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Semiologia (1)

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Semiologia ou Propedêutica:
“Área da saúde relacionada ao estudo dos sinais e sintomas das doenças humanas e animais. A semiologia é muito importante para o diagnóstico da maioria das enfermidades”.
EXAME CLÍNICO
Conceitos importantes 
1 - Sinais
Sinal vem do latim “signalis”, que significa manifestação, indício ou vestígio. Os sinais são manifestações clínicas visíveis e perceptíveis pelo profissional, através de seus sentidos naturais. 
Ex.: Febre, anemia, etc. 
2 – Sintomas
Sintoma origina-se do grego “sympitien”, que significa acontecer. São manifestações subjetivas percebidas pelo paciente e relatadas ao profissional. 
Ex.: dor, náusea, cansaço, prurido, dormência, etc. 
3 - Sintomatologia ou quadro clínico 
Representa um conjunto de sinais e sintomas presentes em uma determinada doença. 
Sistemática do Exame Clínico 
O objetivo do exame clínico é a colheita de dados que constituirão a base do diagnóstico. Para um bom exame clínico exige-se: apuro dos sentidos, capacidade de observação, bom senso, critério e discernimento, além do conhecimento básico sobre a doença. 
O exame clínico divide-se em : 
I - Anamnese ou exame subjetivo
II - Exame físico ou exame objetivo. 
I - Anamnese ou exame subjetivo (Exame Clínico): 
O termo anamnese vem do grego “anamnésis”, que significa recordação, reminiscência e indica tudo o que se refere à manifestação dos sintomas da doença, desde suas manifestações prodrômicas (do início da doença) até o momento do exame. 
* É importante ao profissional durante a anamnese:
 a) o diálogo franco entre examinador e o doente; 
b) a disposição para ouvir, deixando o paciente falar a vontade, interrompendo-o mínimo possível; 
c) demonstrar interesse não só pelos problemas do paciente, mas por ele, como pessoa; 
d) possuir conhecimento científico, controle emocional, dignidade, bondade, afabilidade e boas maneiras, a fim de obter um relato completo e poder chegar a um diagnóstico. 
* Técnicas de anamnese 
Basicamente são duas as técnicas utilizadas na anamnese: 
a) Técnica do interrogatório cruzado:
O examinador conduz as perguntas: sente dor? Onde? Há quanto tempo? etc. Esta técnica procura identificar os sintomas. 
b) Técnica de escuta:
O paciente tem a capacidade de relatar com as próprias palavras suas preocupações pessoais. Estas duas técnicas não são de todo independentes; frequentemente se juntam e se justapõem. 
As diversas fases do interrogatório que constitui a anamnese são as seguintes: 
1 – Identificação:
A identificação do paciente pode ser realizada tanto pelo profissional, como por pessoal auxiliar. É recomendado, sempre que possível, que os elementos de identificação sejam tomados por um auxiliar antes que o paciente entre em contato com o profissional. Tal prática permite que se tenha uma primeira noção de quem atenderá, facilitando entabular aquela conversa inicial tão importante para o relacionamento profissional/paciente. 
Na identificação, os seguintes elementos devem ser considerados: 
a) Nome: o nome completo do paciente, além de permitir o arquivamento do prontuário, estabelece uma relação afetiva e de confiança do paciente para com o examinador. 
b) Endereço: o endereço completo, inclusive com o telefone, é uma necessidade para garantir comunicação imediata com o paciente, em casos de complementação de informações, mudança de horário de consulta, cancelamento ou qualquer outro tipo de contato urgente.
c) Idade: é importante o conhecimento da idade, pois existem certas doenças que incidem com maior frequência em determinadas faixas etárias. Por exemplo, a ocorrência de cárie dentária é mais frequente na infância e puberdade, ao passo que a doença periodontal é característica da idade adulta. 
d) Estado Civil: deve ser referido com veracidade o solteiro, o casado, o viúvo, o desquitado e o divorciado, principalmente no que diz respeito a problemática psicológica que poderá intervir conforme o estado civil. "Indivíduos de ambos os sexos, conforme o estado civil", poderão apresentar conflitos emocionais decorrentes de vida instintiva sexual ou erótica, e também, as decorrentes da vida intelectual em seus múltiplos aspectos: ideal, vocação, econômico-financeiro, relação com o meio familiar, social e profissional “Vieira Romeiro, J. - Semiologia médica ". 
e) Sexo: existe predileção de certas doenças por um dos sexos. O sexo feminino é mais predisposto à ulceração aftosa recorrente e ao hiperparatireoidismo; a paracocidioidomicose, ao contrário, predomina intensamente no sexo masculino. 
f) Cor: há determinadas afecções mais comuns de acordo com a raça. Carcinomas de pele são mais frequentes em indivíduos de cor clara. As displasias fibrosas são mais comuns em negros. 
g) Profissão: Certas profissões podem predispor o indivíduo a determinadas doenças. Assim, os confeiteiros, em virtude da impregnação do ambiente por poeiras amiláceas, estão sujeitos a surtos de cáries atípicas que se instalam em regiões do dente relativamente imunes ao processo (cárie de confeiteiro). A queilite actínica e os carcinomas da pele da face são frequentes em lavradores, marinheiros e pescadores, particularmente nos portadores de tez clara. 
h) Procedência: deve ser referida sempre, em razão da existência de zonas endêmicas ou epidêmicas de determinadas moléstias como a doença de Chagas, pênfigo vulgar etc. 
