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Art 250 a 266 CP

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1 
 
 
FACULDADES KENNEDY 
UNIDADE VENDA NOVA 
DIREITO – MANHÃ 
DISCIPLINA: DIREITO PENAL IV 
 
 
 
 
Aluna: Vanessa Pereira Marques Alves 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
Outubro/2020 
2 
 
Fichamento dos art. 250 a 266 do Código Penal 
TÍTULO VIII 
DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA 
CAPÍTULO I 
DOS CRIMES DE PERIGO COMUM 
 
Incêndio 
Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o 
patrimônio de outrem: 
 Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa. 
 Aumento de pena 
 § 1º - As penas aumentam-se de um terço: 
 I - se o crime é cometido com intuito de obter vantagem pecuniária em proveito 
próprio ou alheio; 
 II - se o incêndio é: 
 a) em casa habitada ou destinada a habitação; 
 b) em edifício público ou destinado a uso público ou a obra de assistência social 
ou de cultura; 
 c) em embarcação, aeronave, comboio ou veículo de transporte coletivo; 
 d) em estação ferroviária ou aeródromo; 
 e) em estaleiro, fábrica ou oficina; 
 f) em depósito de explosivo, combustível ou inflamável; 
3 
 
 g) em poço petrolífico ou galeria de mineração; 
 h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta. 
 Incêndio culposo 
 § 2º - Se culposo o incêndio, é pena de detenção, de seis meses a dois anos 
 Objeto Jurídico: A incolumidade pública; 
 Elemento do tipo: (Verbo). Causar; 
 Bem material: Substância ou objeto incendiado; 
 Sujeito ativo: Qualquer pessoa; 
 Sujeito Passivo: A sociedade (crime vago); 
 Elemento Subjetivo: O dolo; 
 Tentativa: Admite-se. Possui natureza plurissubetiva admitindo-se 
fracionamento do iter criminis e ocorrência teórica da tentativa; 
 Ação Penal: Pública incondicionada. 
 
Explosão 
 Art. 251 - Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, 
mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de 
substância de efeitos análogos: 
 Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa. 
 § 1º - Se a substância utilizada não é dinamite ou explosivo de efeitos análogos: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 Aumento de pena 
 § 2º - As penas aumentam-se de um terço, se ocorre qualquer das hipóteses 
previstas no § 1º, I, do artigo anterior, ou é visada ou atingida qualquer das coisas 
enumeradas no nº II do mesmo parágrafo. 
 Modalidade culposa 
4 
 
 § 3º - No caso de culpa, se a explosão é de dinamite ou substância de efeitos 
análogos, a pena é de detenção, de seis meses a dois anos; nos demais casos, é de 
detenção, de três meses a um ano. 
 Objeto Jurídico: A incolumidade pública; 
 Elemento do tipo: (Verbo). Expor; 
 Objeto Material: O objeto material é o engenho de dinamite ou a substância 
de efeitos análogos; 
 Sujeito Ativo: Qualquer pessoa; 
 Sujeito Passivo: A coletividade; 
 Elemento Subjetivo: Dolo; 
 Tentativa: Admite-se; 
 Consumação: Com a criação de situações de perigo próximo e imediato; 
 Modalidade Culposa: Advém quando alguém não toma os cuidados 
necessários em definida situação e, por consequência, provoca explosão que 
expõe a perigo a incolumidade física ou o patrimônio de número indeterminado 
de pessoas. Exemplo: Estocagem de fogos de artifício ou pólvora sem observar 
as cautelas necessárias. 
 Modalidade Privilegiada: a substância utilizada pelo agente não é dinamite ou 
explosivo de efeitos análogos, ou seja, tem eficácia explosiva menor. 
Obviamente, a constatação do crime na privilegiada dependerá de análise 
pericial; 
 Ação Penal: Pública incondicionada. 
 
