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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Curso de Direito VIRGINIA DOS SANTOS LIMA A GRATUIDADE DE JUSTIÇA PÓS-REFORMA TRABALHISTA Salvador - Bahia 2020.2 2 VIRGINIA DOS SANTOS LIMA A GRATUIDADE DA JUSTIÇÃO PÓS REFORMA TRABALHISTA Trabalho de Conclusão de Curso - TCC apresentado à Universidade Estácio de Sá, Curso de Direito, como requisito final para obtenção do título de Bacharel em Direito. Orientador (a): Prof. (a): Marcia dos Santos Pimentel Nunes Salvador – Ba 2020 3 SUMÁRIO 1.Introdução 2. Reforma Trabalhista - Avanço ou Retrocesso 3. Efeitos decorrentes da Lei nº 13.467/2017 - Reforma Trabalhista 3.1. Abrangência da Justiça Gratuita 4. Reforma Trabalhista e o Acesso à justiça 5. Honorários periciais, advocatícios e sucumbenciais, a justiça gratuita 6. Direito ao acesso à justiça com gratuidade 7. Conclusão 8. Referencias 4 RESUMO Este artigo aborda um tema bem polêmico gerando discussão sobre as alterações promovidas pela Reforma Trabalhista, Lei 13.467/2017, na esfera processual trabalhista brasileira. Contudo, diante das recentes alterações os princípios fundamentais de proteção ao trabalhador têm mitigado de acordo com determinadas situações que exige comprovações quanto à condição hipossuficiente do empregado. Isso demonstra uma grande possibilidade de imposição em penalizar o trabalhador, acarretando sérios prejuízos a sua tutela jurisdicional, que muitas vezes não é pleiteado seus direitos fundamentais atendendo o princípio da proteção deste trabalhador. Assim, este trabalho tem por objetivo caracterizar, delinear e analisar as mudanças implantadas pela Reforma Trabalhista com relação à justiça gratuita. Portanto, para expor a importância da gratuidade da Justiça para o processo do trabalho como garantia em caráter protetivo foi utilizado o método de pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa, bem como pesquisa descritiva e documental, fundamenta na legislação vigente da CLT e suas alterações promovidas pela Reforma Trabalhista 2017. Palavras chave: Reforma Trabalhista. Direitos Fundamentais. Gratuidade da Justiça. Hipossufiência 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objeto um tema polêmico e muito discutido no âmbito processual trabalhista, a Gratuidade na Justiça do Trabalho pós Reforma Trabalhista, e terá em seu escopo a analise sobre as modificações legislativas trabalhista decorrentes da Lei nº 13.467/2017 no que tange as regras processuais de gratuidade da justiça e como suas consequências influenciam no acesso ao judiciário. Diante disso, será realizada uma síntese referente as alterações na CLT quanto a aplicação dos direitos fundamentais perante a gratuidade na justiça e apresentar casos concretos julgados nos Tribunais trabalhista para que auxilie no entendimento sobre o princípio da proteção ao empregado relativamente à parte hipersuficiente da relação. Por isso a escolha deste tema justifica-se em identificar a definição e se com a alteração no artigo que tange este tema há recursos para conceder assistência judiciária gratuita, A parte daí há uma inquietude sobre a questão e busca responder ao seguinte problema: As alterações relativas às normas de gratuidade da justiça impedirão acesso ao Poder judiciário do Trabalho? Assim, diante desse problema este artigo tem como objetivo geral caracterizar, delinear e analisar as mudanças implantadas pela Reforma Trabalhista com relação à justiça gratuita, expor a importância da gratuidade da Justiça para o processo do trabalho garantindo seu caráter protetivo e suas consequências para a parte hipossuficiente da relação processual, que culminam, em sua maioria, na restrição de acesso ao judiciário, condição essa que afronta o 5 disposto na Constituição Federal de livre acesso ao judiciário, gerando inúmeras discussões a respeito de sua inconstitucionalidade. Ademais, é importante apresentar os objetivos específicos: a) Apontar as alterações legislativas ocorridas e seus reflexos com a Reforma Trabalhista para a parte hipossuficiente da relação processual; b) Investigar os aspectos principais da gratuidade; c) Sintetizar o processo de criação e aprovação da Reforma Trabalhista quanto à gratuidade na justiça; d) Expor as discussões existentes nos tribunais a respeito da aplicação da Reforma Trabalhista diante da gratuidade da justiça. Nesta perspectiva, é notória a discussão quanto a Reforma trabalhista, se afasta ou não o direito de trabalhador à Justiça gratuita, porque a gratuidade de justiça é norma de direito material com repercussão processual, de natureza jurídica híbrida, que comporta sua acessibilidade conforme à luz da lei, CLT. Portanto, vale