2 - Queixa principal:
Representa o motivo fundamental que levou o paciente à consulta e pode ser representada pela presença de indícios de anormalidade (um ou mais sinais e/ou sintomas), evolução não satisfatória de algum tratamento realizado que leva o paciente a procurar outro profissional ou, ainda, uma simples consulta de rotina sem sintomatologia presente. 
Sempre que possível o relato da queixa deve ser registrado com as próprias palavras do paciente, desde que razoavelmente inteligíveis e não excessivamente prolixas. 
3 - História da doença atual (H.D.A): 
É a parte mais importante da anamnese, e a mais difícil da propedêutica que o profissional da saúde aprende e aperfeiçoa durante toda a sua vida profissional. 
A H.D.A. resulta no histórico completo e detalhado de queixa apresentada em toda sua evolução temporal e sintomatológica. Abrange a doença desde o seu estado prodrômico, até o momento do exame. Os sintomas referidos sobre o problema principal (queixa) devem ser examinados, e algumas perguntas são quase sistemáticas, na grande maioria dos casos, e não podem ser omitidas pelo examinador. Assim temos: 
- Tempo de evolução do processo, isto é, quando se iniciou a sintomatologia; 
- Como eram no início os sinais e/ou sintomas; 
- Ocorreram episódios de exacerbação ou remissão do quadro clínico; 
- Recorde-se de algum fato que possa estar ligado ao aparecimento da doença; 
- No caso de lesões assintomáticas, como era quando percebeu sua existência em relação ao estado atual. 
São estes alguns exemplos de perguntas bastante comuns que se fazem aos pacientes. 
4 - História médica:
Visa à obtenção de informações detalhadas sobre todas as doenças de caráter sistêmico que acometeram o paciente desde o nascimento até a data atual. 
6 - Antecedentes familiares:
Têm por objetivo a obtenção de informações sobre o estado de saúde, principalmente, de pais, irmãos, avós, esposa (o) e filhos, na busca de uma eventual doença herdada ou com tendência familiar. Esta fase da anamnese é importante frente à suspeita de diabetes, doença cardiovascular, tuberculose, distúrbios hemorrágicos, doenças alérgicas e nervosas. 
7 – Hábitos: 
O conhecimento de hábitos adquiridos pelo paciente, frequentemente, se constitui em elemento chave para elaborar o diagnóstico e fundamentar o prognóstico. Hábitos nocivos, como tabaco, ingestão de bebidas alcoólicas e drogas, devem ser minuciosamente determinados quanto ao tipo, tempo de uso, quantidade, variações ou interrupções. 
II - Exame físico ou exame objetivo (Exame Clínico):
Geralmente sucede a anamnese e objetiva a pesquisa de sinais presentes. No exame físico, utiliza-se fundamentalmente os sentidos naturais do profissionalna exploração dos sinais. 
A - As manobras clássicas são: inspeção, palpação, percussão, auscultação e o olfato. 
1) Inspeção - é a avaliação visual sistemática do paciente submetido ao exame. O examinador utiliza-se da inspeção a cada momento em que olha o seu paciente, observando os traços anatômicos, fisiológicos e psíquicos. Todas as características observadas e que se constituem em alterações da normalidade devem ser minuciosamente descritas no prontuário do paciente, tais como: localização precisa, dimensão, forma, cor, relações com estruturas normais, aspectos da superfície, etc. Sobre a inspeção, costuma-se dizer: “Não basta olhar, há que se ver, não basta ver, há que se analisar, não basta analisar, há que se compreender, não só uma parte, mas o todo”. 
2) Palpação - Ela nos fornece informações a respeito da consistência, limites, sensibilidade, textura superficial, infiltração, pulsação, flutuação, mobilidade e temperatura das lesões.
Exames complementares:
As principais ferramentas de que o um profissional de saúde dispõe para fazer o diagnóstico do paciente são anamnese e exame físico, que juntas compõe o exame clínico. A anamnese isolada é responsável por cerca de 50% dos diagnósticos e o exame físico por mais 30%. Entretanto, por vezes, o exame clínico não é suficiente para se chegar ao diagnóstico e se faz necessário a realização de outros exames, chamados exames complementares (pois não compõe o exame clínico). Os exames de laboratório e de imagem são os exames complementares mais comuns na prática profissional.

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