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Acesso Venoso na UTI Pediátrica e Neonatal

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Sumário 
Introdução 
Histórico do Acesso Venoso 
Histórico dos acessos venosos centrais 
Complicações dos acessos venosos 
Cateteres Venosos 
Acesso venoso periférico 
Acesso venoso central 
Cateterismo umbilical 
PICC 
Dissecção Venosa 
Bibliografia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Introdução 
De 1980 a 2000, intensificaram-se os avanços tecnológicos em terapia intravenosa na 
Neonatologia, beneficiando os recém-nascidos (RN) de alto risco que necessitam de um 
acesso venoso seguro, por um tempo prolongado, visando à administração de drogas 
vasoativas e irritantes, soluções hidroeletrolíticas, nutrição parenteral e antibióticos. 
A utilização desta terapêutica apresenta determinadas peculiaridades práticas que vão 
desde a escolha do vaso sanguíneo até a manutenção do acesso. Por isso é importante 
que o enfermeiro tenha conhecimentos básicos em relação à fisiologia e à anatomia da 
rede venosa. Após o nascimento, a limitação venosa é condicionada pelo organismo do 
RN, ainda em fase de crescimento e desenvolvimento, o que pode influenciar no 
aparecimento de sérios transtornos à manutenção dessa terapêutica. 
O procedimento da punção venosa é uma das práticas mais difíceis de realizar no 
neonato. Além disso, a perda do acesso venoso freqüentemente causa interrupções na 
infusão de líquidos e eletrólitos, comprometendo a eficácia da terapêutica. As repetidas 
venopunções comprometem os vasos periféricos com certas complicações, que podem 
ser locais ou sistêmicas, culminando muitas vezes com a necessidade de uma dissecção 
venosa. 
A preservação da rede venosa se faz indispensável na assistência de enfermagem, 
pois o uso constante dessa via para aplicação dos mais variados medicamentos, 
soluções, sangue e seus derivados e para a coleta destinada à realização de 
exames laboratoriais leva a problemas cada vez mais sérios de visualização e 
acesso ao vaso. 
É competência e responsabilidade do enfermeiro a administração de medicações 
por via endovenosa, o que lhe confere autonomia profissional e exige 
conhecimento técnico-científico com relação aos cuidados com infusão venosa. 
 
 
 
 
 
 
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Histórico do Acesso Venoso 
Desde o século XIX, tem sido realizados estudos sobre acesso venoso e terapêutica 
intravenosa num crescente avanço e com inúmeras descobertas que vêm, 
possibilitando o tratamento de pacientes de forma mais segura e eficaz. 
A partir do advento do primeiro cateter em polietileno em 1945, tornou-se 
possível a administração de fluídos por tempo prolongado, contribuindo 
significativamente no tratamento dos pacientes que não podiam receber a terapia 
medicamentosa por outras vias. 
A terapia intravenosa tornou-se então, um poderoso recurso terapêutico difundido 
em todo o mundo. Utilizado na maioria dos pacientes hospitalizados, representa para 
alguns uma condição de sobrevivência, pois possibilita uma rápida ação dos 
medicamentos, que podem ser administrados em “bolus” (infusão rápida), através da 
seringa e agulha por um tempo determinado ou de forma contínua. 
O grande desafio que se apresenta hoje na área da Pediatria e Neonatologia é 
assegurar a qualidade da assistência de forma a não oferecer risco às crianças e 
que seja executada através de cuidados atraumáticos, que minimizem a dor, o 
estresse, a exposição aos riscos e complicações e que garanta um desenvolvimento 
físico e mental livre de seqüelas e o mais próximo do normal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Histórico dos acessos venosos centrais 
Os primeiros esforços para acessar o sistema venoso central se deram a partir do ano de 
1900, onde há artigos descrevendo a utilização de cateteres dentro da circulação central 
através das veias cubital e femural. 
Em 1929, Forssman, realizou cateterizações venosas centrais bem sucedidas em 
cadáveres. 
Em 1952, Aubaniac realiza o primeiro acesso venoso central para infusão rápida de 
fluídos por via infraclavicular. Foi o precursor do intra-cath. 
Em 1957, Ross descreveu a técnica padrão para acesso à veia cava superior 
mediante a incisão nas veias basílica e cefálica no braço. 
Em 1968, Dudrick utilizou o intra-cath para injeção de soluções hipertônicas. 
Em 1973, Broviac et al idealizaram um cateter todo confeccionado em silastic 
que foi colocado através de um longo túnel subcutâneo no tórax anterior, criando um 
shunt definitivo parcialmente implantável, onde podiam ser utilizadas a veia jugular 
interna e a veia cefálica;. 
Em 1979, Hickman et al modificaram este cateter através de um aumento de diâmetro 
interno, com o propósito de permitir que este cateter pudesse ser utilizado para 
múltiplos tratamentos intravenosos e coletas de amostras sanguíneas. 
Em 1982, Neiderhuber et al propuseram um sistema de acesso vascular totalmente 
implantado para ambas as infusões venosas e arteriais numa população 
oncológica, utilizando o reservatório (port) para injeções, implantado em tecido 
subcutâneo acoplado a um cateter de silicone que se ria ativado através da agulha. 
 
