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EXERCÍCIOS: 01. Você foi consultado para fazer um laudo técnico em uma pequena ponte de concreto armado e ao chegar ao local se deparou com manchas alaranjadas no teto e o desplacamento de parte do reboco na laje. Deste modo, facilmente você identificou que o problema poderia ser atribuído a corrosão do aço da armadura da laje. Para validar sua hipótese você solicitou ensaios com titulação por fenolftaleína para identificação do processo de carbonatação. Seu pedido está correto? Justifique sua resposta explicando como esta associação entre corrosão e carbonatação pode ser válida ou não. R: Sim, ao se tratar de uma ponte de concreto armado que pode gerar corrosão devido as possíveis fissuras com base suas deformações onde há presença de armaduras, é muito comum que pela presença de água passando pelas mesmas causem este tipo de fenômeno. O ensaio em questão é solicitado para constatar a carbonatação e suas consequentes patologias, por se tratar de um ensaio com custo baixo e simples de realizar se torna muito comum nessas situações. A carbonatação ocorre de fora para dentro no concreto de maneira lenta, atenuando-se com o tempo devido a hidratação pelos próprios produtos e quando a mesma atinge a profundidade das armaduras, acontece uma desestabilização da camada passiva protetora da armadura permitindo o início da corrosão. 02. No seu laudo sobre a referida ponte (exercício anterior), você precisa também recomendar alguma solução para recuperação da estrutura? Justifique sua resposta e indique uma medida corretiva, se julgar necessário. Discorra sobre o processo executivo, caso especifique alguma intervenção na estrutura. R: Sim, quando se é contratado para realizar um laudo você não somente deve investigar a origem do problema como também solucioná-lo da melhor maneira. Dessa forma, para solução do problema referido anteriormente, o ideal é remover todo o concreto contaminado por cloretos, limpar a superfície das armaduras e retirar todos os produtos de corrosão por cloretos, inclusive os que estão no interior dos ataques localizados. 03. Para evitar possíveis patologias, você deverá formular um plano de manutenção das instalações de uma fábrica de papel e celulose. Para isto, você precisa estimar a espessura de carbonatação de uma estrutura de concreto armado sabendo que nesta construção foi empregado um concreto (C30) fabricado com concreto CPIV 32 RS. Utilize o método proposto por Helene (1997) e determine qual será a profundidade da carbonatação em 35 anos. Consultar metodologia em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde- 06042011-130020/publico/Dissertacao_Daniele_M_P_J_Cafange.pdf R: KCO2 poz = 1,1*(6,7782 – 0,1131*fck) KCO2 poz = 1,1*(6,7782 – 0,1131*30) KCO2 poz = 3,73 mm/ano¹/² Em 35 anos, portanto, a profundidade da carbonatação chegará em 130,72 mm. 04. Você foi consultado para fazer um laudo técnico de uma sede da Universidade Anhembi Morumbi que possui 15 pavimentos e ao chegar ao local se deparou com manifestações patológicas em revestimentos com pastilha cerâmica na fachada. Neste contexto, caracterize a dinâmica envolvida, explicando por que provavelmente este problema ocorreu. Formule e explique suas hipóteses com base em critérios técnicos. R: Problemas com revestimentos ocorrem devido à perda de aderência que é ocasionado entre o revestimento e a base que está recebendo o mesmo, essa perda acontece quando as tensões que surgem ultrapassam a capacidade de aderência das ligações. Geralmente acontece nos primeiros e últimos andares dos edifícios devido ao maior nível de tensões presentes nestes locais. Existem diversos motivos podem ter ocasionado tal problema, como: mão de obra desqualificada, materiais e/ou ferramentas inadequadas, infiltração de água e outros. 05. No seu laudo sobre o edifício mencionado no exercício anterior, algo poderia ser feito para minimizar a chance de ocorrência de tais problemas? Justifique sua resposta. Discorra sobre o processo executivo para execução racionalizada de fachadas. R: Treinamento dos profissionais contratados para que compreendam e realizem o trabalho respeitando as características de aplicação do material de acordo com o fornecido pelo fabricante, verificação dos materiais para garantir que o mesmo agrega qualidade à placa cerâmica, verificar se as ferramentas que serão utilizadas são aptas para aquela finalidade, verificar se, é possível estar ocorrendo esta manifestação através de infiltração (se sim, solucionar o problema). 