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1 
 
A GUERRA FRIA 
 
 
REVOLUÇÃO CHINESA 
 
A Revolução Chinesa foi um movimento político, 
social, econômico e cultural ocorrido na China no ano de 
1911. Liderada pelo médico, político e estadista chinês Sun 
Yat-sen. Este movimento nacionalista derrubou a Dinastia 
Manchu do poder. 
 
 
Causas: China antes da revolução 
 
No século XIX, no contexto do imperialismo, a 
China era dominada e explorada pelas potências 
europeias, principalmente pelo Reino Unido. Esta potência 
imperialista, além de explorar a China economicamente, 
interferia nos assuntos políticos e culturais da China. Os 
imperadores da Dinastia Manchu eram submissos à 
dominação europeia. 
 
A distribuição das terras produtivas chinesas 
também era um outro problema para o país, pois quase 
90% estavam nas mãos de grandes proprietários rurais 
(espécies de senhores feudais). 
 
Entre 1898 e 1900 um ato de rebeldia contra a 
dominação estrangeira ocorreu na China. Os boxers 
fizeram uma revolta de caráter nacionalista que foi 
duramente reprimida pelas tropas estrangeiras. Este 
conflito ficou conhecido como Guerra dos Boxers. 
 
Em 1908, Sun Yat-sen fundou o Partido 
Nacionalista (Kuomintang) cujo principal objetivo era fazer 
oposição à monarquia e ao domínio europeu no país. 
 
 
A REVOLUÇÃO NACIONALISTA 
 
Em 1911, com o apoio de grande parte dos 
militares chineses, Sun Yat-sen foi proclamado primeiro 
presidente da República Chinesa. Porém, em várias 
regiões do país comandadas por grandes proprietários 
rurais ocorreram resistências, mergulhando a China num 
longo período de guerra civil. 
 
Em 1925, com a morte de Sun Yat-sen, ocorreu 
uma disputa pelo controle do Kuomintang, que acabou por 
se fundir com o Partido Comunista Chinês. 
 
Em 1927, o general Chiang Kai-shek assumiu o 
poder do Kuomintang e, no comando das tropas chinesas, 
começou a combater os opositores da República, entre 
eles os grandes proprietários rurais e comunistas. 
 
Os conflitos entre nacionalistas e comunistas ficou 
suspenso apenas na Segunda Guerra Mundial, quando 
combateram, juntos, o Japão que tentava conquistar a 
China. Com o término da conflito mundial e a expulsão dos 
japoneses do território chinês, as tropas nacionalistas de 
Chiang Kai-shek voltaram a perseguir e combater os 
comunistas de Mao Tse-tung, reiniciando o conflito 
armado. 
A REVOLUÇÃO COMUNISTA 
 
Em outubro de 1949, os comunistas tomam o 
poder e proclamam a República Popular da China, com 
Mao Tse-tung como chefe supremo. Transformada num 
país comunista, a China passou por uma série de reformas 
como, por exemplo, coletivização das terras, controle 
estatal da economia e nacionalização de empresas 
estrangeiras. 
 
 
 
AGORA VAMOS DE FATO ENTRAR NA GUERRA FRIA 
 
 
 Entre as características marcantes do mundo no 
segundo pós-guerra destacam-se: 
 
 A ascensão dos EUA e da URSS; 
 O declínio da Europa; 
 A expansão do socialismo; 
 A deslocação da África. 
 
 
 Devido a condição de superpotências lançadas 
pelos EUA e URSS e das consequentes disputas 
ideológicas e de estratégias militares entre os dois lados, 
iniciou-se em 1947 a Guerra Fria. 
 
 
As principais manifestações da Guerra Fria foram: (por 
parte dos EUA) 
 
A doutrina Truman  fundamentada na elaboração de 
estratégias para combater o 
socialismo, elaborada em 1947 
pelo Presidente dos EUA, Harry 
Truman; 
 
 
O plano Marshall  elaborado com a finalidade de conter 
a propagação do socialismo, 
sistematizou a ajuda econômica a ser 
dada pelos EUA para a reconstrução 
da Europa Ocidental. A soma 
estipulada pelo plano alcançou a cifra 
de 17 bilhões de dólares, segundo 
relatório do secretário de Estado 
Norte-Americano George Marshall; 
 
 
A OTAN – organismo de defesa coletiva, sediada em 
Bruxelas, que contou com a participação da 
maioria dos países da Europa Ocidental, 
Estado Unidos e Canadá; 
 
 
A OTASE (SEATO) – organismo atuante no Sudeste 
Asiático visando cercar a 
influência da URSS. 
 
 
 
 
2 
 
As manifestações Soviéticas na Guerra Fria foram: 
 
O COMECOM – conselho para a assistência econômica 
mútua orientado pelos princípios da 
planificação econômica (1949); 
 
O tratado de assistência mútua da Europa Oriental, 
o pacto de Varsóvia (1955), resposta Soviética a OTAN. 
 
 
A GUERRA DA CORÉIA (1950-53) 
 
Liberdade do acordo domínio japonês após 1945, 
foi dividida pelo paralelo 38 entre as forças de ocupação, 
ficando a URSS com a parte Norte e os EUA com a parte 
Sul. 
 
Em 1950 a Coréia do Norte invade a Coréia do Sul. 
 
Quinze nações capitaneadas pelos EUA auxiliam 
a Coréia do Sul. A luta continuou ferozmente com a Coréia 
do Norte recebendo auxílio da China. 
 
Em 1953 o conflito terminou sem definir a situação. 
 
 
REVOLUÇÃO CUBANA 
 
A Revolução Cubana é um movimento popular que 
consistiu na derrubada do governo de Fulgêncio Batista 
pelo movimento de 26 de Julho e o estabelecimento de um 
novo governo, liderado por Fidel Castro, no início de 1959 
durante o período da Guerra Fria. 
 
 
Antecedentes: 
 
 Após movimentos fracassados pela independência de 
Cuba, um jovem poeta denominado José Martí fundou 
o Partido Revolucionário Cubano (1892) e a partir dele 
realizou duras críticas ao domínio espanhol; 
 
 Em 1895 têm início a luta de independência de Cuba 
que irá prosseguir mesmo com a morte de José Martí 
até 1898; 
 
 Em 1901 os cubanos foram persuadidos a incluir, em 
sua nova Constituição, uma Cláusula que garantia aos 
Estados Unidos o direito de intervenção em Cuba, 
sempre que os interesses dos primeiros estivessem 
ameaçados, mesmo após o término de sua ocupação 
militar, a ocorrer em 1902. 
 
 A Emenda Platt mantinha Cuba como um "protetorado" 
estadunidense até 1933, quando um movimento 
popular conduziu ao poder Fulgêncio Batista 
 
 
Cuba durante a ditadura de Fulgêncio Batista 
 
 A ditadura enfrentava crítica conjuntura criada pela 
queda dos preços do açúcar com a fórmula de restrição 
produtiva. Para combater seus efeitos depressivos, o 
governo inicia uma mobilização compulsiva de recursos 
financeiros que, em proporção apreciável, terminariam 
nos bolsos dos personagens do regime. 
 
 Evidência máxima disto era a massa de 
desempregados e sub-empregados que já, a meados 
da década de 50, chegaria a constituir a terça parte da 
força trabalhista do país. Na miséria vivia a maioria dos 
trabalhadores rurais cubanos durante a república 
neocolonial, vítimas das expulsões, a falta de trabalho 
e a enorme exportação por latifundiários e colonos 
estrangeiros e da platéia com o respaldo dos governos 
burgueses dependentes. 
 
 
O ataque ao quartel general de Moncada 
 
 As ações de tentativa para derrubar o governo Batista 
se desencadeariam em 26 de julho de 1953, com os 
ataques simultâneos aos quartéis de, em Santiago de 
Cuba, em Bayamo, concebidos como estopim de uma 
vasta insurreição popular; 
 
 Ao fracassar a operação, dezenas de combatentes que 
foram feitos prisioneiros terminaram assassinados. 
Outros sobreviventes, entre os quais se encontrava o 
comandante Fidel Castro, foram julgados e condenados 
a severas penas de prisão. 
 
 
O Processo revolucionário 
 
 Após o enorme fracasso ocorrido no ataque contra o 
quartel de Moncada, Fidel Castro, exilado no México, 
fundou o Movimento 26 de Julho em 1957; 
 
 Fidel e seus guerrilheiros se estabeleceram em Sierra 
Maestra de onde realizavam as suas incursões militares 
contra o ditador; 
 
 Em 1957, enquanto o Exército Rebelde se concentrava 
nas montanhas com uma série de ações, nas cidades 
se desenvolvia com grande ímpeto a luta clandestina. 
 
 
A concentração revolucionária e a revolta popular 
 
 Em 1957, enquanto o Exército Rebelde se concentrava 
nas montanhas com uma sériede ações – entre as mais 
importantes se encontra o combate de El Uvero -, nas 
cidades se desenvolvia com grande ímpeto a luta 
clandestina. Em 13 de março desse mesmo ano, um 
destacamento do Diretório Revolucionário realiza um 
ataque ao palácio presidencial em Havana, com o 
propósito de executar o tirano, mas fracassam. 
 
 Aos atentados e atos de sabotagem, a tirania 
responderia com um incremento das torturas aos 
detentos e uma investida de crimes. 
 
