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História e ensino de engenharia no Brasil e no mundo

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Disciplina: Engenharia Sustentável
Aula 2: História e ensino de engenharia no Brasil e no mundo
Apresentação
O desenvolvimento da humanidade se processa de forma continuada, mas, eventualmente,
observam-se alguns saltos esporádicos de maior transformação. Grandes progressos científicos
ocorrem quando invenções tecnológicas inovadoras chegam ao mercado consumidor. Nessas
ocasiões, o trabalho dos engenheiros tem um valor essencial para o desenvolvimento da
sociedade.
Ao longo da História, as inovações tornaram realidade projetos extremamente importantes
tanto de um ponto de vista intelectual como de um empresarial/econômico.
A implantação e o crescimento dos cursos de Engenharia no Brasil estão intrinsecamente
relacionados ao desenvolvimento da tecnologia e da indústria, além das condições econômicas,
políticas e sociais do país, assim como suas relações internacionais. Dessa forma, pode-se
verificar que o crescimento do número de cursos no país acompanha os diversos ciclos políticos
e econômicos pelos quais passaram o Brasil e o mundo.
Objetivos
Registrar o desenvolvimento histórico da ciência e tecnologia no país;
Analisar a importância das inovações tecnológicas e seus contextos históricos;
Abordar a expansão das escolas de Engenharia no Brasil.
História da engenharia no mundo
Olhando para o passado, podemos perceber inúmeros progressos atingidos pelo homem
ao longo das eras (Figura 1): o controle do fogo, a domesticação dos animais, a
invenção da agricultura, a criação de cidades, o desenvolvimento da imprensa ou ainda
a construção de um avião comercial.
O desenvolvimento da Engenharia se deu juntamente com o progresso da humanidade,
sendo a Engenharia responsável por atender às demandas da sociedade, bem como
gerar novas demandas.
 Figura 1: Evolução da humanidade. | Fonte: Autor
Início da Engenharia
O início da Engenharia alude à Pré-História, quando foram edificadas as primeiras
construções pelo homem. Os homens pré-históricos não possuíam moradia fixa; eram
nômades. Porém, já tinham a noção de moradia como sendo um local para abrigá-los
das intempéries da natureza e protegê-los do ataque de animais. Com o passar do
tempo, houve a descoberta do fogo, e o homem das cavernas passou a aproveitar
alguns recursos da natureza. Ele começou a utilizar outros materiais – por exemplo,
barro, peles, pedras e madeira – como matéria-prima para a construção de suas
moradias. Essa idade é compreendida pelo período Paleolítico, Neolítico e Idade dos
Metais.
Na Idade Antiga surgiram as primeiras construções de muros, templos, canais para
irrigação, pontes de pedra, pavimentações. As técnicas construtivas e o uso de novos
materiais foram sendo aprimorados para a construção de aquedutos, portos, mercados,
barragens e estradas. É nesse período histórico que surge a primeira ideia de
construção civil.
No período medieval quase não houve avanço científico e tecnológico de Engenharia.
Não havia método científico nas construções. Era utilizado o sistema de tentativa e erro,
o que resultou em numerosos casos de colapso de estruturas. Essa época ficou restrita
a conceitos práticos pouco estruturados.
 Período Paleolítico | Fonte: Shutterstock
 Período Neolítico | Fonte: Shutterstock
 Idade Antiga| Fonte: Shutterstock
 Período Medieval | Fonte: Shutterstock
A partir do século XX, a Engenharia como um todo passou a se
desenvolver e se especializar, sobretudo devido aos avanços
científicos e às fundamentações teóricas do comportamento dos
materiais. A Revolução Industrial trouxe consigo novas técnicas e
materiais pertinentes à Engenharia.