06. Explique como o emprego de aditivos químicos (especialmente aditivos fluidificantes) e adições minerais (fíler e pozolana) em misturas cimentícias pode evitar a ocorrência de patologias. https://teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-06042011-130020/publico/Dissertacao_Daniele_M_P_J_Cafange.pdf https://teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-06042011-130020/publico/Dissertacao_Daniele_M_P_J_Cafange.pdf R: Os aditivos são produtos fabricados para melhorar algumas propriedades do concreto e argamassa, dessa forma, para atender um tipo de material é necessário conhecer as especificações do produto antes de ser adicionado à mistura, que pode modificar sua propriedade tanto no estado fresco quanto no endurecido, utilizados da medida correta, eles evitam a ocorrência de patologias como trincas e fissura e melhoram a impermeabilidade. 07. Explique o mecanismo de ocorrência da reação álcali-agregado (RAA) e indique medidas para evitá-la. R: Na presença de umidade, o cimento e seus agregados se expandem causando fissuras e deslocamentos podendo haver comprometimento das estruturas. A reação ácali- agregado ocorre devido a reação de potássio e de sódio, sendo uma reação lenta e com quadro irreversível. A forma mais eficaz de evitar a RAA é o conhecimento adequado da reatividade do agregado aos álcalis, o que exige a utilização de ensaios que permitam um correto diagnóstico. 08. Com base nos critérios da norma de desempenho (NBR 15575), onde necessariamente devem ser aplicados os sistemas de impermeabilização? R: A norma estabelece que, os projetos habitacionais devem prevenir a infiltração da água de chuva e da umidade do solo, com a impermeabilização de fundações e pisos em contato com o solo, porões e subsolos, jardins contíguos às fachadas e quaisquer paredes em contato com umidade ascendente. 09. Especifique a solução de impermeabilização mais adequada para uma laje de cobertura. Apresente um breve memorial descritivo com as recomendações técnicas para execução. R: Existem diversos tipos de impermeabilização que são usualmente aplicadas em lajes. Os mais comuns são: manta asfáltica, poliureia, “faça você mesmo” (soluções prontas em baldes) e o poliéster flexível. O mais utilizado é a manta asfáltica que é feita com material asfáltico modificado, armado com materiais diversos. Esse sistema é realizado durante o período da obra e sua garantia varia de acordo com a empresa que realiza a aplicação. Suas características são: sistema flexível, largamente utilizado, facilmente encontrado no mercado. Em sua aplicação há alguns cuidados que devem ser tomados, principalmente com a presença de juntas, sua mão-de-obra precisa ser especializada. 10. Especifique a solução de impermeabilização mais adequada para poço de elevador. Apresente um breve memorial descritivo com as recomendações técnicas para execução. R: Para impermeabilizar um poço de elevador de forma segura, para que não venha a ocorrer problemas ao longo dos anos, deve-se formar um revestimento que envolva toda a estrutura submersa pelo lado de fora (pelo lado de onde vem a água). Para garantir a proteção da caixa do elevador, é preciso efetuar um tratamento que: garanta a boa impermeabilização e resista à contra pressão da água. O sistema de cristalização é o mais adequado. As soluções tradicionais (como mantas asfálticas ou pinturasbetuminosas) não resistem à contra pressão de água. A má impermeabilização pode pôr em perigo as instalações eletromecânicas do elevador, levando mesmo à sua interdição legal. Dessa forma, existem dois tipos para ser levado em consideração na hora da definição do tipo de impermeabilização a ser aplicada, sendo: mantas asfálticas (interno) e cristalização especial e/ou argamassas poliméricas (externo).
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