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Empreendedorismo e Inovação

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1
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EMPREENDEDORISMO
SUMÁRIO
EMPREENDEDORISMO
2
EMPREENDEDORISMO
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul 
do Estado do Espírito Santo, com unidades em 
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova 
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, des-
tacando-se pela oferta de cursos de gradua-
ção, técnico, pós-graduação e extensão, com 
qualidade nas quatro áreas do conhecimen-
to: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, sem-
pre primando pela qualidade de seu ensino 
e pela formação de profissionais com cons-
ciência cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto 
grupo de Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institui-
ções avaliadas no Brasil, apenas 15% conquistaram 
notas 4 e 5, que são consideradas conceitos 
de excelência em ensino.
Estes resultados acadêmicos colocam 
todas as unidades da Multivix entre as 
melhores do Estado do Espírito Santo e 
entre as 50 melhores do país.
 
MISSÃO
Formar profissionais com consciência cida-
dã para o mercado de trabalho, com ele-
vado padrão de qualidade, sempre mantendo a 
credibilidade, segurança e modernidade, visando 
à satisfação dos clientes e colaboradores.
 
VISÃO
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci-
da nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
GRUPO
MULTIVIX
3
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EMPREENDEDORISMO
SUMÁRIO
BIBLIOTECA MULTIVIX (Dados de publicação na fonte)
As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site: http://br.freepik.com
Silva Melo Elimar
Empreendedorismo / Silva Melo Elimar . – Serra: Multivix, 2018.
EDITORIAL
Catalogação: Biblioteca Central Anisio Teixeira – Multivix Serra
2019 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei.
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA • MULTIVIX
Diretor Executivo
Tadeu Antônio de Oliveira Penina
Diretora Acadêmica
Eliene Maria Gava Ferrão Penina
Diretor Administrativo Financeiro
Fernando Bom Costalonga
Diretor Geral
Helber Barcellos da Costa
Diretor da Educação a Distância
Pedro Cunha
Conselho Editorial
Eliene Maria Gava Ferrão Penina (presidente 
do Conselho Editorial)
Kessya Penitente Fabiano Costalonga
Carina Sabadim Veloso
Patrícia de Oliveira Penina
Roberta Caldas Simões
Revisão de Língua Portuguesa
Leandro Siqueira Lima
Revisão Técnica
Alexandra Oliveira
Alessandro Ventorin
Graziela Vieira Carneiro
Design Editorial e Controle de Produção de Conteúdo
Carina Sabadim Veloso
Maico Pagani Roncatto
Ednilson José Roncatto
Aline Ximenes Fragoso
Genivaldo Félix Soares
Multivix Educação a Distância
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Pedagógico
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Semipresencial
Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia
Direção EaD
Coordenação Acadêmica EaD
4
EMPREENDEDORISMO
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Aluno (a) Multivix,
Estamos muito felizes por você agora fazer parte 
do maior grupo educacional de Ensino Superior do 
Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a 
Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional.
A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoei-
ro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, 
São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999, 
no mercado capixaba, destaca-se pela oferta de 
cursos de graduação, pós-graduação e extensão 
de qualidade nas quatro áreas do conhecimento: 
Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, tanto na mo-
dalidade presencial quanto a distância.
Além da qualidade de ensino já comprova-
da pelo MEC, que coloca todas as unidades do 
Grupo Multivix como parte do seleto grupo das 
Instituições de Ensino Superior de excelência no 
Brasil, contando com sete unidades do Grupo en-
tre as 100 melhores do País, a Multivix preocupa-
-se bastante com o contexto da realidade local e 
com o desenvolvimento do país. E para isso, pro-
cura fazer a sua parte, investindo em projetos so-
ciais, ambientais e na promoção de oportunida-
des para os que sonham em fazer uma faculdade 
de qualidade mas que precisam superar alguns 
obstáculos. 
Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que é: 
“Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.”
Entendemos que a educação de qualidade sempre 
foi a melhor resposta para um país crescer. Para a 
Multivix, educar é mais que ensinar. É transformar o 
mundo à sua volta.
Seja bem-vindo!
APRESENTAÇÃO 
DA DIREÇÃO 
EXECUTIVA
Prof. Tadeu Antônio de Oliveira Penina 
Diretor Executivo do Grupo Multivix
5
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EMPREENDEDORISMO
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
 > FIGURA 1 - Empreender 13
 > FIGURA 2 - O contexto 17
 > FIGURA 3 - Habilidades 20
 > FIGURA 4 - Visão empreendedora 22
 > FIGURA 5 - Objetivo 23
 > FIGURA 6 - O planejamento 24
 > FIGURA 7 - Liderança 26
 > FIGURA 8 - Ser autoconfiante 26
 > FIGURA 9 - Construindo PDI 27
 > FIGURA 10 - Empreender 33
 > FIGURA 11 - Gestão 38
 > FIGURA 12 - O líder 40
 > FIGURA 13 - Competências 41
 > FIGURA 14 - O conhecimento 42
 > FIGURA 15 - Áreas definidas para a gestão do conhecimento 43
 > FIGURA 16 - A inovação 44
 > FIGURA 17 - Montadora 49
 > FIGURA 18 - Inbound marketing x Outbound marketing 50
 > FIGURA 19 - Atribuições do núcleo de inovação 53
 > FIGURA 20 - Os Stage-Gates 55
 > FIGURA 21 - Modelos de indicadores 55
 > FIGURA 22 - Relação entre orientação para o mercado, 
orientação para aprendizagem, inovação e desempenho 
organizacional 60
 > FIGURA 23 - Empreendedorismo social 63
 > FIGURA 24 - Conceitos sobre empreendedorismo social: 
visão nacional 64
 > FIGURA 25 - O empreendedor 67
 > FIGURA 26 - Perfil do empreendedor social 69
 > FIGURA 28 - Greenpeace 70
6
EMPREENDEDORISMO
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
 > FIGURA 27 - Empreendedor social x Empreender de negócios 70
 > FIGURA 29 - Médicos sem Fronteiras: representantes levam uma carta ao 
primeiro ministro britânico em 2015, a favor dos médicos em risco em re-
giões de guerra civil 74
 > FIGURA 30 - Distribuição de ONGs e OSCIPs no Brasil 76
 > FIGURA 31 - Distribuição por estado 76
 > FIGURA 32 - Média de salários pagos por estado 77
 > FIGURA 33 - Oportunidade de mercado 80
 > FIGURA 34 - Negócios 85
 > FIGURA 35 - Esquema de um plano de negócios 85
 > FIGURA 36 - Canvas 87
 > FIGURA 37 - Cliente 89
 > FIGURA 38 - Recursos 93
 > FIGURA 39 - Planejamento 98
 > FIGURA 40 - Plano de marketing 102
 > FIGURA 41 - Plano financeiro 103
 > FIGURA 42 - Decisões de negócios 105
 > FIGURA 43 - Plano de mercado 108
 > FIGURA 44 - Titanic, em Belfast 111
 > FIGURA 45 - Empreendedorismo Digital 121
 > FIGURA 46 - Produto Digital 124
 > FIGURA 47 - Marketing Digital 126
 > FIGURA 48 - Apps 127
 > FIGURA 49 - Redes Sociais 129
 > FIGURA 50 - Plataformas 131
 > FIGURA 51 - Startups 132
 > FIGURA 52 - Passos para validação do modelo de negócio 135
 > FIGURA 53 - Incubadoras 137
 > FIGURA 54 - Aceleradoras 142
7
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EMPREENDEDORISMO
SUMÁRIO
SUMÁRIO
1UNIDADE
2UNIDADE
1 CONTEXTO DO EMPREENDEDORISMO 12
1.1 CONTEXTO DOEMPREENDEDORISMO – UMA ANÁLISE HISTÓRICA 12
1.1.1 EMPREENDEDORISMO NO BRASIL 16
1.1.2 DESENVOLVIMENTO DE CARACTERÍSTICAS E HABILIDADES EMPREEN-
DEDORAS 19
CONCLUSÃO 28
2 EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO 31
INTRODUÇÃO 31
2.1 EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO 32
2.1.1 O INTRAEMPREENDEDORISMO 32
2.1.2 GESTÃO EMPREENDEDORA 37
2.1.2.1 CULTURA DE LIDERANÇA 39
2.1.2.2 GESTÃO POR COMPETÊNCIAS 40
2.1.2.3 GESTÃO DO CONHECIMENTO 41
2.1.2.4 INOVAÇÃO 43
2.1.2.5 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 44
2.1.2.6 REMUNERAÇÃO VARIÁVEL 45
2.1.3 INOVAÇÃO 46
2.1.4 CRIAÇÃO DE UM NÚCLEO DE INOVAÇÃO 51
2.1.5 PLANEJAMENTO TECNOLÓGICO E GESTÃO DA INOVAÇÃO 55
2.1.5.1 ORIENTAÇÃO À INOVAÇÃO VERSUS ORIENTAÇÃO AO MERCADO 58
CONCLUSÃO 60
8
EMPREENDEDORISMO
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
SUMÁRIO
3 EMPREENDEDORISMO SOCIAL 62
3.1 EMPREENDEDORISMO SOCIAL 62
3.1.1 CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR SOCIAL 66
3.1.2 TERCEIRO SETOR 69
3.1.3 TAMANHO DO MERCADO DO TERCEIRO SETOR 71
3.1.4 MERCADO DE TRABALHO NO TERCEIRO SETOR 72
CONCLUSÃO 76
4 AVALIAÇÃO DE OPORTUNIDADES MERCADOLÓGICAS 79
4.1 AVALIAÇÃO DE OPORTUNIDADES MERCADOLÓGICAS 79
4.1.1 MODELO DE NEGÓCIOS 84
CONCLUSÃO 95
5 PLANO DE NEGÓCIO 97
5.1 PLANO DE NEGÓCIO 97
5.1.1 PRODUTOS, SERVIÇOS E MERCADO 103
5.1.2 ANÁLISE ESTRATÉGICA E PLANO FINANCEIRO 109
5.1.2.1 ESTRATÉGIA 111
5.1.2.2 PLANEJAMENTO FINANCEIRO 112
5.1.3 FINANCIAMENTO DE ABERTURA DA EMPRESA 114
CONCLUSÃO 117
3UNIDADE
4UNIDADE
5UNIDADE
9
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EMPREENDEDORISMO
SUMÁRIO
SUMÁRIO
6UNIDADE 6 EMPREENDEDORISMO DIGITAL E STARTUPS 1196.1 EMPREENDEDORISMO DIGITAL 119
6.1.1 PRODUTOS DIGITAIS 121
6.1.2 APLICATIVOS (APPS) 125
6.1.3 REDES SOCIAIS 128
6.1.4 INTERMEDIAÇÃO DE NEGÓCIOS (PLATAFORMAS) 130
6.2 STARTUPS 131
6.3 INCUBADORAS E ACELERADORAS DE EMPRESAS 136
6.3.1 INCUBADORAS 137
6.3.2 ADMISSÃO 138
6.3.3 APOIO 139
6.4 ACELERADORAS 141
6.4.1 ADMISSÃO 143
6.4.2 APOIO 143
CONCLUSÃO 145
REFERÊNCIAS 147
10
EMPREENDEDORISMO
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
ICONOGRAFIA
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EMPREENDEDORISMO
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Prezado (a) aluno(a), seja bem-vindo à disciplina de Empreendedorismo! O propósito 
desta será fornecer subsídios teóricos e práticos para fomentar uma reflexão crítica 
sobre o papel do empreendedorismo e sua importância para a economia. 
