moldagem preliminar ou anatômica para PT 
– Moldagem para PPR 
– Moldagens de quadrantes 
– Duplicação de modelos 
– Moldagens de arcada antagônica (prótese) 
 
•Composição: 
Alginato de potássio: 15% alginato solúvel 
Sulfato de cálcio: 16% reagente 
Óxido de zinco: 4% carga 
Fluoreto de potássio e titânio: 3% promovem presa acelerada do gesso assim como superfície mais dura do mesmo. 
Terra diatomácea (diatomita): 60% carga, aumentando a dureza e a resistência do gel, assegurando uma superfície 
firme e não aderente 
Fosfato de sódio: 2% retardador. 
 
Obs: o íon Ca++ é essencial para a realização da reação química, já que o alginato também pode ser comercializado em 
formade um sol que contém água, mas nenhum íon Cálcio. Assim um reagente a base de gesso Paris pode ser 
adicionado ao sol para desencadear a reação química de gelificação. 
Poeira de alginato: partículas de sílica que devem evitar serem inaladas. 
Estrutura do gel: fibrilas mantém unidas por ligações primárias formando um complexo molecular de ligações cruzadas 
ou uma estrutura polimérica em forma de rede. 
 
Controle do tempo de gelificação: controlado pela quantidade de retardadores adicionados 
Tipo I (presa rápida) entre 60 e 120 segs 
Tipo II (presa normal) entre dois e quatro e meio minutos 
 
A temperatura da água deverá ser controlada estar em torno de 20C, obtendo-se um tempo de gelificação constante e 
que pode ser repetido em temperaturas ambientes diversas. 
Tempo de separação modelo/molde: 60minutos 
 
 
•Reação química: alginato solúvel reage com o sulfato de cálcio para produzir um alginato insolúvel de cálcio, que é o 
gel, assim: 
2Na3PO4 + 3CaSO4 � Ca3(PO4)2 + 3Na2SO4 (1) 
(sal retardador solúvel) (reagente) (sal insolúvel) 
Quando o suprimento de fosfato trissódio termina, os íons cálcio iniciam a sua reação com o alginato de potássio para 
produzir o alginato de cálcio, assim: 
KnAlg + n/2 CaSO4 � n/2 K2SO4 + Ca n/2Alg (2) 
(alginato solúvel) (reagente) (alginato insolúvel: gel) 
 
Para prolongar o tempo de presa →água gelada 
Tempo de espatulação →45 seg a 1 min. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tipos de falha: 
TIPO 
 
CAUSA 
1. Material granuloso a. manipulação imprópria 
 b. manipulação prolongada 
 c. gelificação indevida 
 d. relação água/pó muito baixa 
2. Rasgamento a. espessura inadequada 
 b. contaminação pela umidade 
 c. remoção prematura da boca 
 d. manipulação prolongada 
3. Bolhas de ar a. gelificação inadequada que impede escoamento 
 b. incorporação de ar durante a manipulação 
4. Poros com forma irregular a. umidade ou detritos sobre os tecidos moldados 
5. Modelo de gesso rugoso ou 
pulverulento 
a. limpeza inadequada do molde 
 b. excesso de água deixado no molde 
 c. remoção prematura do modelo 
 d. deixar o modelo em contato prolongado com o molde 
6. Distorção a. não-vazamento imediato do molde 
 b. movimentação da moldeira durante a gelificação 
 c. remoção prematura da boca 
 d. remoção inadequada da boca 
 e. manutenção do molde por muito tempo na boca (só p/ certas marcas) 
 
 
 
Algumas propriedades de materiais elásticos para moldagem (O´Brien – 1981) 
 AGAR ALGINATO POLI
SSU
LFE
TO 
SILICO
NE DE 
CONDE
NSAÇÃ
O 
SILICO
NE DE 
ADIÇÃO 
POLIÉT
ER 
 
Recuperação 
elástica (%) 
98,8 97,3 97,9 99,5 99,7 98,9 
Flexibilidade (%) 11 12 7 5 2,6 2 
Escoamento xx xx 0,5 0,09 0,03 0,03 
Limite de 
reprodução (µm) 
25 75 25 25 25 OU 
MENOS 
25 
Contração em 
24h (%) 
xx xx 0,25 0,6 0,05 0,3 
•Manipulação 
– Agitar a lata (afofamento / ventilação) 
– 1 colher de pó para 1 medida de água 
– Temperatura da água 
– Tempo de espatulação: 45 a 60seg 
– Geleificação: 3 a 4min após espatulação 
– Espessura mínima na moldeira: 3mm 
– Retenção mecânica na moldeira 
– Verter gesso imediatamente 
– Tempo de separação molde/modelo: 60min 
 