Uso de gás tóxico ou asfixiante 
 Art. 252 - Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, 
usando de gás tóxico ou asfixiante: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 Modalidade Culposa 
 Parágrafo único - Se o crime é culposo: 
5 
 
 Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 Objeto Jurídico: A incolumidade pública 
 Elemento do tipo: (Verbo). Expor; 
 Bem material: Gás tóxico ou asfixiante 
 Sujeito ativo: Qualquer pessoa 
 Sujeito Passivo: A coletividade 
 Elemento Subjetivo: O dolo 
 Consumação: Com o surgimento da situação de perigo próximo e imediato 
para a integridade física ou patrimonial de indiscriminado número de pessoas. 
 Forma Culposa: O parágrafo único diminui a pena para detenção de três 
meses a um ano se o uso do gás toxico ou asfixiante é culposo; 
 Tentativa: Admite-se 
 Ação Penal: Pública incondicionada 
 
 
Fabrico, fornecimento, aquisição posse ou transporte de explosivos ou gás 
tóxico, ou asfixiante 
 Art. 253 - Fabricar, fornecer, adquirir, possuir ou transportar, sem licença da 
autoridade, substância ou engenho explosivo, gás tóxico ou asfixiante, ou material 
destinado à sua fabricação: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
 Objeto Jurídico: A incolumidade pública 
 Objeto Material: Substância ou engenho explosivo, ggás tóxico ou asfixiante, 
ou material destinado à sua fabricação. 
 Sujeito ativo: Qualquer pessoa 
 Sujeito Passivo: A coletividade 
 Elemento Subjetivo: É o dolo de perigo, a vontade de gerar um risco não 
tolerado a terceiros; 
 Consumação: Consuma-se o delito com a prática de qualquer uma das ações 
nucleares do tipo; 
6 
 
 Tentativa: Admissível 
 Ação Penal: Com a efetiva situação de perigo comum??????? 
 
Inundação 
 Art. 254 - Causar inundação, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o 
patrimônio de outrem: 
 Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa, no caso de dolo, ou detenção, de 
seis meses a dois anos, no caso de culpa. 
 Objeto Jurídico: A incolumidade pública; 
 Sujeito Ativo: Qualquer pessoa; 
 Sujeito Passivo: A coletividade, bem como eventuais atingidos pela inundação 
provocada pelo agente; 
 Elemento Subjetivo: É o dolo de perigo, a vontade de gerar um risco não 
tolerado a terceiros; 
 Tentativa: Admissível; 
 Consumação: Consuma-se o delito como a prática de qualquer uma das ações 
nucleares do tipo; 
 Ação Penal: Pública incondicionada; 
 Inundação com o fim de causar a morte de alguém: Deverá ser 
responsabilizado pelas duas infrações penais, vale dizer, o delito de homicídio 
qualificado (art. 121, § 2°, III, quarta figura), em consumo formal impróprio como 
o delito de inundação, devendo haver o cúmulo material de penas; 
 Usurpação de Águas: Se o fato praticado pelo agente não criar uma situação 
de perigo comum, bem como se tiver sido praticado com a finalidade de desviar 
ou representar em proveito próprio ou alheio, águas alheias, deverá ser 
responsabilizado pelo delito de usurpação de águas, tipificando o art. 161, I, do 
código penal; 
 Dano: Se o alagamento for “de pouca monta”, incapaz de produzir perigo 
extensivo, poderá constituir tão somente crime de dano (Art. 163, CP) 
7 
 
 Forma Culposa: O art. 254 comina, pena de seis meses a dois anos, nos casos 
em que a inundação resulta de imprudência, negligência e imperícia por parte 
do agente. 
 
Perigo de inundação 
 Art. 255 - Remover, destruir ou inutilizar, em prédio próprio ou alheio, expondo a 
perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, obstáculo natural ou obra 
destinada a impedir inundação: 
 Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
 Objeto Jurídico: A incolumidade pública, mas em razão do perigo e não da 
inundação; 
 Elemento do tipo: Remover (deslocar, tirar), destruir (eliminar, estragar) ou 
inutilizar (anular, tornar inútil), em prédio próprio ou alheio, expondo a perigo a 
vida, a integridade física ou patrimônio de outrem, obstáculo natural (margem 
de um rio) ou obra destinada a impedir a inundação (barragem, comporta etc.) 
 Objeto Material: É o obstáculo natural ou obra destinada a impedira 
inundação, contra o qual é dirigida a conduta praticada pelo agente. 
 Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, inclusive proprietário do prédio em perigo; 
 Sujeito Passivo: A coletividade, bem como aquele que, individualmente, forem 
ameaçados pela ação criminosa; 
 Elemento Subjetivo: É o dolo, ou seja, a vontade livre e consciente de praticar 
uma das ações típicas, ciente o agente de que causa o perigo de inundação. 
Ressalva-se que nessa figura criminosa o agente não quer causar a inundação, 
mas a possibilidade da sua ocorrência. 
 Consumação: Consuma-se o delito como a efetiva remoção, destruição ou 
inutilização de obstáculo natural ou obra destinada a impedir inundação que, 
no caso concreto, traga perigo para a vida, integridade física ou o patrimônio 
de outrem. 
 Ação Penal: Pública incondicionada; 
 Tentativa: Admissível; 
8 
 