Ademais, temos a finalidade de conhecer o cenário do empreendedorismo, bem 
como o desenvolvimento das características de comportamento empreendedor, 
abordando a inovação e outras ferramentas úteis ao processo de empreender, seja 
por meio da abertura de empresa, ações dos indivíduos que inovam nas organizações 
em que trabalham e, até mesmo, contemplando uma avaliação das oportunidades 
de mercado com utilização de modelos de negócio e suas tendências, visando en-
frentar o desafio de acesso aos habitats de inovação.
Esta disciplina é essencial para sua formação acadêmica, pois ela nos cerca de vá-
rias formas. Portanto, é importante que você participe dos fóruns de discussão e 
estude os materiais complementares para que o aprendizado seja realizado de ma-
neira proveitosa. 
Objetivos da disciplina
Ao final desta disciplina, esperamos que você:
• Aponte os cenários de empreendedorismo.
• Discuta o desenvolvimento de características e habilidades empreendedoras.
• Identifique os tipos de inovação e suas práticas.
• Defina os acessos aos habitats de inovação.
• Descreva as ferramentas úteis ao empreendedor.
• Identifique os modelos de empreendedorismo.
• Aponte as possíveis avaliações de oportunidades mercadológicas.
• Identifique os planos de negócio.
12
EMPREENDEDORISMO
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que você:
> Identifique o processo de 
empreendedorismo.
> Recorde o contexto histórico do 
empreendedorismo.
> Explique a evolução do 
empreendedorismo no mundo.
> Examine o desenvolvimento do 
empreendedorismo no Brasil.
> Identifique as características e 
habilidades empreendedoras.
UNIDADE 1
13
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EMPREENDEDORISMO
SUMÁRIO
1 CONTEXTO DO 
EMPREENDEDORISMO
O empreendedorismo possui influência de várias áreas do conhecimento que abordam 
e conceituam o tema o que justifica as diversas definições que compõem seu estudo. 
Porém, nesta unidade, você verá que é possível distinguir os estudos do empreendedo-
rismo, segundo três tipos de perspectivas: econômica, sociológica e psicológica. 
Nesta unidade, serão trabalhados também os conceitos acerca do empreendedo-
rismo, bem como uma breve apresentação do cenário histórico de construção do 
empreendedorismo priorizando a identificação de como o empreendedorismo criou 
suas bases no Brasil. 
Essa etapa é de suma importância para sua formação por fornecer uma compreensão 
da visão sistêmica do tema, contribuindo para que você possa identificar os contextos 
favoráveis ao empreendedorismo, bem como para o entendimento das demais abor-
dagens que serão tratadas ao longo do curso. Aproveite e estude!
1.1 CONTEXTO DO EMPREENDEDORISMO – UMA 
ANÁLISE HISTÓRICA
FIGURA 1 - EMPREENDER
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
14
EMPREENDEDORISMO
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Vivemos uma época de pleno crescimento do empreendedorismo. As pessoas fa-
lam sobre empreendedorismo no mundo inteiro. Muitos querem, desejam e sonham 
ser empreendedores, mas, para que possamos entender todo esse processo de em-
preendedorismo, vamos entender seu contexto, suas origens e como ele chegou a 
esse ponto em diferentes visões. 
Para trabalharmos os conceitos de empreendedorismo, começamos por descrever o 
que não é. Sendo assim, empreendedorismo não é:
a. Apenas criação de empresas.
b. Não é gestão de negócios.
c. Não é assumir riscos toda hora.
d. Não é ficar milionário.
É importante ressaltar que o empreendedorismo envolve, sim, criar empresas, gerir 
um negócio, assumir riscos e uma das consequências pode ser ficar milionário como 
muitos desejam. 
A palavra empreendedorismo vem do francês entrepre-
neur que significa aquele que assume riscos e começa 
algo novo. 
Hoje em dia, temos dezenas de definições do que é empreendedorismo. Veja duas 
dessas definições a seguir.
A primeira é de José Dornelas (2001, p. 23). Ele afirma que “o empreendedor é aquele 
que faz as coisas acontecerem, se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da orga-
nização”. A segunda é de Joseph A. Schumper que define empreender como “inovar 
a ponto de criar condições para uma radical transformação de um determinado se-
tor, ramo de atividade, território, onde o empreendedor atua: novo ciclo de cresci-
mento, capaz de promover uma ruptura no fluxo econômico contínuo” (SCHUMPER 
apud MARTES, 2010, p. 260).
15
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EMPREENDEDORISMO
SUMÁRIO
Distintas interpretações do empreendedorismo podem ser justificadas pela influên-
cia das áreas do conhecimento que abordam e conceituam o tema. Considerando-se 
a heterogeneidade dos enfoques, é possível distinguir os estudos do empreendedo-
rismo segundo as perspectivaseconômica, sociológica e psicológica. 
Na perspectiva econômica, emergiram as primeiras ideias sobre empreendedorismo, 
identificando a racionalidade como elemento central e estabelecendo-se a associa-
ção direta entre empreendedorismo e inovação. Esse processo tem a data de 1800 
e consolidou-se através de Jean Batiste Say que já foi reconhecido na época como o 
“pai do empreendedorismo”. 
A segunda perspectiva é a sociológica que aborda o tema com base na análise das 
condições do ambiente que permitem o surgimento do empreendedorismo (MAIR, 
2001). 
A terceira perspectiva psicológica, com destaque para a escola comportamentalista, 
concebe que o empreendedor está vinculado diretamente ao indivíduo, ou seja, re-
sulta de um conjunto de traços típicos da sua personalidade. 
Estudiosos atribuem o início do termo empreendedoris-
mo a Marco Polo que, ao tentar estabelecer uma rota 
comercial para o Oriente, fez um acordo com um ca-
pitalista da época (homem que possuía dinheiro) para 
vender as suas mercadorias. Assim, o capitalista assumia 
riscos de forma passiva, e Marco Polo assumia o papel 
ativo, “se aventurando” e correndo todos os riscos físicos 
e emocionais.
Na Idade Média, o empreendedor era aquele que gerenciava grandes projetos de 
produção, não assumindo grandes riscos, apenas gerenciando os projetos utilizando 
os recursos financeiros que geralmente são oriundos do governo do país. Entretanto, 
no século XVII, já na Idade Moderna, começou a surgir a ligação entre empreende-
dor e aceitação de riscos. O empreendedor começou a prestar serviços ou produtos 
para o governo por um preço determinado correndo o risco de ter lucros ou prejuízo. 
16
EMPREENDEDORISMO
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Nesse período, Richard Cantillon, que era um importante escritor e economista, co-
meçou a diferenciar o empreendedor como aquele que assumia riscos, tomava deci-
sões, ousava e fazia acontecer, da figura do capitalista até então como sendo aquele 
que apenas fornecia o capital. 
No século XVIII, os termos ‘capitalista’ e ‘empreendedor’ foram definitivamente dife-
renciados. É importante lembrar que, nessa época, o início da industrialização ocor-
ria no mundo e, por isso, teve um peso considerável sobre esse posicionamento. Já 
nos séculos XIX e XX, na Idade Contemporânea, surgiu uma nova questão na qual os 
empreendedores eram interpretados como administradores ou gerentes, o que de 
certa forma ocorre até os dias atuais. Uma frase comum de um autor desconhecido 
diz que “todo empreendedor é um administrador, mas nem todo administrador é 
um empreendedor”. 