 
 
 
 
 
 
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•Desinfecção do molde 
•Convencional 
 Banho de imersão por 10min ou spray 
Hipoclorito de sódio ou glutaraldeído 
 
•Recomendação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças 
-Água sanitária caseira (solução de 1/10), Iodo ou fenóis sintéticos 
-Lavar em água corrente 
-Borrifar (spray) sobre o molde (não submergir) 
-Embrulhar o molde em papel-toalha umedecido com o agente desinfetante 
-Selar o molde em um saco plástico por 10min 
-Remove-se o papel-toalha e o excesso de água e verte-se o gesso 
•Vantagens 
– fácil manipulação 
– baixo custo 
– ser hidrofílico 
– fácil limpeza 
– não mancha 
– fácil controle do tempo de trabalho 
– elastomeros não aquosos para moldagem 
 
•Desvantagens 
– estabilidade dimensional 
– verter gesso imediatamente 
 
ELASTOMEROS 
– Polímero com propriedades físicas parecidas com a borracha. Novo Dicionário Aurélio Da Língua Portuguesa. 
1986. 
– Polímero que apresenta elasticidade. Dicionário Enciclopédico ilustrado Veja – Larousse. 2006. 
– Material de moldagem com ligação cruzada fraca, com propriedades elásticas. Phillips – Materiais Dentários – 
Anusavice. 1998. 
 
São identificados como materiais elastoméricos (borrachóides) não aquosos para moldagens odontológicas. 
Existem quatro tipos de elastômeros utilizados como materiais de moldagem: os polissulfetos, os silicones que 
polimerizam por condensação, os silicones que polimerizam por adição e os poliéteres. 
Associação Dentária Americana reconhece apenas três tipos de materiais borrachóides, onde a classificação é 
baseada em propriedades elásticas selecionadas e nas alterações dimensionais dos materiais polimerizados, em vez de 
suas características químicas de reação de polimerização. Subdivide cada grupo em quatro classes de viscosidade: 
pesada ou massa (muito viscosa), regular (viscosidade média), leve (baixa viscosidade/fluida) e muito leve (muito 
fluida). 
Vulcanização ou cura: processo de transformação de um produto à base de borracha ou de um polímero líquido 
em um material borrachóide. 
 
•Classificação 
•Elastômeros aquosos 
– Hidrocolóide reversível (agar) 
– Hidrocolóide irreversível (alginato) 
•Elastômeros não aquosos (espec. no 19 ADA) 
– Polissulfetos 
– Silicone de polimerização por condensação 
– Silicone de polimerização por adição 
– poliéter 
POLISSULFETO 
Ingrediente básico é uma mercaptana polifuncional. Forma ligações cruzadas em função de agentes oxidantes, 
sendo o dióxido de chumbo o mais utilizado, provocando também um aumento na cadeia polimérica. A reação de 
polimerização é exotérmica. 
Pasta base: polímero de polissulfeto (mercaptana), agente de carga (litopone e dióxido de titânio), dibutil ftalato 
(plastificante conferindo viscosidade) e enxofre. Pasta catalisadora ou aceleradora (reagente): dióxido de chumbo 
Para espatulação, comprimentos iguais das duas pastas sobre uma placa de vidro. Possui tempo de trabalho 
longo. O molde deve ser vazado imediatamente. 
 
Aplicações: 
• Moldagens unitárias (prótese e dentística) 
• Moldagens de quadrantes 
• Moldagens totais 
– Próteses parciais fixas 
– Próteses parciais removíveis 
– Próteses totais (moldagem funcional) 
 
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Três viscosidades (espec. 19 da ADA) 
– Classe 1 � Consistência pesada 
– Classe 2 � Consistência regular 
– Classe 3 � Consistência leve 
 
Apresentam-se em forma de duas pastas 
– Pasta base (branca) 
• Polímero de polissulfeto 
• Carga: sulfato de bário, sulfeto de zinco (resistência) 
• Plastificador: dibutilftalato (viscosidade) 
• Enxofre: auxilia a reação 
– Pasta catalizadora (marrom) 
Dióxido de chumbo, enxofre, ftalato de dibutila,etc 
 
