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Semana 02 - Mandado de Injunção

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DO 
MUNICÍPIO Y,inscrita no CNPJ sob o n°XXXXXXXXXX,endereço eletrônico, com 
sede no logradouro, nº, bairro, Cidade, Estado, CEP, pelos fatos e fundamentos a 
seguirvem por seu advogado infra-assinado, com endereço profissional no logradouro, 
nº, complemento, bairro, cidade, estado, cep, que indica para os fins do art.77, inciso V, 
do CPC, impetrar: 
 
MANDADO DE INJUNÇÃOCOLETIVO 
 
Em face do MUNICÍPIO Y, pessoa jurídica de direito público, 
representado por seus procuradores localizados no logradouro, nº, bairro, Cidade, 
Estado, CEP, contra omissão normativa do Prefeito do Município Y pelos fatos e 
fundamentos a seguir: 
 
DOS FATOS 
O impetrante foi procurado por Sra Teresa, servidora pública municipal 
do Município Y, para que este requeresse junto a autoridade coatora, o prefeito, o 
direito a aposentadoria especial.Tendo em vista que exerce, há 16 anos,atividade 
profissional em estação de tratamento de esgoto, submetendo-se à exposiçãoconstante a 
agentes nocivos à saúde. 
Sra Teresa informou ao impetrante que, assim como todos aqueles que 
trabalhamnesta função, recebe o adicional por insalubridade. 
 
 
 
DA LIMINAR 
O fummu boni iuris no caso supracitado, consubstancia-se no direito à 
aposentadoria especial, uma vez que,vislumbra-se a necessidade e urgênciadevido ao 
grau da enfermidade combinado ao prazo em razão da idade ser imprevisível, com 
fulcro no art. 57 da lei nº 8123/91, sendo assim, o prazo em razão da idade será variável 
tendo como fator determinante o grau de enfermidade, para se ingressar neste regime de 
aposentaria especial, uma vez configurado o periculum in mora em razão da autoridade 
coatora, o prefeito,protelar na propositura de lei complementar para garantir o direito 
previsto na Constituição Estadual em seu art. 126, §4º, III, aos servidores associados ao 
impetrante, dentro do prazo estimado, sem que eles sejam prejudicados evitando-se que 
dêem entrada em sua aposentadoria pelo regime comum. 
Resta demonstrado que a omissão normativa por parte do impetrado 
poderá prejudicar os servidores associados ao impetrante a um direito garantido pela 
Constituição Estadual, conforme dispositivo legal supracitado. 
Expostos e lídimos os requisitos, com arrimo nos dispositivos legais 
supracitados, combinados . 
 
DOS FUNDAMENTOS 
Conforme o art. 51 da lei orgânica do impetrado, 
“Compete ao prefeito do Município Y apresentar proposta de lei 
complementar para regular o exercício do direito à aposentadoria especial dos 
servidores públicos municipais, efetivando-se, assim, o direito previsto na Constituição 
Estadual a tal benefício”. 
Destarte, trata-se de norma de eficácia limitada que gera um dever de agir 
do impetrado, que deve regular a norma para garantir o exercício do direito previsto na 
Constituição Estadual, a omissão normativa do impetrado incide em mora executiva. 
Corrobora-se que a ausência de lei complementar regulamentadora do 
direito supracitado com fulcro no art. art. 126, §4º, III da Constituição Estadual, 
inviabiliza o ingresso do pedido de aposentadoria especial aos servidores públicos 
municipais, que laboram em condições insalubres, associados ao impetrante, razão pela 
qual este mandado de injunção coletivo é o instrumento adequado a pretensão e 
satisfação dos associados ao impetrante, de acordo com o art. 12, III da lei nº 
13.300/2016 que garante à organização sindical legalmente constituída e em 
funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício de direitos, 
liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus filiados, na forma 
de seus estatutos e na pertinência de suas finalidades, dispensada a autorização especial. 
Observado, que o prefeito tem autonomia para legislar em matéria de 
aposentadoria especial de seus servidores no exercício da competência suplementar, 
disposto no art. 24, §3º c/c art. 30, inciso II, da CRFB/88. 
Insta salientar, que a competência legislativa da autoridade coatora em 
questão, o prefeito, para editar normas sobre previdência social em relação ao regime 
jurídico de seus servidores é concorrente, sendo assim, inexiste norma de caráter geral 
expedida pela União, isto é, a competência da autoridade supracitada para a propositura 
da lei é plena. 
 
 
DO PEDIDO 
Diante de todo exposto: 
 
Requer que se notifique a autoridade coatora, para no prazo de dez (10) 
dias prestar informações. 
Requer que se dê ciência ao órgão de representação judicial da pessoa 
jurídica, isto é, a Procuradoria do Município. 
Requer a intimação do Ministério Público. 
Requer que seja determinado por esse juízo prazo razoável para que o 
prefeito apresente proposta de lei complementar à Câmara de Vereadores do Município 
Y, para regulamentar a aposentadoria de agentes do município que trabalham com 
esgotamento sanitário. 
Requer a condenação do Município Yem custas judiciais. 
 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) 
 
Nestes Termos 
Pede deferimento, 
 
 
 
Data e Local 
Advogado 
OAB/UF

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