São inúmeras hipóteses sobre a análise histórica do empreendedorismo, sua funda-
ção, datas de cada acontecimento, pois o empreendedorismo já passou por várias 
mudanças. Mudanças essas, ressaltadas pelos desafios impostos pelo ambiente tec-
nológico atual e a globalização que apresentam, cada vez mais, novos modelos de 
negócios, de empreendedorismo e de perfil de empreendedores. 
Um exemplo de site empreendedor atualmente é o TED 
, que tem o objetivo de abordar histórias sobre todas as 
áreas da vida. Um dos vídeos que podemos destacar é 
o Quanto antigo é o empreendedorismo, no qual o em-
preendedor David Del Ser traz a perspectiva do primei-
ro empreendedor, Cristóvão Colombo. No vídeo, Del Ser 
conta a saga do explorador que tinha um sonho, mas não 
recursos, e sendo assim, fez pitches para os reis da épo-
ca (investidores) para conseguir o financiamento para o 
projeto. Após várias tentativas, ele conseguiu um financia-
mento de nove anos com a Rainha Elizabeth. Essa apro-
vação possibilitou a geração de empregos e tinha a mis-
são de descobrir a América para gerar lucros, aumentar as 
rotas comerciais e, de acordo com o documento Assere-
to, ele teria lucros também. Cristóvão teve vários fracassos, 
mas, como um bom empreendedor, perseverou e hoje 
está faz parte da história.
O empreendedorismo como um movimento de abrangência mundial, chega ao Bra-
sil e toma características próprias, como você verá adiante. 
17
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EMPREENDEDORISMO
SUMÁRIO
1.1.1 EMPREENDEDORISMO NO BRASIL 
FIGURA 2 - O CONTEXTO 
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Todo esse movimento mundial de empreendedorismo começou a tomar forma e a 
chegar fortemente no Brasil em 1990, principalmente pela atuação do Sebrae (Ser-
viço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas). Nos anos anteriores, pratica-
mente não se falava em empreendedorismo, pois o ambiente político e econômico 
do país não era favorável. Hoje, o Sebrae é um dos órgãos mais conhecidos do peque-
no empresário brasileiro e visa dar todo o apoio possível ao empreendedor, seja de 
formação técnica, auxílio na abertura de novos negócios, consultoria e vários outros 
serviços de suporte ao empreendedor. Tais atividades têm sido um dos grandes im-
pulsionadores do movimento empreendedor do Brasil, ao ponto da história do em-
preendedorismo brasileiro e a do Sebrae se confundirem. Vários frutos desse trabalho 
de quase três décadas podem ser percebidos, como: 
18
EMPREENDEDORISMO
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
1 – O programa Brasil empreendedor do governo federal, que capacitou mais de 6 
milhões de empreendedores no Brasil. Esse programa foi de 1999 a 2002.
2 – Criação do Empretec e jovem empreendedor do Sebrae que já capacitou milhões 
de empreendedores e continua capacitando dezenas de milhares todos os anos. 
3 – Criação da legislação especial ao empreendedor como o Simples Nacional e o 
Programa Empreendedor Individual, que visam à formalização de negócios no Brasil 
facilitando os impostos a pequenos empreendedores.
4 – Universidades e o ensino do empreendedorismo, até mesmo no ensino funda-
mental em todo o país, têm disseminado uma nova cultura de empreendedorismo.
5 – Crescimento do empreendedorismo social e corporativo no país.
6 – Programas que apoiam o empreendedorismo no Brasil como a Endeavor, a Finan-
ciadora de Estudos e Projetos (Finep), fundações de amparo à pesquisa, Conselho 
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico (BNDES) entre outros.
7 – Aumento do número de professores universitários com títulos de mestres e dou-
tores em empreendedorismo e dedicados ao ensino do mesmo.
8 – O crescimento do número de franquias no Brasil, modelo de negócio padronizado 
que tem gerado muitos empregos e sucesso para os empreendedores por seguir um 
modelo já testado e padronizado em outros lugares do mundo. 
9 – A questão do planejamento de um negócio já começa a fazer parte da agenda 
do empreendedor, diminuindo grandemente as chances de erro e insucesso do em-
preendimento.
10 - A palavra empreendedorismo já não é mais um substantivo difícil de pronunciar 
e começa a ser conhecida em todo o país. 
O relatório Global Entrepreneurship Monitor, elaborado pelo Sebrae, traz dados im-
portantes sobre o cenário do empreendedorismo no Brasil. Veja alguns a seguir:
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EMPREENDEDORISMO
SUMÁRIO
QUADRO 1 - TAXAS1 (EM %) E ESTIMATIVAS2 (EM UNIDADES) DE EMPREENDEDORISMO 
SEGUNDO O ESTÁGIO DOS EMPREENDIMENTOS - BRASIL - 2017
ESTÁGIO TAXAS ESTIMATIVAS
TOTAL DE EMPREENDEDORES
Iniciais
Novos
Nascentes
Estabelecidos
36,4
20,3
16,3
4,4
16,5
49.332.360
27.482.078
22.093.966
6.010.858
22.337.649
Fonte: GEM Brasil 2017
1 Percentual da população de 18 a 64 anos.
2 Estimativas calculadas a partir de dados da população brasileira de 18 a 64 anos para o Brasil em 2017: 135,4 milhões. Fonte: IBGE/Di-
retoria de Pesquisas. Projeção da populaçãodo Brasil e Unidades da Federação por sexo e idade para o período 2000-2030 (ano 2017)
Em paralelo, é importante apontar os dois tipos de empreendedores:
• por oportunidade: aqueles que iniciam o próprio negócio por terem percebi-
do uma conjuntura favorável ao produto ou serviço que oferece. 
• por necessidade: aqueles que iniciam o negócio pela falta de opções para ge-
ração de ocupação e renda. 
No Brasil, 59,4% dos empreendedores iniciais empreen-
deram por oportunidade e 39,9% por necessidade (GEM, 
2017), e essa taxa sofre alterações na medida em que a 
economia é capaz de gerar empregos ou diminuir a ofer-
ta desses. Ressalta-se que o povo brasileiro sempre foi um 
povo criativo e trabalhador em um país que, embora pos-
sua abundância de recursos naturais, destaca-se pela enor-
me desigualdade social. 
Empreender por necessidade também favorece o aumento na taxa de negócios in-
formais no Brasil, principalmente pela baixa capacitação de muitos empreendedo-
res, o que por si só dificulta o processo de empreender pelo restrito acesso a crédi-
to, previdência e outros benefícios possíveis, caso o negócio fosse formal. Portanto, é 
de extrema importância para o nosso país transacionarmos para um cenário de em-
preendedores de oportunidade que possuem uma mínima formalização, planos de 
crescimento no qual desenvolverão a atividade com maiores chances de sucesso, pois 
a criação de empresas por si só não leva ao desenvolvimento econômico, a não ser 
que esses negócios sejam prósperos e gerem empregos e oportunidades no mercado. 
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EMPREENDEDORISMO
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Nos dias atuais, onde internet nos proporciona muita informação, a chance de acesso 
ao conhecimento sobre negócios e empreendedorismo é crescente. O Brasil tem um 
potencial enorme de ser uma das nações mais empreendedoras do mundo. Inclusive 
possuímos exemplos de negócios brasileiros que são modelos internacionais, como a 
Boticário e a Polishop, por exemplo. 
Alguns órgãos de apoio ao empreendedorismo como a 
Endeavor (ONG internacional de apoio ao empreendedo-
rismo) lista o Brasil como um dos países de maior poten-
cial empreendedor do mundo e atribui isso à capacidade 
de adaptação, inovação e perseverança do brasileiro.
Além de oportunidades de mercado, o empreendedor necessita ter ou desenvolver 
habilidades que o favoreçam no mercado para que seu negócio seja um sucesso. 
Esse será o assunto do nosso próximo tópico. 
1.1.2 DESENVOLVIMENTO DE CARACTERÍSTICAS E 
HABILIDADES EMPREENDEDORAS 
FIGURA 3 - HABILIDADES 
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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EMPREENDEDORISMO
SUMÁRIO
Uma das perguntas mais comuns hoje em dia é se as pessoas já nascem empreen-
dedoras ou se tornam empreendedoras. A resposta é sempre a mesma “elas se tor-
nam empreendedoras”. Podemos concordar que alguns possam demonstrar certas 
características desde criança, mas afirmar que elas já nasceram empreendedoras 
não faz sentido, com base no que sabemos sobre a complexidade de grupos e pro-
cessos sociais. O fato é que o empreendedorismo, em sua maior parte, é um proces-
so de desenvolvimento.
Empreendedores são formados por uma série de fatores como o ambiente onde 
cresceram, afeto dos pais, tipo de educação que receberam, necessidades que pas-
saram. O que acontece é que, ao longo da experiência de vida de cada um, as situa-
ções vivenciadas conduzem as pessoas a tomarem atitudes empreendedoras ou não. 
Cada indivíduo reage de uma forma. 
Muitos possíveis bons empreendedores são “mortos” pela síndrome do bom empre-
go. O sujeito consegue um excelente emprego e fica durante toda a vida em uma 
zona de conforto, e essa situação desencoraja muitos que poderiam ser excelentes 
empreendedores. Outra situação é aquele que foi demitido, pega seus recursos e 
começa um negócio. 
Existem diversas razões pelas quais uma pessoa começa a empreender, alguns en-
xergam uma oportunidade a ser explorada, outros aproveitam o conhecimento ad-
quirido na carreira profissional após a aposentadoria e muitos iniciam um negócio 
por necessidade financeira, que é algo bem comum no Brasil. 
