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A insegurança da anestesia

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A insegurança da anestesia 
Gabriel Nunes Lima 
 
INTRODUÇÃO 
 "Excluir a dor das operações é uma quimera que hoje em dia não é mais possível 
perseguir", Velpeau dizia isso com bastante frequência, mal sabia ele que essa realidade 
seria mudada quase meio século depois. A busca incansável por uma droga que retardasse 
a dor em processos operatórios se tornou algo cansativo e levou muitos a não acreditar que 
fosse possível durante muito tempo. 
 Antecessora da anestesia geral, a anestesia locorregional era a única droga conhecida 
até então. Usada geralmente em cirurgias superficiais e em amputação de membros, ela foi 
uma inovação no quesito operatório, uma vez que o mundo se via livre de tantas atrocidades 
e violência que um paciente se submetia durante um processo operacional, isso de acordo 
com que a história diz a respeito. 
 A partir de outubro de 1846 o mundo conhecia o que era mais de inovador na área da 
saúde: a anestesia geral. Willian Thomas, estudante de medicina na época foi o responsável 
por descobrir e demonstrar o uso daquela droga que ainda era tida como desconhecida. 
Claro que até chegar na tecnologia que conhecemos hoje, foram traçados vários caminhos 
e estudos sobre o tema e sobre as substâncias utilizadas. 
 O mundo vive em uma espécie de mutação continua, assim como tudo e todos, com os 
anestésicos não seria diferente. Até todos terem o conhecimento do que essa droga se 
tornou atualmente, foram feitos vários experimentos, como forma de pesquisa e de 
construção para que se tornasse tão especifica e precisa. Embora seja indispensável o uso 
da anestesia em várias ocasiões, por mais que tenha passado por diversas melhoras, o 
medicamento em alguns momentos pode causar irritações no organismo e levar a certas 
complicações, muitas vezes simples, mas também podem vir a se tornar complicações 
irreversíveis. Esse trabalho tem como objetivo distinguir e discorrer sobre essas possíveis 
complicações causadas pelo uso de anestesia. 
 
 
COMPLICAÇÕES ANESTESICAS 
 Com uma forte habilidade em inibir e aliviar a dor, controlar os reflexos e o bloqueio 
neuromuscular, o foco da anestesia sempre foi em inibir a dor de uma determinada região 
para algum tipo de procedimento cirúrgico, desde o mais simples até o mais complexo, 
algumas complicações proeminentes desses tipos de medicação foram observados ao longo 
do tempo. 
 Existem cerca quatro tipos de anestésicos no mercado: a local, a geral que é subdividida 
em inalatória, intravenosa ou balanceada, a anestesia regional que pode ser raquidiana, 
peridural ou bloqueio dos nervos periféricos, e a anestesia combinada que é feita a partir da 
combinação da geral e regional. 
 Em relação da anestesia geral podemos citar as seguintes complicações: sedação 
insuficiente, complicações respiratórias como hipóxia que é a ausência de oxigênio 
suficiente nos tecidos para manter as funções corporais, broncoespasmo, aspiração do 
conteúdo gástrico e apneia. Pode-se desenvolver também complicações cardiovasculares: 
bradicardia, arritmia, hipo e hipertensão, embolia e até mesmo a parada cardiovascular. 
 Complicações neurológicas também podem ser desenvolvidas a partir da anestesia 
geral, tais como anóxia cerebral que é a morte de neurônios por falta de oxigenio no cérebro, 
cefaleia e convulsões. Complicações digestivas: parada da motilidade intestinal insuficiência 
hepática. 
 Já a anestesia raquidiana pode levar o individuo a cefaleia pós raquidiana, retenção 
urinaria, hipotensão por bloqueios de nervos simpáticos, lesão das raízes nervosas, 
hematoma espinhal, meningites sépticas e assépticas, síndrome de cada esquina que é a 
disfunção vesical e intestinal, perda da sensibilidade do períneo e fraqueza de membros 
inferiores decorrentes do trauma das raízes nervosas. 
 A anestesia local pode gerar complicações mais simples, como reação toxica local, 
podendo ser sistemática também, e reações mais graves se as reações mais simples não 
forem atendidas como hipotensão, bradicardia, arritmia, sudorese, palidez, ansiedade, 
tontura, convulsões, depressão respiratória e até mesmo a parada cardiovascular. 
 Em relação a anestesia peridural, ela está associada as seguintes complicações: cefaleia 
por punção subaracnóidea acidental, retenção urinária, hipotensão e bradicardia por 
bloqueio de nervos simpáticos, abcesso epidural por infecção local, hematoma peridural e 
dor lombar. Por fim temos o bloqueio de nervos periféricos que pode desencadear lesões 
de plexo e hematomas em caso de algum tipo de complicação. 
 Vale salientar que os riscos relacionados a anestesia e suas possíveis complicações, 
está altamente associado as condições em que o paciente se encontra, também ao tipo de 
cirurgia e as drogas utilizadas antes e durante o procedimento. 
 Para evitar possíveis complicações graves podendo levar até a morte do paciente, é 
necessário que o mesmo converse com a equipe multidisciplinar que está lhe atendendo, 
enfermeiros técnicos, médicos e enfermeiros devem ser comunicados caso o paciente seja 
alérgico ou tenha algum problema patológico ou não que possa por em risco sua integridade 
física durante o processo cirúrgico. 
 
CONCLUSÃO 
 De acordo as literaturas pesquisadas e pesquisas academias em formato de 
artigo cientifico, foi identificado que as complicações provenientes do uso de 
anestésicos mais comuns são hipotermia, hipoxemia, edema pulmonar, apneia, 
tremores, náuseas e retenção urinária, todos oriundos do uso desses 
medicamentos durante cirurgias. 
 Claro que não podemos levantar uma bandeira aqui falando que é errado usar 
anestésicos por conta dos contratempos que essas drogas podem trazer, o que 
se pode solicitar é para que os profissionais de saúde fiquem mais atentos do 
que já são, para que assim, possam evitar possíveis complicações que podem 
desencadear durante uma cirurgia, tentando evitar ao máximo expor o paciente 
a um risco de morte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERENCIAS 
 
1.https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942006000300010&lang=pt 
2. https://multisaude.com.br/artigos/anestesias-conheca-os-tipos-e-complicacoes/ 
3. http://docs.bvsalud.org/biblioref/2017/12/876632/sobecc-v22n4_pt_218-229.pdf

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