 No início de 1958, o movimento revolucionário decide 
acelerar a queda do tirano mediante uma greve geral 
com características de insurreição. 
 
 
3 
 
A ofensiva contra Sierra Maestra 
 
 Em Sierra Maestra, Fidel Castro cria duas novas 
colunas a mando dos comandantes Raúl Castro – seu 
irmão – e Juan Almeida, respectivamente, os quais 
devem abrir duas frentes guerrilheiras em outras zonas 
montanhosas do Oriente. A greve convocada em 9 de 
abril se frustra com graves perdas para as forças 
revolucionárias. Batista crê ter chegado o momento de 
liquidar a insurreição e no verão, lança uma ofensiva de 
10.000 homens sobre Sierra Maestra. 
 
 
A vitória revolucionária nas montanhas: Exército 
Rebelde e o povo: Unidade e Ação 
 
 Em ferozes combates e as tropas rebeldes derrotam os 
batalhões da tirania que tentam penetrar na Sierra 
Maestra e os obriga a se retirar. 
 Esse e o tom definitivo. Os partidos da oposição 
burguesa, que até então tem manobrado para 
capitalizar a rebeldia popular, se apressam em 
reconhecer a indiscutível liderança de Fidel Castro. 
 Colunas rebeldes partem de diversos pontos do 
território cubano, entre elas as colunas dos honrosos 
comandantes Ernesto Che Guevara e Camilo 
Cienfuegos, as quais avançam a província de Lãs 
Villas. 
 
 
Em 1º de janeiro de 1959, Batista abandona o país. 
 
 
CUBA APÓS VITÓRIA DA REVOLUÇÃO 
 
 
 Ao se instalar no poder, o governo revolucionário iniciou 
o desmantelamento do sistema político neocolonial; 
 
 Aprovou-se uma diminuição geral de aluguéis; As 
praias, antes privadas puseram-se a disposição do 
povo para seu desfrute e intervieram as companhias 
que monopolizavam os serviços públicos; 
 
Um marco transcendental neste processo seria a 
Lei de Reforma Agrária, aprovada em 17 de maio, a qual 
eliminava o latifúndio ao nacionalizar todas as 
propriedades de mais de 420 hectares de extensão 
 
 
 
Estados Unidos contra a revolução 
 
 Esta medida, que eliminava um dos suportes 
fundamentais do domínio neocolonial, promoveu a 
colérica resposta dos interesses afetados. 
 
 O governo dos Estados Unidos não havia ocultado seu 
desgosto pelo triunfo da Revolução e, depois de 
promover uma mal intencionada campanha de 
imprensa, a qual se propôs a divulgar informações 
falsas sobre os acontecimentos de Cuba pelo redor do 
planeta adotou uma política de perseguição sistemática 
contra Cuba, alentando e apoiando - inclusive 
financeiramente - a movimentos contra-revolucionários 
com o propósito único de desestabilizar o país; 
 
 Estabelecido o governo revolucionário, Fidel Castro deu 
início à reforma agrária e nacionalização de diversas 
usinas de açúcar, refinarias e indústrias; 
 
 A permanente hostilidade norte-americana se 
materializa em sucessivas medidas encaminhadas a 
desestabilizar a economia cubana e isolar o país do 
resto da comunidade internacional; 
 
 A ela a Revolução responde com uma dinâmica política 
exterior que tenta ampliar as relações e convênios com 
outros países, principalmente os socialistas; 
 
 Em julho de 1960, após tomar conhecimento da 
supressão da cota açucareira cubana pelo governo de 
Washington, Fidel Castro anuncia a nacionalização de 
todas as propriedades norte-americanas na Ilha. 
 
 
 
O ataque a Baía dos Porcos 
 
 Um grupo de soldados compostos por mercenários 
norte-americanos e exilados cubanos invadiram Cuba 
em janeiro de 1961. Com o apoio aéreo dos E.U.A, os 
invasores pretendiam derrubar o governo castrista; 
 
 Após o ataque e a posterior vitória dos aliados de Fidel 
Castro, Cuba declarou publicamente o seu alinhamento 
aos soviéticos. 
 
 
 
Crise dos mísseis 
 
 A crise do mísseis consistiu em um enfrentamento entre 
as duas superpotências, Estados Unidos e URSS, 
quando esta última decidiu instalar mísseis nucleares 
em Cuba. Os EUA efetuaram um bloqueio naval a ilha 
e a URSS desistiu e voltou atras. 
 
 Mediante o “Plano Mangosta”, os EUA dispuseram uma 
sucessão de operações de agressão que não 
descartava a intervenção militar direta. 
 
 Isto conduziria a uma grave crise internacional no mês 
de outubro de 1962, ao conhecer a instalação de 
foguetes soviéticos na Ilha. 
 
 Os compromissos mediantes os quais se deu solução à 
crise, não puseram fim às praticas de agressão dos 
Estados Unidos. 
 
 
 
Bloqueio à Cuba 
 
 Os Estados Unidos estabelecem um bloqueio 
econômico contra Cuba. 
 
 
4 
 
 No âmbito internacional, os Estados Unidos conseguia 
expulsar Cuba da Organização de Estados Americanos 
(OEA) e a maior parte das nações latino-americanas, 
com exceção do México, romperam relações com 
Cuba. 
 
 Não obstante, a Revolução Cubana fortalecia seus 
vínculos com o campo socialista e os países de Terceiro 
Mundo, participa na constituição do Movimento de 
Países Não Alinhados e desenvolve uma ativa política 
de solidariedade para com os movimentos de liberação 
nacional e de apoio aos mesmos. 
 
 A nação que resistira decididamente a todo tipo de 
agressões armadas devia sobreviver também ao 
ferrenho cerco econômico. 
 
 Os Estados Unidos haviam suprimido todo comércio 
com a Ilha e se esforçava por conseguir que outros 
países aderissem ao bloqueio. 
 
 Cuba se via assim, privada de fornecimentos vitais para 
sua agricultura e sua indústria. 
 
 Mas a ativa solidariedade da União Soviética (URSS) e 
outros países socialistas, unida ao tenaz esforço 
trabalhista e a criatividade do povo, possibilitaram que 
a economia nacional não só se mantivesse 
funcionando, senão que também crescesse. 
 
 2005 - A Assembleia Geral das Nações Unidas 
condenou o bloqueio pela 14º vez por uma larga 
margem. Apenas três países votaram contra a 
resolução da ONU que pedia o fim do bloqueio norte-
americano a Cuba. Foram eles: as Ilhas Marshall, Israel 
e os Estados Unidos. 
 
 2006 - Pela 15º vez, a Assembleia Geral das Nações 
Unidas condenou o bloqueio por uma margem ainda 
maior do que a de 2005. Apenas dois países votaram A 
FAVOR do bloqueio. Foram eles: Estados Unidos e 
Israel que claramente, têm uma dependência vital dos 
norte-americanos em sua posição no Oriente Médio. 
Os Estados Unidos continuam desrespeitando as 
definições da ONU e mantendo o bloqueio considerado 
por todos os outros países do mundo como criminoso. 
 
 
A GUERRA DO VIETNÃ (1962-76) 
 
Após a conferência de Genebra de 1954 o Vietnã 
ficou assim dividido: 
 
República Democrática do Vietnã – Hanói–Norte –
Pró-Soviética. 
 
República do Vietnã – Saigon – Sul – Pró-
Ocidental. 
 
No Vietnã do Norte o governo realizou a 
planificação econômica, a reforma agrária e a erradicação 
do analfabetismo. Respeitando as delimitações de 
Genebra, respeitava o “Paralelo 17”. 
No Vietnã do Sul Ngo Dinh Dien, católico, 1° 
ministro, mediante um golpe de estado em 1955 tomou o 
poder instalando uma ditadura militar contrária a 
reunificação do Vietnã proposta por Genebra. 
 
Ajudado pelos EUA procurou estabelecer uma 
política anti-socialista. 
 
Forma-se no Sul em 1960 a frente de libertação 
nacional; inicia-se assim a Guerra do Vietnã. 
 
Ajudando Ngo Dinh Dien, contra o Nortista Ho Chi 
Minh, Jonh Kennedy em 8 de fevereiro de 1962 enviou 
10.000 “conselheiros militares” para o Vietnã do Sul, o 
conflito se intensifica. 
 
 
 
PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES DO CONFLITO 
 
Monges Budistas queimam-se vivos (1963); 
 
Ngo Dinh Dien é assassinado; 
 
Interferência dos EUA (Pretexto: incidente no Golfo de 
Tonquim); 
 
Ataques aéreos Norte – Americanos vitimandocivis; 
 
Ofensiva do TET (conquista de Saigon); 
 
Richard Nixon ordena o ataque a “Trincha de Ho Chi Minh”; 
 
1970 o conflito atinge o Laos e o Camboja; 
 
Ataques aéreos a Hanói (1972); 
 
Bloqueio Marítimo ao Vietnã do Norte; 
 
Residência Norte Vietnamita; 
 
Assinatura do acordo de Paris (janeiro 1973); 
 
Retirada das tropas Norte-Americanas; 
 
Guerra civil até 1975; 
 
Em 1976 o Norte e o Sul foram reunificados na República 
Socialista do Vietnã, com capital em Hanói. 
 