 
 
 
 
 
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Complicações dos acessos venosos 
As principais complicações podem estar associadas ou às tentativas de acesso ao 
sistema venoso ou à presença dos cateteres na luz da veia. As complicações 
relacionadas aos acessos venosos periféricos incluem, freqüentemente, hematomas, 
tromboflebites superficiais, ou punções inadvertidas de artérias ou outras estruturas 
adjacentes. 
As complicações mais graves estão relacionadas à obtenção ou à presença de cateteres 
venosos centrais. Assim, na tentativa de se puncionar a veia jugular interna, podem 
ocorrer sangramentos e hematomas secundários à perfuração da própria veia ou da 
artéria adjacente. Um hematoma importante pode levar à compressão da traquéia. Pode 
ocorrer ainda perfuração de outras estruturas adjacentes na tentativa de punção da veia 
subclávia: ducto linfático, nervos e artérias, com sérias conseqüências. Outras graves 
complicações associadas à punção da subclávia incluem: pneumotórax, hemotórax, 
vazamento de fluidos em cavidade pleural e embolia gasosa. As complicações 
associadas aos cateteres centrais são, em sua maioria, atribuídas a erro na técnica do 
operador, principalmente devido a falhas nos métodos corretos e nas múltiplas 
tentativas infrutíferas. 
A presença de cateteres em veias centrais também pode levar a graves conseqüências 
para os pacientes: trombose venosa, perfuração de átrio direito com tamponamento 
cardíaco, arritmias e quadros infecciosos, que podem variar desde um processo 
inflamatório com secreção purulenta no local da inserção do cateter até bacteremia e 
sepse, além da possibilidade de desencadear endocardite infecciosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Cateteres Venosos 
Cateteres são dispositivos usados para acessar a circulação sanguínea humana. 
Denominamos de acesso periférico quando sua localização é na periferia do vaso 
sanguíneo. Nos casos onde o cateter atinge a circulação sanguínea central 
denomina-se cateter venoso central. 
Os cateteres são de grande preocupação na área de neonatologia e pediatria devido aos 
riscos a que está associado tais como a infecção, exposição a dor e desconforto e as 
dificuldades na sua realização, em função da vulnerabilidade das crianças e da sua 
fragilidade capilar. 
A manipulação indevida de cateterestorna-se ainda mais vulneráveis essas 
crianças, pois constituem uma via direta de acesso de microrganismos à circulação 
sanguínea. 
Condutas na inserção, manutenção, curativos e retirada dos cateteres venosos 
Inserção: 
 Identificar o melhor tipo de acesso a ser utilizado. 
 Selecionar as veias mais adequadas para a obtenção do acesso venoso. Obedecer 
à seguinte ordem de escolha: 
1- Veias da região dos braços e da fossa anticubital; 
2- Veias da região da perna e dos pés; 
3- Veias superficiais da região cefálica; 
4- Veias Jugular externa e axilar 
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Observação: As veias jugular externa e axilar, só devem ser utilizadas como última 
opção antes da dissecção venosa devido ao risco de punção acidental de artéria 
carótida com conseqüente hematoma, ocorrência de pneumotórax ou de embolia 
gasosa. A infusão intravenosa contínua através da veia jugular externa direita pode 
causar sobrecarga do ventrículo direito, além de ser uma região propensa a infecção 
devido ao grande número de glândulas sebáceas. 
 Escolher cateter apropriado (tamanho ideal e tipo de material ideal). 
 Não ultrapassar duas tentativas de punção por profissional no caso de 
punção venosa periférica. Dois profissionais poderão fazer a tentativa. 
 Usar luvas de procedimento para a instalação do cateter periférico. 
 Proceder a anti-sepsia da região a ser puncionada: 
 Cateter venoso periférico: usar álcool a 70. 
 Cateter Venoso Central: realizar anti-sepsia cirúrgica (degermar a área a 
ser puncionada com clorexidina degermante e em seguida fazer a anti-
sepsia com clorexidina alcoólica). 
Manutenção dos acessos venosos: 
 A lavagem das mãos é fundamental para a prevenção de infecções nas crianças. 
 Observar diariamente as condições do local da punção. Avaliar a presença 
de inflamação, umidade, sangue ou pus. Na presença de alguns desses sinais 
a retirada do cateter deve ser estudada 
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 Usar sistema fechado conforme a RDC 45 através de bionectores em todas 
as extremidades das torneiras de três vias ou polifix. 
 Trocar os bionectores a cada 72 horas, assim como os equipos de infusão 
em uso. 
 Após infusão de hemoderivados descartar equipo de infusão e lavar o 
cateter com solução fisiológica. 
 Se infundir NPP- trocar o equipo a cada 24 horas. 
 Proceder a desinfecção do sistema de infusão com álcool a 70% antes da 
aplicação de medicamentos e conexão de vias de infusão. 
 Evitar refluxo de sangue nas vias. 
 Registrar os trabalhos executados e a data das próximas trocas em local 
apropriado. 
Curativo: 
 Usar gaze seca e fixar com adesivo poroso no primeiro curativo. 
 O curativo transparente está indicado após 24 horas de procedimento e 
não deve haver umidade no local da inserção. 
 Caso ocorrer umidade no local, proceder curativo com gaze e micropore. 
 Trocar o curativo sempre que estiver sujo, úmido ou mal fixado. 
 Fazer anti-sepsia do local de inserção a cada troca de curativo com 
clorexidina alcoólica à 0,5%. 
Retirada do cateter 
 Retirar o cateter assim que for suspensa a terapia intravenosa, em caso de 
obstrução, sinais de infecção, infiltração ou mau posicionamento, 
encaminhando ponta para cultura sempre que houver suspeita de infecção. 
 Remover obrigatoriamente o cateter periférico sempre que houver sinal ou 
sintoma de flebite. 
 Fazer anti-sepsia no local de inserção com clorexidina alcoólica 0,5% e 
esperar secar antes da retirada de cateter para cultura. 
 