 Novas Técnicas com a Revolução Industrial | Fonte: Shutterstock
Enquanto a Engenharia do passado se caracterizava pela limitação ao uso dos recursos
naturais, a moderna era caracterizada pela aplicação generalizada de conhecimentos
científicos à resolução de problemas; isso foi possível principalmente em decorrência da
criação de computadores capazes de processar cálculos e análises complexas em
tempos nunca antes imagináveis. Nessa idade, com as cidades densamente povoadas,
surgem grandes construções, que só foram possíveis diante da possibilidade de se
projetar e testar as construções antes de sua execução.
A École Nationale des Ponts et Chaussés, fundada em Paris em 1747, parece ter
sido o primeiro estabelecimento de ensino, em todo o mundo, onde se ministrou
um curso regular de Engenharia e que diplomou profissionais com esse título. Da
mesma época é a École Nationale Supérieure des Mines, igualmente de Paris, que
formava engenheiros de minas. O nome de engenheiro civil teria sido usado pela
primeira vez pelo engenheiro inglês John Smeaton – um dos descobridores do cimento
Portland –, que assim se autodenominou em fins do Século XVIII. Em 1818, fundou-se
em Londres o Instituto de Engenheiros Civis, com a principal finalidade de defender e
prestigiar o significado da profissão, ainda desprezada e mal compreendida, mesmo nos
centros mais avançados do mundo.
Fatos Marcantes da Ciência e da
Tecnologia
Clique nas datas abaixo. Fonte: Bazzo, 2002.
1620
Francis Bacon preconiza o método experimental.
1637
René Descartes publica o primeiro tratado da Geometria Analítica e formula as Leis da
Refração.
1642
Blaise Pascal constrói a primeira máquina de calcular.
1660
É estabelecida a Lei de Hooke, princípio básico para o estudo da Resistência dos
Materiais, ciência básica das Engenharias.
1674
O cálculo infinitesimal, ferramenta básica para a análise matemática, é inventado por
Newton e Leibniz.
1729
Stephen Gray descobre que há corpos condutores e não condutores de eletricidade.
1745
Ewald Jurgen Von Kleist inventa o capacitor elétrico.
1752
Benjamin Franklin inventa o para-raios.
1764
James Watt inventa o condensador, componente fundamental para o motor a vapor.
1768
Gaspar Monge cria a Geometria Descritiva.
1775
Pierre Simon inventa a turbina d'água.
1789
Antoine Laurent Lavoisier enuncia a lei da conservação da massa.
1790
Lavoisier publica a tábua dos 31 primeiros elementos químicos.
1800
Alessandro Volta constrói a primeira bateria de zinco e chapas de cobre.
1802
Joseph Gay Lussac formula a Lei da Dilatação dos Gases.
1805
Joseph Fourier formula a Teoria do Desenvolvimento das Funções em Séries
Trigonométricas.
1811
Amadeo Avogadro formula a hipótese sobre a composição molecular dos gases.
1814
George Stephenson constrói a primeira locomotiva.
1819
Hans Oerstedt descobre o eletromagnetismo.
1824
Sadi Carnot cria a Termodinâmica.
1825
Nielson constrói o primeiro alto-forno.
1831
Michael Faraday descobre a indução eletromagnética.
1834
Charles Babbage inventa a máquina analítica, ancestral do computador.
1837
Samuel Morse inventa o telégrafo elétrico.
1855
Henry Bessemer constrói o primeiro conversor para produção do aço.
1867
Joseph Monier inventa o processo de construção de concreto reforçado.
1878
Thomas Edison inventa a lâmpada elétrica.
1885
Gottlieb Daimler e Karl Benz constroem o primeiro automóvel.
1891
É construída a primeira linha de transmissão elétrica, em corrente alternada.
1892
Rudolf Diesel patenteia o seu motor de combustão interna.