 
OS EUA CONTEMPORÂNEOS 
 
Marcanthismo: clima de terror e de perseguição instalado 
nos EUA para evitar posturas de caráter 
socialista em seu território. Tal política foi 
elaborada pelo senador Joseph Macarthy, 
do partido republicano. Foi época de “caça 
as bruxas” e das “lista negras”. Vítimas 
desta política foram executados os cientistas 
Julius e Ethel Rosemberg (acusados de 
revelar a URSS o segredo da bomba 
atômica). 
 
A era Eisenhower: Dwight Eisenhower cumpriu como 
presidente dos EUA, dois mandatos 
consecutivos. Desta fase 
 
 
5 
 
destacamos: a questão racial e o 
incidente do avião espião Norte-
Americano U-2. 
 
 
Jonh F. Kennedy (1961-63) visou aumentar o poderio 
militar dos EUA e agregar aliados 
(Aliança para o Progresso - 1961), 
fracassou na invasão a Cuba (Baia 
dos Porcos) para derrubar Fidel, 
enfrentou a Crise dos Mísseis (Cuba 
– 1962), apoiou o movimento dos 
direitos civis dos negros. Em 22 de 
novembro de 1963 em Dallas, no 
Texas, foi barbaramente 
assassinado; 
 
 
Lyndon Jonhsson (1963 – 68): Este governo é 
caracterizado pelo movimento dos 
EUA na Guerra do Vietnã. Ocorre no 
final deste governo os assassinatos 
do líder Luther King e do postulante 
a presidência da república Robert 
Kennedy; 
 
 
Richard Nixon (1968 – 74): Deste governo destacamos: 
 
Onda de protestos devido a problemas raciais; 
 
Corrida espacial com a chegada do homem a lua; 
 
Reatamento das relações com a China; 
 
Acordo com a URSS; 
 
Crise no Vietnã; 
 
escândalo Watergate  espionagem republicana contra 
democratas durante as eleições de 1972. Nixon renunciou em 
8 de agosto de 1974. Gerald Ford (vice) governou de 1974-76. 
 
 
Jimmy Carter (1976-80): neste governo destacamos: 
 
Recessão provocada pela política da OPEP; 
 
Defesa dos direitos humanos; 
 
Crise na Embaixada Norte-Americana no Irã, que gerou o 
rompimento das relações diplomáticas com o Irã. 
 
 
Ronald Reagan (1980-89) 
 
Corte dos gastos públicos; 
 
Diminuição dos impostos; 
 
Liberação das importações; 
Crise econômica (queda na bolsa de N.Y.); 
 
 
Na política externa Reagan se envolveu: 
 
 
 Em atritos com a Líbia de Muamar Kadafi, devido ao 
terrorismo internacional; 
 
 No escândalo Irã/“contras”, em 1986 veio a notícia de que 
os EUA vendiam armas ao Irã do Aiatolá Komeini em troca 
da liberação de prisioneiros americanos e empregava 
recursos na tentativa de derrubar o governo sandinista da 
Nicarágua; 
 
 Representando a ala mais conservadora o partido 
republicano, Reagan recrudesceu as relações com a 
URSS, instituindo a iniciativa de defesa estratégica (A 
Guerra nas Estrela); 
 
 Acordos com a URSS são formalizados a partir de 
1987. Acordo de princípios de negociação de 
desarmamento e tratado para eliminação de armas de 
curto e médio alcance situadas na Europa. 
 
 
 
A URSS – Da formação a implosão do império vermelho: 
 
Josef Stalin (1924-1953) 
 
 Sob a férrea condução de Stalin, os soviéticos 
implementaram o quarto plano quinquenal (1946-50), que 
privilegiava o setor energético, o transporte ferroviário, o 
desenvolvimento industrial e a reconstrução das fábricas 
situadas na parte ocidental do país, mais atingida pela 
guerra. Os bens de consumo eram importados das zonas 
de ocupação do leste europeu. O quinto plano quinquenal 
(1951-55) continuou o desenvolvimento da indústria 
pesada dando ainda grande impulso a indústria bélica. 
Inúmeros recursos minerais da Sibéria fizeram a União 
Soviética viver sua verdadeira revolução industrial 
chegando a ser a segunda potência industrial do mundo. A 
agricultura não acompanhou este ritmo de 
desenvolvimento. No plano político, Stalin procurou se 
fortalecer no poder. Para isto usou a repressão policial, a 
perseguição e o expurgo de seus opositores e 
principalmente o culto da personalidade. Após a distância 
da Iugoslávia (1946) sob comando Tito Stalin mergulhou 
no terror a Europa do leste. A explosão da bomba atômica 
soviética em 1949 e a revolução comunista de Mao Tsé 
Tung na China contribuíram para tornar mais ríspida as 
relações do bloco socialista com o bloco capitalista. 
 
 
 
Nikita Kruschev (1953-1964) 
 
Começa a era da “descentralização” da URSS. 
Ocorre um processo de descentralização político-
administrativa e de derrubada as estruturas burocráticas. 
 
Porém o feito mais notável ocorreu no campo da 
tecnologia aeroespacial comprovado mundialmente através 
do lançamento do primeiro satélite, o “Sputinik”, 4 de outubro 
de 1957. Em 12 de abril de 1961, confirmando seu 
pionerismo, os soviéticos lançaram a nave Vostok I, tendo 
 
 
6 
 
abordo o astronauta Iuri Gagarim, o primeiro homem a fazer 
o vôo orbital. 
 
Em termos políticos, a era Kruschev, ficou 
conhecida como a fase do “Degelo”, devido ao processo 
que culminou com a redução do poder polícia, reabilitação 
de presos políticos e o fechamento de vários campos de 
trabalhos forçados. 
 
O líder soviético propôs uma política de 
coexistência pacífica, única saída para evitar a III Guerra. 
Em 1960 a China e a URSS romperam relações 
diplomáticas. 
 
 
Leonid Brejnev (1964-1982) 
 
Retorno a burocracia e as perseguições; 
 
Em 1973 Brejnev visitou os EUA; 
 
Vôo conjunto URSS – EUA 1975 (Siouz-Apolo); 
 
Invasão soviética ao Afeganistão; 
 
Após a morte de Brejenev governaram a URSS Iuri Andropov 
(1982-1984) e Konstatin Thcernenco (1984-1985), faleceram 
pouco tempo depois de tomar posse. 
 
 
 
Mikhail Gorbatchov (1985-1991) 
 
 Esta fase é marcada pela inovação no quadro dos 
dirigentes soviéticos além de inúmeras reformas no 
comando das Forças Armadas, na legislação eleitoral, na 
administração popular, na economia e na política externa 
do país. 
 
Gorbatchov, além de procurar se cercar de 
elementos da cúpula que compartilhavam suas idéias 
inovadoras, propôs a Glasnost, uma política de abertura, 
de transparência no trato das questões políticas soviéticas 
(campanha contra a corrupção a ineficácia administrativa). 
Finalmente lançou a Perestroica, um ousado plano de 
reconstrução do sistema político e econômico da URSS. 
 
 
 
PRINCIPAIS MUDANÇAS PROPOSTAS PELO LÍDER 
SOVIÉTICO: 
 
 
ECONOMIA: 
 
 abandono do centralismo e rígido planejamento 
econômico; 
 abolição do sistema de preços ditado pelo governo; 
 auto gestão das empresas estatais; 
 fim da política de subsídios; 
 permissão para a existência de pequenos negócios 
privados. 
POLÍTICA: 
 
 devolução do poder aos sovietes; 
 separação entre o Partido Comunista e o Estado; 
 reestruturação administrativa; 
 reformas na legislação eleitoral e emendas à 
Constituição; 
 a alta cúpula conservadora reagiu as reformas de 
Gorbatchov; 
 a 26 de março de 1989 a vitória eleitoral dos reformistas 
pró-Gorbatchov propiciou condições para a concretização 
das reformas. (Ascensão de Boris Yeltsin); 
 a crise econômica é acompanhada de manifestações 
nacionalistas; 
 em 19 de agosto de 1981 Gorbatchov é afastado do poder 
por um golpe de “linha dura” do partido comunista; 
 Boris Yeltsin que vinha se destacando graças ao desejo 
de reformas mais rápidas na URSS, apoiado por 
militares legalistas derrotam os golpistas; 
 a KGB teve sua cúpula dissolvida e o PC da Rússia teve 
suas atividades suspensas; 
 em setembro de 1991, Letônia, Estônia e Lituânia se 
separam da URSS; 
 em 21 de dezembro líderes de quinze repúblicas 
referendam à CEI; 
 em 25 de dezembro a URSS é oficialmente dissolvida. 
 
 
 
PANORAMA MUNDIAL NOS ÚLTIMOSQUARENTA 
ANOS 
 
 
1951 Começa nos EUA a perseguição à esquerda 
(marcanthismo); 
Tem início a Guerra da Coréia; 
A URSS e a China assinam um tratado de 
amizade. 
1952 Crise no Canal de Suez a ocupação militar 
britânica de suas margens; 
Fracassa no Irã a tentativa de nacionalizar o 
petróleo. 
1952 È deposto o rei Faruk do Egito; 
Batista torna-se ditador em Cuba; 
Morre Eva Perón, esposa de Juan Domingo 
Perón. 
1953 Morre Stalin; 
Tropas soviéticas intervêm na Alemanha 
Oriental; 
O Laos e o Camboja tornam-se independentes. 
1954 Nasser assume o poder no Egito; 
Striessener assume o poder no Paraguai; 
A França é derrotada na Indochina e começa a 
Guerra da Argélia. 
1955 Kruchov denuncia o capitalismo no século XX; 
Congresso do PCUS; 
A conferência de Bandung propõe o não 
alinhamento; 
Perón é deposto na Argentina. 
 