A grande questão é que todos os empreendedores possuem características em co-
mum. Vamos ver algumas delas como:
• Visão,
• iniciativa,
• capacidade para correr riscos,
• capacidade de planejar,
• perseverança,
• liderança,
• autoconfiança.
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A seguir, o detalhamento de cada característica apontada. Veja!
I. Visão – A mais poderosa arma de um empreendedor!
FIGURA 4 - VISÃO EMPREENDEDORA
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Mesmo que você concorde que o mundo precisa ser transformado e que estamos 
vivendo dias difíceis, provavelmente considera quase impossível tais mudanças, uma 
vez que estamos em pleno século XXI e tantas coisas ainda não mudaram. Todavia, 
quando um empreendedor tem um sonho, ele se torna uma pessoa motivada e com 
visão e quase tudo pode acontecer! 
A história nos fornece alguns ensinamentos como Henry 
Ford (fundador da FORD), no qual disse que tornaria o Ford 
modelo T acessível à típica família americana. Os estaduni-
denses não acreditaram nele, mas apenas cinquenta dias 
depois ele realmente vendeu milhões de automóveis. Ou-
tro caso mais recente é a história de Mark Zuckerberg, que 
teve a ideia de conectar pessoas em todo o mundo através 
de uma rede social, e, hoje, o Facebook possui mais de 1 
bilhão de usuários em mais de 160 países, gerando cone-
xões que antes eram impensáveis. 
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EMPREENDEDORISMO
SUMÁRIO
Esses são apenas dois exemplos, um antigo e um recente, mas quando você ana-
lisar a história, verá claramente que empreendedores inspirados podem mudar 
seus mundos. 
Visão é o que quero atingir.
Essa ideia do futuro é o combustível que motiva o empreendedor todos os dias, é a 
energia que cria a ação. A visão inspira outros a se juntar ao seu sonho e, como sabe-
mos, existem frases famosas de pessoas bem-sucedidas que dizem:
• “A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”. – Peter Druker
• “Quando você deixa de sonhar, você deixa de viver.” – Malcolm Forbes
Dessa forma, a visão é a maior característica de um empreendedor. Ele enxerga além 
do que está adiante dele e de seu tempo. Não vê as situações como elas estão, mas 
principalmente como elas podem ser. 
II. Iniciativa – O empreendedor não espera acontecer, ele faz acontecer!
FIGURA 5 - OBJETIVO
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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EMPREENDEDORISMO
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Como vimos, o empreendedor começa com uma visão, um sonho inicial, mas não 
fica apenas nisso. Eles dão um próximo passo, eles tomam iniciativa, eles fazem as 
coisas acontecerem, eles movem mundos e fundos para realizarem seu sonho, eles 
sabem que uma visão sem iniciativa representa frustração, por isso eles ignoram 
as circunstâncias e criam oportunidades, ficam atentos ao mercado da sua ideia e 
são proativos!
III. Capacidade para correr riscos – O medo de falhar não o paralisa! 
O medo é um sentimento saudável que todo ser humano possui, mas correr riscos 
para muita gente é algo assustador, terrível e paralisante. Eles possuem aversão a si-
tuações que não estão sob o seu controle, já os empreendedores sabem que correr 
riscos calculados faz parte do negócio. Com as inúmeras informações disponíveis com 
a internet e outros meios, facilita o cálculo, mas em regra o risco continua existindo, 
até porque as perguntas sobre a possibilidade de fracassoou se existe algo mais se-
guro passam com frequência pela cabeça. Alguns são tão otimistas que perdem a 
noção do risco que estão correndo. Apesar de arriscar fazer parte do ato empreende-
dor, é diferente de correr perigo, pois o empreendedor corre grande perigo quando 
não possui informação nenhuma; se aventura sem entender os possíveis riscos. En-
tretanto, se ele tem informações, pode tomar decisões difíceis com riscos calculados!
IV. Capacidade de Planejar – O empreendedor estabelece a rota!
FIGURA 6 - O PLANEJAMENTO
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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EMPREENDEDORISMO
SUMÁRIO
Você precisa saber como se parece a paisagem antes de pintar uma imagem para os 
outros, você precisa ver o sonho com clareza antes de poder alcançá-lo. No planeja-
mento que acontece através do seu plano de negócios, o empreendedor deixa claro 
o que realmente deseja, seus objetivos e as prioridades. Por exemplo, se você é um 
arquiteto, não pode começar a construir um projeto até tê-lo terminado. 
O empreendedor precisa ter uma clareza do fim antes de começar, e isso acontece 
a partir do trabalho de planejamento, no qual deve ser feito sempre considerando 
três cenários, um pessimista, um realista e outro otimista. Essa é uma característica 
dos empreendedores, desenvolver a organização e delegação de tarefas de maneira 
objetiva, definindo prazos e parâmetros para poder medir e avaliar o seu progresso. 
O empreendedor vai agindo por etapas e pode se adequar a mudanças do mercado. 
Em paralelo, acompanha os indicadores financeiros e os considera em cada tomada 
de decisão. Ter a visão de onde você está e de onde deseja chegar é muito impor-
tante, pois prioriza suas ações dentro do negócio, permite que você monitore suas 
ações, corrija e reveja cada detalhe futuro. Dessa forma, você sempre pode avaliar as 
melhores alternativas para avançar no plano. 
V. Perseverança – O empreendedor não desiste fácil!
O empreendedor muitas vezes parece alguém teimoso, na verdade ele é perseve-
rante. Essa é uma característica marcante nos empreendedores. Eles encaram os 
obstáculos como impulsionadores que vão aproximá-los do seu sonho. Uns podem 
não conseguir o que desejam, mas eles sempre possuem uma certeza: “ao olhar para 
trás, sei que fiz todo o possível e impossível, e, se não aconteceu, era porque não era 
para acontecer”. O empreendedor não foca com dúvidas em mente do tipo e se eu 
tivesse feito isso ou aquilo. Ele sempre faz todo o possível. Como a famosa frase de 
Bill Gates: “Tente uma, duas, três vezes e se possível a quarta, a quinta e quantas ve-
zes for necessário, mas não desista na primeira tentativa, pois a persistência é amiga 
da conquista”.
Essas situações de perseverança formam um empreendedor de sucesso, pois o em-
preendedor não desiste com facilidade. Ele avalia o erro e tenta novamente, pois essa 
é uma qualidade que se destaca no mercado!
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EMPREENDEDORISMO
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VI. Liderança – Ele influencia outros!
FIGURA 7 - LIDERANÇA
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Os empreendedores possuem um grande poder de persuasão. Ele influencia outros, 
ele “vende” o seu sonho, a sua visão, a sua ideia, o seu objetivo para outros e agrega 
outros ao seu time, pois sabe que sozinho ninguém chega muito longe. A grande 
maioria sabe que não possui todas as competências necessárias. Sendo assim, ele co-
loca pessoas no barco e as lidera, delega funções, apoia, inspira, motiva e extrai resul-
tados incríveis das pessoas. O empreendedor sabe que não pode ficar preso ao ope-
racional do dia a dia e, por isso, cria um forte time e, como líder, ensina pelo exemplo.
VII. Autoconfiança - Ele acredita nele mesmo!
FIGURA 8 - SER AUTOCONFIANTE
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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EMPREENDEDORISMO
SUMÁRIO
Confiar em você muitas vezes, pode soar como uma atitude arrogante e soberba, 
mas não é por esse lado que o empreendedor tem essa autoconfiança. Ele tem cer-
teza do que acredita e não deve se importar com a opinião dos outros. O empreen-
dedor sabe diferenciar o medo dos outros do seu medo, por isso ele é autoconfiante. 
Ele está enxergando como as coisas serão e não como elas estão agora. Claro que 
ser autoconfiante não é igual a ser o dono da verdade. Um bom empreendedor se 
cerca de mentores, pessoas de confiança e de experiência em negócios, pessoas que 
podem abrir seus olhos para uma situação na qual está vivendo, mas, em suma, ele 
é determinado, mesmo diante de oposições, ele transmite confiança na sua capaci-
dade de execução. 
É obvio que habilidades técnicas e gerenciais são essenciais para o sucesso de um 
negócio próprio, no entanto essas características e atitudes são inatas de um bom 
empreendedor, a boa notícia é que elas podem ser desenvolvidas em cada pessoa!
O desenvolvimento da capacidade empreendedora é um dos grandes pilares de 
formação de novos empreendedores. Como já mencionado, empreendedores não 
nascem prontos. Eles são formados, e uma das formas mais eficazes de formar uma 
capacidade empreendedora é através de um PDI - Plano de Desenvolvimento Indivi-
dual. No PDI, existem áreas da vida do empreendedor, no qual ele estabelece metas 
de crescimento através de um plano de ação. 
FIGURA 9 - CONSTRUINDO PDI
ÁREAS METAS PRAZO A MINHA PARTE
Saúde
- Perder 3kg.
- Fazer exercícios 2 vezes 
por semana. 
- Alimentação adequada.
Até 
31/12/2017
Ir ao nutricionista, seguir o plano 
alimentar estipulado, iniciar ativi-
dade física, estabelecer horário para 
exercícios, etc. 
Profissio-
nal
- Ler livros sobre nego-
ciação.
- Dominar o Excel.
- Falar outra língua. 
Até 
31/12/2017
Estabelecer os livros que desejo ler, 
entrar em um curso sobre Excel, 
dedicar x horas por semana para a 
construção de planilhas, estudar ou-
tro idioma x vezes por semana, e etc.
Social
- Participar de confrater-
nizações. 
- Participar de grupos de 
network.
- Fazer novas amizades.