História da Engenharia no Brasil
A implantação e o desenvolvimento dos cursos de Engenharia no Brasil estão
intrinsecamente ligados ao desenvolvimento da tecnologia e da indústria, além das
condições econômicas, políticas e sociais do país, assim como suas relações
internacionais. Dessa forma, pode-se verificar que o crescimento do número de cursos
no país acompanha os diversos ciclos políticos e econômicos pelos quais passaram o
Brasil e o mundo. Até 1950 existiam apenas 16 Instituições de Educação Superior
(Tabela 2) que ofereciam 62 cursos de Engenharia no total. Hoje, em todo o
território nacional, existem 1.156 Instituições de Ensino Superiorque oferecem cursos
de Graduação em Engenharia, conforme consta no Sistema E-MEC (2018).
Tabela 2: Escolas de Engenharia Criadas no Brasil
até 1950
Ano de
Fundação Localização
Denominação
na fundação Nome atual
1792
Rio de
Janeiro/RJ
Real Academia de
Artilharia, Fortificação
e Desenho
Universidade Federal do Rio de
Janeiro – UFRJ Instituto Militar de
Engenharia (IME)
1874 Ouro Preto/MG Escola de Minas
Universidade Federal de Ouro Preto
– UFOP
1893 São Paulo/SP
Escola Politécnica de
São Paulo
Universidade de São Paulo – USP
1895 Recife/PE
Escola de Engenharia
de Pernambuco
Universidade Federal de
Pernambuco – UFPE
1896 São Paulo/SP
Escola de Engenharia
Mackenzie
Universidade Presbiteriana
Mackenzie – UPM
1896 Porto Alegre/RS
Escola de Engenharia
de Porto Alegre
Universidade Federal do Rio Grande
do Sul – UFRGS
1897 Salvador/BA
Escola Politécnica da
Bahia
Universidade Federal da Bahia –
UFBA
1909 Juiz de Fora/MG Instituto Politécnico
Universidade Federal de Juiz de
Fora – UFJF
1911
Belo
Horizonte/MG
Escola Livre de
Engenharia
Universidade Federal de Minas
Gerais – UFMG
1912 Curitiba/PR
Faculdade de
Engenharia do Paraná
Universidade Federal do Paraná –
UFPR
1912 Recife/PE
Escola Politécnica de
Pernambuco
Universidade de Pernambuco – UPE
1913 Itajubá/MG
Instituto
Eletrotécnico de
Itajubá
Universidade Federal de Itajubá –
UNIFEI
1928
Rio de
Janeiro/RJ
Escola de Engenharia
Militar
Instituto Militar de Engenharia –
IME
1931 Belém/PA
Escola de Engenharia
do Pará
Universidade Federal do Pará –
UFPA
1946 São Paulo/SP
Escola de Engenharia
Industrial
Faculdade de Engenharia Industrial
– FEI
1948
Rio de
Janeiro/RJ
Escola Politécnica
Pontifícia Universidade Católica do
Rio de Janeiro – PUC - Rio
Fonte: Oliveira, 2010.
Devemos nos atentar para uma diferença essencial entre as primeiras escolas de
Engenharia e as atuais. As primeiras treinavam para técnicas e métodos. Hoje, a
preocupação maior é sobretudo formar e educar, de modo a municiar o futuro
profissional de fundamentos teóricos consistentes, para que ele possa atuar com
competência.
Desenvolvimento da Engenharia
O desenvolvimento da Engenharia no Brasil manteve-se por muito tempo estagnado. O
principal fato para que isso acontecesse era a economia ser baseada na escravidão, o
que não tornava o desenvolvimento interessante para a monarquia. A referência mais
antiga com relação ao ensino da Engenharia no Brasil é citada por Telles (1994) em seu
livro História da Engenharia no Brasil — parece ter sido o contrato do holandês Miguel
Timermans, entre 1648 e 1650, para aqui ensinar sua arte e ciência.
Até o início deste século, tivemos a fase dos engenheiros "enciclopédicos": quando a
sólida cultura básica ministrada nas escolas permitia que se abordassem e resolvessem
com eficiência problemas em vários campos da Engenharia: ferrovias, portos, obras
públicas, indústria etc. (TELLES, 1994).