 
 
 
 
 
 
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Acesso venoso periférico 
É a modalidade de acesso venoso mais empregado e deve ser usada nos recém-
nascidos e nas crianças que apresentam estabilidade hemodinâmica e respiratória. 
Suas principais limitações são as drogas vesicantes sob infusão contínua 
prolongada e a má qualidade da rede venosa periférica. São dispositivos curtos, 
constituídos por agulhas de metal ou de material plástico. Os dispositivos de plástico 
possuem uma agulha metálica (mandril) apenas para a inserção considerada 
relativamente fácil, causam menos sangramento e pelo fato do cateter plástico 
propiciar um diâmetro intraluminal maior proporcionalmente ao diâmetro da 
venopunção, entretanto necessitam de trocas freqüentes devido à flebite ou 
infiltração, com dificuldades progressivas na obtenção de novos sítios e na manutenção 
dos acessos. 
As veias periféricas mais adequadas para a obtenção de acesso venoso em crianças 
devem ser: as veias localizadas na região do braço, seguidas pela região das pernas 
e pés, evitando sempre que possível a área das articulações para diminuir o risco de 
obstrução. 
Dispositivos utilizados: 
Os mais utilizados são os cateteres intravasculares do tipo não agulhado nº 24, 22 e 
20 e os cateteres agulhados (escalpes) nº 27, 25, 23. Os primeiros são preferíveis 
por possibilitar a manutenção do acesso venoso por mais tempo, com melhor fixação 
sem necessidade de uso de talas. 
Indicações: 
 Administração de fluidos, eletrólitos e medicações. 
 Administração de nutrição parenteral como suplemento de nutrição enteral. 
Desvantagens: 
 Dificuldade de manutenção por tempo prolongado. 
 Necessidade de punções sucessivas em diferentes sítios o que pode 
inviabilizar a obtenção de outros tipos de acesso. 
 Estímulo doloroso de moderada intensidade. 
 Contra-indicado o uso de soluções com concentração de glicose maior que 
12%. 
Vantagens: 
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 Facilidade e rapidez na realização. 
 Baixa incidência de complicações graves. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Acesso venoso central 
Indicado para pacientes que deverão permanecer longo tempo em uso de medicações 
endovenosa e nutrição parenteral. 
As vias mais utilizadas no período neonatal são: a artéria umbilical, veia umbilical e a 
veia cava. 
 
Vantagens: 
 Infusão de soluções mais concentradas (taxa de glicose maior que 12% e 
Aminoácidos acima de 2%). 
 Via segura para a infusão de fluídos e medicações. 
 Reduzir punções periféricas que são dolorosas e possibilitam infecções por 
punções freqüentes. 
 Coleta de sangue evitando punções. 
Tipos de cateterismo: 
 Cateter arterial umbilical: usado para monitorização de gases arteriais, para a 
infusão de fluídos e para a monitorização continua da pressão arterial. 
 Cateter venoso umbilical: é usado para a realização de exsanguíneo transfusão, 
monitorização de PVC, infusão de fluídos, acesso vascular de emergência 
para a infusão de fluídos, medicações ou sangue. 
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 Cateter venoso central: uso para nutrição parenteral e ocasionalmente 
monitorização da pressão venosa central. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Cateterismo umbilical 
O cordão umbilical contém duas artérias e uma veia, desta forma o cateterismo 
umbilical pode ser venoso ou arterial. 
 
Cateterismo venoso umbilical 
O cateter é introduzido na veia umbilical, segue pelo sistema porta até a veia cava 
inferior devendo ficar no nível do diafragma. Desta forma o profissional deverá realizar 
a medida distância do umbigo até o ombro. 
 
