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@nutri.natallia Terapia Nutricional Alimentação parenteral Nutrição parenteral (NP) → CONCEITO: é a administração de nutrientes por via endovenosa em pacientes desnutridos ou em risco nutricional e que não estão aptos a receber nutrição enteral (NE) ∘ Não precisa do TGI ∘ Solução ou emulsão composta de glicose, aminoácidos e ácidos graxos, vitaminas e minerais acondicionada em recipiente plástico ∘ Quando a NP está associada à NP ela é denominada nutrição parenteral suplementar (NPS) ↳ A oferta otimizada e suplementada com NPS em UTI pode reduzir o índice de infecção nosocomial (hospitalar) Vias de administração da NP → ACESSO VENOSO PERIFÉRICO (NP PERIFÉRICA) ∘ Administrada através de uma veia de menor calibre (mão ou antebraço) ∘ Usada quando o acesso central não é permitido ↳ PICC = cateter central de inserção periférica → ACESSO VENOSO CENTRAL (NP CENTRAL OU TOTAL) ∘ Administrada através de veia de grosso calibre (subclávia ou jugular) que chega diretamente ao coração @nutri.natallia → PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE NPP E NPC ∘ A central oferece total aporte porque dá para fazer infusão mesmo com osmolaridade > que 850mOsm/L ↳ Entretanto, pode ocorrer pneumotórax, hemotórax etc ∘ A complicação da periférica é a flebite ↳ Vai lesionando a parede da veia, até que evolui para a inflamação Sítios de inserção do cateter ∘ Veia subclávia ∘ Veia jugular interna ∘ Veia axilar (pediatria) ∘ Veia femoral ∘ PICC (cateter central de inserção periférica) → COMO ESCOLHER? ∘ Alguns fatores devem ser considerados, como por exemplo: ⦁ A necessidade nutricional do paciente ⦁ Condições de acesso venoso ⦁ Tempo estimado de TN Indicações de NP → PRINCIPAIS INDICADORES UTILIZADOS ∘ Perda de peso > ou = a 10% ∘ Albumina sérica abaixo de 3g/dl ∘ Transferrina sérica <200mg/dl → INDICAÇÕES DE PARENTERAL @nutri.natallia ∘ Indicada quando o trato digestório não funciona, está obstruído ou inacessível ∘ Incapacidade de absorção de nutrientes pelo TGI ∘ Desnutrição grave → INDICAÇÕES ESPECÍFICAS – DIRETRIZ → CONTRAINDICAÇÕES DE PARENTERAL ↳ TNP deve ser iniciada somente após estabilidade hemodinâmica e equilíbrio acidobásico, observando- se a relação risco/benefício Composição da NP → CLASSIFICAÇÃO ∘ NUTRIÇÃO PARENTERAL TOTAL: 3 em 1 ↳ Sistema LIPÍDICO (3:1) – administração de solução de glicose + Aa + micronutrientes + solução de lipídios a 10 ou 20% (até 40% do VCT) ∘ NUTRIÇÃO PARENTERAL PARCIAL: 2 em 1 ↳ Sistema GLICÍDICO (2:1) – administração de solução de glicose + Aa + micronutrientes → COMPONENTES DA NP ∘ Glicose ∘ Aminoácidos ∘ Lipídeos ∘ Vitaminas e minerais → FONTE ENERGÉTICA ∘ GLICOSE (50-60%) ⦁ Fonte de energia muito utilizada, por possuir eficiência na metabolização e baixo custo ⦁ Disponível sob forma monoidratada (1g = 3,41kcal) e pode servir como fonte ÚNICA de energia @nutri.natallia ⦁ Principal limitação da oferta da solução de glicose (SG) – hipertonicidade (800 a 900 mOsm/l), por isso deve ser infundida em veias calibrosas (ex: cava superior) ⦁ Componentes de glicose na NP: ∘ LIPÍDEOS (20-35%) ⦁ Utilizada como fonte de energia e de ácidos graxos essenciais ⦁ Baixa tonicidade – permite sua infusão em veia periférica ⦁ Tipo de lipídeos na EL (emulsão lipídica) da NP: triglicérides TCL e TCM ⦁ Componentes de lipídeos na NP: ↳ Contraindicações absoluta NP – lipídeos ⦁ Hiperlipidemia patológicas – pode formar placas ⦁ Nefrose lipoide – doença de lesão mínima, nefrose mais comum na infância; vai causando lesão no rim ⦁ Alergia grave a ovos – nas bolsas tem lecitina e essa PTN vai diretamente no acesso ⦁ Pancreatite aguda associada à hiperlipidemia ∘ PROTEÍNAS (15-20%); AMINOÁCIDOS (6,7-15%) ⦁ Principal fonte de nitrogênio da NPT ⦁ Soluções de AA podem ser adaptadas para doenças específicas – podem conter 13 ou 20 AA’s ⦁ Soluções ricas em AA essenciais: leucina, isoleucina, valina, fenilalanina, triptofano, metionina, lisina, treonina – insuficiência renal ⦁ Soluções ricas em AA de cadeia ramificada: leucina, isoleucina e valina – insuficiência hepática e situações de estresse metabólico ↳ Na doença hepática, necessitam de AACR, devido a melhor oxidação @nutri.natallia no músculo, garantindo e preservando a massa magra ⦁ Componentes de proteínas na NP: → PRESCRIÇÃO RECOMENDADA DE MACRO’s PARA ADULTOS EM NP ↳ Mas, depende da tolerância individual do paciente → NECESSIDADE DE FLUÍDOS ∘ 25 a 40ml de água/kg/dia ∘ Ou 1ml de água para cada 1kcal ∘ Variação de 1,5 a 3,0 litros/fluidos/dia Eletrólitos, minerais e oligoelementos ∘ Adição na forma de ampolas de 10ml, calculados segundos os requerimentos → MICRONUTRIENTES NA NP ∘ Necessidade individual – DRI’s ↳ Vitamina A, D, E, C e vitamina B1, B2, B6, B9, B12, ácido pantotênico, biotina e nicotinamida → CONCENTRAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE ELETRÓLITOS DAS FÓRMULAS @nutri.natallia ↳ Inserida na NP por meio de 1 ampola de cada um dos 5 elementos → VALIDADE ∘ Por refrigeração: 36 horas ∘ Por temperatura ambiente: 24 horas Regulamento técnico → PORTARIA 272 (08 DE ABRIL DE 1998) ∘ Regime: hospitalar, ambulatorial e domiciliar ∘ Objetivo: síntese ou manutenção de tecidos, órgãos ou sistemas Equipe multidisciplinar (EMTN) ∘ Exige comprometimento e capacitação de uma EMTN ⦁ Médico: responsável pela indicação e prescrição da NP ⦁ Farmacêutico: responsável pela preparação e manutenção da qualidade da NP até sua entrega ao profissional responsável pela administração ⦁ Enfermeiro: responsável pela administração ⦁ Nutricionista: responsável pela avaliação nutricional dos pacientes submetidos à NP Administração da NP ∘ Bombas de infusão – contínua ou cíclica ∘ Cateteres – centrais e periféricos ∘ Administração – gotas ou microgotas → NP CONTÍNUA ∘ Infusão contínua de nutrientes, em 12 a 24 horas, com fluxo constante e sem interrupção ∘ Geralmente se inicia com uma infusão de 30 a 40ml/hora (+/- 50% das necessidades proteico-calóricas) ∘ E progride de acordo com a tolerância do paciente (glicemia e quadro clínico), até alcançar as necessidades nutricionais calculadas e prescritas ∘ Utiliza-se principalmente em pacientes hospitalizados @nutri.natallia → NP CÍCLICA ∘ Infusão da NP em períodos de 12 a 18 horas, geralmente durante a noite ∘ Método ideal para pacientes domiciliares, pois a solução é administrada à noite permitindo que o paciente realize suas atividades normais durante o dia ∘ A infusão começa de forma escalonada com gotejamento lento, aumentando a velocidade a cada 20 a 30 minutos, até alcançar o período em que se mantém constante a velocidade de infusão ∘ É fundamental controlar a glicemia para evitar estados de hiper ou hipoglicemia Avaliação metabólica → EQUAÇÕES PARA ESTIMAR TMB E GET ∘ Paciente hospitalizado ou acamado ∘ Fórmula: Harris & Benedict (1919) ∘ Mifflin-St ∘ Ireton-Jones – para pacientes graves → ESTIMATIVA DE KCAL/KG DE PESO ∘ Pacientes críticos – 20 a 25kcal/kg/dia ↳ Nos pacientes críticos, a TN que ofertar a meta calórica aferida por calorimetria indireta, pode resultar em redução da mortalidade Complicações da NP @nutri.natallia ↳ Hipercapnia – aumento de CO2 no sangue → COMO EVITAR AS COMPLICAÇÕES ∘ Cuidados com o acesso venoso ∘ Monitoração clínico-laboratorial ∘ Introdução lenta no paciente com muito tempo de jejum e retirada gradual ∘ Evitar a atrofia da mucosa GI Fontes de contaminação da NP Finalização da TNP ∘ A TNP não deve ser interrompida abruptamente – pode gerar risco de hipoglicemia súbita ∘ Ao finalizar a administração da NP (a fim de evitar a hipoglicemia súbita) deve-se adicionarsoro glicosado a 10% após o término do último frasco de NP, por 12 horas (NP completa) ∘ A monitoração de nutrição parenteral favorece ainda a: ⦁ Prevenção de complicações metabólicas e sépticas ⦁ Evolução nutricional do paciente Conclusão ∘ A TNP no contexto clínico é muito importante, mas possui execução complexa ∘ Exige participação da EMTN, na medida em que seu sucesso depende da indicação precisa, monitorização rigorosa e manejo cuidadoso das complicações que possam surgir no decorrer do processo
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