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FEBRE AMARELA

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1. INTRODUÇÂO.
A febre amarela trata-se de uma doença hemorrágica viral e infecciosa aguda caracterizada pelo seu estado febril, que é transmitida por mosquitos infectados (BRASIL,2018). O sinônimo do nome amarelo dá-se devido à icterícia que afeta alguns pacientes, sua transmissão é feita por vetores artrópodes, causada pelo vírus do gênero Flavivirus, da família Flaviviridae (OMS,2019).
Seus principais sintomas são febre, dor de cabeça, icterícia, dor muscular, náusea, vômito e fadiga.(OMS,2019)
Foi uma das principais doenças responsáveis por um grande numero de mortes entre o século XVIII e o início do século XX, sendo suas epidemias nas regiões tropicais da América do Sul e na África, seguidas por inúmeros surtos em locais mais distantes como América do Norte, Caribe e Europa (BRASIL,2018). 
A identificação do Aedes aegypti como transmissor do vírus, ocorreu em 1900, em seguida por ações de controle do vetor que resultaram em significativo declínio da doença fora das áreas tropicais endêmicas. (OMS,2019)
 A introdução da vacina contra a febre amarela no País ocorreu em 1937, com o intenso combate ao vetor e uma imunização em massa na década seguinte levaram à eliminação da doença nas áreas urbanas no Brasil. Nas áreas consideradas de maior risco de exposição como matas, florestas, rios, cachoeiras, parques e o meio rural. (BRASIL,2018).
2. SINAIS E SINTOMAS DA FEBRE AMARELA
· Início súbito de febre
· Calafrios
· Dor de cabeça intensa
· Dores nas costas
· Dores no corpo em geral
· Náuseas e vômitos
· Fadiga e fraqueza. (BRASIL,2018).
3. CONTRAINDICAÇÕES PARA APLICAÇÃO DA VACINA FEBRE AMARELA
· Crianças menores de nove meses de idade.
· Pessoas com alergia grave ao ovo.
· Mulheres amamentando crianças menores de seis meses de idade.
· Pessoas que vivem com HIV e que tem contagem de células CD4 menor que 350.
· Pessoas em de tratamento com quimioterapia e radioterapia.
· Pessoas portadoras de doenças autoimunes e Pacientes transplantados.
· Pessoas submetidas a tratamento com imunossupressores
· Manifestações clínicas e laboratoriais comuns da febre amarela .(BRASIL/MS,2017).
4. SINAIS DE ALERTA PARA FORMAS GRAVES DE FEBRE AMARELA
	TIPO
	SINAIS E SINTOMAS
	LABORATORIAIS
	
Leve e moderada
	Febre, cefaleia, mialgia, náuseas, icterícia.
ausente ou leve
	Plaquetopenia
Elevação moderada de transaminases
Bilirrubinas normais ou discretamente elevadas
	
Grave
	Todos os anteriores
Icterícia intensa
Manifestações hemorrágicas
Oligúria
Diminuição de consciência
	Plaquetopenia intensa
Aumento de creatinina
Elevação importante de transaminases
	
Maligna
	Todos os sintomas clássicos da forma grave
intensificados
	Todos os anteriores
Coagulação intravascular disseminada
Fonte: SAS/MS, 2018.
 