Assim foram todos os grandes vultos daquele tempo, cujas carreiras foram, em muitos
casos, um contínuo passar de um campo para outro: Paulo de Frontin, Pereira Passos,
André Rebouças, Honório e Francisco Bicalho, Aarão Reis etc. A fase das especializações
só ocorreu mais tarde, com a vinda de alguns profissionais estrangeiros, e
principalmente por iniciativa de alguns engenheiros proeminentes, que se
especializaram de forma quase autodidática e depois fizeram escola, como, por
exemplo, Francisco Saturnino de Brito, na engenharia sanitária, e Emílio Baumgart, no
concreto armado (TELLES, 1994).
 Paulo de Frontin
 Pereira Passos
 André Rebouças
 Aarão Reis
Inovação Tecnológica na Engenharia
Ao buscarmos uma definição de Engenharia, podemos descobrir que:

Engenharia é a arte de aplicar conhecimentos científicos e
empíricos e certas capacitações específicas à criação de
estruturas, dispositivos e processos que se utilizam para
converter recursos naturais em formas adequadas ao
atendimento das necessidades humanas.
(FERREIRA, 1986)
Uma das dimensões na qual a palavra inovação aparece com maior frequência é a
relacionada à produção de novos produtos ou processos intensivos em conhecimento.
Essa dimensão guarda relação com os desenvolvimentos científicos e tecnológicos,
razão pela qual se utiliza o termo Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) para
descrever os principais elementos que caracterizam o processo dinâmico que está
impactando profundamente a economia, a sociedade e o meio ambiente.
Sustentabilidade
Cavalcanti (2012) argumenta que, embora a sustentabilidade tenha se tornado uma
espécie de mantra no mundo contemporâneo, não há grandes compromissos
relacionados com a redução do impacto ambiental e os limites sobre o uso dos recursos
que devem ser estabelecidos para conciliar crescimento econômico e desenvolvimento
sustentável. Nesse sentido, mudanças no sistema econômico são um imperativo. Em
uma perspectiva mais abrangente, Veiga (2010) propõe que indicadores de
sustentabilidade sejam estabelecidos para que se avalie concomitantemente resiliência
ecossistêmica, qualidade de vida e desempenho econômico.
O Brasil é um país com vocação para a sustentabilidade, em razão de suas reservas
naturais e biodiversidade, e apresenta grande potencial de contribuição para as
mudanças climáticas. Diferentemente de países com economia madura, o Brasil possui
uma infraestrutura industrial e tecnológica ainda em desenvolvimento, possibilitando a
adoção de novas tecnologias para atender às exigências da sustentabilidade, sem
demandar muitas reconversões de infraestrutura (KRUGLIANSKAS; PINSKY, 2014).
 Uma das reservas naturais do Brasil: Parque Nacional
de Iguaçu
O processo de inovação tecnológica consiste em uma série de fases necessárias para
que se implementem melhorias ou se desenvolva um novo processo produtivo, produto
ou serviço.
Existem duas correntes sobre a origem das inovações tecnológicas:
“Uma defende que o impulso tecnológico (Technological Push)
vem dos setores de pesquisa e desenvolvimento científico, sem
fins comerciais; a outra (Market Pull), mais aceita atualmente,
afirma que são as necessidades do mercado que instigam as
empresas a desenvolverem novas tecnologias que satisfaçam as
demandas dos consumidores e empresas.” (VEYRAT, 2017).
A inovação é um dos principais fatores que influenciam o crescimento econômico dos
países, sendo essencial para a geração de vantagem competitiva em ambientes
altamente turbulentos. A habilidade em inovar é diretamente relacionada com a
capacidade competitiva dos indivíduos, empresas, regiões ou países (NEELY; HILL,
1998; IBGE, 2013).