 Desabamento ou desmoronamento 
 Art. 256 - Causar desabamento ou desmoronamento, expondo a perigo a vida, 
a integridade física ou o patrimônio de outrem: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Modalidade culposa 
 Parágrafo único - Se o crime é culposo: 
 Pena - detenção, de seis meses a um ano. 
 Objeto Jurídico: A incolumidade pública 
 Elemento do tipo: Causar (provocar) desabamento queda, total ou parcial, de 
construção) ou desmoronamento (derrocada, deslizamento, ainda que parcial, 
do solo), expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem 
número indeterminado de indivíduos); 
 Objeto material: É o “morro, pedreira ou semelhante”; 
 Sujeito ativo: Qualquer pessoa 
 Sujeito Passivo: A coletividade, e secundariamente, o indivíduo lesado pela 
conduta do agente; 
 Elemento Subjetivo: É o dolo; 
 Consumação: Para a consumação do delito de desabamento não basta a 
simples ameaça, o perigo de que ele possa ocorrer, é imprescindível a 
ocorrência efetiva da queda do prédio ou de parede, com ameaça concreta a 
pessoas e coisas. 
 Tentativa: É admissível na forma plurissubsistente dolosa; 
 Ação Penal: Pública Incondicionada. 
 
Subtração, ocultação ou inutilização de material de salvamento 
 Art. 257 - Subtrair, ocultar ou inutilizar, por ocasião de incêndio, inundação, 
naufrágio, ou outro desastre ou calamidade, aparelho, material ou qualquer meio 
9 
 
destinado a serviço de combate ao perigo, de socorro ou salvamento; ou impedir ou 
dificultar serviço de tal natureza: 
 Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa. 
 Objeto Jurídico: A incolumidade pública, especificamente o perigo comum que 
pode decorrer das condutas proibidas; 
 Elemento do tipo: Consiste o crime em subtrair (apropriar-se, retirar), ocultar 
(fazer desaparecer) ou inutilizar (tornar imprestável), por ocasião de incêndio, 
inundação, naufrágio, ou outro desastre ou calamidade, aparelho, material ou 
qualquer meio destinado a serviço de combate ao perigo, de socorro ou 
salvamento. Ou impedir (tornar impraticável) ou dificultar (estorvar, tornar 
trabalhoso) serviço de tal natureza. É pressuposto para a ocorrência do delito 
que esteja em andamento, por ocasião da conduta, incêndio, inundação, 
naufrágio, ou outro desastre ou calamidade. Inexistentes essas circunstâncias, 
outro poderá ser o crime, como, por exemplo, furto ou dano; 
 Objeto Material: Aparelho, material ou qualquer meio destinado a serviço de 
combate ao perigo, de socorro ou salvamento constituem o objeto material do 
delito em estudo; 
 Sujeito Ativo: Qualquer pessoa; 
 Sujeito Passivo: A Sociedade; 
 Elemento Subjetivo: É o dolo, ou seja, a vontade livre e consciente de praticar 
uma das ações típicas; 
 Consumação: O delito de subtração, ocultação ou inutilização de material de 
salvamento se consuma quando o agente, após praticar um dos 
comportamentos previstos pelo tipo de art. 257 do Código Penal, expõe a 
perigo a incolumidade pública, vale dizer, a vida, a integridade física ou o 
patrimônio de um número in determinado de pessoas; 
 Ação Penal: Pública incondicionada; 
 Tentativa: Admite-se a tentativa; 
 