 
7 
 
1956 Invasão da Península do Sinai por Israel após a 
nacionalização do Canal de Suez e a II Guerra 
Árabe-Israelense; 
Pacto de Varsóvia sufoca levante na Hungria. 
1957 Batalha de Argel a Tunísia torna-se república; 
A URSS lança o Sputinik I. 
1958 De Gaulle dissolve o Império colonial francês. 
1959 Nikita Kruchov visita os EUA e discursa na ONU. 
1960 Um avião de espionagem Norte-Americano “U-2” 
é abatido em espaço aéreo soviético, 
aumentando a tensão entre EUA e URSS dentro 
da Guerra Fria. 
1961 Os EUA fracassam na tentativa de invasão da 
Baia dos Porcos, em Cuba; 
É dado o início da construção do muro de Berlim. 
1962 Envio de mísseis soviéticos a Cuba acentua a 
Guerra Fria; 
O Papa João XXIII da Início ao Consilho Vaticano 
II. 
1963 Assassinato do presidente Norte-Americano 
John F. Kennedy comove o mundo; 
Morre o Papa João XXIII que revolucionou a 
igreja católica. 
1964 Começa a intervenção militar no Vietnã; 
China explode sua 1° bomba atômica; 
Palestinos fundam a OLP. 
1965 Fracassa a tentativa de golpe na Indonésia: 
militares assumem o poder e o Gal. Suhario é o 
homem forte o país; 
Golpe depõe o Gal. Bem Bella na Argélia. 
1966 Tem início na china a revolução cultural de Mao 
Tsé Tung, visando a retomada da pureza dos 
ideais revolucionários chineses. 
1967 Ernesto Che Guevara é assassinado pelo 
exército da Bolívia; 
Israel e os países Árabes travam a Guerra dos 
Seis Dias; 
Golpe militar na Grécia depõe o rei Constantino. 
1968 Em Nanterre na França inicia-se a revolta 
estudantil que terá reflexos em vários pontos do 
globo; 
Tropas do Pacto de Varsóvia põe fim a primavera 
do Pagã na Checoslováquia. 
1969 Os americanos N. Armstrong e E. Aldrin são os 
primeiros homens a pisar na lua; 
Morre Ho Chi Minh, pai da independência do 
Vietnã do Norte; 
O presidente De Gaulle renuncia. 
1970 Entram em crise as relações entre a China e a 
URSS; 
Setembro Negro, os palestinos são expulsos da 
Jordânia e se refugiam no sul do Líbano. 
1971 No Haiti, morre o ditador Papa Doc, substituído 
por seu filho Jean Claude; 
A China é admitida na ONU. 
1972 Começa nos EUA o escândalo Watergate; 
O presidente Nixon visita a China; 
Atentados contra os israelenses no aeroporto de 
Lod e na Vila Olímpica, em Munique. 
1973 Em represália a Guerra Yon Kippur, começa a 
crise do petróleo; 
Termina a Guerra do Vietnã; 
No Chile o presidente Aliendo é deposto por golpe. 
1974 Nixon renuncia à presidência dos EUA; 
Com o fim do Salazarismo, começa a dissolução 
do Império Colonial Português na Ásia e África. 
1975 É assinado o acordo de Helsing; 
O Vietcongue assume o controle do Vietnã do Sul 
e o Khmer Vermelho toma o Camboja; 
Começa a Guerra civil no Líbano. 
1976 Morre Mao Tsé Tung; 
Começa a redemocratização da Espanha; 
Isabella Perón é deposta na Argentina; 
São 176 os mortos na rebelião de Soweto na 
África do Sul. 
1977 O presidente Sadat, do Egito visita Israel e 
propõe negociações de paz; 
(32) A Espanha elege seu parlamento pelo voto 
direto; 
(33) A proposta os EUA da bomba de neutron é 
repudiada. 
1978 A morte de Pedro Joaquim Chamorro, dá início à 
revolução; 
Nicaraguense Aldo Moro é sequestrado e morto 
pelas brigadas vermelhas; 
João Paulo é o 1° Papa do leste europeu. 
1979 Os EUA e a China restabelecem relações 
diplomáticas; 
A URSS intervêm no Afeganistão; 
Vários ditadores são depostos: Idi Armin, 
Bokassa I, Somoza, o xá do Irã, Maclas Nguema. 
1980 Independência do Zimbabwe; 
Crise e reféns americanos em Teerã; 
Começa na china o processo de desmaoização. 
1981 São assassinados o presidente Sadat do Egito e 
Radjar do Irã; 
Atentados contra Reagan e o Papa; 
Lei marcial na Polônia: fim de Solidariedade. 
1982 Guerra das Malvinas e o início do fim do regime 
militar argentino; 
Morre Leomld Brejnev; 
No Líbano há massacre de Sabra o Chatilha. 
1983 Os EUA intervêm em Granada; 
Começaram as jornadas de pretextos no Chile 
contra Pinochet; 
O Jihad faz enormes atentados contra os EUA. 
1984 Indira Gandhi é assassinada; 
More Iuri Andropov, sucessor de Brejnev; 
A justiça da Argentina decide julgar os militares 
pelo golpe de 1976. 
1985 Realiza-se em Genebra a reunião de cúpula 
entre R. Reagan e M. Gorbatchev, que subiu ao 
Kremilim após a morte de Tchernenko. 
1986 Duvaller, do Haiti, e Marcos, nas Filipinas são 
depostos; 
Estoura o escândalo Irã-contras; 
Incidente nuclear e Chernobyl, na Ucrânia 
provoca várias mortes. 
1987 Morre em atentado o primeiro ministro do Líbano 
Rashid Karame; 
Começa a intiada, rebelião central de Israel nos 
territórios Árabes ocupados. 
1988 Terminam a Guerra Irã-Iraque e a intervenção da 
URSS no Afeganistão; 
A Perestróika e a Glásnost dão face nova à 
URSS; 
Reagan e Gorbatchev assinam acordo de 
desarmamento. 
 
 
 
8 
 
1989 Massacre na Praça da Paz Celestial em Pequim; 
Rebeliões separatistas na URSS; 
O Solidariedade é legalizado e ganha as eleições 
polonesas; 
A OLP reconhece o Estado de Israel. 
 
 
A GUERRA FRIA – UMA VISÃO PANORÂMICA 
 
A Guerra Fria foi um período em que a guerra era 
improvável, e a paz, impossível. Com essa frase, o 
pensador Raymond Aron definiu o período em que a 
opinião pública mundial acompanhou o conturbado 
relacionamento entre os Estados Unidos e a União 
Soviética. 
 
A divisão do mundo em dois blocos, logo após a 
Segunda Guerra Mundial, transformou o planeta num 
grande tabuleiro de xadrez, em que um jogador só podia 
dar um xeque-mate simbólico no outro. Com arsenais 
nucleares capazes de destruir a Terra em instantes, os 
jogadores, Estados Unidos e União Soviética, não podiam 
cumprir suas ameaças, por uma simples questão de 
sobrevivência. 
 
A paz era impossível porque os interesses de 
capitalistas e de comunistas eram inconciliáveis por 
natureza. E a guerra era improvável porque o poder de 
destruição das superpotências era tão grande que um 
confronto generalizado seria, com certeza, o último. Hoje, 
podemos ver isso claramente. Mas, na época, a situação 
se caracterizava como o equilíbrio do terror. 
 
 
Quando começou e quando terminou a Guerra Fria 
 
Não existe um consenso sobre a data exata do 
início da Guerra Fria. Para alguns estudiosos, o marco 
simbólico foi a explosão nuclear sobre as cidades 
japonesas de Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945. 
Outros acreditam que seu início data de fevereiro de 1947. 
Foi quando o presidente norte-americano Harry Truman 
lançou no Congresso dos Estados Unidos a Doutrina 
Truman, que previa uma luta sem tréguas contra a 
expansão comunista no mundo. E há também estudiosos 
que lembram a divisão da Alemanha em dois Estados, em 
outubro de 1949. O surgimento da Alemanha Oriental, 
socialista, estimulou a criação de alianças militares dos 
dois lados, tornando oficial a divisão da Europa em dois 
blocos antagônicos. Poderia ser esse o marco inicial da 
Guerra Fria. Não há consenso também sobre quando 
terminou a Guerra Fria. Alguns historiadores acreditam que 
foi em novembro de 1989, com a queda do Muro de Berlim, 
um dos grandes símbolos do período de tensão entre as 
superpotências. Nessa mesma perspectiva, o marco final 
da Guerra Fria poderia sera própria dissolução da União 
Soviética, em dezembro de 1991, num processo que deu 
origem à Comunidade dos Estados Independentes. E 
outros analistas, ainda, consideram que o período terminou 
não em dezembro, mas em fevereiro de 1991, quando os 
Estados Unidos saíram da Guerra do Golfo como a maior 
superpotência de uma nova Ordem Mundial. 
 
