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a região do nervo facial a direita laça fibras para os dois lados. HELEN MARCONDES –T5 6 FPM III – PROFº. ELISSON Como em ‘’A’’ anatomicamente ainda não houve o cruzamento de fibras, percebe-se uma sintomatologia do lado direito, sendo o sulco nasolabial a esquerda proeminente e apagado do lado direito. Como a lesão é central, sabe-se que em algum lugar do nervo facial acima da ponte a esquerda houve lesão. E o motivo de se manter preservado o andar superior da face é o fato de que o outro nervo facial está lançando fibras que suprem essa região. Por essa razão, em ‘’A’’ é possível se franzir a testa e fechar os olhos, mas não consegue deixar a boca simétrica, devido a assimetria facial. Já em ‘’B’’ pelo fato da paralisia ser periférica, toda a hemi face é acometida. VIII par: vestibulococlear: neste nervo temos duas faces, a coclear onde se testa a audição, e a face vestibular onde se testa o equilibrio. Ao pensar na função auditiva precisamos fazer um teste de triagem, onde se faz o teste de a audição, que na própria conversa com o mesmo permite verificar. Muitas vezes o paciente não ouvirá bem, e nos casos mais sensíveis, fazendo um protocolo para audição – pode-se esfregar o indicador com o polegar perto do ouvido do paciente e perguntar se o mesmo está ouvindo bem, se existe assimetria na audição. Pode-se também utilizar o esfregaço do cabelo, tanto de um lado quanto do outro. Para o teste de Rinne e de Weber usa-se o diapasão. Para o teste de Rinne utiliza-se o instrumento que emite som e vibração, sendo um instrumento de 128 hertz. Coloca-se esse instrumento atrás da orelha do paciente, no processo mastoide, e diz se ao paciente que quando ele sentir que parou o som do instrumento, deve o avisar. Ao bater o instrumento e colocá-lo atrás da orelha do paciente, o esperado é que o mesmo continue ouvindo o som, isso em ambos os lados. (Em caso de dúvida sobre o procedimento, encontra-se a partir dos 40 minutos de vídeo-aula) Portanto, o normal é que o mesmo tempo que ele ouviu o som com a ponta do diapasão apoiada no processo mastoide, que ele ouça com o mesmo tempo/que o tempo seja o mesmo com o aparelho ao lado da orelha. Pois a condução aérea é maior (2x) que a condução óssea. Para o teste de Weber coloca-se o diapasão vibrando na cabeça, não devendo haver lateralização do sim, o paciente deve ouvir o som por igual em ambas as orelhas. Uma variante do exame é colocar o diapasão na fronte/testa, não devendo haver variação tanto para a orelha direita quanto para esquerda, o som deve ser o mesmo. Quanto a função vestibular do VIII par craniano lança-se mão dos reflexos vestibuloculares, como por exemplo, o reflexo oculocefálico – paciente estará deitado, e ao manipular a cabeça do paciente e jogá-la para a direita, o olho faz o movimento ao contrário, indo para a esquerda. E quando para a esquerda, os olhos vão para a direita. Em ambiente próprio, pode-se lançar mão de provas calóricas, onde se irá instilar no ouvido do paciente água fria – em temperatura ambiente de 25° e agua morna com 44°. Deve-se infundir por volta de 200- 250ml de água com seringas grandes de 50ml – devendo então se fazer 4-5 vezes. Com a água fria, em pessoas acordadas, a fase rápida do nistagmo vai contraria a infusão da água. Com a água fria o movimento rápido foge desta. E quanto a água morna, o movimento rápido vai em direção/encontro da infusão a água. Quando o paciente está em coma, isso se faz de forma contrária. O teste de Romberg pode ser usado para avaliar o fascículo posterior da medula – grácil e cuneiforme. Mas também pode ser utilizado para avaliar a função vestibular. Quando há uma lesão vestibular periférica, a tendência é que o Romberg seja sensibilizado sempre para o lado da lesão. Coloca-se o paciente em pé, com os pés juntos e olhos fechados. Se existe, por exemplo, uma vertigem posicional paroxística benigna por lesão periférica a esquerda, a tendência é que o paciente penda a esquerda/caia para a esquerda sempre. O teste de Romberg também pode ser utilizado para avaliar a propriocepção. IX par: glossofaríngeo e X par: vago: pares cranianos bulbares. Nos testes destes nervos avalia-se a motricidade faríngea (o que o professor quer que foque), onde o paciente deve colocar a língua para fora e dizer ‘’aaaaa’’, e deve ser verificado se a úvula está simétrica, se existe queda no palato. Por meio de abaixador de língua pode-se ir até o fundo da orofaringe e estimular o reflexo nauseoso, sendo este um outro teste em que se verifica o levantamento da úvula, bem como a simetria do palato. Em casos bem específicos é necessário avaliar a sensibilidade/gustação do terço posterior da língua, responsabilidade do nervo glossofaríngeo. Trata-se de um teste difícil, que habitualmente não é feito. HELEN MARCONDES –T5 7 FPM III – PROFº. ELISSON Quando houver lesões desses pares cranianos, haverá disartria importante/grave, disfagia grave e até uma Disfonia/rouquidão. Uma importante causa de disartrofonia é a lesão tanto no núcleo do glossofaríngeo, quanto do vago. Existem algumas doenças neuromusculares que começam com uma disartrofonia importante, como a paralisia bulbar progressiva, responsável por acometer os pares cranianos bulbares e a musculatura inervada por esses pares cranianos. O que gera alterações da motricidade faríngea e também da língua – XII par. A paralisia bulbar progressiva é extremamente grave e também acomete o sistema respiratório com fraqueza e fadiga na musculatura respiratória. Trata-se de uma variante da esclerose lateral amiotrófica e o prognóstico é de uma sobrevida de 6 meses a 3 anos depois do início dos sintomas. XI par: acessório: origem aparente no bulbo. Pode ser testado de duas formas, como a rotação da cabeça – força se opondo a rotação da cabeça/opondo-se a força do esternocleiodomastoide e a elevação dos ombros – onde se faz uma oposição a essa força, pois o trapézio é inervado pelo XI par. XII par: hipoglosso: testa-se esse nervo craniano fazendo a inspeção da língua, verifica-se se existe alguma atrofia, fasciculações, desvios da língua. Bem como se testa a força da língua, que é testada mediante a oposição de força. O paciente deve colocar a língua na mucosa interna da boca e você deve empurrá-la com o seu dedo, e assim terá uma ideia se existe uma fraqueza ou não. Em pacientes com fraqueza importante, já haverá alteração da linguagem e conseguirá fazer pouca força na mucosa oral. Isso é importante, pois algumas doenças neuromusculares abrem o quadro com fraqueza de língua. Uma doença clássica onde a língua é bastante acometida, e embora seja uma doença rara, frequentemente é o primeiro sintoma, sendo uma doença neuromuscular que acomete outras regiões com uma fraqueza mais global, possui um caráter genético, sendo chamada de doença de Pompe. Possui tratamento, e devido ao seu caráter genético faz-se uma fraqueza global e muitas vezes inicia-se com uma fraqueza na língua.