Até 
31/12/2017
Confirmar presença nos eventos, bus-
car grupos de network empresarial, 
estabelecer conexões com as pessoas 
e etc.
Fonte: Elaborada pelo autor. 
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EMPREENDEDORISMO
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O PDI pode ser feito em várias áreas da nossa vida. Trata-se de um plano de cresci-
mento contínuo que precisa ser revisado de forma sistemática, dentro dos padrões 
estabelecidos, sejam esses mensais, bimestrais, trimestrais, semestrais ou anuais. PDIs 
muito longos não são recomendados, pois as coisas se perdem no tempo. Além disso, 
é interessante você monitorar o crescimento e celebrar os pequenos avanços. O ideal 
é que haja metas semestrais para diversas áreas da sua vida. 
A materialização dos seus sonhos e planos de crescimento ocorrerá através da sua 
rotina, o que você faz dia após dia é um dos fatores determinantes para o sucesso. 
Como somos seres de hábitos, desenvolver os saudáveis faz parte da vida de um bom 
empreendedor. Essa rotina e hábitos são construídos através da agenda do empreen-
dedor. Como dizia Aristóteles: “somos o que fazemos repetidamente”. A ideia é criar-
mos um ciclo virtuoso em nossas vidas que equilibre trabalho, família, saúde física e 
espiritual, pois essas áreas em equilíbrio geram extrema produtividade. 
Sugestão de agenda: liste todos os seus horários de todos 
os dias da semana, o que permite perceber várias oportu-
nidades em aberto.
Um excelente empreendedor não perde tempo. Ele sempre potencializa seu tempo, 
pois sabe que o tempo não para, e como o lema americano, “time is money” (tempo 
é dinheiro). 
Seguem algumas sugestões que contribuem para odesenvolvimento da capacidade 
empreendedora:
• Sempre estabeleça metas e objetivos para cada área da sua vida.
• Brinque de planejar.
• Divirta-se executando o processo. A jornada é o segredo do sucesso.
• Pense em alternativas e suas consequências para as decisões simples.
• Sempre fique atento para estabelecer Network.
• Tenha inciativa para coisas chatas e simples. Envolva-se!
• Atualize-se de informações relevantes para o seu negócio.
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EMPREENDEDORISMO
SUMÁRIO
• Leia bons livros, pelo menos um artigo técnico por mês.
• Estabeleça perspectivas de cenários de mercado.
• Busque desafios.
• Elogie os outros sempre que estes merecerem.
• Invista em ações profissionais, como: fazer bons cursos, faculdade, pós-gradua-
ção e mestrado.
• Sempre se pergunte se você ainda está em sua zona de conforto.
• Seja voluntário por um período. Servir a uma causa aumenta o nosso senso de 
propósito.
Diante dessas dicas, cabe a você ser o empreendedor da sua vida. A maior empresa 
da face da Terra é você. Uma empresa é apenas a representação de uma ou mais 
pessoas. Sendo assim, pessoas são o grande sucesso de qualquer empresa e, acima 
de tudo, você é uma pessoa. Quanto mais pleno, feliz, capacitado, instruído, prepara-
do, inspirado e motivado, você irá gerar grandes realizações para a construção de um 
mundo melhor!
CONCLUSÃO 
Como você viu nesta unidade, são inúmeras as hipóteses sobre a análise histórica 
do empreendedorismo, sua fundação, suas bases e as diferentes perspectivas refe-
rentes ao campo, mas sabemos que o empreendedorismo acontece desde a cria-
ção do mundo. No Brasil, esse movimento começou a tomar forma na década de 
90, tendo como marco a atuação do Sebrae - Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e 
Pequenas Empresas. 
O contexto faz toda a diferença para o empreendedorismo, pois empreendedores 
não nascem prontos. Eles são formados por uma série de fatores, como: o ambiente 
onde cresceram, tipo de educação que receberam, necessidades
O processo do empreendedorismo envolve, portanto, entre outras coisas, reconheci-
mento de oportunidades, design e implementação de projetos, inovação, gerencia-
mento de riscos e valor agregado e diferencial competitivo. Todo esse processo não é 
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EMPREENDEDORISMO
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restrito a empresas. Você também pode ser empreendedor de sua própria carreira, e 
assim todos esses conceitos aqui trabalhados podem ser aplicados no seu cotidiano. 
Isso implica preparo acadêmico, profissional, habilidades sociais e gerenciamento 
de tempo.
O plano de crescimento que você tem acontecerá através desse preparo. Esse plane-
jamento que é o caminho para seu sucesso, seja ele voltado para uma empresa e/ou 
para sua carreira. E como nós, seres humanos, somos seres de hábitos, é imprescindí-
vel cultivar todos dias ações em prol do empreendedorismo.
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EMPREENDEDORISMO
SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que você:
> Apontar as 
características 
empreendedoras 
dentro das organizações 
como diferencial de 
competitividade. 
> Identificar os diferenciais 
de uma gestão com viés 
empreendedor.
> Discutir a inovação a 
partir da perspectiva da 
cadeia de valor.
> Examinar a inovação 
como fator de promoção 
da competitividade.
> Definir a importância 
do planejamento 
tecnológico.
UNIDADE 2
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EMPREENDEDORISMO
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2 EMPREENDEDORISMO E 
INOVAÇÃO
Uma das modalidades do empreendedorismo importantes de conhecer é o conceito 
de intraempreendedorismo, condicionada por aspectos, como cultura organizacio-
nal, perfil dos funcionários e liderança. É uma importante ferramenta para a inovação 
e criação de novas ideias dentro das organizações. 
O intraempreendedorismo é aliado a outros aspectos da gestão que transformam as 
organizações em locais mais agradáveis para trabalhar, tais como a gestão do conhe-
cimento, remuneração variável e gestão da inovação.
A inovação, por sua vez, se tornou a palavra preferida no meio empresarial recen-
temente. Inovação não é invenção ou somente criatividade. Inovação necessita co-
nhecer um fim prático no mercado e, assim, auxiliar as organizações a se manterem 
competitivas. 
Nesta unidade, serão abordados os conceitos de inovação, bem como seu desenvolvi-
mento, que inclui o planejamento dentro das organizações. Bons estudos!
INTRODUÇÃO
Como visto, o empreendedorismo pode ser a opção de indivíduos que se veem sem 
oportunidades de trabalho e decidem abrir o próprio negócio. Nesta unidade, serão 
tratados os processos de empreendedorismo que ocorrem dentro das empresas que 
podem levar ao desenvolvimento de novas tecnologias, novos produtos ou apenas de 
técnicas administrativas. No entanto, para que o intraempreendedorismo seja possí-
vel, é necessária a criação de uma cultura de inovação dentro das organizações, de 
modo a permitir que as ideias novas tomem forma e sejam, de fato, inovações. 
A inovação não é o mesmo que invenção. Também não é só uma ideia muito boa. Deve 
ser uma ideia que atende às expectativas de mercado e ser viável do ponto de vista 
econômico. Como dito por Geoff Nicholson, pai do post-it, “inovação é transformar 
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EMPREENDEDORISMO
SUMÁRIO
conhecimento em dinheiro”. A inovação depende de criatividade e de um ambiente 
que necessite da solução proposta, e esse ambiente pode ser o mercado ou mesmo 
a própria organização. 
A tecnologia também é suporte para a maioria das mudanças sociais. Assim, a abor-
dagem da mesma é fundamento para o entendimento do ambiente de mudança. 
Bons estudos e vamos lá!
2.1 EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
2.1.1 O INTRAEMPREENDEDORISMO
FIGURA 10 - EMPREENDER
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
A cultura é um dos mais importantes aspectos de um negócio. E ela deve ser cons-
truída dia após dia em uma organização. 
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EMPREENDEDORISMO
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De acordo com Edward Tylor, cultura é: 
Todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes 
ou qualquer outra capacidades ou hábitos adquiridos pelo homem como 
membro de uma sociedade (TYLOR apud LARAIA, 2009, p. 25).
Dentro de uma organização não é diferente. As empresas possuem hábitos, crenças, 
morais, leis, jeitos e costumes intrínsecos, que geralmente são disseminados pelos 
fundadores e seus executivos aos seus colaboradores, instituindo o que se chama de 
“cultura da empresa”. 
É interessante o termo “regras não escritas”, que nomeia as regras que acontecem 
normalmente no cotidiano, apesar de não estarem escritas em lugar algum da orga-
nização. Na cultura organizacional, essas regras não escritas acontecem, como conti-
nuar trabalhando depois do horário de trabalho, café coletivo em determinado horá-
rio e conversa matinal da equipe.
Dentro das organizações, já se fala sobre o conceito de intraempreendedorismo.
Intraempreendedorismo é o processo de empreender 
dentro de uma organização e atualmente é cada vez 
mais comum nas organizações. Dessa forma, as empre-
sas estão dando todo o apoio possível para a implemen-
tação dessa cultura.
O processo do intraempreendedorismo, assim como no empreendedorismo, envolve: 
• reconhecimento de oportunidades;
• design e implementação de projetos;
• inovação;
• gerenciamento de riscos;
• valor agregado e diferencial competitivo.
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EMPREENDEDORISMO
SUMÁRIO
Esse tipo de colaborador, que empreende, está em alta e vem se tornando o alvo dos 
processos de recrutamento e seleção para ocupar vagas importantes na organização. 
No entanto, o processo de intraempreendedorismo não depende apenas do funcio-
nário, visto que grande parte do sucesso da implementação dessa cultura depende 
da organização. Muitas organizações se dizem intraempreendedoras, mas sabe-se 
que do discurso para a prática existe uma longa estrada. 
