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HISTÓRIA – 1º ANO Professor Ton Andrade África no contexto do sistema colonial O modelo escravista Com a Expansão Marítima e Comercial dos séculos XV e XVI, a região da África Atlântica, que se estende desde o Senegal até Angola, estava intimamente atrelada à Europa e, por conseguinte, à formação do continente americano. Milhões de africanos retirados à força de suas terras foram transformados em escravos no novo continente. Além disso, essa região se carac-terizou pela existência de povos que conheciam técnicas muito avançadas de agricultura, marcenaria e metalurgia. Alguns também tinham conhecimentos mais aprofundados de Medicina e Astronomia. Os portugueses tinham forte interesse em obter ouro e mão-de-obra escravizada e negociavam produtos como pimenta, cravo e marfim. O modelo escravista Muitos líderes tribais incentivavam guerras para obter escravos para serem negociados. Com a demanda por escravos, e o aumento dessas guerras promovidas por líderes tribais, houve substancial aumento do tráfico negreiro. O tráfico negreiro Tráfico era peça fundamental para o monopólio da metrópole Por ser uma terra estranha, os escravos trazidos para as colônias tinham dificuldade em fugir. No Brasil, os senhores de engenho eram os únicos que dispunham de recursos para a compra de escravos para uso na lavoura canavieira. Por isso a maior parte dos africanos escravizados se concentraram no Nordeste brasileiro. Os escravos eram trazidos nos chamados navios tumbeiros ou negreiros. A resistência dos africanos se dava de várias maneiras: se recusando a fazer as tarefas, suicídios, assassinatos de feitores e raramente de senhores de engenho, aborto, fugas e organização de quilombos como o mais famoso, Palmares, na região do Recife, Pernambuco. Segundo o padre jesuíta Antonil: “os escravos são os pés e mãos dos senhores de engenho” Reinos africanos Reino de Benin: atual Lagos, na Nigéria. Estruturada como monarquia, o primeiro obá (rei) Oraniã era descendente de Odudua, deus da criação. Seus idiomas eram o ioruba e o jeje. A região ficou conhecida como costa dos escravos, pois era a segunda maior região de saída de escravizados para a América. Com um forte poder mercantil, Benin só foi de fato dominado em sua decadência no séc. XIX. Reino do Congo: fundado no séc. XIV, ocupava um vasto território da África Centro-Ocidental, com várias províncias e formado pela etnia banto. Foi desse reino que saiu o maior contingente de escravos para a América pela aliança formada com os portugueses; Capitania de Angola: localizava-se no sul do Congo. Em 1575, foi fundada por comerciantes portugueses a cidade de São Paulo de Luanda, que mantinha o comércio de escravos com os novos soberanos de Angola, evitando, assim, os pesados impostos do Congo História II - Capítulo 12 – Sistema colonial espanhol Sistema colonial espanhol A conquista da América foi um importante componente da Expansão Marítima europeia, resultando no contato entre o europeu e as sociedades ameríndias. Contudo, esse encontro não ocorreu de forma homogênea em todo o continente: a grande diversidade étnica e cultural das sociedades indígenas e os vários modelos de colonização dos europeus resultaram na constituição de realidades muito distintas no interior do continente. A chegada dos espanhóis à América expandiu a perspectiva eurocêntrica dos conquistadores. Por meio de relatos como o de Hernán Cortés, conquistador espanhol que chegou à região da Guatemala em 1524, identifica-se a violência que foi utilizada pelos espanhóis logo nos primeiros contatos:Antes que os nativos pudessem se juntar, queimei 6 povoados e prendi e levei para o acampamento 400 pessoas, entre homens e mulheres, sem que me fizessem qualquer dano.(...) Alimentos originários do continente americano, como a mandioca, a batata, o tomate e o abacaxi, foram absorvidos pelos invasores. Por outro lado, a organização social e cultural dos indígenas foi combatida pelos conquistadores, como o politeísmo e a nudez, que eram completamente opostos à perspectiva católica cristã. Entre os principais conquistadores estão Hernán Cortés, na região do México, e Francisco Pizarro, no Peru Sistema colonial espanhol Francisco Pizarro e Hernán Cortés As estruturas políticas e administrativas e o sistema de trabalho Estruturas administrativas: Vice-reinos Capitanias Audiências Cabildos Sistemas de trabalho: Mita: sistema de trabalho compulsório Encomienda: concessão para explorar o trabalho compulsório, como a mita Estrutura social colonial Nas colônias espanholas, a sociedade colonial era dividida em camadas: Chapetones: eram espanhóis vindos da Espanha para administrar as colônias. Tinham poder político e econômicos Crioulos: eram descendentes de espanhóis nascidos na América. Tinham poder econômico, mas sem poder político. Mestiços: eram filhos de nativos com espanhóis sem poder econômico ou político. Nativos: descendentes dos nativos que estavam presentes na América antes da chegadas os espanhóis Escravos: eram me menor quantidade se comparado aos escravos no Brasil, desprovidos de liberdade e direitos.
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