Realizar Raio X para checar a posição do cateter e tracioná-lo para reposicioná-lo se 
preciso. Quandoo cateterismo visar a infusão de drogas na sala de parto não há 
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necessidade de se medir o cateter, basta introduzi-lo cerca de 1,5 a 2 cm imediatamente 
após a passagem pelo anel umbilical, que o cateter se localizará na própria veia 
umbilical antes da veia porta. Evitar deixar a ponta do cateter no sistema porta. 
A assepsia deve ser realizada com anti-séptico com gaze e luva estéreis. Usar a técnica 
apropriada fazendo movimentos centrífugos a partir do coto. Como se vai cateterizar 
diretamente um vaso central, muito cuidado com a assepsia. Colocar o cadarço estéril ao 
redor do coto umbilical, apertando-o suficiente para evitar o sangramento, porém não 
em excesso. 
Fixar o cateter através do fio de sutura e depois fazer o curativo em ponte, porém, em 
prematuros extremos é preferível evitar a ponte de esparadrapo. 
Indicações 
 Acesso venoso em RN com peso ao nascer inferior a 1500g (1000g), com a 
finalidade de preservar a pele; 
 Exosanguineotransfusão; 
 Acesso venoso de urgência; 
 Monitorização de PVC. 
Complicações 
 Fenômenos tromboembolíticos 
 Mau posicionamento do cateter ocasionando arritmias cardíacas, enterocolítes 
necrosantes e perfuração do trato gastrointestinal. 
 Perfuração do peritôneo 
 Processos infecciosos 
 Trombose de veia porta; 
 Necrose hemorrágica do fígado, por cateter deixado na circulação hepática. 
Contra indicações 
 Defeitos de fechamento da parede umbilical 
 Onfalite (infecção do coto umbilical, podendo ou não ser acompanhada por um 
processo sistêmico) 
 Peritonite 
 Enterocolite necrosante 
 CIVD – conagulação intravascular disseminada 
Cuidados de enfermagem 
 Manter o aquecimento adequado do RN durante e após o procedimento; 
 Cuidar para que os movimentos de pedalar do RN não alcancem e nem retirem o 
cateter do lugar 
 
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Cateter arterial umbilical 
Em RN menores que 750g o cateter arterial umbilical pode ser colocado na artéria 
umbilical apenas para coleta de sangue. As artérias se dirigem circundando a bexiga e 
juntando-se as artérias ilíacas internas que desembocam na artéria ilíaca comum e 
posteriormente na aorta. Seu posicionamento é crucial devendo ficar logo acima da 
bifurcação da aorta (L3-L5) ou acima do tronco celíaco (T6-T10). Este cateter deve ser 
intermitentemente lavado com solução de heparina (1 a 5 U/ml). Remover o cateter 
assim o RN estiver estável com FiO2 abaixo de 40%. Em caso de não se conseguir 
retirar sangue por meio do cateter ou sinais de isquemia em órgãos abdominais ou 
MMII, retirar cateter imediatamente. A assepsia deve ser realizada com anti séptico com 
gaze e luvas estéreis. Usar a técnica apropriada fazendo movimentos centrífugos a partir 