Reação de presa: 
Mercaptana + Dióxido de chumbo���� Polissulfeto + òxido de chumbo + água 
 
Manipulação de Polissulfeto 
– Moldeira individual com adesivo 
– Placa de vidro ou bloco fornecido pelo fabricante 
– Comprimento de pastas iguais 
– Espátula larga e rígida 
– Espatulação (45 a 60seg.) – homogeneização 
– Reação de polimerização exotérmica (não sensível) 
– Verter gesso imediatamenteVantagens 
• Boa reprodução de detalhes (precisão) 
• Resistência a rasgamento 
• Custo 
• Tempo de trabalho longo 
• Vida útil longa 
 
Desvantagens 
• Moldeira individual 
• Sabor e odor 
• Verter Imediatam/e 
• Estabilidade dimensional 
• Deformação 
• Mancha a roupa 
 
Desinfecção do molde 
• Imersão por 10min em uma solução de hipoclorito de sódio a 10% 
Silicones polimerizados por condensação 
Elastômero formado através da ligação cruzada entre os grupamentos terminais do polímero de silicone o silicato 
alquímico. Nota-se que o álcool etílico é formado como subproduto desta reação de polimerização, quando sua 
evaporação subseqüente provavelmente determina uma maior contração que acontece nestes silicones borrachóides. 
Conceito: endurecimento (presa) não significa polimerização ou cura. Após o endurecimento, o molde pode ser 
removido da boca sem que haja deformações permanentes, todavia a reação ou cura é continuada por até duas 
semanas, com conseqüente deformação. Assim, os moldes obtidos por meio deste silicone deverão ser vertidos 
imediatamente. A carga possui grande influência na resistência dos elastômeros a base de silicone os corantes são 
comumente empregados para que haja homogeneidade na mistura. 
 
• Tipos 
– Pesado (consist. pesada): massa/pasta ou líquido 
– Regular (consist. regular): pasta/pasta ou líquido 
– 
• Aplicações 
– Moldagens unitárias 
– Moldagens de quadrantes 
– Moldagens totais 
• Dentados 
• Desdentados 
• Parcialmente desdentados 
 
 
 
 
 
 
 
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Composição: 
Pasta ou massa básica 
• Polidimetil siloxano, contendo grupamentos hidroxílicos terminais – reagente 
• Sílica coloidal ou óxido metálico – agente de carga 
• 30 a 40% nas pastas 
• 75% nas massas 
• Corante 
 
Catalisador 
• Ortossilicato tetraetílico – agente de ligação cruzada 
• Octoato de estanho – catalisador 
 
Reação de presa: podimetil siloxano + ortossilicato tetraetílico →silicone borrachoide + álcool etílico 
 
Manipulação 
– Moldeira individual com adesivo 
– Placa de vidro ou bloco fornecido pelo fabricante 
– Comprimento de pastas iguais 
– Espátula larga e rígida 
– Espatulação vigorosa e rápida 
– Verter gesso imediatamente 
 
Tempo de trabalho: 2,5 a 3,0min 
 
Desinfecção do molde: Imersão por períodos curtos (menos de uma hora) em qualquer solução desinfetante 
 
Vantagens 
• Alta resistência a deformação 
• Boa reprodução de detalhes 
• Adequada resistência a rasgamento 
• Tempos de trabalho e de presa adequados 
 
Desvantagens 
• Estabilidade dimensional 
• Vazamento imediato 
• Custo relativamente alto 
 
SILICONES POR ADIÇÃO (polivinil siloxanas ou polissiloxanas vinílicas) 
Tanto a pasta base quanto à catalisadora contem um silicone vinílica. Se mantido um bom equilíbrio de reação 
entre o silicone vinílica e a silicone híbrido, não haverá nenhum subproduto de reação, porém um desequilíbrio 
causará a produção do gás hidrogênio causando bolhas na superfície do molde e vazios na superfície do modelo. 
Platina ou paládio tem a função de neutralizar este gás. 
Há necessidade de dispensadores automáticos de mistura Limitações: o enxofre utilizado em fios de afastamento 
gengival ou encontrado em luvas de látex e ainda sulfato de alumínio (hemostático) parecem retardar a polimerização 
do material. O cloreto férrico parece não interferir no processo. 
 