A difusão de novas tecnologias é primordial para o crescimento sustentado dos
resultados e o aumento da produtividade, sendo definida como a maneira com que uma
inovação é disseminada desde a sua primeira aplicação para outro país, região,
indústria, mercado ou empresa. Os processos de inovação e seus impactos econômicos
ainda são considerados deficientes (OECD, 2005), considerando, por exemplo, as
dificuldades de difusão e o baixo índice de adoção de tecnologias fundamentais a
setores críticos e com considerável potencial de contribuição para o desenvolvimento de
soluções sustentáveis, como os setores químico, sucroenergético, transporte e de bens
de consumo.
As Inovações Tecnológicas de Produtos e Processos (TPP) são definidas no
Manual de Oslo pela Organization for Economic Cooperation and Development
(OECD, 2005, p.31) e compreendem:
“A implementação de produtos e de processos tecnologicamente
novos e a realização de melhoramentos tecnológicos significativos
em produtos e processos. Uma inovação TPP foi implementada se
ela foi introduzida no mercado (inovação de produto) ou usada
em um processo de produção (inovação de processo).”
A inovaçãotecnológica orientada para a sustentabilidade apresenta-se como uma
alternativa para contribuir com a construção de uma nova forma de capitalismo que
considera a unidade entre sociedade e natureza, economia e ética (ABRAMOVAY, 2012),
sendo os seus benefícios diversos para o setor corporativo, incluindo diferenciação,
desenvolvimento de novos produtos, processos e serviços, acesso a novos mercados,
eficiência na cadeia de valor, compliance, redução de custo e risco (Porter; Van Der
Linde, 1995; Hart; Milstein, 2004; Schot; Geels, 2008; Nidumolu; Prahalad;
Rangaswami, 2009; Frondel et al., 2010).
O conceito de inovação orientada para a sustentabilidade é abrangente e recebe
diversas denominações na literatura, como inovação sustentável, verde, eco ou
ambiental. Essa pesquisa considera o conceito de ecoinovação, elaborado com base na
definição de inovação da OECD:

“Ecoinovação é a produção, assimilação ou exploração de um
produto, processo produtivo, serviço ou gestão ou método de
negócios que é novo para a organização (desenvolvimento ou
adoção) e que resulta, ao longo de seu ciclo de vida, na
redução de risco ambiental, poluição e outros impactos
negativos do uso de recursos (incluindo o uso de energia) em
comparação com alternativas relevantes.
(Kemp; Pearson, 2007, p.7.)
Atividades
1. Para se constituir em uma inovação tecnológica, o bem, produto, processo ou
empresa desenvolvido necessita:
 a) Ser inédito no mercado.
 b) Ser gerado por uma equipe de especialistas em tecnologia.
 c) Passar por um processo incremental.
 d) Desenvolver tecnologia que atenda às necessidades ou aos anseios humanos,
incorporando às atividades humanas.
 e) Possuir alto custo de implantação e manutenção.
2. Na sociedade contemporânea, a inovação constitui-se:
 a) Apenas em uma ferramenta gerencial básica.
 b) Somente em uma ferramenta para desenvolvimento de novos produtos.
 c) Em um instrumento de transformação de culturas organizacionais inteiras.
 d) Em uma ferramenta suficiente para a manutenção de boas margens de lucro.
 e) No fato de que a difusão do conhecimento não é uma condição básica para a
geração da inovação tecnológica.
3. Leia o trecho a seguir, extraído do livro Introdução à Engenharia, da Professora
Márcia Agostinho.
"A Engenharia pode ser definida como a arte de fazer engenhos ou, ainda, a arte
de resolver problemas. Como tal, a engenharia faz parte da identidade humana. É
esta habilidade de transformar a natureza a nosso favor, através do uso de
ferramentas e técnicas, que nos caracteriza como espécie única."
Essa afirmação pode ser interpretada do seguinte modo:
 a) A engenhosidade nos diferencia dos demais primatas porque apenas os seres
humanos são capazes de desenhar.
 b) A engenhosidade nos diferencia dos demais primatas porque a identidade
humana corresponde à capacidade de se comunicar.
 c) Qualquer animal é capaz de transformar a natureza a seu favor com o uso de
técnicas complexas.
 d) Qualquer animal é capaz de planejar e construir engenhos.
 e) A espécie humana se diferencia e se caracteriza como única porque é capaz
de utilizar-se dos elementos da natureza para construir seus engenhos, de modo
racional, identificando suas necessidades e sua sustentabilidade.