do coto. Antes de introduzir o cateter, preenchê-lo com soro fisiológico para evitar 
embolia gasosa. Dilatar o orifício da artéria delicadamente com o fórceps íris, evitar 
movimentos grosseiros e repeti-los em excesso para que não haja formação de falsos 
trajetos. 
É obrigatória a confirmação radiológica da posição do cateter. Quando mal localizado 
pode-se puxar o cateter, nunca introduzi-lo. Após a localização, fazer o curativo em 
ponte. 
É importante manter o cateter sempre livre de sangue. Após a coleta de qualquer 
amostra sangüínea, limpá-lo com 0.5 ml de soro fisiológico a 0.9% e manter infusão 
contínua de líquido no intervalo das coletas. Na presença de obstrução, não forçar a 
infusão de soluções para desobstruí-lo. Nesse caso, retirar o cateter imediatamente. 
Evitar alimentar o paciente por via enteral, até 24 horas após a retirada do cateter. 
O cateter deve ser retirado quando houver isquemia persistente do membro inferior, na 
suspeita de enterocolite necrosante ou de insuficiência renal, na presença de obstrução 
total ou parcial do cateter, quando não houver mais necessidade de colheitas repetidas 
de amostras de sangue arterial. 
O cateter arterial umbilical deve ser mantido enquanto o recém,-nascido estiver grave, 
até no máximo por 10 dias, exceto se complicações inerentes ao mesmo. 
Indicações 
Situação de gravidade independentemente do peso do RN ao nascer. Exemplo: 
hipertensão pulmonar persistente. 
Complicações 
 Mau posicionamento do cateter 
 Acidentes vasculares com presença de troboembolismo, vasoespasmo, 
hipertensão arterial, insuficiência renal ou de embolia gasosa; 
 Quebra ou desconexão acidental; 
 Infecção; 
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 Enterocolite necrosante; 
 Retirar cateter quando houver isquemia MMII. 
Contra indicação 
 Comprometimento vascular de ramo aórtico distal 
 Onfalite 
 Peritonite 
 Enterocolite necrotizante 
 Insuficiência renal 
 Defeito no fechamento da parede abdominal 
Cuidados de enfermagem 
 Atentar-se para posição do cateter na tentativa de evitar um possível 
tamponamento cardíaco por cateter dentro do átrio direito; 
 Ao colher sangue,não faze-lo além de 20 segundos, devido alteração na 
velocidade do fluxo sanguíneo cerebral com maior risco de hemorragia 
peri/intraventricular. 
 É importante manter o caráter sempre livre de sangue. Após a coleta de qualquer 
amostra sanguínea limpá-lo com 0,5 ml de soro fisiológico a 0,9% e manter 
infusão contínua de líquido no intervalo das coletas. 
 Não forçar a infusão de soluções para desobstruí-los; 
 Evitar alimentar o paciente por via enteral, até 24 horas após a retirada do 
cateter. 
 Atentar-se para sinais flogísticos em local de inserção do cateter. 
 Drogas que não devem ser infundidas pelo cateter umbilical arterial: 
 Fenobarbital endovenoso 
 Gluconato de cálcio 
 NaCl a 3% 
 Drogas Vasoativas 
O cateter umbilical não é utilizado para transfusão sanguínea 
 