• Tipos 
– Pesado (consist. pesada): massa/pasta ou pasta 
– Regular (consist. regular): pasta/pasta 
– Leve (consist. leve): pasta/pasta 
 
• Aplicações 
– Moldagens unitárias 
– Moldagens de quadrantes 
– Moldagens totais 
• Dentados 
• Desdentados 
• Parcialmente desdentados 
• 
Composição 
Pasta ou massa básica 
• Polivinil siloxano 
• Corante 
Pasta catalizadora 
• Siloxano organo hidrogenado – reagente 
• Sal de platina – catalizador 
• Sílica coloidal – agente de carga 
• Maior quantidade em massas 
• Menor quantidade em pastas 
 
Reação de presa: Polimetil siloxano+ Siloxano organo hidrogenado →Silicone borrachoide+ sem sub-produto. 
 
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Manipulação 
– Moldeira individual com adesivo 
– Placa de vidro ou bloco fornecido pelo fabricante 
– Comprimento de pastas iguais ou sistema “auto-mix” 
– Espátula larga e rígida 
– Espatulação vigorosa e rápida (30 a 40 seg.) 
– Verter gesso até 7 dias 
– Para o material pesado: Luva de vinil 
 
Desinfecção do molde 
- Imersão em uma solução de hipoclorito a 10% ou de glutaraldeído a 2% por 10 a 15 min. 
 
Vantagens 
• Alta resistência a deformação 
• Excelente reprodução de detalhes 
• Moderada resistência a rasgamento 
• Tempos de trabalho e de presa adequados 
• Pode ser vertido gesso tardiamente 
• Estável na maioria das soluções desinfetantes 
 
Desvantagens 
• Maior dificuldade de remoção do molde da boca (menor flexibilidade) 
• Alto custo 
• Enxofre da luva inibe a polimerização 
• Sulfato de alumínio e enxofre férrico podem inibir a polimerização (soluções hemostáticas) 
• Verter gesso, no mínimo, depois de 1 hora de obtido o molde 
 
POLIÉTER 
Polimerizado através de uma reação entre um anel de aziridino que se unem as partes terminais das moléculas 
de poliéter. 
Possui alta rigidez após polimerização. Não apresenta formação de subprodutos. Tempo de trabalho curto. 
 
Tipos 
– Regular (consist. regular): pasta/pasta 
 
Aplicações 
– Moldagens unitárias 
– Moldagens que não mais que 3 dentes 
 
Composição 
Pasta base 
• Poliéter com peso molecular baixo e com grupos terminais de etileno amina 
• Sílica coloidal – agente de carga 
• Éter glicólico ou ftalato – plastificante 
Pasta catalizadora 
• Éster sulfônico ácido, aromático 
• Sílica coloidal – agente de carga 
• Éter glicólico ou ftalato – plastificante 
 
Reação de presa: Poliéter(pasta base)+Éster sulfônico (catalizador)→Poliéter borrachóide (molde) 
 
Manipulação 
• Moldeira individual com adesivo 
• Placa de vidro ou bloco fornecido pelo fabricante 
• Comprimento de pastas iguais 
• Espátula larga e rígida 
• Espatulação vigorosa e rápida 
 
Tempo de trabalho: 2,0min (Curto) 
Tempo de presa: 2,5min 
 
Desinfecção do molde 
• Imersão por menos de 10 min. em glutaraldeído a 2 %, ou qualquer outro desde que seja breve. 
 
Vantagens 
• Boa reprodução de detalhes 
• Estabilidade dimensional 
• Vazamento em até 7 dias 
 
 
 
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Desvantagens 
• Alto custo 
• Baixo tempo de τ. 
• Remoção difícil (rigidez) 
• Moldeira individual 
• Sabor desagradável 
• Resistência a rasgamento moderada 
 
Conceitos: 
Tempo de presa: aquele passado desde o início da manipulação até que a polimerização tenha atingido um grau 
suficiente que permita remover o molde da boca com um mínimo de distorção. “o tempo de presa não coincide com o 
tempo de polimerização”. 
Tempo de trabalho: inicia-se ao começar a espatulação e termina imediatamente antes que o material apresente 
propriedades elásticas. O tempo de trabalho aceitável nestes materiais deve exceder os tempos utilizados para a 
espatulação, para o preenchimento da seringa e/ou da moldeira, para a injeção do material da seringa nos preparos 
cavitários e para a acomodação da moldeira na boca. 
Rigidez aumenta na seguinte ordem: polissulfetos, silicones por condensação, silicones por adição e poliéteres. 
Estabilidade dimensional aumenta na seguinte ordem: silicones por condensação, polissulfetos, poliéteres e siliconesde 
adição. 
 