Todo o processo de uma cultura intraempreendedora precisa ser bem trabalhada 
para evitar desgastes entre as partes, bem com as regras de recompensa precisam ser 
muito claras, o que infelizmente não é adotado em muitas organizações. 
Desenvolver uma cultura intraempreendedora é uma 
tendência global. As empresas já estão distribuindo di-
videndos, ações, benefícios e dando uma série de flexi-
bilidades aos seus colaboradores, tudo com o enfoque 
de incentivar o intraempreendedorismo. A adesão a esse 
processo auxilia a competitividade e a inovação, garan-
tindo, assim, longevidade à organização.
Para ilustrar esses mecanismos que podem ser adotados pelas organizações para a 
busca de um ambiente propício ao desenvolvimento de intraempreendedores, Dor-
nelas (2003) estabelece um quadro auxiliar:
- a empresa deve ter uma visão empreendedora claramente definida e refor-
çada constantemente;
- deve haver um sistema de recompensas e reconhecimento aos funcioná-
rios, incluindo participação nos resultados, stock options (opção de compra 
de ações da empresa), etc.;
- incentivar a melhoria de performance, assumindo riscos calculados, sem pe-
nalidades ou punições por falhas (a menos que sejam repetidas); 
- reduzir os níveis hierárquicos e as segmentações de unidades organizacio-
nais;
- possuir pequenas unidades organizacionais com equipes multifuncionais;
- estabelecer papéis variados às pessoas, encorajar/estimular a iniciativa e a 
experimentação;
- possibilitar altos níveis de empowerment;
- possibilitar acesso irrestrito à informação;
- implementar fundos corporativos para investimento nos novos negócios;
- trazer para dentro da empresa (em todos os níveis) a voz do consumidor. 
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Porém, a alta administração precisa estar disposta a enfrentar esse novo paradigma, 
abrindo mão da sua rigidez e conservadorismo nos processos de tomada de decisão. 
Os colaboradores vão opinar como “donos” e isso precisa ser levado em conta, precisa 
ser verdade, e não um mero procedimento. A ideia é que os “chefes” sejam cercados 
de profissionais melhores do que eles, enxergando os intraempreendedores como 
um artigo de luxo para a empresa. 
O intraempreendedorismo também é conhecido no 
Brasil como empreendedorismo corporativo, sendo 
visto como a “solução” para a inovação, pois possibilita 
a oportunidade dos colaboradores de cada área da em-
presa de fato empreenderem. A construção dessa cultu-
ra é um processo, e processos nunca são tão rápidos, eles 
exigem tempo e padrões de repetição.
Para que o empreendedorismo corporativo possa se desenvolver, um dos principais 
fatores é um ambiente favorável, em que os profissionais envolvidos tenham auto-
nomia e flexibilidade para avaliarem oportunidades, sugerirem e implementarem 
suas ideias. Um dos maiores desafios é a desburocratização. A grande maioria das 
empresas é burocrática e com sistemas centralizadores. Por isso, gerar essa transição 
é algo doloroso, que não acontece de forma rápida. Deve-se tomar ações intencionais 
de implementação. Tais ações devem refletir a mudança desejada e ser capazes de 
operar essas mudanças, ou seja, não podem ser apenas paliativas.
A estrutura burocrática é caracterizada por uma forte hierarquia organizacional: 
processos 
definidos;
chefes
pré-estabelecidos.
cargos bem 
definidos;
Para que seja implementada essa cultura intraempreendedora, o modelo tradicional 
precisa ser adaptado e transformado. Os níveis hierárquicos devem ser reduzidos. 
Também conceder autonomia aos colaboradores, criar processos de inovação e até 
mesmo a dar a possibilidade de ócio criativo. A estrutura burocrática limita o poten-
cial humano e é uma enorme barreira para o empreendedorismo corporativo. 
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SUMÁRIO
O empreendedorismo envolve criar, arriscar, planejar e executar. O intraempreende-
dorismo possibilita essas oportunidades, e as organizações precisam desesperada-
mente inovar e se reinventar dia após dia no contexto global. Isso é puro empreen-
dedorismo.
O conceito não pode ficar limitado apenas à criação de produtos. Precisa ser vivido 
em todos os níveis da empresa, gerar valor interno e, consequentemente, valor exter-
no para os seus clientes e acionistas. Nesse modelo, não existe mais espaço para em-
presas horizontais e departamentais, mas sim verticais, que operam como uma única 
equipe. A visão precisa ser sistêmica, e não apenas de uma área, pois o que qualquer 
um faz na organização afeta a entrega de cada colaborador. 
As empresas verticalizadas diferem das horizontais de-
vido aos seguintes pontos principais: possuem menos 
departamentos, setores e divisões; a comunicação é feita 
do topo para a base e vice-versa; as decisões são mais 
rápidas.
O Google, empresa norte-americana e muito conhecida 
em todo o mundo, tem uma política de intraempreen-
dedorismo bem interessante. Cada trabalhador do Goo-
gle tem 20% do seu tempo diário livre para ócio criativo 
ou um dia inteiro da semana para projetos pessoais ou 
projetos que ele possa aplicar na empresa. Um dos mais 
significativos resultados com essa iniciativa foi a criação 
do Gmail. Para saber mais sobre o caso, você pode assistir 
ao vídeo “O jeito Google de trabalhar – Caso Gmail”, dis-
ponível na Internet.
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Para saber um pouco mais sobre o tema e importância 
do intraempreendedorismo e inovação, você pode ler 
a entrevista ao blog Huma, da LG, intitulada “Intraem-
preendedorismo: a inovação pode estar dentro de casa”, 
do gerente de vendas Flávio Valiati.
A construção da cultura intraempreendedora é um processo lento, acontece dia após 
dia, mas que poderá trazer benefícios incalculáveis para o atual contexto competitivo.
2.1.2 GESTÃO EMPREENDEDORA
FIGURA 11 - GESTÃO 
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
As constantes transformações globais exigem mudanças, adaptações e inovação, vi-
vemos o que alguns estudiosos chamam de a “era da informação”. Se há algumas 
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SUMÁRIO
décadas a informação era algo precioso e de difícil acesso, hoje ela continua precio-
sa, mas de fácil acesso. Aliás, hoje temos informações em excesso, o que exige uma 
inteligência de mercado para saber coletar e filtrar as relevantes para que sirvam no 
auxílio na tomada de decisão. Diante desse contexto, faz-se necessário que as orga-
nizações possuam gestão empreendedora, na qual se destacam empresas com alta 
capacidade de inovação, aprendizagem, foco em relacionamentos duradouros entre 
indivíduos e equipes e abertura para mudanças na sua cultura organizacional. 
Historicamente, padrões rígidos não resistem às mudanças, mas os flexíveis se adap-
tam e sobrevivem. Essa situação estabelece um novo padrão de trabalho em que o 
ambiente empresarial tem mais liberdade em meio a mercados rígidos. A gestão 
empreendedora diz respeito às mudanças que são estruturadas de formarápida. 
Listados a seguir, estão alguns dos princípios que norteiam uma gestão empreende-
dora: 
1. cultura de liderança;
2. intraempreendedorismo;
3. gestão por competências;
4. gestão do conhecimento;
5. inovação;
6. tecnologia e informação;
7. remuneração variável.
Em sequência, apresentam-se as características e demandas para um gerenciamen-
to empreendedor.
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2.1.2.1 CULTURA DE LIDERANÇA
FIGURA 12 - O LÍDER
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Uma gestão empreendedora envolve uma cultura de liderança, isso diz respeito, 
principalmente, a um trabalho de formação de liderança contínua, em que os chefes 
estão preocupados em desenvolver equipes brilhantes, bem como ter colaboradores 
melhores do que eles em cada área da empresa. 
Os líderes empreendedores visam formar tomadores de decisões e, para isso, dele-
gam, acompanham e apoiam os potenciais em formação. Esse tipo de organização 
está olhando para o futuro e para novas possibilidades de mercado. 
A AmBev possui uma forte cultura de formação de líde-
res e gestores. Em cada novo empreendimento, já pos-
suem líderes prontos para assumir cargos de executivos.
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SUMÁRIO
2.1.2.2 GESTÃO POR COMPETÊNCIAS
FIGURA 13 - COMPETÊNCIAS
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Gestão por competências é modo de gerir a organização por meio das capacidades 
técnicas e comportamentais de cada colaborador. Cada gestor pode colocar alguém 
da equipe em situação de líder por competência do colaborador. Dessa forma, existe 
um processo de alternância de liderança, dependendo da situação, com o enfoque 
de gerar resultados. 
Uma das consequências desse processo é a geração de uma equipe de alto rendi-
mento. Um dos pilares para manter essa estratégia é o desenvolvimento contínuo. 
Para isso, a organização precisa investir em treinamento e desenvolvimento dos co-
laboradores. 
O ciclo básico de uma gestão por competência pode ser resumido em quatro fases: 
• mapeamento das competências dos colaboradores;
• avaliação do nível de proficiência dessas competências;
• desenvolvimento contínuo ou aprimoramento;
• monitoramento.
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Um exemplo de empresa que faz isso muito bem é a Ma-
gazine Luiza, que implementou uma série de procedi-
mentos, que incluem padronização da linguagem, pes-
quisas de clima organizacional, ações para integração e 
melhoria de relacionamento interpessoal, saída do foco 
no produto para o foco no cliente e como o colaborador 
participa nesse ciclo de vendas. A empresa vem colecio-
nando prêmios nos últimos anos como um dos melhores 
lugares do Brasil para se trabalhar.