"Quando se tenta delimitar os marcos da Guerra Fria, as 
pessoas escolhem datas que enfatizam aquilo que lhes 
parece ser o mais importante. Por exemplo, aqueles que 
acham que a questão nuclear é o principal, dirão que a 
Guerra Fria começou em 1945, com Hiroshima e Nagasaki, 
e terminou em 72, com os acordos do Salt-1. 
 
Para aqueles que acham que o principal foi a 
relação entre os blocos, os marcos serão, provavelmente, 
a Doutrina Truman, em 1947, e a queda do Muro de Berlim, 
em 1989. Mas a Guerra Fria foi muito mais do que apenas 
uma disputa armamentista ou geopolítica. Ela teve uma 
importante dimensão cultural, que colocou em movimento 
um jogo simbólico do Bem contra o Mal. 
 
Ela mexeu com a imaginação das pessoas, criou e 
reforçou preconceitos, ódios e ansiedades. Nesse sentido 
mais amplo, dois marcos parecem ser mais adequados 
quando se trata de dar à Guerra Fria o seu conteúdo 
simbólico mais abrangente: o seu início foi a conquista de 
um novo poder, a bomba atômica, e o seu fim foi a Guerra 
do Golfo, quando os Estados Unidos escolheram outros 
símbolos do Mal para ocupar o lugar que antes pertencia 
ao comunismo, como o chamado fanatismo islâmico ou o 
narcotráfico." 
José Arbex Jr.-jornalista 
 
 
 
Socialismo e capitalismo: dois ideais de felicidade 
 
A Guerra Fria se manifestou em todos os setores 
da vida e da cultura, representando a oposição entre dois 
ideais de felicidade: o ideal socialista e o ideal capitalista. 
Os socialistas idealizavam uma sociedade igualitária. O 
Estado era o dono dos bancos, das fábricas, do sistema de 
crédito e das terras, e era ele, o Estado, que deveria 
distribuir riquezas e garantir uma vida decente a todos os 
cidadãos. Para os capitalistas, o raciocínio era inverso. A 
felicidade individual era o principal. O Estado justo era 
aquele que garantia a cada indivíduo as condições de 
procurar livremente o seu lucro e construir uma vida feliz. 
A solução dos problemas sociais vinha depois, estava em 
segundo plano. É por isso que a implantação de um dos 
dois sistemas, em termos mundiais, só seria viável 
mediante o desaparecimento do outro. Nenhum país 
poderia ser, ao mesmo tempo, capitalista e comunista. 
Esta constatação deu origem ao maior instrumento 
ideológico da Guerra Fria: a propaganda. 
 
 
A força da propaganda 
 
A partir do final dos anos 40 e nas décadas de 50 
e 60, o mundo foi bombardeado com imagens que 
tentavam mostrar a superioridade do modo de vida de cada 
sistema. Para ridicularizar o inimigo, os dois lados 
utilizavam muito a força das caricaturas. A propaganda 
serviu para consolidar a imagem do mundo dividido em 
blocos. A novidade era o surgimento do bloco socialista na 
Europa, formado pelos países com governos de orientação 
marxista: Alemanha Oriental, Polônia, Tchecoslováquia, 
Hungria, Romênia, Iugoslávia, Albânia e Bulgária. No 
mundo ocidental, os capitalistas procuravam mostrar que 
do seu lado a vida era brilhante. As facilidades 
tecnológicas estavam ao alcance de todos. Os cidadãos 
comuns possuíam carros e bens de consumo, tinham 
 
 
9 
 
liberdade de opinião e de ir e vir. Segundo a propaganda 
ocidental, a vida no lado socialista, retratada em diversos 
filmes de Hollywood, era triste e sem brilho, controlada pela 
polícia política e pelo Partido Comunista. No mundo 
socialista, as imagens mostravam exatamente o contrário. 
A vida no socialismo era alegre e tranqüila. Os 
trabalhadores não precisavam se preocupar com emprego, 
educação e moradia. Tudo era garantido pelo Estado. A 
cada dia, as novas conquistas tecnológicas, especialmente 
na área militar e espacial, mostravam a superioridade do 
socialismo. A propaganda socialista mostrava, ainda, o 
mundo ocidental como decadente e individualista, onde o 
capitalismo garantia, para alguns, uma vida confortável. E 
para a maioria, uma situação de miséria, privações e 
desemprego. 
 
 
O mundo em perigo: armamentismo e corrida espacial 
 
A guerra da propaganda ganhou ainda mais 
impulso com o acirramento da corrida armamentista, nos 
anos 50. A corrida teve início com a explosão das bombas 
atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, em 1945. Quatro 
anos depois, em 49, foi a vez de a União Soviética anunciar 
a conquista da tecnologia nuclear. Foi o mesmo ano da 
criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte, 
OTAN. A resposta viria em 1955, quando a União Soviética 
construiu sua própria aliança, o Pacto de Varsóvia. As 
superpotências passaram a acumular um poder nuclear 
capaz de aniquilar o planeta em instantes. 
Um componente fundamental da corrida armamentista foi 
a disputa pelo espaço. Em 1957, os soviéticos colocaram 
em órbita da Terra o primeiro satélite construído pelo 
homem, o Sputnik-1. Em 61, os soviéticos fariam uma nova 
demonstração de avanço tecnológico: lançaram o foguete 
Vostok, a primeira nave espacial pilotada por um ser 
humano. O jovem cosmonauta Yuri Gagarin viajou durante 
cerca de 90 minutos em órbita da Terra, a uma altura média 
de 320 quilômetros. 
 
Os Estados Unidos reagiram. Num histórico 
discurso em maio de 61, o presidente John Kennedy 
prometeu que, em menos de 10 anos, um astronauta norte-
americano pisaria o solo da Lua. Toda a estrutura 
tecnológica e científica foi direcionada para o programa 
espacial. Cumprir a promessa de Kennedy era mais do que 
um desafio científico: era um compromisso político. 
 
Em 20 de julho de 1969, o grande momento: o 
astronauta Neil Armstrong, comandante da missão Apollo-
11, e o piloto Edwin Aldrin pisam o solo lunar. A conquista 
norte-americana foi transmitida ao vivo pela TV, e 
acompanhada por mais de 1 bilhão de pessoas no mundo 
todo. 
 
É claro que a corrida espacial tinha também, desde 
o começo, um significado militar. Se um foguete podia levar 
ao espaço uma cachorrinha como a Laika, sem dúvida 
poderia transportar equipamentos bem menos inofensivos, 
como ogivas nucleares. A combinação da tecnologia 
nuclear com as conquistas espaciais colocou o mundo na 
era dos mísseis balísticos intercontinentais. Um míssil 
disparado em Washington, por exemplo, poderia atingir 
Moscou em cheio em apenas 20 minutos. O 
aperfeiçoamento constante das armas acentuou a corrida 
armamentista. A conquista sistemática de novas 
tecnologias, nos dois blocos, incentivou o desenvolvimento 
de um ofício milenar: a espionagem. 
 
 
CIA x KGB 
 
A espionagem foi um dos aspectos da Guerra Fria 
mais explorados pelo cinema. O espião mais famoso das 
telas, James Bond, criado por um ex-agente do serviço 
secreto britânico, Ian Fleming, vivia aventuras 
glamourosas e bem distantes da realidade. No mundo real, 
as duas grandes agências de espionagem, a KGB 
soviética e a CIA americana, treinavam agentes para atos 
de sabotagem, assassinatos, chantagens e coleta de 
informações. Nos dois lados criou-se um clima de histeria 
coletiva, em que qualquer cidadão poderia ser acusado de 
espionagem a serviço do inimigo. Na União Soviética, 
Stalin contribuiu para esse clima, confinando muitos de 
seus adversários em campos de concentração na Sibéria. 
Nos Estados Unidos, o senador anticomunista Joseph 
McCarthy promoveu uma verdadeira caça às bruxas, 
levando ao desespero inúmeros intelectuais e artistas de 
Hollywood, acusados de colaborar com Moscou. 
 
Um dos momentos dramáticos da história da 
espionagem na Guerra Fria aconteceu em 1962. O 
presidente americano, John Kennedy, reagiu duramente 
contra a iniciativa soviética de instalar uma plataforma de 
mísseis em Cuba. Chegou a advertir o líder soviético Nikita 
Khruschev de que usaria armas nucleares se fosse 
necessário. Depois de três semanas, a União Soviéticarecuou. Durante esse tempo, o mundo viveu o pavor de um 
confronto nuclear entre as superpotências. 
 
 
O terrorismo ganha força 
 
O clima de terror que pairava no mundo não era 
simples paranoia. Nada disso. Havia realmente a sensação 
que a vida humana poderia deixar de existir de um 
momento para outro, se um dos lados apertasse o célebre 
"botão vermelho". Nesse clima, o diálogo político foi 
bastante prejudicado. Era difícil falar em negociações de 
paz com os dois blocos apontando mísseis um para o 
outro. Esse equilíbrio baseado na força contribuía para 
aumentar o descrédito dos políticos junto à opinião pública. 
Na época da Guerra Fria, a falta de confiança na classe 
política era problemática. O ambiente internacional, 
contaminado pelo relacionamento pouco amistoso entre as 
superpotências, contribuía para a expansão de um dos 
maiores obstáculos à paz no mundo: o terrorismo. O uso 
da força e o terror estão presentes em todo o século XX. 
Mas, foi no período da Guerra Fria que se multiplicaram as 
ações de grupos radicais. Organizações antigas, como o 
grupo basco ETA e o IRA, Exército Republicano Irlandês, 
intensificaram suas atividades. 
 
