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MICHELE DIAS – T5 UFMS CPTL BBPM IV Aminoácidos e neurotransmissores Abaixo temos as classes de neurotransmissores: • L-aminoácidos • Glutamato • Aspartato • GABA • Glicina • D-aminoácidos • Serina • Peptídeos • Substância P • NPY • Peptídeo YY (PYY) • Vasopressina • Ocitocina • Bradicinina • Peptídeos opioides • Encefalinas • Beta-endorfinas • Dinorfinas São substâncias de natureza diversa que transmitem informações entre neurônios. Obs: as classes acima são hora aminoácidos hora derivados de aminoácidos. Existe além dessas, outras classes químicas de neurotransmissores. • Características gerais de neurotransmissores D-serina Há quantidades livres de D-serina ocorrem livres no cérebro de mamíferos. Esse aminoácido atua como coagonistas dos receptores sinápticos NMDA (N-metil-D- aspartato) – exercendo efeito na neurotransmissão, neurotoxicidade, plasticidade sináptica e migração celular. Estudos pré clínicos em roedores demonstram baixos níveis cerebrais de D-serina – pela redução da atividade da enzima serina racemase – pode resultar em sintomas de esquizofrenia. Síntese: a síntese de D-serina ocorre apartir do aminoácido L-serina por meio da ação enzimática serina racemase, o produto dessa reação (a D-serina) pode ser metabolizado pela enzima D-aminoácido oxidase. Sendo assim, estas duas enzimas (D-aminoácido oxidase e serina racemase) são alvos em potencial para o desenvolvimento de drogas potenciais para pacientes com sintomas de esquizofrenia. D-serina como possível biomarcador e/ou agente terapêutico em caso de esquizofrenia. - Déficit na expressão da enzima serina racemase origina baixos níveis de D-serina o que ocasiona em déficit cognitivo (aprendizado e memória). Tirosina Apolar, aromática, quiral, não essencial (organismo apresenta rota de síntese). Este aminoácido melhora o estado de alerta, atenção e foco. Origina as catecolaminas MICHELE DIAS – T5 UFMS CPTL BBPM IV (neurotransmissores) = L-DOPA, noradrenalina e adrenalina. As catecolaminas atuam em diferentes tecidos e órgãos. Abaixo vemos um esquema amplificado das ações desses neurotransmissores. Histamina A seguir veremos a respeito da distribuição, estrutura, mecanismo de ação e efeitos fisiológicos. A histamina é um neurotransmissor presente em neurônios hipotalâmicos que estão amplamente distribuídos nas regiões cerebrais, e por esse motivo e por seus efeitos no organismo merece atenção. A L-histidina é um aminoácido essencial pois o organismo não tem rota de síntese (sendo assim faz-se necessário a obtenção de forma exógena). É o precursor da histamina, a reação enzimática é realizada pela enzima L- histidina descarboxilase. A histamina tem um tempo de meia vida bastante instável uma vez que é gerada. A histamina pode ser interconvertida, há outras rotas para produzir outros intermediários (outros compostos). É uma amina biogênica com características vasodilatadoras é produzida e liberada em maior quantidade por mastócitos e basófilos. Tem uma rápida metabolização e esta envolvida em respostas imunológicas alérgicas e seus efeitos são: extravasamento de plasma, edema, vermelhidão e coceira. Abaixo temos o processo de degranulação dos mastócitos, este processo favorece a liberação da histamina. Acima temos a representação esquemática da degranulação. 5-0 minutos é o tempo de permanência os grânulos liberados dos mastócitos. MICHELE DIAS – T5 UFMS CPTL BBPM IV H1, H2, H3, H4 são os receptores histamínicos, são os mediadores para as respostas alérgicas imediatas. Abaixo temos uma representação da liberação do granulo de histamina pelo mastócito e em seguida vemos a sensibilização dos respectivos receptores em cada tecido e sistema. Chamo atenção para os receptores H1,2. A sensibilização dos receptores desencadeia uma resposta via proteína Gq com a liberação dos mediadores intracelulares IP3, DAG, cálcio e ativação de NF- kapa B e os efeitos como ativação de terminações nervosas sensitivas que medeiam a dor e o prurido. Serotonina Abaixo temos a rota de síntese da serotonina. Que é uma amina bioativa e derivada do aminoácido triptofano (aminoácido essencial – requer consumo exógeno), é um aminoácido aromático que passa pelo processo enzimático da triptofano hidrosilase para gerar um intermediário 5-hidroxi-triptofano que por meio da ação de uma segunda enzima (descarboxilase dos aminoácidos aromáticos) origina a serotonina A serotonina é um derivado do aminoácido triptofano e apresenta propriedade de neurotransmissor. Pode-se dizer que a homeostase de serotonina (5 hidroxi-triptamina) é garantida essencialmente por 3 etapas: I. Sensibilização do auto receptor serotoninérgico. Estes receptores, especialmente o do tipo 1ª. II. Transportador serotoninérgico garante a reutilização e captura na fenda sináptica da serotonina e uma vez enternalizada temos a ação da enzima MAO degradando esse excedente de serotonina. (MAO do tipo A é a principal em quebrar serotonina). Abaixo podemos ver os diferentes tipos/categorias/famílias de receptores de MICHELE DIAS – T5 UFMS CPTL BBPM IV serotonina e suas respectivas vias de sinalização. Temos uma família de 7 receptores distribuídos de acordo com o perfil metabólico de cada tecido. Considerando a importância desses receptores bem como a sua distribuição, alguns autores trazem de uma maneira detalhada o modelo chamado de bi-partido para a função da serotonina cerebral Abaixo ilustramos os efeitos metabólicos da serotonina. • Centrais: suprime o apetite, reduzindo a ingestão de nutrientes – controle do balanço energético. • Periféricos: promove a liberação de insulina, o estoque de nutrientes em diferentes tecidos, aumenta a motilidade intestinal para facilitar a absorção de nutrientes, diminui o tecido adiposo marrom, aumenta/favorece a captação de glicose, aumenta a lipogênese no tecido adiposo braço e favorece o acúmulo de lipídeos no fígado. Resumindo, na região periférica a serotonina facilita a captação de nutrientes. Glutamato Polar negativo, quiral, não essencial. Abaixo temos a reação de síntese do GABA a partir de glutamato por meio de uma reação enzimática (glutamato-descarboxilase) na presença de PLP. A glutamina conforme está representada na imagem acima, é a principal precursora do glutamato em diferentes tecidos, é um MICHELE DIAS – T5 UFMS CPTL BBPM IV aminoácido neutro o que lhe confere facilidade para ser internalizado. Uma vez internalizada ela gera glutamato por ação da enzima glutaminase. O glutamato pode ter uma distensão para diferentes tipos de destinos metabólicos. A manutenção do ciclo glutamato/GABA/glutamina:
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