Tipos de falhas: 
TIPO 
CAUSA 
1. Superfície rugosa ou 
indefinida do molde 
a. Remoção prematura da boca, relação entre componentes imprópria, 
manipulação inadequada ou óleo, agentes que contaminam o material ou 
inibem a polimerização 
b. Relação acelerador/base excessivamente alta nos silicones por 
condensação 
2. Bolhas a. Ar incorporado durante a mistura ou no ato da moldagem. 
3. Poros de forma irregular a. umidade ou detritos na superfície dos dentes 
4. Modelo de gesso pedra 
rugoso ou pulverulento 
a. limpeza inadequada do molde 
b. excesso de água deixada na superfície do molde 
c. excesso de umectante deixado na superfície do molde 
d. remoção prematura do modelo 
e. manipulação inadequada do gesso-pedra 
f. não ter aguardado 1 às 2h para o vazamento do silicone por adição 
5. Distorção a. falta de adesão do elastômero à moldeira por um recobrimento 
inadequado com o adesivo. Carregamento da moldeira com o material 
imediatamente após a aplicação do adesivo ou pelo uso de adesivo 
inadequado. 
b. Falta de retenção mecânica para aqueles materiais cujo adesivo não 
é efetivo 
c. Inicio da presa do material antes que moldeira seja assentada 
d. Espessura excessiva de material 
e. Alívio insuficiente para o material de reembasamento 
f. Movimentação da moldeira durante a polimerização 
g. Remoção prematura ou imprópria da boca 
h. Retardo no vazamento dos polissulfetos ou silicones de 
condensação. 
 
 
PASTA ZOE 
Material anelástico, indicado para moldagens de rebordos. Possui estabilidade dimensional satisfatória. 
Bálsamo do Canadá: neutraliza a ação irritante do eugenol, tem propriedades emolientes e auxilia a textura da pasta 
Azeites (Oliva, linhaça, minerais) que dão textura à pasta e plasticidade, embora retardem o tempo de presa 
Corpos untuosos (lanolina, vaselina, parafina) similar a função dos azeites 
Aceleradores: sais metálicos (cloreto de magnésio, óxido de magnésio, acetato de zinco) 
Anilinas para dar cor 
Essências aromáticas 
 
Tempo de presa: varia com as proporções da mistura, tempo de espatulação, temperatura, umidade do ambiente, 
aceleradores e retardadores empregados na composição da pasta. 
 
 
 
 
 
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GODIVA 
Material anelástico. Pode ser: tipo I: godiva para moldagem de desdentados. Tipo II: para moldagem como 
moldeira individual. 
 
Composição: é uma mistura de resinas e ceras termoplásticas, de partículas de carga e um agente corante. Ao se 
variarem as proporções dos vários ingredientes, pode-se ter compostos com propriedades físicas diferentes. As resinas 
e ceras amolecem com o calor e fornecem fluidez e coesão, a carga dá o volume, permitindo uma consistência de 
trabalho adequada. O ruge produz uma característica de cor marrom-avermelhado e ele é o pigmento mais comum. 
• ácido esteárico, que lhe dá a condição de plasticidade e o palmítico de endurecimento 
• ácido oléico controla o seu ponto de fusão e dureza 
• Incorporadores: talco, giz francês, barita e pedra-sabão 
• Corantes e substâncias para melhorar sabor e odor 
 
Condutibilidade térmica: BAIXA. Quando imersas em água quente ou quando aquecidas sobre uma chama, elas 
amolecem rapidamente de fora para dentro. Ao ser aquecido por uma chama é necessário ter cautela para prevenir que 
a porção mais externa seja sobre-aquecida e que os componentes mais voláteis sejam vaporizados ou queimados. 
 