No Oriente Médio, a OLP, Organização para a 
Libertação da Palestina, surgiu em 64 e centralizou as 
atividades de diversos grupos radicais palestinos. Nos 
anos 70, as Brigadas Vermelhas, na Itália, e o grupo 
Baader-Meinhof, na Alemanha, formados por estudantes e 
intelectuais, praticaram atentados desvinculados de 
compromissos políticos ou ideológicos. 
 
 
10 
 
O terrorismo assustou muito os países da Europa 
nos anos 70. Diante do terror não há paÍses atrasados ou 
adiantados, fortes ou fracos. Todo o planeta sente a 
mesma insegurança sob o fantasma constante de bombas 
lançadas contra pessoas inocentes. O fato de o terrorismo 
atingir em cheio os países desenvolvidos deixava 
temporariamente em segundo plano uma visão imperialista 
muito utilizada pelas superpotências nos anos 60, que 
dividia o planeta em Primeiro Mundo e Terceiro Mundo. 
 
O termo "Terceiro Mundo", surgido nos anos 40, 
designa um conjunto de mais de cem países da África, Ásia 
e América Latina que não faz parte do grupo de países 
industrializados do Primeiro Mundo, e nem do grupo de 
países socialistas do Segundo Mundo. Com o tempo, no 
entanto, os termos "Primeiro Mundo" e "Terceiro Mundo", 
passaram a ser empregados como um conceito 
econômico, dividindo o planeta em grupos de países ricos 
e pobres. Foram justamente os países ricos da Europa o 
cenário principal da Guerra Fria, por razões de natureza 
histórica e geográfica. Mas as outras regiões do planeta 
foram incluídas no xadrez das superpotências por conta da 
própria lógica do jogo, que previa a destruição completa de 
um dos dois jogadores. 
 
 
A Guerra Fria na Ásia 
 
Uma dessas regiões, a Ásia, entrou de forma 
espetacular nesse contexto. Foi em 1949, quando o líder 
comunista Mao Tsé-tung tomou o poder na China, um país 
que na época contava 600 milhões de habitantes. O 
comunismo chinês alterou o equilíbrio geopolítico no 
continente asiático. A revolução de Mao Tsé-tung 
encorajou a Coréia do Norte a atacar a Coréia do Sul, em 
1950. 
 
A guerra, que teve a intervenção militar dos 
Estados Unidos, durou 3 anos e causou a morte de mais 
de dois milhões de pessoas. Na época, a Índia, que havia 
conquistado sua independência em 1947, mantinha-se 
neutra, sem aderir a nenhum dos grandes blocos 
econômicos. Em 1954, foi a vez de a França sofrer uma 
derrota humilhante na Ásia, durante a Guerra da Indochina. 
A vitória do líder comunista vietnamita Ho Chi Min 
consolidou a formação do Vietnã do Norte e aumentou a 
preocupação dos Estados Unidos com o rumo político dos 
países do sudeste asiático. 
 
Alarmado com a expansão comunista na região, o 
presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, envolveu 
seu país na Guerra do Vietnã, em 1960. Depois de treze 
anos de batalhas, a maior superpotência do planeta seria 
derrotada por soldados pobremente armados e por 
guerrilheiros camponeses munidos de facas e lanças de 
bambu. Os Estados Unidos perderam a guerra não pelas 
armas, mas pela falta de apoio da opinião pública de todo 
o mundo, em particular da americana. 
 
A oposição à Guerra do Vietnã foi uma das 
bandeiras dos jovens no final dos anos 60, quando 
explodiram, nos dois blocos, movimentos por liberdade e 
democracia. No lado ocidental, em 68, os jovens saíram às 
ruas em Paris e em outros centros importantes, como 
Londres e São Francisco. No Brasil, os protestos foram 
principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. 
 
Todas essas manifestações culminaram num 
grande evento pacifista, contra a Guerra do Vietnã e o 
racismo: o Festival de Woodstock, realizado numa fazenda 
no estado de Nova York, em agosto de 69. No lado 
socialista, o movimento atingiu o auge com a Primavera de 
Praga, na antiga Tchecoslováquia, em 1968. A luta pela 
democracia naquele país foi duramente reprimida pelas 
forças do Pacto de Varsóvia. 
 
 
 
A Guerra Fria no Oriente Médio 
 
A Guerra Fria envolveu também uma das áreas 
mais fascinantes e estratégicas do planeta: o Oriente 
Médio. Habitada desde tempos imemoriais, a região 
destaca-se por três razões. Do ponto de vista econômico, 
é a mais rica em reservas de petróleo. Do ponto de vista 
geopolítico, serve de passagem entre Ásia e Europa. E no 
aspecto cultural, é o berço das três principais religiões 
monoteístas: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. 
 
Com todas essas características, o Oriente Médio 
tornou-se um dos centros nevrálgicos da Guerra Fria. O 
interesse pela região já era visível nos anos 40, quando as 
principais potências mundiais negociaram a criação do 
Estado de Israel, em 1948. Havia muitos interesses 
geopolíticos em jogo no Oriente Médio. A União Soviética, 
de um lado, e os Estados Unidos, de outro lado, 
acreditavam que Israel poderia se tornar um importante 
parceiro político na região. Os palestinos e os países 
árabes vizinhos, no entanto, nunca aceitaram a criação de 
Israel. A primeira guerra árabe-israelense, vencida por 
Israel em 1949, teve como consequência o fim do Estado 
árabe-palestino. Foi dividido entre Israel, Jordânia e Egito. 
Nas décadas seguintes, outras três guerras modificariam o 
panorama geopolítico do Oriente Médio. Por trás de cada 
conflito estava um jogo de alianças internacionais que 
evidenciava o interesse das superpotências na região. 
Somente em 1993, quando Israel e a OLP assinaram um 
acordo de paz, é que se acendeu uma pequena luz de 
esperança na região. 
 
Em outra parte do Oriente Médio, no entanto, havia 
um elemento complicador: em 1979, o Irã converteu-se ao 
islamismo xiita, com pretensões de levar o mundo na 
direção da fé muçulmana. Uma situação que fugia à lógica 
da Guerra Fria. O aiatolá Khomeini tratava Estados Unidos 
e União Soviética como o Grande Satã, como inimigos que 
deveriam ser combatidos em nome do Islã. 
 
A revolução iraniana era um fato novo no cenário 
internacional no fim dos anos 70. Até hoje, terminada a 
Guerra Fria, o Islã continua sendo um grande enigma 
contemporâneo. A Guerra Fria, na verdade, permeou os 
principais fatos políticos no mundo inteiro, desde o término 
da Segunda Guerra até o final dos anos 80. O complexo 
jogo das superpotências envolveu todos os continentes, 
inclusive a África. 
 
 
 
 
 
11 
 
A Guerra Fria na África 
 
Havia um motivo peculiar para o interesse dos países 
desenvolvidos pela África: as ditaduras africanas, miseráveis 
e violentas, eram excelentes compradoras de armas. Só por 
esse fato o continente ganhou destaque no panorama global 
do período. Na África, a Guerra Fria foi particularmente 
acirrada pelo fim do colonialismo português, em 1975. A 
saída de Portugal abriu caminho para o surgimento de 
regimes comunistas em Angola e Moçambique, e para a 
deflagração de conflitos tribais em diversos países do 
continente. As disputas internas e regionais estimularam os 
governantes a investirem armas poderosas, apesar da 
situação de miséria de suas populações. 
 
O fim da Guerra Fria não mudou a situação no 
continente africano. O único fato de grande importância 
nos anos 90 foi o fim do regime racista da África do Sul e 
a ascensão ao poder do líder negro Nélson Mandela, em 
1994. No aspecto político e econômico, a África não 
exercia influência no cenário internacional 
 
 
A Guerra Fria na América Latina 
 
Na verdade, no chamado Terceiro Mundo era a 
América Latina o principal foco de atenção das 
superpotências. Esse interesse, natural por causa da 
proximidade geográfica dos Estados Unidos, aumentou 
bastante a partir de 1959, quando Fidel Castro chegou ao 
poder em Cuba. A partir desse momento, não demorou 
para que as superpotências se preocupassem com o 
Brasil, o maior país da América Latina. O golpe militar no 
Brasil, em março de 64, atendia à estratégia política dos 
Estados Unidos para a América Latina. A Casa Branca 
tinha medo que de a revolução cubana, que resultou num 
regime socialista, se espalhasse pelas Américas. Por 
causa disso, passou a patrocinar ditaduras em toda a 
América Latina. No Brasil, o quadro político e econômico 
favorecia os conspiradores. O presidente João Goulart era 
apontado como simpatizante do socialismo e a economia 
do país estava em crise, com índices elevados de inflação. 
Nos anos que se seguiram ao golpe de 64, o regime militar 
tornou-se mais forte e repressivo. O Ato Institucional 
número 5, de 1968, restringiu as liberdades democráticas 
e deu ao regime poderes quase irrestritos para governar, 
prender, torturar e eliminar adversários. 
 