 
10 
 
 Formas qualificadas de crime de perigo comum 
 Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza 
grave, a pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é 
aplicada em dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena 
aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se a pena cominada ao homicídio 
culposo, aumentada de um terço. 
 Objeto Jurídico: A Incolumidade Pública; 
 Preterdolo: A primeira parte do art. 258 do Código Penal determina que se do 
crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave, a pena 
privativa de liberdade é aumentada de metade, se resulta em morte, é aplicada 
em dobro. Agindo o agente com dolo em relação aos crimes de perigo comum, 
e culposamente em relação à morte ou lesão corporal de natureza grave ou 
morte, o agente terá sua pena majorada, estamos diante preterdoloso. 
Conforme lições de Rogério Greco: “Assim, estamos diante do chamado crime 
preterdoloso, em que o agente atua com dolo na sua conduta e culpa no 
resultado agravador”. Caso tenha atuado com dolo nos últimos crimes haverá 
concurso formal impróprio. De acordo com as lições Rogério Greco “Caso 
tenha atuado, também, com dolo no que diz respeito à obtenção dos resultados 
lesão corporal de natureza grave e morte, deverá responder pelo delito de 
perigo comum, em concurso formal impróprio ou imperfeito com essas 
infrações penais, levando a efeito o raciocínio do cúmulo material, conforme 
preconiza a parte final constante do caput do artigo 70 do Código Penal”; 
Majorantes nos crimes culposos de perigo comum: A segunda parte do referido 
artigo determina a aplicação da pena no caso de culpa, isso significa que a 
segunda parte será aplicada somente quando o crime é praticado de forma 
culposa, os seguintes delitos, incêndio, explosão, uso de gás tóxico ou 
asfixiante, inundação e desabamento de desmoronamento, não se aplicando 
as previstas nos artigos 253, 255 e 257, pois não há previsão para a 
modalidade culposa. E também não se aplica ao artigo 259, pois está inserido 
após as causas de aumento de pena; 
 Sujeito Ativo: Qualquer pessoa; 
 Sujeito Passivo: A sociedade; 
11 
 
 Elemento Subjetivo: Dolo e culpa; 
 
 Difusão de doença ou praga 
 Art. 259 - Difundir doença ou praga que possa causar dano a floresta, plantação 
ou animais de utilidade econômica: 
 Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa. 
 Modalidade culposa 
 Parágrafo único - No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a seis meses, 
ou multa. 
 Objeto Jurídico: É a incolumidade pública; 
 Elemento do tipo: Infrator que, embora sabendo que o animal era portador de 
doença infectocontagiosa, o vende. 
 Objeto material: É a doença ou praga. 
 Sujeito ativo: Qualquer pessoa; 
 Sujeito passivo: É a sociedade, em segundo plano alguém diretamente 
prejudicado pelo fato; 
 Elementos objetivos: Constitui elemento objetivo do tipo a difusão de doença 
ou praga. Difusão significa propagação, disseminação. Doença é a perturbação 
da saúde. É o processo patológico que leva ou pode levar à morte de plantas 
ou animais. Praga é o aparecimento repentino de um mal passageiro a plantas 
e animais. Constitui ainda elemento objetivo do tipo a condição de que a 
propagação de doença ou praga possa causar dano a floresta, plantação ou 
animais de utilidade econômica; 
 Elementos subjetivos: O dolo é o elemento subjetivo do tipo. A modalidade 
dolosa está descrita no caput do art. 259 e se caracteriza quando o sujeito age 
com vontade de difundir doença ou praga que possa causar dano a floresta, 
plantação ou animais de utilidade econômica, sejam tais bens próprios ou de 
terceiros; 
12 
 