Precisão e estabilidade dimensional: São asseguradas pelo preparo e manuseio cuidadoso do material e aos se 
dar atenção aos detalhes da técnica utilizada. O amolecimento da godiva por um método que não afete suas 
propriedades físicas através do não amolecimento excessivo ou de forma prolongada. 
Contração térmica: 0,3% podem resultar em imprecisões. 
 
Principais indicações: 
• Bocas desdentadas 
• Moldagem com anel de cobre 
• Selamento periférico 
 
Características importantes: 
• Amolecimento pelo calor (água quente ou chama) 
• Condutividade térmica baixa: demora para esfriar 
• Verter gesso até 1 hora após a moldagem 
 
GESSOS ODONTOLÓGICOS 
 
O principal constituinte do gesso comum e dos gessos-pedra é o sulfato de cálcio hemidratado (CaSO4)2. 
Dependendo do método de calcinação pode-se obter a forma β-hemidrato (gesso Paris ou comum), 
apresentando cristais com forma esponjosa e irregular, ou α-hemidrato (gesso-pedra) apresentando cristais mais 
densos com formas prismáticas mais definidas, sendo o primeiro conseqüente da queima da gipsita em forno em 
ambiente aberto. Assim, o α-hemidrato (gesso-pedra) requer menor quantidade de água na obtenção de um produto 
mais duro e resistente do que aquele resultante da reação do β-hemidrato (gesso Paris ou comum). 
Gesso comum para moldagem (tipo I): gesso comum ou Paris, não sendo mais utilizados com este propósito de 
moldagem. 
Gesso para modelo (tipo II): baixa resistência, sendo muito utilizado para o preenchimento de muflas. É o 
resultado da gipsita calcinada sob pressão de vapor. Patenteado com o nome Hydrocal. 
Gesso-pedra (tipo III): confecção de modelos que serão submetidos à prensagem em mufla, pela resistência 
adequada. 
Gesso pedra de alta resistência (tipo IV): gesso para troquel. Alta dureza, resistência e um mínimo de expansão 
de presa. LIGAS ÁUREAS (ou nobres) 
Gesso-pedra (Tipo V): com uma resistência maior à compressão que o tipo IV, conseguido principalmente pela 
diminuição da proporção água/pó e alta expansão que passou de 0,10% para 0,30%. E com maior expansão indicado 
para LIGAS ALTERNATIVAS (ou básicas) com maior contração de solidificação do metal do que as ligas nobres. 
Gesso-sintético: conseqüente da produção de hemidratos de subprodutos ou de produtos perdidos durante a 
fabricação do ácido fosfórico, porém muito mais caros. Oferecem resistência igual ou maior que o gesso convencional. 
 
Aplicações 
• Modelos 
o Estudo e Laboratório(II) 
o Trabalho (III, IV, V) 
• V- Especial (Ni-Cr; Cu-Al; Cr-Co), devido a grande contração de solidificação 
• Materiais acessórios 
o Mufla (II) 
o Montagens de modelo em articulador (II) 
• Aglutinantes 
o Revestimento (II) 
• Moldagens (I) 
 
Tempo de presa 
É o tempo que decorre do início da mistura do pó de hemidrato com água até que o material endureça. 
 
 
 
 
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Presa Final 
Acontece bem depois da perda do brilho da superfície da mistura, quando a rigidez dos cristais intercruzados é 
suficiente para impedir a penetração da agulha de Vicat ou da agulha de Gillmore. 
• Aceleradores da reação de presa: sulfato de potássio (> 2%), NaCl (≤ 2%), gipsita, etc 
• Aumentando o tempo e/ou a velocidade de espatulação acelera-se o tempo de presa. 
 
Proporção água/pó dos gessos 
Gesso comum (tipo I, II) - (100 g de gesso p/ 45 à 55 ml de água) 
Gesso-pedra (tipo III) - (100 g de gesso p/ 30 à 35 ml de água) 
Gesso-pedra (tipo IV) - (100 g de gesso p/ 20 à 25 ml de água) 
Gesso-pedra (tipo V) - (100 g de gesso p/ 19 à 21 ml de água) 
MATERIAIS PARA CIMENTAÇÃO 
 
Cimentação É o uso de uma substância modelável que tem como função o selamento ou cimentação da restauração 
e/ou do retentor sobre o dente suporte. Depende exclusivamente do material utilizado para a restauração( metal, 
ceramic e resina. 
 