A ditadura militar, consequência direta da Guerra 
Fria, teve um nítido impacto negativo na vida cultural. 
Durante duas décadas, o governo censurou a imprensa, a 
literatura e as artes de um modo geral. Experiências 
inovadoras, como o Tropicalismo, e o talento de artistas 
como Chico Buarque, Geraldo Vandré e Augusto Boal, 
entre muitos outros, foram sufocados pela censura imposta 
pelo regime. 
 
Nos anos 80, ganharam força os movimentos pela 
democratização no Brasil, com o movimento pelas Diretas-
Já, e em outros países sul-americanos, como o Paraguai, 
o Chile, o Uruguai e a Argentina. 
 
No Brasil, o grande marco da volta à democracia 
foi o restabelecimento da eleição direta para presidente da 
República, em 1989. E também nos anos 80 começava a 
se configurar o quadro político internacional que viria a 
culminar no fim da Guerra Fria, simbolizado pela queda do 
Muro de Berlim, em 89. O fim do muro foi resultado do 
intenso processo de reformas na União Soviética, iniciado 
em 85 pelo dirigente Mikhail Gorbatchev. 
 
 
Gorbatchev e o fim da Guerra Fria 
 
No plano econômico, Gorbatchev instituiu a 
Perestroika, ou Reconstrução, buscando novas formas de 
conduzir a economia soviética. No plano político, retomou 
negociações para pôr fim à corrida armamentista. 
Internamente, libertou opositores do regime, viabilizou o 
abrandamento da censura e permitiu que os problemas 
fossem discutidos abertamente pela população. As 
reformas iniciadas em Moscou logo se refletiram na Europa 
socialista, onde os movimentos democráticos ganharam 
força para mudar todo o panorama político do antigo bloco 
soviético. Esse processo iniciado por Gorbatchev culminou 
no fim da própria União Soviética, em 1991. A partir daí, os 
Estados Unidos, vencedores da Guerra Fria, tornaram-se 
a única superpotência mundial e encontraram novos 
inimigos contra os quais lutar, como os fanáticos do Islã, 
de um lado, e os narcotraficantes, de outro lado. Ou seja, 
novos elementos para a mesma fórmula do Bem e do Mal 
dos tempos da Guerra Fria. É um mundo que enfrenta 
novos problemas, como o ressurgimento de conflitos 
nacionais e étnicos; a disputa entre blocos econômicos; e 
as grandes máfias que controlam o crime organizado 
internacional. Para entender esse mundo temos de voltar 
nossos olhos ao passado recente e fazer uma reflexão 
que, talvez, nos indique o caminho para um futuro melhor. 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
 
1) A Segunda Guerra Mundial fez emergir interesses e 
aspirações conflitantes que culminaram em relevantes 
mudanças nos quinze anos posteriores (1945-1960). 
Entre esses novos acontecimentos, é possível citar: 
 
a) o início dos movimentos pela libertação colonial na 
África e a divisão do mundo em dois blocos. 
b) a balcanização do sudeste da Europa e o 
recrudescimento das ditaduras na América Latina. 
c) a criação do Mercosul e a expansão dos comunistas no 
Oriente Médio. 
d) os conflitos entre palestinos e judeus e o 
desaparecimento do império austro-húngaro. 
e) o desmantelamento da União Soviética e a dominação 
econômica dos Estados Unidos. 
 
 
 
2. Entre junho de 1950 e julho de 1953, transcorreu a 
chamada Guerra da Coréia, sobre a qual é correto 
afirmar: 
 
a) O conflito foi provocado pelos interesses expansionistas 
do governo sul-coreano, que procurava estabelecer sua 
hegemonia político-militar na região. 
 
 
12 
 
b) O conflito foi provocado pela negativa japonesa em 
aceitar a desmilitarização imposta após a Segunda 
Guerra Mundial. 
c) A ameaça de uma revolução socialista levou o governo 
da Coréia do Sul a solicitar ajuda norte-americana, o 
que provocou a reação do governo da Coréia do Norte. 
d) Tratou-se de uma guerra civil que resultou na divisão da 
Coréia em dois Estados independentes. 
e) O conflito teve início com a tentativa de unificação da 
Coréia sob iniciativa do regime comunista da Coréia do 
Norte, com apoio da China. 
 
 
 
3. As lutas por direitos civis nos Estados Unidos na 
década de 60 (século XX) tiveram, entre suas 
características centrais, a: 
 
a) ausência de mulheres e a manutenção do caráter 
patriarcal da sociedade norte-americana. 
b) defesa dos interesses das grandes corporações 
industriais e o questionamento da legislação trabalhista. 
c) união entre os movimentos ambientalista e gay e a 
escolha do arco-íris como símbolo comum desses dois 
grupos. 
d) proposta de saídas pacíficas para os conflitos internos 
americanos e a insistência numa política internacional 
belicosa. 
e) mobilização dos negros norte-americanos pela busca da 
ampliação de seus direitos e pelo fim das leis raciais 
segregacionistas. 
 
 
 
4. “Os Estados Unidos viviam seus dias de glória. A 
dança agitava os salões, principalmente aquelas que 
tivessem características menos convencionais como a 
valsa, que predominou no século XIX. Houve uma 
verdadeira busca de ritmos e sons diferentes, 
emocionantes, como os africanos e latino-americanos. 
(....) o jazz e o blues conseguiram espaços e se 
espalharam por todo o mundo, com muita rapidez, 
auxiliados pelo gramofone e pela prosperidade dos 
"Anos Felizes" do capitalismo norte-americano”. 
 
 Eric J. Hobsbawm - História social do jazz 
 
Assinale a alternativa que NÃO corresponde ao 
período caracterizado no fragmento de texto acima. 
 
a) O clima de otimismo econômico do período do pós-
guerra dissimulou os conflitos envolvendo negros e 
imigrantes, assim como a intolerância social, o crime 
organizado e a corrupção política. 
b) Possuindo aproximadamente a metade de todo o ouro 
que circulava nos mercados financeiros do mundo, os 
EUA saíram da Primeira Guerra como 
grandes credores da Europa. 
c) O pós-guerra, período conhecido como os "anos felizes", 
foi uma fase de enorme euforia e prosperidade para os 
EUA, que durou até a crise econômica 
de 1929. 
d) A prosperidade econômica dos EUA, na década de 
1920, não era partilhada por todos os norte-
americanos; havia grande concentração de renda e 
cerca 
de 50% da população vivia abaixo da linha de pobreza. 
e) Nessa época, as leis de segregação racial, que proibiam 
os negros de frequentar as mesmas escolas e bares 
que os brancos e até de entrar em ônibus e banheiros 
públicos exclusivos dos brancos, foram abolidas na 
região sul dos EUA. 
 
 
 
5. No século passado,por volta dos anos 60, o arsenal 
de armas nucleares à disposição dos militares da 
U.R.S.S. e dos E.U.A. era mais que suficiente para 
desintegrar várias vezes toda a humanidade, caso 
fosse usado em uma guerra. Nessas circunstâncias, o 
fantasma do holocausto nuclear esteve presente no 
cotidiano de bilhões de habitantes do planeta, até o fim 
da União Soviética, no começo dos anos 90. Um dos 
momentos mais próximo desse pesadelo catastrófico: 
 
a) a crise dos mísseis soviéticos em Cuba. 
b) a criação do Pacto de Varsóvia. 
c) a vitória dos E.U.A. na Guerra do Golfo. 
d) os acordos assinados por Ronald Reagan e Mikhail 
Gorbatchev. 
e) a decisão de H. Truman, de manter os mísseis na 
Turquia. 
 
 
 
6. A política externa dos Estados Unidos com relação 
à América Latina, na segunda metade do século XX, se 
pautou: 
 
a) pelo modelo criado pela Política de Boa Vizinhança 
(PBV), em particular nos momentos de rejeição às 
intervenções armadas. 
b) por tratados de comércio nos quais os participantes 
recebem tratamento simétrico em nome dos princípios 
do pan-americanismo. 
c) pelo papel decisivo dos EUA nas diretrizes da 
Organização dos Estados Americanos - OEA, em 
especial no tocante a Cuba. 
d) pela defesa constante da democracia no continente, 
inclusive no período das ditaduras militares no Cone 
Sul. 
e) pela escolha da América Latina, como principal alvo 
político e mercado de investimentos, escalonada depois 
da Europa e Ásia. 
 
 
 
7. Entre 1955 e 1973, um grupo de líderes 
internacionais tentou criar as bases daquilo que ficou 
conhecido como "movimento dos não-alinhados". A 
esse respeito é correto afirmar: 
 
a) O movimento procurava estabelecer uma política 
diplomática independente dos EUA e da União 
Soviética, as duas superpotências da época. 
b) Tratava-se de um movimento de países do Terceiro 
Mundo, que reunia apenas líderes que não estivessem 
comprometidos com os interesses da União Soviética. 
 