2.1.2.3 GESTÃO DO CONHECIMENTO
FIGURA 14 - O CONHECIMENTO
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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SUMÁRIO
A gestão do conhecimento vem se tornando algo indispensável nas organizações. 
Nos últimos anos, muitos mercados estão passando por altos índices de rotatividade 
dos funcionários. E uma das formas de minimizar esse impacto é possuindo uma 
forte área de gestão do conhecimento. Todo o conhecimento existente na empresa 
pertence a ela, logo ele é estruturado e disponibilizado para os colaboradores novos e 
antigos, provocando uma cadeia de geração de valor contínuo para os colaboradores. 
Para que a gestão aconteça de forma plena, é muito importante a geração de dados, 
conhecimento e informação.
Por meio de algoritmos, os sites de busca usam o conhe-
cimento de nossos hábitos de procura e interesse para 
ofertas on-line. Este é um exemplo atual de gestão do 
conhecimento.
Observe a figura a seguir: 
FIGURA 15 - ÁREAS DEFINIDAS PARA A GESTÃO DO CONHECIMENTO
Fonte: MERTINS; HEISIG; VORBEK, 2003.
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O Grupo Globo criou o “Projeto Memória da Produção”, 
que, além de preservar todo o conhecimento em pesqui-
sa e produções acumulado desde a criação da TV Globo, 
permite que seus colaboradores acessem esses arquivos 
como referência para a criação de produções sem preci-
sar iniciá-las do zero.
Vale ressaltar que toda a coleta de informações precisa 
ser estruturada e canalizada para o aprendizado. Uma 
das organizações mais famosas no mundo sobre sua 
gestão de conhecimento, e não só sua geração, mas sua 
aplicabilidade, é a 3M. A empresa possui até livro de in-
formações para seus fornecedores, que contém uma sé-
rie de respostas às mais diversas dúvidas que possam ter 
sobre o funcionamento da 3M.
2.1.2.4 INOVAÇÃO
FIGURA 16 - A INOVAÇÃO
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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A inovação vem se tornando indispensável no contexto atual de mercado. É uma 
geração de valor que produz lucro financeiro ou redução de custo operacional por 
meio dos produtos e serviços de uma empresa ou das suas melhorias e otimizações 
de processos internos.
Um exemplo de empresa inovadora é a Uber, visto que 
hoje é considerada uma das empresas mais valiosas do 
mundo.
Veja a lista das empresas mais inovadoras do mundo ela-
borada pela Fast Company em 2017: 1º - Amazon: por 
oferecer mais, de forma inteligente e eficiente; 2º - Goo-
gle: por desenvolver uma memória fotográfica; 3º - Uber: 
por acelerar a direção autônoma; 4º - Apple; 5ª - Snap.
2.1.2.5 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Se há algumas décadas tínhamos poucas informações disponíveis, hoje a temos em 
excesso. Para que o foco seja informação de qualidade, são necessários filtros e siste-
matizações tecnológicas. Essa área também, conhecida pela sigla TI (Tecnologia da 
Informação), produz, transmite, cede, armazena e usa diversas informações por meio 
da computação.
A Dextra, empresa brasileira de desenvolvimento de soft-
wares personalizados, vem se destacando no cenário na-
cional.
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2.1.2.6 REMUNERAÇÃO VARIÁVEL
Por todo o contexto empreendedor envolvido, é sabido que um empreendedor, prin-
cipalmente no começo de carreira, possui uma renda muito variável. Tal postura está 
sendo repassada aos colaboradores e vem sendo muito bem aceita. 
A remuneração variável diz respeito a uma remuneração 
ligada ao desempenho do colaborador, geralmente den-
tro de uma meta estipulada pela empresa.
Algumas empresas vêm se destacando pelos seus modelos de remuneração variável, 
os quais têm atraído colaboradores que preferem ser remunerados pela performan-
ce. Esta tem sido também uma estratégia para engajar os colaboradores. 
A Embraer é um bom exemplo de remuneração variável, 
tornando-se uma referência nesse sistema.
Por meio desses princípios, percebe-se que a gestão empreendedora vem se tornan-
do um fator de extrema competitividade. Sendo assim, as empresas precisam ser 
rápidas em se adaptar às mudanças no atual mercado globalizado e competitivo, en-
tendendo a importância dos princípios que podem e devem aplicados, afinal podem 
ser adaptados de diferentes formas e contextos.
A agilidade na atuação em um mercado mais competitivo pode depender de inova-
ções.
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2.1.3 INOVAÇÃO
Essa palavra tem sido mais usada no meio empresarial,mas o que de fato é uma 
inovação? O que ela representa em uma organização? Como ela ajuda o processo de 
competitividade? 
De fato, a inovação é a resposta para um mundo corporativo cada vez mais competiti-
vo e complexo. Deve-se ter em mente que inovação não é invenção nem criatividade, 
mas uma fonte de crescimento contínuo para a geração de valor e aumento de com-
petitividade. Em outras palavras, a inovação precisa ir para o mercado, caso contrário 
ela pode ser apenas uma invenção ou descoberta. 
Para que você entenda melhor as diferenças de cada um, seguem exemplos e suas 
explicações:
• Descoberta: fato científico que precisa ser validado socialmente, como a des-
coberta de que existe sal na água do mar. É algo novo que gera conhecimento. 
• Invenção: algo construído, como a bicicleta, o avião (ex.: 14-bis, de Santos Du-
mont), ou seja, algo novo, mas que gera um protótipo. Santos Dumont não 
criou uma indústria, mas a sua invenção possibilitou a criação de uma, e essa 
sim pode inovar. 
A inovação precisa gerar mercado e atingir o consumidor, ou seja, a inovação está 
ligada a um conceito econômico. Um exemplo simples é o pão de queijo, que, por 
muitos anos, era comercializado somente após algumas horas depois de pronto. Mas 
conseguiram inovar o seu processo e criaram o pão de queijo congelado. Assim, po-
demos prepará-lo quando quisermos.
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Vivemos em tempos em que inovar não é mais uma 
escolha, e sim uma questão de sobrevivência. Para que 
qualquer processo ou produto tenha o cunho inovador, 
ele precisa ser implementado, ou seja, se for um produto, 
precisa ser introduzido no mercado e apresentar suces-
so por meio de resultados econômicos. Caso seja uma 
inovação de um processo, o mesmo deve ser também 
implementado, gerando resultados econômicos ou de 
aumento de produtividade. Uma empresa inova para se 
manter competitiva, para aproveitar as oportunidades de 
mercado ou para crescer.
Para ajudar a esclarecer, será apresentado o conceito de quatro tipos de inovação:
1. inovação de um produto;
2. inovação de um processo;
3. inovação de marketing;
4. inovação organizacional.
Entenda como cada um é conceituado separadamente. 
A inovação de um produto consiste em fazer algo novo, diferente em relação a um 
produto já existente, seja com a mudança do seu design, da sua composição e até 
mesmo de suas características funcionais.
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SUMÁRIO
Os celulares, por exemplo, em meados dos anos 1990 
eram os chamados “tijolões”, grandes e com poucas fun-
ções, basicamente só realizavam e recebiam chamadas. 
Hoje em dia, vivemos a inovação tecnológica desse pro-
duto com os “smartphones”, que são os celulares inteli-
gentes. Eles não se limitam a fazer chamadas, possuem 
uma série de tecnologias embutidas, como câmeras 
digitais. São finos, leves, resistentes à água e tombos. O 
avanço tecnológico desse produto é incrível e é um resul-
tado prático de um processo de inovação contínua.
A inovação de um processo diz respeito à mudança na produção de um produto. 
O produto continua sendo produzido, mas a forma como ele é produzido sofre al-
terações. Geralmente, essa inovação traz mudanças quanto à economia de tempo e 
recursos. 
A indústria automobilística era extremamente manual, mas a cada ano vem se trans-
formando em uma indústria mais tecnológica e inovadora. Hoje as fábricas são basi-
camente montadoras automatizadas por meio de robôs.
FIGURA 17 - MONTADORA 
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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A inovação de marketing é uma forma como a empresa se comunica com seus clien-
tes. Vem mudando ano após ano e, como todo o avanço tecnológico, os meios de 
comunicação e os canais de venda, como publicidade e propaganda, passaram por 
grandes transformações. Assim, as inovações na área de marketing visam a um me-
lhor atendimento do cliente, criando uma conexão de relacionamentos duradouros 
com o enfoque de não apenas aumentar as suas vendas, mas também de fidelizar 
os clientes. 
As vendas se tornaram vendas de valor agregado e, nesse aspecto, destaca-se a nova 
tendência de utilização dos canais digitais junto com os tradicionais. Os canais digi-
tais estão se inovando a cada dia com o processo de inbound marketing. 
O inbound é um processo de venda que alimenta, por 
meio de passos estruturados, o interesse do cliente. Nes-
se processo, é possível determinar os níveis de interesses 
dos clientes, aumentando, assim, o número de vendas 
efetivas. Dessa forma, os especialistas classificam os ca-
nais antigos ou tradicionais como “outbound marketing”.
FIGURA 18 - INBOUND MARKETING X OUTBOUND MARKETING
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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A inovação organizacional muitas vezes está ligada ao conceito de uma gestão em-
preendedora, que visa melhorias da empresa como um todo, mas focando em redu-
zir custos operacionais e aumentar a produtividade em todos os setores. 
Geralmente, essa inovação envolve a implementação de estruturas organizacionais 
orgânicas, uma vez que podem ser mudadas rapidamente e se adaptarem a diversas 
situações. 