 Elementos normativos: A culpa é o elemento normativo do tipo. A modalidadeculposa está prevista no parágrafo único do art. 259 e se configura quando o 
agente, não observando o cuidado objetivo necessário, dá causa a difusão de 
doença ou praga. 
 Consumação: Consuma-se o delito com a propagação da doença ou praga 
que exponha a perigo a floresta, plantação ou animais de utilidade econômica. 
É dispensável a verificação de efetivo dano a tais bens, bastando a 
potencialidade lesiva decorrente da conduta. 
 Tentativa: Trata-se de crime plurissubsistente, é possível a tentativa. É 
admissível no caso de o sujeito iniciar os atos executivos tendentes a 
disseminação de doença ou praga e não os ultimar por circunstâncias alheias 
à sua vontade. 
 Classificação doutrinária: Trata-se de crime de perigo abstrato. Presume o 
legislador que a difusão de doença ou praga que possa causar dano aos bens 
descritos na lei penal é perigosa à comunidade, não admitindo prova em 
contrário. É também comum, uma vez que pode ser praticado por qualquer 
pessoa. É, por último, instantâneo, tendo em vista que se consuma em certo 
momento, sem continuidade temporal. 
 Concurso de pessoas: Pode ser um crime monosubjetivo ou de concurso 
eventual, ou seja pode ser praticado por uma só pessoa ou várias em concurso 
de agentes. 
 Ação penal: A ação penal é pública incondicionada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
CAPÍTULO II 
DOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO 
E TRANSPORTE E OUTROS SERVIÇOS PÚBLICOS 
 
Perigo de desastre ferroviário 
 Art. 260 - Impedir ou perturbar serviço de estrada de ferro: 
 I - destruindo, danificando ou desarranjando, total ou parcialmente, linha férrea, 
material rodante ou de tração, obra-de-arte ou instalação; 
 II - colocando obstáculo na linha; 
 III - transmitindo falso aviso acerca do movimento dos veículos ou interrompendo 
ou embaraçando o funcionamento de telégrafo, telefone ou radiotelegrafia; 
 IV - praticando outro ato de que possa resultar desastre: 
 Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa. 
 Desastre ferroviário 
 § 1º - Se do fato resulta desastre: 
 Pena - reclusão, de quatro a doze anos e multa. 
 § 2º - No caso de culpa, ocorrendo desastre: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
 § 3º - Para os efeitos deste artigo, entende-se por estrada de ferro qualquer via 
de comunicação em que circulem veículos de tração mecânica, em trilhos ou por meio 
de cabo aéreo. 
 Objeto Jurídico: A incolumidade pública 
14 
 
 Objeto material: É a linha férrea, material rodante ou de tração, obra de arte 
ou instalação, telegrafo, telefone ou radiotelegrafia; 
 Sujeito ativo: Qualquer pessoa 
 Sujeito Passivo: A sociedade, e principalmente aquelas pessoas que foram 
expostas ao perigo; 
 Elemento Subjetivo: O dolo e culpa; 
 Consumação: O delito de perigo de desastre ferroviário se consuma quando o 
agente, após praticar qualquer dos comportamentos previstos pelos incisos do 
art. 260 do CP, coloca efetivamente, em perigo a incolumidade pública, ou seja, 
o seu comportamento coloca em risco a vida a integridade física ou o patrimônio 
de um número indeterminado de pessoas. 
 Tentativa: É admissível; 
 Ação Penal: Iniciativa Pública Incondicionada; 
 Modalidade qualificada (pretedoloso): É prevista pelo §1º do art.260, que diz 
que se do fato resulta desastre, a pena será de reclusão, de 4 a 12 anos, e 
multa. O agente não pode querer, direta e imediatamente, o desastre, pois que 
estamos diante de um crime. “Exige-se, para a consumação do crime, que se 
instale a probabilidade real de dano considerável e indeterminado número de 
pessoas e bens”. A tentativa, na hipótese qualificada, é inadmissível, pois, além 
de o resultado ser culposo, a conduta inicial á configura o crime básico. 
 Modalidade Culposa: o § 2º traz a hipótese em que o agente é punido a título 
de culpa, ou seja, quando causa o desastre por ter agido com manifesta 
negligência imprudência ou imperícia. 
 Majorantes de pena: De acordo com o disposto no art. 263 do CP, “Se de 
qualquer dos crimes previstos nos art., 260 a 262, no caso de desastre ou 
sinistro, resulta lesão corporal ou morte, aplica-se o disposto no art. 258”: 
a) Se do crime doloso resulta desastre, que, por sua vez, causa lesão corporal 
grave, a pena é aumentada de metade; 
b) Se do crime doloso resulta desastre, que, por sua vez, causa morte, a pena 
é dobrada; 
c) Se do crime culposo resulta desastre, que, por sua vez, causa lesão 
corporal grave, a pena é aumentada de metade; 
d) Se do crime culposo resulta desastre, que, por sua vez, causa morte, a pena 
é a do homicídio culposo, aumentada de um terço. 
15 
 
Atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo 
 Art. 261 - Expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar 
qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea: 
 Pena - reclusão, de dois a cinco anos. 
 Sinistro em transporte marítimo, fluvial ou aéreo 
 § 1º - Se do fato resulta naufrágio, submersão ou encalhe de embarcação ou a 
queda ou destruição de aeronave: 
 Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
 Prática do crime com o fim de lucro 
 § 2º - Aplica-se, também, a pena de multa, se o agente pratica o crime com intuito 
de obter vantagem econômica, para si ou para outrem. 
 Modalidade culposa 
 § 3º - No caso de culpa, se ocorre o sinistro: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
 Objeto Jurídico: A incolumidade pública, no que diz respeito ao transporte 
marítimos, fluvial e aéreo. 
 Elemento do tipo: Consiste o crime em expor a perigo a embarcação (qualquer 
construção flutuante destinada ao transporte de pessoas ou bens, 
independente do meio e tração ou propulsão) ou aeronave (qualquer aparelho 
capaz de se sustentar e se conduzir, com função de transportar pessoas e 
cargas), própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou 
dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea; 
 Objeto Material: A embarcação ou aeronave, contra a qual dirigida a conduta 
do agente; 
 Sujeito Ativo: Qualquer pessoa pode praticar esse delito em questão; 
16 
 
 Sujeito Passivo: A coletividade, e secundariamente, em caso de desastre, os 
eventualmente lesados; 
 Elemento Subjetivo: O dolo do caput; 
 Consumação: Crime de perigo concreto, quando se verificar a situação de 
perigo; 
 Ação Penal: Pública incondicionada, cujo julgamento compete à Justiça 
Federal (Art. 109, IX, CF/88); 
 Tentativa: É possível; 
 
Atentado contra a segurança de outro meio de transporte 
 Art. 262 - Expor a perigo outro meio de transporte público, impedir-lhe ou 
dificultar-lhe o funcionamento: 
 Pena - detenção, de um a dois anos. 
 § 1º - Se do fato resulta desastre, a pena é de reclusão, de dois a cinco anos. 
 § 2º - No caso de culpa, se ocorre desastre: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 Objeto Jurídico: A Incolumidade Pública, no sentido de manter a segurança 
dos meios de transporte rodoviário e lacustre. 
 Elemento do tipo: Expõe a perigo, impede o funcionamento, dificulta o 
funcionamento, servindo ao público, em nome do estado ou mediante 
concessão de Administração Pública; 
 Sujeito Ativo: Qualquer pessoa; 
 Sujeito Passivo: A coletividade e eventualmente as pessoas lesadas; 
 Elemento Subjetivo: Dolo; 
 Consumação: Coma a verificação do risco, sendo delito plurissubsistente; 
 Tentativa: É admissível; 
 Ação Penal: Pública Incondicionada; 
 
17 
 
Forma qualificada 
 Art. 263 - Se de qualquer dos crimes previstos nos arts. 260 a 262, no caso de 
desastre ou sinistro, resulta lesão corporal ou morte, aplica-se o disposto no art. 258. 
 
Arremesso de projétil 
 Art. 264 - Arremessar projétil contra veículo, em movimento,destinado ao 
transporte público por terra, por água ou pelo ar: 
 Pena - detenção, de um a seis meses. 
 Parágrafo único - Se do fato resulta lesão corporal, a pena é de detenção, de 
seis meses a dois anos; se resulta morte, a pena é a do art. 121, § 3º, aumentada de 
um terço. 
 Objeto Jurídico: A Incolumidade Pública, segurança de qualquer veículo em 
movimento, destinado a transporte público em geral, ameaçados pelo 
arremesso de projétil; 
 Elemento do tipo: Arremessar, atirar, jogar um projétil; 
 Sujeito Ativo: Qualquer pessoa; 
 Sujeito Passivo: A coletividade e a pessoa atingida ou colocada em situação 
de perigo; 
 Elemento Subjetivo: Dolo (se o agente pretende atingir determinada pessoa, 
há concurso formal – art. 70 – com o crime que causar); 
 Consumação: Com o arremesso, crime de perigo abstrato; 
 Tentativa: É admissível; 
 Ação Penal: Pública Incondicionada. JECRIM, exceto nas formas qualificadas 
com resultado morte; 
 