Fosfato de Zinco: 
Consagrado a mais de 100 anos; Tempo de presa inicial de 5,5 min.; Espessura de película de 20µm; Ph ácido nas 
primeiras horas o que pode causar uma resposta pulpar moderada. Solubilidade é de 0,06% em água. Não é adesivo às 
estruturas dentárias, possui somente embricamento mecânico. Resistência à compressão 104 MPa. 
Indicações: coroasmetálicas (parciais ou totais), metalocerâmicas; próteses cuja retenção é promovida por ação 
friccional 
Composição: pó sinterização do óxido de zinco (90%), óxido de magnésio (8,3%), óxido de bismuto (0,1%) e sílica 
(1,5%). O líquido é constituído por uma solução de ácido fosfórico a 38%, mais alumínio e zinco 
 
Ionômero de vidro 
Adesão ao esmalte e à dentina; Lenta liberação de flúor; Tempo de presa de 7 min.; solubilidade é de1,25% em água; 
Espessura de película de 25µm. Resposta pulpar de leve à moderada. Resistência à compressão 86 MPa. 
Não remover smear layer na cavidade. 
 
Cimento resinoso 
Alta resistência a tração e compressão; Tempo de presa de 2-4 min.; Espessura de película de <25 µm. União micro 
mecânica. A solubilidade é de 0,0-0,01%. Também pode provocar uma resposta pulpar moderada. Resistência à 
compressão 70-172 MPa. Composição semelhante às resinas compostas. Possuem componentes para favorecer a 
adesão à dentina {organofosfonatos, hidroxietil metacrilato (hema) e 4-metacriletil trimetílico anidrido(4-meta) 
Polimerização convencional, por luz ou dual. 
Pode ser utilizado em: 
– Próteses adesivas 
– Brackets ortodônticos 
– Restaurações cerâmicas 
– Outros fins (ex. metais e rests. Indiretas em resinas) 
– Remoção de excessos é mais crítica. 
 
Policarboxilato 
Possui boa compatibilidade por apresentar resposta pulpar leve, Tempo de presa 6 min.; espessura de 21 µm e união 
adesiva com as estruturas dentais e a solubilidade de 0,06%. Possui baixa resistência à compressão 55 MPa. 
Composição: 
Pó - Óxido de Zinco, òxido de Magnésio e Fluoreto Estanhoso. 
Líquido- Solução de ácido poliacrílico, ácidos carboxílicos, e Fosfato de Zinco 
Libera flúor, primeiro cimento com características adesivas. Composição , fabricação e micro estrutura são semelhantes 
ao cimento de fosfato de Zinco. 
 
 Tempo de presa 
(minutos) 
Esp. Da película 
(µm) 
Resist. à compr. 
(MPa) 
Solub. Em água 
(%) 
Resp. pulpar 
Fosfato de Zinco 5,5 20 104 0,06 Moderada 
Cimento resinoso 2 a 4 Menos 25 70 a 172 0,0 a 0,01 Moderada 
Ionômero de vidro 7 24 86 1,25 Leve a moderada 
Policarboxilato 6 21 55 0,06 Leve 
 
Possíveis falhas na cimentação: 
Aprisionamento de bolhas de ar; Limpeza da prótese e do dente ineficiente; Secagem do dente e do campo operatório 
ineficiente; Espera do tempo de presa final do agente cimentante. 
 
MATERIAIS RESTAURADORES INDIRETOS 
A. Restauração metálica: confeccionadas com ligas metálicas 
B. Restauração mista: metalocerâmicas 
C. Restauração em porcelana 
D. Restauração de resina composta 
 
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 Restauração metálica: confeccionadas com ligas metálicas. Ouro, paládio, platina, ródio, irídio, ósmio e prata, 
sendo esta o menos nobre entre eles. Problemas econômicos limitaram o uso de ligas áuricas, sendo substituída por 
ligas do sistema prata-paládio, prata-estanho e outras de paládio. 
Ligas alternativas: apenas as de níquel-cromo (Ni-Cr) e cromo-cobalto (Cr-Co) possuem características 
apropriadas podendo ser consideradas como substitutivas às ligas áuricas. 
Independentemente do tipo de liga empregada, são obtidas por fundição, e a técnica laboratorial é conhecida como 
Técnica da Cera Perdida. 
 