 
 
 
 
 
 
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PICC 
Cateter Venoso Central de inserção periférica (PICC) são cateteres amplamente 
utilizado nas UTI Neonatais e Pediátricas devido as suas características dentre elas 
disponibilidade de tamanho e comprimento diferenciados, a marcação em 
centímetros, a grande flexibilidade, a compatibilidade para administração de todos os 
tipos de soluções e a possibilidade de longa permanência. 
Sua inserção elimina as múltiplas punções e não necessita de procedimento cirúrgico, 
pois é inserido através de uma veia periférica, progredindo até uma veia central. 
Os cateteres centrais de inserção periféricos podem ser classificados conforme seu 
material, tamanho e lúmen. No mercado podem ser encontrados cateteres 
confeccionados com dois tipos de materiais polímeros: borracha de silicone 
poliuretano. 
O material do cateter deve ser compatível com o organismo, ter boa integridade 
estrutural, resistência as dobras, facilidade de inserção, dificuldade de aderência de 
bactérias, baixa trombogenicidade, baixa irritabilidade mecânica vascular. 
A competência técnica e legal para o Enfermeiro inserir e manipular o PICC encontra-se 
amparada pela Lei 7498/86 e o seu Decreto 94406/87, no seu artigo oitavo inciso I, 
alíneas c, g, h, e inciso II, alíneas b, e, h, i além das Resoluções: COFEN nº 240/2000 
(Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem), Cap. III, das responsabilidades, 
nos seus artigos 16,17 e 18, COFEN nº 258/2001 (anexo I) e do parecer técnico 
COREN -RJ nº 09/2000 (anexo II), foi normalizada a inserção e a manipulação deste 
dispositivo pelo profissional enfermeiro. 
A Coordenação Estadual de Controle de Infecção Hospitalar do Estado do Rio de 
Janeiro, elaborou a presente rotina, objetivando proporcionar aos profissionais de saúde 
(enfermeiros e médicos) conhecimentos necessários para: instalação, manuseio e 
atuação diante de possíveis complicações acerca do cateter percutâneo de inserção 
periférica bem como estimular a formação de equipes treinadas em inserção de PICC. 
Nos recém-nascidos e lactenteso cateter PICC é utilizado para substituir flebotomias 
com grande sucesso; é efetivo em recém-nascidos de baixo peso que necessita de acesso 
venoso prolongado ou com fragilidade venosa; tem reduzido a incidência de 
complicações iatrogênicas na pratica da terapia intravenosa durante o período de 
internação hospitalar. 
Vantagens: 
 Confiabilidade do acesso. 
 Inserção menos traumática. 
 Menor risco de flebite química, extravasamento e infiltração de líquido. 
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 Possibilidade de administração concomitante de medicamentos num mesmo 
acesso venoso, no caso de cateter duplo lúmen. 
Desvantagens: 
 Cateter de silicone tem baixa resistência, podendo ser facilmente rompido. 
 O guia metálico presente em alguns cateteres dificulta a visualização do 
retorno sanguíneo, o que pode prejudicar o procedimento se não estiver 
sendo realizado por profissional habilitado e experiente. 
