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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CAMPUS DE TRÊS RIOS
ALUNA: MARIA HELENA DE SOUZA ROCHA
MATRICULA 17113110233
GESTÃO DA REGULAÇÃO – AD2
Um dos traços que marcaram a década de 90 foi o fenômeno da globalização, a partir do qual
ocorreram mudanças importantes nas relações sociais. Dentre os impactos desse fenômeno na 
esfera política se destacam as mudanças no papel do Estado-nação, nomeadamente no que diz 
respeito à capacidade de prover um sistema de proteção social que minimize os efeitos do 
processo de acumulação. No centro do debate mais amplo, se encontra o questionamento da 
capacidade e da responsabilidade que hoje tem o Estado-nação de implementar políticas 
estatais e de garantir e/ou ampliar os direitos sociais conquistados durante o período de 
consolidação do Estado-providência. As mudanças e os processos em curso ainda são 
incertos, embora não falte quem os problematize no sentido de apontar que as intenções das 
classes dominantes, neste momento, vão em direção à fundação de um Estado “diminuído em 
sua base social, mas burocraticamente eficaz para servir o capital” (Boron, 1994: 81). 
[...] a reforma do Estado, nos marcos da onda neoliberal, da globalização dos mercados e 
internacionalização da economia. O que pode parecer um fenômeno desencadeado 
naturalmente, como uma força inelutável, na verdade faz parte de um projeto de governo 
implementado a partir de um conjunto de diretrizes definidas pela conferência, de 1989, 
realizada em Washington [...] que se tornaram conhecidas por “Consenso de Washington”
[...] um conjunto de idéias comungadas pelos quadros burocráticos de grandes organismos 
internacionais e americanos, como o FAD, o BID, o FMI, o BIRD e até as Nações Unidas e a 
OMC, todos pensando as mesmas soluções para a crise dos Estados das 77 economias da 
periferia do capitalismo, primordialmente as da América Latina, mergulhadas na 
estagnação econômica provocada pela inflação, recessão, dívida externa, déficit público.
Prossegue a mesma autora...
Implicaram na abertura irrestrita dos mercados do Terceiro Mundo, a desregulamentação 
da economia, a privatização dos serviços públicos estratégicos por via da venda das 
empresas estatais para grupos de capitais privados, além de se enquadrarem em uma 
moldura institucional formatada pela aprovação da Lei de Patentes, o tratamento paritário 
1
do capital estrangeiro com o nacional, a Lei de Concessões e Permissões, medidas jurídicas 
de caráter econômico, dentre outras políticas, tudo tendo como pano de fundo a 
renegociação da dívida externa, num contexto em que os Estados nacionais se tornam cada 
vez mais dependentes de novos capitais estrangeiros, diante da Terceira Revolução 
Industrial, a tecnológica. (MOLL, 2002, p. 12).
Cumpre ressaltar que a Reforma do Estado é um projeto mais amplo que, contempla 
mudanças estruturais na previdência pública, nas relações e direitos do trabalho, no marco 
tributário e até nas normas e procedimentos para abrir e encerrar atividades econômicas. 
Algo, que entendo, ter ido muito alem dos anos de 1990, e se perseguiu até as reformas 
atuais.
A reforma do Estado brasileiro nos anos 90 tem como marco institucional a criação do 
Ministério da Administração e Reforma do Estado e a elaboração do Plano Diretor da 
Reforma do Aparelho de Estado, através dos quais se desencadeou a ofensiva governamental 
no sentido de impor as mudanças que se seguiram. O Governo passa a assumir neste contexto 
um discurso que veicula o pressuposto de que o modelo de Estado das últimas décadas, 
devido a sua forte intervenção na economia e consideráveis gastos sociais, é o agente 
responsável pela emergência da crise econômica mundial. A alternativa, portanto, para a 
resolução desta crise, também no Brasil, passa por uma reforma do Estado. Na opinião do 
então Ministro da Administração e Reforma do Estado, “a partir dos anos 70, porém, face ao 
seu crescimento distorcido e ao processo de globalização, o Estado entrou em crise e se 
transformou na principal causa da redução das taxas de crescimento econômico, da elevação 
das taxas de desemprego e do aumento da taxa de inflação que, desde então, ocorreram em 
todo o mundo. (...) esta Grande Crise teve como causa fundamental a crise do Estado - uma 
crise fiscal do Estado, uma crise do modo de intervenção do Estado no econômico e no 
social, e uma crise da forma burocrática de administrar o Estado (...)” (Bresser Pereira, 1997: 
7-9).
Segundo Cardoso (1998), o primeiro passo para a reforma do Estado foi dado com o Plano 
Real, ainda no governo do presidente Itamar Franco, através do qual se reorientou a 
economia e os gastos públicos; logo depois, foi criado o Fundo Social de Emergência que 
estabeleceu o controle dos gastos públicos e, em seguida, se adotou a racionalização da 
gestão incluindo “a flexibilização dos monopólios, a concessão de serviços públicos à 
iniciativa privada e as privatizações” (Cardoso, 1998:9). A conclusão destas etapas foi 
considerada por Cardoso como condição básica necessária ao Estado brasileiro para enfrentar 
o desafio de dinamizar a sua economia, podendo, assim, retomar os investimentos em infra-
estruturas e em projetos sociais. (...)” (Cardoso, 1998: 11). 
Nesse contexto foi evidenciado que a possivel solução para divida externa, foi aplicação do 
2
plano de privatizaçoes, o qual apresenta desdbramentos necessarios, como a criação das 
agencias reguladoras, a fim de conter a ma prestação dos serviços entre poutros problemas 
causandos pela desvisculação do serviço. Esse pacote de medidas, pode ter permitido ao pais 
ter saido da crise evidente, mas certamente trouxe consigo duvidas sobre a real eficacia do 
plano. O qual, retornou com muita força no governo atual, onde identificamos a crise de 
interesses extremamente politicos em disfunção da sociedade.
Referências bibliográficas:
Silva, Ilse Gomes. A reforma do Estado A reforma do Estado brasileiro nos anos 90: 
processos e contradições. Scielo. acesso em 17/10/2020
PECI, ALKETA. Reforma regulatória brasileira dos anos 90 à luz do modelo de Kleber
Nascimento. Rev. adm. contemp. vol.11. nº1. Curitiba. Jan./Mar. 2007.
PINHEIRO, IVAN ANTÔNIO. Gestão da regulação. Florianópolis: Departamento de
Ciências da Administração / UFSC; [Brasília]: CAPES: UAB, 2012.
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