 Restauração de resina composta( Indireta): Composição básica similar à das resinas compostas diretas, 
havendo incorporação de maior quantidade de partículas inorgânicas de menor tamanho, emprego de novas partículas 
poliméricas em substituição ao tradicional BIS-GMA, uso de diversos métodos de polimerização complementar e adição 
de componentes cerâmicos. Grau de polimerização mais elevado que as resinas compostas diretas. Menor custo e 
melhor polimento intra-bucal que as porcelanas. Alguns sistemas são chamados de polímeros de vidro ou cerômeros 
por apresentarem algumas características diferentes das resinas compostas. 
 
1) Porcelana Feldspática: Pó (quartzo, feldspato e óxidos metálicos) Líquido (água, amido e açúcar)A restauração é 
confeccionada misturando-se o pó ao líquido, denominada técnica de condensação. A restauração é construída de 
maneira estratificada, para conferir características policromáticas. Apesar de sua baixa resistência, é ainda o tipo de 
porcelana mais empregado devido à excelente estética, possibilidade de condicionamento com ácido fluorídrico, além 
de possuir menor custos entre as porcelanas. EX: Noritake (Noritake), Ceramco II (Dentsply). 
 
2) Porcelana aluminizada a 50%: Composição semelhante à feldspática, contudo apresenta incorporação de 50% de 
óxido de alumínio ou alumina ao pó cerâmico, o que atua como um bloqueador da propagação de micro trincas, 
aumentando a resistência à fratura. Pode se apresentar na forma de pó e de líquido ou em blocos que são usados no 
sistema CAD-CAM (esse sistema falha na adaptação marginal e na estética são monocromáticas). Ex: Vitadur N, Cerec 
Vitablocks (Vita) 
 
3) Porcelana infiltrada de vidro: Esse sistema é feito em duas etapas. Na primeira, um copping com 97% de alumina é 
construído e, logo depois, este copping, que é poroso, é infiltrado com vidro (massa cerâmica de boro e lantânio). Na 
segunda etapa, a porcelana aluminizada a 50% é aplicada para conferir o aspecto estético. O resultado final é elevada 
resistência e ótima adaptação marginal em prótese de até 3 elementos. Entretanto seu uso é limitado em restaurações 
parciais devido à impossibilidade de condicionar a superfície com ácido fluorídrico. In Ceram Spinell (Vita). 
 
4). Porcelana vidro ceramizado: Consiste em um sólido policristalino multifásico obtido por ceramização. O objetivo 
desse processo é obter grande número de pequenos cristais, sendo a leucita a mais empregada como fase cristalina, 
conferindo resistência à propagação de micro trincas na porcelana. Duceram LFC (Degussa). Empress 2 (Ivoclar) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PRÓTESE TOTAL 
 
•A primeira PT surgiu em 1692 com Leyden de um pedaço de molar de hipopótamo. Então se definiu PT como próteses 
que ficam assentadas e retidas sobre os rebordos alveolares desdentados, graças à ação dos fenômenos físicos 
naturais como adesão, coesão, tensão superficial e pressão atmosférica. 
 
ANATOMIA PROTÈTICA 
 
Um pouco de anatomia protética 
 
Osso maxilar. O suporte para a prótese superior é dado pelos ossos maxilares direito e esquerdo e o osso palatino. Os 
ossos maxilares formam a maior parte do maciço superior da face. Todos os outros ossos da face se agrupam ao seu 
redor. Compõem-se de duas camadas: a cortical e a esponjosa. 
Osso mandibular. Constitui o principal componente do aparelho mastigatório. Também possui duas camadas: a cortical 
e a esponjosa. Apresenta em seu interior o canal do nervo alveolar inferior que vai da língula da mandíbula até o forame 
mentoniano. 
 
 
 
Tanto na maxila como na mandíbula, o osso alveolar presente, após as exodontias, sofre um processo de 
reabsorção até o final da vida do indivíduo. Nos primeiros meses, após as extrações, a reabsorção é mais rápida, 
porém, com o passar do tempo torna-se mais lenta gradativamente. Na maxila a reabsorção se dá principalmente a 
expensas da tábua óssea externa. Na mandíbula, a reabsorção ocorre a expensas das tábuas ósseas externas e 
internas, conforme ilustra a figura abaixo. 
 
ABITEP – PRÓTESE_ 
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ESTABILIDADE: A estabilidade da prótese é a qualidade de voltar ou permanecer em sua posição de equilíbrio

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