Indicações: 
 Nutrição Parenteral por tempo prolongado. 
 Necessidade de uso de soluções concentradas. 
 Criança com patologia cirúrgica, em uso de ventilação mecânica e em uso de 
suporte vasoativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Dissecção Venosa 
 A dissecção venosa na Pediatria e Neonatologia geralmente são realizadas em volta 
de uma situação de emergência ou ocorre seqüencialmente à remoção de outro 
acesso venoso. 
Deve-se sempre que possível tornar o procedimento “eletivo” e cercá-lo de todos 
os cuidados, objetivando a obtenção de um acesso seguro e por tempo prolongado. 
É importante lembrar que uma dissecção venosa é uma intercorrência com 
conseqüências a longo prazo na vida de uma criança, pois geralmente uma veia 
dissecada passará a ser um acesso que não poderá ser usado para nova tentativa. 
O calibre das veias, o volume de sangue que por elas circulam e a ausência de 
circulação colateral são aspectos importantes a serem considerados nas crianças. 
Quando realizado por médico experiente e dentro das rigorosas técnicas de um ato 
cirúrgico, esse procedimento é rápido e seguro, com baixo risco de lesão de estruturas 
adjacentes e outras complicações sérias. No entanto, algumas desvantagens devem ser 
apontadas: maior chance de infecção e menor durabilidade do acesso venoso pela 
ocorrência de flebite, trombose venosa, ou mesmo celulite. 
Vantagens: 
 Permitir coleta de sangue (caso haja refluxo). 
 Diminuir o estresse causado por múltiplas punções periféricas. 
 Restringir a manipulação excessiva na criança. 
 Reduzir lesões cutâneas por tentativas de punção e trocas de acesso venoso. 
 Ampliar a sensação de segurança da equipe para infusão da terapêutica 
prescrita. 
 Permitir infusão de alta concentração e osmolaridade (NPT) e vesicantes 
(cálcio, potássio e aminas). 
 Garantir acesso venoso de longa permanência. 
 Permitir múltiplas infusões. 
Desvantagens: 
 Lesão do membro no qual foi feita a dissecção (artéria, nervo, tendão, 
articulação, músculo). 
 Constitui-se numa porta de entrada para infecção local e/ou sistêmica. 
 Ocorrência de celulite, trombose, isquemia, perfuração do vaso ou lesões 
irreversível do mesmo. 
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 Complicações decorrentes do ato cirúrgico (taquicardia, bradicardia, 
sangramento, hipotermia). 
 Ocorrência de falso trajeto (o cateter não progride na rede venosa). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Bibliografia 
Lourenço SA, Kakehashi TY. Assistência de enfermagem pré e pós – inserção imediata 
do cateter venoso central de inserção periférica em pacientes neonatal. 
Protocolo do cateter PICC da Coordenação Estadual de Controle de Infecção Hospitalar 
do Estado do Rio de Janeiro 
Barsan WG, Levy RC, Weis H. Lidocaine levels during CPR: differences after 
peripheral venous, central venous, and intracardiac injections. Ann Emerg Med 
1981;10:73-8. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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