 
13 
 
c) Tratava-se de um movimento que tentava elaborar uma 
alternativa política à social-democracia europeia e ao 
comunismo da China e dos países do Leste europeu. 
d) Os princípios do movimento, definidos na Conferência 
de Bandung, em 1955, indicavam o alinhamento dos 
países do Terceiro Mundo com as chamadas potências 
desenvolvidas. 
e) A Conferência de Belgrado, em 1961, condenou a 
instauração do regime comunista em Cuba, liderado por 
Fidel Castro. 
 
 
 
8. Na década de 60, jovens iniciaram, em diferentes 
países, uma série de movimentos de contestação que 
colocavam em questão valores até então tidos como 
sólidos. O movimento hippie, iniciado nos EUA, teve 
como principais motivações: 
 
a) a crítica aos padrões comportamentais ditados pela 
sociedade de consumo e a recusa à convocação para 
lutar na guerra do Vietnã. 
b) o questionamento das reformas educacionais e a reação 
à orientação ideológica assumida pelo governo 
americano. 
c) o apoio às greves operárias reprimidas pela polícia e a 
discordância em relação à política internacional 
americana. 
d) a resistência à aprovação no Congresso americano dos 
orçamentos para pesquisas espaciais e para auxílio aos 
países do Terceiro Mundo. 
e) a condenação das restrições impostas pelos EUA a 
Cuba e o repúdio à intervenção soviética no território 
tcheco. 
 
 
 
9. Sobre a "Primavera de Praga", considere as 
seguintes afirmações: 
 
I. Em janeiro de 1968, após manifestações de 
trabalhadores, intelectuais e estudantes, assumiu o 
poder Alexandre Dubcek, que implantou 
rapidamente uma série de reformas. 
 
II. O novo programa do Partido Comunista propunha 
uma nova postura ao partido, a de orientador e não 
de impositor da linha política. Dubcek sintetizava 
sua proposta no slogan: "Socialismo humanizado". 
 
III. Os presidentes Tito, da Iugoslávia, Ceausescu da 
Romênia e o governo da União Soviética 
imediatamente se uniram contra a 
Tchecoslováquia. Alegando que ela caminhava para 
o retomo ao capitalismo, as tropas do Pacto de 
Varsóvia invadiram o país em agosto de 1968. 
 
Devemos afirmar que: 
 
a) somente a I é correta. 
b) somente a I e a II estão corretas. 
c) somente a I e a III estão corretas. 
d) somente a II e a III estão corretas. 
e) todas estão corretas. 
 
10. A década de 1960 foi marcada por uma intensa 
movimentação política e cultural na qual a participação 
dos jovens foi decisiva e registrada em diversos países 
do mundo. A esse respeito, é correto afirmar: 
 
a) A contestação foi essencialmente econômica e 
secundariamente política e cultural, como pode ser 
exemplificado pela Revolução Cultural chinesa e pela 
revolta dos estudantes na França, em 1968, 
movimentos contrários ao culto a personalidades. 
b) A vitória da Revolução Cubana não influenciou a 
juventude latino-americana devido ao embargo 
econômico e à política de isolamento sustentada pelos 
Estados Unidos contra o regime de Fidel Castro. 
c) A juventude estudantil brasileira manteve-se distante do 
processo político até o final de 1968, quando passou a 
organizar diversas manifestações de massas contra o 
regime militar. 
d) A América Latina tornou-se uma das únicas regiões não 
contaminadas pela Guerra Fria, graças ao 
estabelecimento de ditaduras militares e regimes 
nacionalistas refratários a qualquer vinculação com os 
Estados Unidos ou com o bloco soviético. 
e) Liberdade sexual, contracultura, revolução social, 
apologia à juventude e oposição à Guerra do Vietnã 
foram elementos da contestação dos anos sessenta. 
 
 
 
11.“ Henry Kissinger, o homem-chave da diplomacia 
americana, escreveu: “A diplomacia contemporânea 
se desenvolve em circunstâncias sem precedentes. 
Raras vezes existiu base menor de entendimento entre 
as grandes potências, mas tampouco jamais foi tão 
coibido o uso da força.” Guerra Fria foi a expressão 
cunhada para definir o paradoxo contido nessas 
relações entre os Estados Unidos e a União Soviética”. 
 
Demétrio Magnoli, Da guerra fria à détente. Adaptado. 
 
Segundo o texto, Guerra Fria na visão de um 
dos políticos mais importantes das décadas de 70/80 
significa: 
 
a) a importância da diplomacia no sentido de evitar a 
“guerra quente” entre as duas superpotências e os 
países periféricos. 
b) uma situação de paz, pois a ação diplomática caminha 
no sentido das grandes potências compartilharem sua 
tecnologia militar. 
c) a equitativa distribuição internacional do poder, que 
suprime o uso da força bélica para garantir as 
negociações desejadas pelas grandes potências. 
d) o jogo de relações que polariza a situação internacional 
entre os Estados Unidos e a União Soviética e não leva 
à guerra, mas não garante a paz. 
e) o equilíbrio do terror, pois, se não há guerra, as 
superpotências aliam-se para conter o desenvolvimento 
científico. 
 
 
 
12. A União Soviética invadiu o Afeganistão em 1979, 
instalando no poder deste país um regime pró-
soviético. O mundo ainda vivia o período da chamada 
 
 
14 
 
Guerra Fria. Os Estados Unidos apoiaram grupos 
armados de oposição no Afeganistão, para prejudicar 
os interesses soviéticos. Sobre estes grupos é correto 
afirmar que 
 
a) receberam treinamento no Irã, apoiado pela China, 
interessada no comércio com os EUA. 
b) um deles foi liderado pelo Taleban, organização de 
esquerda ligada ao Partido Comunista do Afeganistão. 
c) um deles era liderado por Osama Bin Laden, que foi 
armado e treinado em técnicas terroristas pela CIA. 
d) receberam treinamento da CIA no Iraque, 
principalmente o grupo Al Fatah, que cometeu vários 
atentados suicidas contra as forças soviéticas. 
e) um deles era liderado por Saddam Hussein, que nessa 
época era aliado dos EUA contra o Irã. 
 
 
 
13. As duas últimas décadas do século XX assistiram 
à desmontagem do "Estado do Bem Estar Social" - 
Welfare State, expressão que se refere: 
 
a) A uma política econômica baseada na estatização da 
economia, tendo sido levada a cabo principalmente 
pelos governossocial-democratas após a Segunda 
Guerra Mundial. 
b) Ao Estado que garante a todos os cidadãos, como 
direito político: renda mínima, alimentação, saúde, 
habitação e educação. 
c) À aplicação ortodoxa dos princípios liberais de auto-
regulação pelas leis do mercado, refutando a 
intervenção do Estado na economia. 
d) Ã versão Ocidental da planificação econômica soviética, 
desenvolvida pelos sucessivos gabinetes trabalhistas 
britânicos no período posterior à Segunda Guerra 
Mundial. 
e) À política de boa vizinhança defendida pelos governos 
norte-americanos na América Central, conhecida 
também como "Aliança para o Progresso". 
 
 
 
14. "Estoy aqui de passagem/ Sei que adiantei/ Um dia 
vou morrer/ De susto, de bala ou vício/ No precipício 
de luzes/ Entre saudades, soluço/ Eu vou morrer de 
bruços/ Nos braços de uma mulher/ Mas apaixonado 
ainda/ Dentro dos braços da camponesa/ Guerrilheira, 
manequim/ Ai de mim/ Nos braços de quem me queira/ 
Soy loco por ti, América/ Soy loco por ti de amores." 
 
Soy loco por ti América - Gilberto Gil/Capinam - 1968. 
 
Durante o período da Guerra Fria, o cenário 
internacional foi marcado: 
 
a) Pela expansão de regimes comunistas no interior da 
América Latina e pela Europa Ocidental. 
b) Pela bipolarização do poder mundial envolvendo as 
duas superpotências, União Soviética e Estados Unidos 
da América. 
c) Pela militarização da Alemanha, a despeito das decisões 
das conferências de Yalta e Potsdam. 
d) Pela polarização do mundo em dois blocos compostos 
por URSS, Inglaterra, EUA e França, contra Alemanha, 
Itália e Japão. 
e) Pelo equilíbrio de forças entre os países desenvolvidos 
e os países do chamado Terceiro Mundo. 
 
 
 
15. Em termos de geopolítica, a existência de uma 
única grande potência mundial cria uma situação de 
unipolaridade, a existência de duas potências cria 
situação de bipolaridade e a de mais de duas, de 
multipolaridade. Desse ponto de vista, o século XX 
conheceu: 
 
a) uma hegemonia unipolar até 1918, bipolar entre 1919 e 
1945, e multipolar a partir de 1945, com a criação da 
ONU. 
b) uma dialética infernal entre bipolaridade e unipolaridade, 
que levou o mundo a duas guerras mundiais e ao 
impasse atual. 
c) um equilíbrio entre bipolaridade, que dominou na 
primeira metade do século, e unipolaridade, na 
segunda metade. 
d) uma evolução que, de multipolar até 1945, passou à 
bipolar entre 1945 e 1990, e à unipolar a partir de 1990. 
e) uma alternância constante entre multipolaridade e 
unipolaridade, começando com a primeira e terminando 
com a segunda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
 
01 – A 02 – E 03 – E 
04 – E 05 – A 06 – C 
07 – A 08 – A 09 – B 
10 – E 11 – D 12 – C 
13 – B 14 – B 15 – D

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