Adriano Proença (2015) elenca os seguintes exemplos:
• sistemas de produção enxutos;
• sistemas de gerenciamento de qualidade;
• estabelecimento de redes de parcerias externas em áreas estratégicas, em 
que é interessante a busca da colaboração externa via clientes, fornecedores, 
centros de excelência, universidades, etc.;
• práticas para melhorar o compartilhamento das informações e do conheci-
mento da empresa, garantindo o acesso no grau adequado a cada pessoa;
• práticas de contínua autoavaliação na empresa, com base em referências ex-
ternas, como bancos de melhores práticas e de indicadores de benchmarking;
• práticas para a permanente capacitação dos empregados e otimização de sua 
carreira na empresa, como sistemas de educação, treinamento, capacitação 
tecnológica, participação em resultados, planos de carreira e pós-carreira;
• sistemas de gerenciamento da cadeia de fornecedores; 
• reengenharia de processos de negócio, entre outras práticas.
Essas práticas, adotadas de forma intencional, podem gerar grandes resultados para 
uma organização, já que quando vemos uma empresa inovadora, sabemos que é o 
resultado de um grande trabalho interno. As organizações estão vivendo a mudança 
do paradigma ao deixarem o tradicionalismo e se adaptarem ao sistema de inovação. 
A inovação consiste, então, em uma poderosa arma de criação de valor. Ela gera o 
que chamamos de vantagem competitiva, uma melhoria em relação aos seus con-
correntes. Mas, para potencializar esse processo, a empresa precisa ter seu próprio sis-
tema de inovação. Devem ser próprios porque o que aprendemos são princípios, já a 
aplicabilidade de uma organização para outra é completamente diferente. Entender 
isso é extremamente importante. 
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É necessário considerar as diferenças culturais e do mer-
cado no qual a empresa atua, pois esses sistemas de ino-
vação dependem de um alinhamento estratégico muito 
bem definido, além de uma análise atual da empresa de 
uma forma clara.
Às vezes, pode-se ter uma visão errada das situações, por isso é muito importante ter 
um diagnóstico inicial muito bem elaborado para que seja traçado o plano de ino-
vação. Após esse levantamento, o próximo passo éa criação do núcleo de inovação. 
2.1.4 CRIAÇÃO DE UM NÚCLEO DE INOVAÇÃO
A criação de um núcleo de inovação se faz necessária para que todos os processos 
relativos à inovação estejam organizados e controlados, de forma a distribuir tarefas e 
gerar a participação de todos.
Esse núcleo deverá se reunir em prazos pré-definidos. 
Sugere-se que, inicialmente, eles sejam mensais e incor-
porados naturalmente na organização, até se tornarem 
semanais e, finalmente, fazerem parte da rotina diária da 
empresa.
O número de integrantes varia de acordo com porte da empresa, inicialmente tam-
bém se recomenda a participação dos sócios e de um dos diretores com outros co-
laboradores da empresa. É importante frisar que a formação desse núcleo não exclui 
os outros colaboradores desse processo inovador. Pelo contrário, os colaboradores 
possuem um papel fundamental em tarefas relacionadas à inteligência competitiva, 
tais como pesquisas e discussões, além de sessões de geração de ideias. 
Resumidamente, são atribuídas ao núcleo de inovação as seguintes funções:
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FIGURA 19 - ATRIBUIÇÕES DO NÚCLEO DE INOVAÇÃO
Monitoramento
de informações
Promoção da
disseminação e
discussão das
informações
Análise e
priorização
de ideias
Busca por
parcerias de
fomento à
inovação
Gerenciamento
de projetos
de Inovação
Coleta e análise
de indicadores
Núcleo
de inovação
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Veja a seguir a apresentação de cada atribuição presente no núcleo de inovação.
• Monitoramento de informações: consiste na busca de informações relevantes 
para que a empresa possa realizar a inovação a partir de um entendimento 
desejável de todos os seus stakeholders (partes interessadas no negócio). Se-
gue um modelo de fontes de informação:
> clientes;
> colaboradores;
> ventos da área;
> revistas e jornais;
> fornecedores;
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> gerentes;
> newsletters;
> publicações do setor;
> relatórios anuais de concorrentes e/ou players;
> websites;
> associações cooperativas e afins.
• Disseminação e promoção da discussão de informações: a segunda função 
do núcleo trata justamente do aproveitamento das informações que forem 
monitoradas e, portanto, também fazem parte do conceito de inteligência 
competitiva. Uma cultura de participação dos colaboradores é obrigatória a 
qualquer empresa que queira inovar. Essa participação é uma ótima manei-
ra de gerar ideias e analisar variados aspectos sob pontos de vista diferentes. 
Como já mencionado, a discussão das informações e ideias não deve se res-
tringir apenas àqueles componentes do núcleo. 
• Analisar e priorizar ideias: após coletadas e disseminadas, é hora de priorizar 
as ideias, é o momento da tomada de decisão sobre quais caminhos a inovação 
da empresa vai trilhar e quais deverão ser as escolhas inovadoras. Apesar da dis-
cussão com os colaboradores, a decisão final pertence ao núcleo de inovação. 
• Busca por parcerias e fomento à inovação: possuir um círculo de parceiros é 
de extrema importância para o processo de inovação, e por ser uma tarefa de 
pesquisa, análise e decisão de nível estratégico, delega-se essa prospecção e 
suas respectivas ações ao núcleo de inovação.
• Gerenciamento de projetos de inovação: cada empresa determina a sua me-
todologia prática para verificar se seus recursos estão sendo bem emprega-
dos, assegurando, assim, o bom andamento das etapas planejadas. Uma das 
metodologias mais práticas e aplicáveis na atualidade é o Stage-Gates, que 
estratifica um passo a passo da descoberta ao lançamento. 
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FIGURA 20 - OS STAGE-GATES
Fonte: COOPER, 2018, apud HOFFMAN, CARVALHO, CASTRO, 2016.
• Coleta e análise de indicadores: uma empresa voltada para a inovação precisa 
ter processos internos desenhados para esse fim. Os indicadores de inovação 
são importantes aliados da empresa para a avaliação, pois eles nos permitem 
verificar se a cultura inovadora que desejamos implementar está rendendo os 
frutos imaginados. 
FIGURA 21 - MODELOS DE INDICADORES
Entrada
Percentual de 
colaboradores envolvidos 
no processo de inovação
Número de relatórios 
básicos de coleta 
desenvolvidos
Número de ideias 
geradas 
informalmente
Número de ideias 
inovadoras geradas a partir 
do processo formal
Processo
Índice de desistência de projetos inovadores Índice de atraso no cronograma dos projetos
Saída
Número de inovações 
desenvolvidas
Taxa de aprovação das 
inovações pelos clientes
Retorno sobre os 
investimentos das inovações
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. 
Como visto, o processo de criação de núcleos de inovação passa por várias etapas, 
que são importantes para o sucesso dos projetos. A seguir, serão apresentadas as ca-
racterísticas de um planejamento tecnológico alinhado à gestão de inovação. 
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
2.1.5 PLANEJAMENTO TECNOLÓGICO E GESTÃO DA 
INOVAÇÃO
Planejar e gerir, essas palavras são chaves para o sucesso de uma organização. Pla-
nejar diz respeito a prever, se antecipar, pensar em alternativas e estabelecer meios 
prévios. Uma visão estratégica é o ponto de partida para uma organização saudável. 
A visão e, consequentemente, seu plano, é fruto da criatividade de seus fundadores. 
Isso não é uma tarefa fácil, pois não existem fórmulas de sucesso prontas, existem 
sim muito trabalho, esforço, disciplina e aprendizado, os quais, de forma sinérgica, 
podem gerar sucesso. O ambiente de mercado atual apresenta-se inseguro, instável, 
volátil e passando por constantes transformações. De outro ponto de vista, o ambien-
te interno das organizações também está se modificando bastante, se adaptando a 
todas essas mudanças e transformações mercadológicas.
Nesse contexto, o planejamento tecnológico é um processo sistematizado de várias 
atividades, no qual sua aplicabilidade vai variar no mercado de atuação da organiza-
ção, no enfoque dos seus objetivos e metas estratégicas de tecnologia em questão. O 
conceito é criar, sustentar e aumentar a vantagem competitiva da empresa, de forma 
que se adapte rapidamente a mudanças.
O planejamento tecnológico é baseado em três pilares:
1. Identificação das oportunidades: após um diagnóstico inicial, as organizações 
analisam e entendem o seu contexto tecnológico e avaliam as oportunidades 
viáveis ao seu momento atual para traçar o seu plano de ação. 
2. Internalização da tecnologia: é um processo, que não é rápido nem lento, mas 
na medida necessária. A organização já está fluindo e algo novo é acrescentan-
do a seu dia a dia. Os exemplos mais comuns são as fases de adaptações aos 
novos softwares de gestão, alguns levam até um ano para serem plenos nas 
organizações.
3. Avaliação: após a implantação, é preciso ter uma avaliação real dos contextos 
externo e interno, a usabilidade com todos os stakeholders. Esse posicionamen-
to é extremamente importante para uma excelência do planejamento tecnoló-
gico. É fundamental determinar métricas de curto, médio e longo prazo.
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EMPREENDEDORISMO
SUMÁRIO
Todo o planejamento tecnológico tem o enfoque de au-
xiliar na gestão da organização otimizando processos, 
dados e maximizando os resultados. Dentro desse con-
texto, está presente a gestão da inovação, indispensável 
nos dias atuais. Esses dois fatores juntos, planejamento 
tecnológico e gestão da inovação, possuem o objetivo de 
otimizar

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