 
 
18 
 
Atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública 
 Art. 265 - Atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de água, 
luz, força ou calor, ou qualquer outro de utilidade pública: 
 Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. 
 Parágrafo único - Aumentar-se-á a pena de 1/3 (um terço) até a metade, se o 
dano ocorrer em virtude de subtração de material essencial ao funcionamento dos 
serviços. (Incluído pela Lei nº 5.346, de 3.11.1967) 
 Objeto Jurídico: Incolumidade Pública, no sentido da manutenção dos 
serviços de utilidade pública; 
 Elemento do tipo: O núcleo do tipo é atentar contra a segurança ou 
funcionamento dos serviços de utilidade pública. Pode o atentado consistir na 
destruição ou inutilização dos meios de produção ou captação; 
 Objeto Material: É o serviço de utilidade pública contra o qual é dirigida a 
conduta praticada pelo agente; 
 Sujeito Ativo: Qualquer pessoa; 
 Sujeito Passivo: A sociedade; 
 Elemento Subjetivo: Dolo, não havendo previsão para a modalidade de 
natureza culposa; 
 Consumação: Consuma—se o ilícito com o ato capaz de lesar a segurança ou 
o funcionamento dos serviços, ainda que um desses resultados não ocorra, 
visto que trata-se de crime de perigo presumido; 
 Tentativa: É possível 
 Ação Penal: É de iniciativa pública incondicionada 
 Causa especial de aumento de pena: Prevê a lei a majoração de pena se 
houver subtração “Aumentar-se-á a pena de um terço até a metade se o dano 
ocorrer em virtude de subtração de material essencial ao funcionamento dos 
serviços” (acrescentada pela lei nº 5346/67). 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L5346.htm#art265p
19 
 
Interrupção ou perturbação de serviço telegráfico, telefônico, informático, 
telemático ou de informação de utilidade pública (Redação dada pela Lei nº 
12.737, de 2012) Vigência 
 Art. 266 - Interromper ou perturbar serviço telegráfico, radiotelegráfico ou 
telefônico, impedir ou dificultar-lhe o restabelecimento: 
 Pena - detenção, de um a três anos, e multa. 
§ 1o Incorre na mesma pena quem interrompe serviço telemático ou de 
informação de utilidade pública, ou impede ou dificulta-lhe o 
restabelecimento. (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência 
§ 2o Aplicam-se as penas em dobro se o crime é cometido por ocasião de 
calamidade pública. (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência 
 Objeto Jurídico: A Incolumidade Pública; 
 Objeto Material: O serviço telegráfico, radiotelegráfico, telefônico, telemático 
ou de informação de utilidade pública contra o qual é dirigida a conduta 
praticada pelo agente; 
 Elemento do tipo: Interromper, paralisar, perturbar, impedir, dificultar. – 
Serviço telegráfico (sinais), radiotelegráfico (ondas eletromagnéticas), 
telefônico (som) ou telemático (som e imagem). Crime de perigo abstrato, 
plurissubsistente, dirigido a um número indeterminado de pessoas. (Não admite 
interpretação extensiva); 
 Sujeito Ativo: Qualquer pessoa; 
 Sujeito Passivo: A coletividade; 
 Elemento Subjetivo: Dolo; 
 Consumação: Com prática das condutas típicas do delito; 
 Tentativa: É possível; 
 Ação Penal: Pública Incondicionada; 
 Forma Majorada: Ocasião de calamidade pública; 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12737.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12737.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12737.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12737.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12737.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12737.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12737.htm#art4
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BRASIL. Decreto-Lei 2.848, de 07 de dezembro de 1940. Código Penal. Diário Oficial 
da União, Rio de Janeiro, 31 dez. 1940. 
 
Código Penal. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Vade mecum. São 
Paulo: Saraiva, 2018. 
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 4 ed. Rio de Janeiro: Impetus, 
2004.

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