	
	Clínicos
	Laboratoriais
	Icterícia (pele ou escleras amareladas)
Hemorragias
Colúria 
Oligúria 
Vômitos constantes
Diminuição do nível de consciência
Dor abdominal intensa
	Hematócrito em elevação 
Transaminases acima de 10 vezes o valor de
referência (TGO é geralmente mais elevada que
(TGP, diferentemente da hepatite aguda).
Creatinina elevada
Coagulograma alterado 
Fonte: SAS/MS, 2018.
5. ANAMNESE E EXAME FÍSICO
INICIAR sua anotação com: Local, data e horário.
6. ANAMNESE
Identificação do paciente: Nome, idade, sexo, gênero, estado civil, religião, profissão, naturalidade, procedência e escolaridade. Em pacientes com suspeita de febre amarela, se atentar ao local de moradia (áreas rurais, silvestres e próximas á região de matas ou florestas), e histórico de viagens recentes.
5.1 Sinais e Sintomas
Descrever se teve algum sinal repentino como febre com calafrios intensos, mal-estar generalizado, cefaleia, dores musculares intensas, cansaço sem causa aparente, vômito e diarreia que geralmente aparecem de três a seis dias após a picada do inseto. E casos mais graves com aparecimento de Icterícia progressiva, hemorragias pelo corpo, relatos de anúria, casos de hepatite e coma hepático, complicações pulmonares, miocardite, encefalopatias, convulsões, delírio e rebaixamento de nível de consciência.( FIGUEIREDO,2005).
5.2 Histórico do paciente
Peso e altura, estado nutricional, início dos sintomas, se possui alergias medicamentosas ou a alimentos, se faz uso de medicações de uso continuo, se há alguma adesão ao tratamento, protocolos e cirurgias anteriores, internações recentes ou posteriores, doenças crônicas, histórico familiar de doenças. 
Carteira de vacinação em dia, verificar histórico de vacinas do paciente (a imunização contra febre amarela nos últimos 10 anos). Se faz uso de álcool, tabaco ou outras drogas, se sim com qual frequência.
Observar como é a locomoção, tipo de marcha, amplitude dos movimentos, expressão facial, humor e afeto, fala higiene pessoal e condições para o autocuidado, tipo de vestimenta, hábitos alimentares, padrão de eliminações, padrão de sono, sexualidade, lazer e família.( BARROS,2016).
6.AVALIAÇÃO ANTROPOMETRICA
Procurar realizar as avaliações em lugares que permita que a privacidade do paciente esteja estabelecida, aonde não tenha correntes de ar para evitar o desconforto térmico. Tenha um lugar aonde o espaço seja o suficiente para acomodar os familiares caso tiver especialmente nos casos de bebes ou pessoas idosas.
Os principais equipamentos são: Fita métrica, balança pediátrica e adulto, e antropometro horizontal e vertical, e adipometros e paquímetros para avaliações mais detalhadas.
· Aplicar escala de Glasgow, ara verificar nível de consciência.
· Aferição do peso.
· Aferição da altura
· Calcular IMC (Peso / Altura² ).
· Aferição da circunferência da cintura
· Aferição da espessura das pregas cutâneas.
· Hidratação da pele através da prega cutânea
· Consideração do ciclo vital
· Temperatura corporal
· Verificar o pulso, sua amplitude.
· Pressão arterial
· Respiração
· Avaliar e aplicar escala de dor.( BARROS,2016)
7. EXAME FÍSICO
Realizar o exame físico na sequência encéfalo-caudal priorizando os focos nas alterações.
Descrever a presença de todos os dispositivos. ( BARROS,2016).
CABEÇA E PESCOÇO
Inspeção: Observar sinais de alterações de consciência.
Palpação do crânio: Verificar a presença de alterações e assimetrias, avaliar couro cabeludo, e presença de lesões.
Inspeção e palpação da face: Expressão, simetria, edema, sensibilidade dolorosa.
Inspeção dos olhos: Observar simetrias de ambos os olhos, diâmetro das pupilas, coloração.
Inspeção nariz e ouvidos: Verificar se há sujidade e alterações nos ouvidos e nariz.
da esclera se apresenta tom amarelado.
Inspeção da cavidade oral: observar alterações se há dentição, aspecto da língua e se há hidratação das mucosas. Sinais de vômitos.
Inspeção e palpação do pescoço: Observar se há linfadenopatias, glândula tireóideo (observar consistência), simetria e presença de nódulos, palpar artéria carótida observar a presença de ingurgitamento das jugulares. (BARROS,2016).
PELE E ANEXOS
Inspeção e palpação: Observar se há alterações e coloração icterícia, temperatura, umidade, prega cutânea, turgor; vascularização, hematomas ou hemorragias.
Inspeção do cabelo e unhas: Formato e contorno, consistência e cor. (BARROS,2016).
EXAME CARDIOVASCULAR
Inspeção: Observar se há estase jugular, verificar parte do tórax, se o batimento do ictus cordis é visível, geralmente se observa melhor em crianças. 
Palpação: Verificar se a palpação do Ictus Cordis, mais visível na expiração, presença de nódulos, massas ou sensibilidade.