Referências
AGOSTINHO, M.; AMORELLI, D.; BARBOSA, S. Introdução à Engenharia. 1 ed. Rio de
Janeiro: Lexicon, 2015.
FREITAS, C.A. Introdução à Engenharia. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014.
GURGEL, E.M. Engenharia: história em construção. Belo Horizonte: UFMG, 2012.
HOLTZAPPLE, M. Introdução à Engenharia. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
ROCHA, A.A. Histórias do saneamento. São Paulo: Edgard Blucher, 2016.
BAZZO, W.A.; PEREIRA, L.T.V. Introdução à Engenharia. 6 ed., Florianópolis: UFSC, 2002.
271p.
CAVALCANTI, C. Sustentabilidade: Mantra ou Escolha Moral? Uma abordagem ecológico-
econômica. Estudos Avançados, v.26, n.74, p.35-50, 2012.
E-MEC (2013). Sistema de Cadastro de Instituições e de Cursos Superiores,
emec.mec.gov.br.
FERREIRA, A.B.H. Novo dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1986.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Inovação 2001. Rio de
Janeiro, 2013.
KRUGLIANSKAS, I.; PINSKY, V.C. (Org.) Gestão estratégica da sustentabilidade:
experiências brasileiras. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
NEELY, A.; HII, J. Innovation and business performance: a literature review. The Judge
Institute of Management Studies. University of Cambridge, 1998. p.65.
OECD. Organization for Economic Cooperation and Development. Oslo Manual. The
measurement of scientific and technological activities. Proposed Guidelines for Collecting and
Interpreting Technological Innovation Data. European Commission and Eurostat, 2005.
OLIVEIRA, V.F. (2010). Retrospecto sobre a Formação em Engenharia. In: PINTO D. P.
PINSKY, V. et al. Sustainability as driver of corporative innovation: a case study in the
brazilian petrochemical sector. In: POMS 25th ANNUAL CONFERENCE. Proceedings of Production
and Operations Management Society. Chicago, 2014.
TELLES, P.C.S. História da Engenharia no Brasil. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos
Editora S.A, 1984.
¬______. História da Engenharia no Brasil (Séculos XVI a XIX). Rio de Janeiro: LTC
Editora S.A., 1984.
VEIGA, J.E. da. Indicadores de Sustentabilidade. Estudos Avançados, v.24, n.68, p.39-52,
2010.
VEYRAT, P. Processo de inovação tecnológica e suas 8 etapas. Disponível em:
http://www.venki.com.br/blog/processo-de-inovacao
<http://www.venki.com.br/blog/processo-de-inovacao> . Acesso em 22 maio 2018.
Próximos Passos
Contribuição das diversas etnias na formação da sociedade brasileira;
Identificação dos perfis profissionais dos diversos engenheiros que atuam no mercado;
Como o profissional pode estar presente nas mais diversas áreas da engenharia.
Explore mais
Leia os seguintes textos:
“Reflexões sobre a História do Ensino de Engenharia
<http://porvir.org/reflexoes-sobre-historia-ensino-de-engenharia> ”.
“Evolução Geral da Engenharia no Brasil
<http://rmct.ime.eb.br/arquivos/RMCT_4_tri_1997/evol_geral_eng_Brasil.pdf>
”.
Assista aos vídeos:
“Introdução à Engenharia – Aula 1 <https://www.youtube.com/watch?
v=nnlLmuojXSU> ”.
“História da Engenharia <https://www.youtube.com/watch?v=tVbsAMtm0rg> ”.
“Panorama da História da Engenharia <https://www.youtube.com/watch?
v=U16HsHpIGsw&t=452s> ”.

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