Ausculta: Observar a presença das bulhas cardíacas normo-fonéticas 2tt, frequência e o ritmo, atentar para sopros. (BARROS,2016).
EXAME RESPIRATORIO
Inspeção estática: Verificar tipos de tórax (Tonel, Pombo, Funil e Cifoescoliose). Observar coloração da pele, cicatrizes e lesões. Pelos abaloamentos e retrações.
Inspeção Dinâmica: Observar movimentação da caixa torácica durante a respiração tais como amplitude e profundidade. Ritmo respiratório e uso de musculatura assessoria.
Palpação: Palpar traqueia observar massas ou desvios. No tórax avaliar presença de edema,dor, tônus muscular. Verificar expansibilidade torácica . Avaliar frêmito torocovocal, quando se pronunciado 33, para verificar a condensação pulmonar (Ex: pneumonia). 
Percussão: Verificar se há ar, liquido ou solidez nos tecidos, percutir os campos pulmonares e achar os sons claros pulmonares (Sons normais).
Ausculta: Observe os sons respiratórios e alterações se atentar aos murmúrios vesiculares ou sons anormais com a presença de roncos, sibilos e crepitações. (BARROS,2016).
EXAME ABDOME
Inspeção: Verificar o contorno, simetria, pele, saliências, pulsação ou movimento, presença de dispositivos, circunferência abdominal, tipo de abdome (Acistico, gestante, avental), observar cicatriz umbilical e pulsação da artéria aorta.
Ausculta: Auscultar se esta presente os ruídos hidroaéreos em todos os quadrantes, sua frequência e intensidade.
Percussão: Percutir todos os quadrantes no sentido horário.
Palpação: Se há queixas de dor intensa. Atentar-se para a presença de massas, regiões dolorosas, deformidades, hérnias, e se aumento da borda do fígado e do baço.( BARROS,2016).
MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES
Inspeção: Cor, tamanho, alterações, deformidades, atrofias. Verificar tec. >3 sécs., perfusão periférica.
Palpação: Pulsos (radiais, braquiais, femorais, poplíteas, pediosos); avaliação dos linfonodos, avaliação da temperatura, força muscular, edema, perfusão periférica, força e mobilidade, avaliar presença de empastamento de panturrilhas realizando teste de Holmans e Bandeira. ( BARROS,2016).
SISTEMA GENITURINÁRIO MASCULINO. 
Inspeção e palpação: Sinais de oligúria, verificar coloração da diurese se há aspecto de colúria. Palpe o pênis, o escroto, na presença de massa, observe os sinais associados de sangramento. Verifique se há hérnia inguinal ou linfonodos. Evitar sondagem vesical, devido risco de sangramento. ( BARROS,2016).
SISTEMA GENITURINÁRIO FEMININO
Inspeção: Sinais de oligúria, verificar coloração da diurese se há aspecto de colúria. Observe a genitália externa, os lábios vaginais e as glândulas uretrais e vestibulares maiores. Se necessário, use o espéculo para inspecionar o colo do útero e vagina. Evitar sondagem vesical, devido risco de sangramento. ( BARROS,2016).
PERIANAL
Inspeção: Observe presença de fissuras, lesões, hemorroidas e sangramentos.( BARROS,2016)
8. EXAMES LABORATÓRIAIS
EXAMES LABORATORIAIS SIMPLES
· Hemograma
· Coagulação
· TGO e TGP
· Bilirrubinas totais e frações
· Gama GT
EXAMES LABORATORIAIS DETALHADOS
· PCR para febre amarela
· Vírus Febre Amarela com detecção do RNA por PCR.
SOROLOGIA PARA FEBRE AMARELA
· Pesquisa de anticorpos IGG e IGM, vários tipos de materiais.
Fonte: (MS/Febre amarela,2019).
9.REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Febre amarela – Guia para profissionais de saúde. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/febre_amarela_guia_profissionais_saude.pdf>. Acesso em 29/09/2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portal da saúde: Orientações quanto à vacinação contra a febre amarela. c2017. Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-maiso-ministerio/427-secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/febre-amarela/l1-febre-amarela/10771-vacinacao-febreamarela>.Acesso em: 29 Set. 2019.
FIGUEIREDO, L. T. M.; FONSECA, B. A. L. Febre amarela. In: VERONESI, R.; FOCACCIA, R. Tratado de Infectologia. 3. ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2005. p. 389-397.
BARROS, A. L. L. (Org.). Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
BRASIL. Ministério Da Saude. Secretaria de Atenção a Saude. Febre amarela: Guia para profissionais de saúde / Ministério da Saude, Secretaria de Atenção a Saude. – 1. ed., atual. – Brasília: Ministério da Saude, 2018. 67 p. 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Febre amarela 2019. Disponível em: <http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs100/en/>. Acesso em : 03 Out.2019.

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