ressaltar que a Reforma se abriu uma grande discussão de sua constitucionalidade e sua aplicabilidade, devido às imposições de limitações e restrições à garantia de gratuidade da justiça aqueles que comprovem a insuficiência de recursos, de tal modo que afronta a garantia de acesso à justiça. E nesta oportunidade enfatiza-se que conforme está elencado no artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição da República, o princípio constitucional da inafastabilidade do controle jurisdicional corrobora o pedido da gratuidade da justiça, pois a parte alega que não pode arcar com as custas processuais porque pode causar prejuízo ao sustento próprio ou de sua família. Para alcançar o objetivo proposto neste artigo adotará a metodologia de pesquisa bibliográfica através de uma abordagem qualitativa tendo como fontes, livros, artigos científicos e doutrinas capazes de elencar o tema, expondo as dificuldades enfrentadas no fato da gratuidade da justiça em questão, analisar os aspectos teóricos das legislações e das doutrinas pertinentes, com abordagem descritivas às novas regras, para uma maior compreensão do nosso ordenamento jurídico no âmbito trabalhista, com vistas a uma fundamentação mais satisfatória e elementos à disposição que a lei apresenta. 6 2. REFORMA TRABALHISTA – RETROCESSO OU AVANÇO Este é um tema polêmico que divide opiniões entre empregados e empregadores, no entanto na visão dos empregadores, a reforma trabalhista é sinônimo de modernização e progresso, mas para os empregados a reforma soa como um retrocesso. A princípio, a ideia de flexibilizar as leis trabalhistas surgiu diante da necessidade de modernização das relações de trabalho, diante dos avanços tecnológicos e das mudanças sociais. Além disso, objetiva reduzir os encargos trabalhistas, frente à crise econômica, gerando novos empregos e combatendo a informalidade. Contudo, existe dúvidas que paira entre todos, é se os pontos abordados na lei realmente atenderão ao objetivo ou causarão efeito antagônico, ou seja, se as alterações podem trazer mais insegurança jurídica fazendo com que aumente o número de demandas judiciais, diante da concepção negativa dos trabalhadores com relação à uma flexibilização de alguns direitos que atualmente lhes são atribuídos e da prevalência do negociado sobre o legislado. Entretanto, Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e o Ministério Público do Trabalho se manifestaram contra as medidas propostas, principalmente as relacionadas à prevalência dos acordos coletivos, e o presidente da Anamatra Germano Siqueira, afirma que “tem grande preocupação com a reforma, porque ela atinge frontalmente o princípio constitucional que veda o não retrocesso dos direitos sociais”. E tal prevalência do negociado “pode representar o próprio desmonte de várias das ideias que norteiam o Direito do Trabalho”. O Presidente da Anamatra argumenta ainda, que, “a degradação de direitossociais não alavancará a economia e, ao contrário, será fonte de infortúnios e do aumento da desigualdade, o que deve ser combatido por todos". Assim como ele, a juíza do trabalho Valdete Souto Severo critica a reforma trabalhista brasileira, porque entende que muitos aspectos da nova legislação violam regras da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e são um retrocesso dos direitos sociais. 7 3. EFEITOS DECORRENTES DA LEI Nº 13.467/2017 - REFORMA TRABAHISTA As inúmeras alterações dividiram opiniões, por um lado há quem defenda a reforma por achar que seria uma nova adequação na área trabalhista com adaptação as novas realidades da sociedade. Em contrapartida existem aqueles que são contrários afirmando que a reforma trabalhista suprime direitos que há muito tempo foram conquistados, trazendo um enfraquecimento nas relações entre o empregado e o empregador nos contratos laborais (CALDEIRA, 2017). É notório, que há uma queda no número de ações ajuizadas, que pode ser um dos efeitos dessas alterações, pelo receio de que tais alterações lesivas sejam aplicadas, mas com a expectativa natural dos atores sociais, os advogados e os reclamantes, acerca da interpretação pode ser constitucional ou não e pode ser aplicada novas regras como a sucumbência. Inclusive, é observado também, que o número de demandas em que não há sequer pagamento das verbas resilitórias, faz com que o tempo do processo, muitas vezes, seja funesta, inclusive para a sobrevivência física de quem trabalha. Por isso em quase todos os processos os reclamantes hipossuficientes solicitam a gratuidade judiciária conforme art. 98, § 1º, CPC/2015, segundo o qual a justiça gratuita se refere, especificamente, as despesas processuais. 3.1. ABRANGÊNCIA DA JUSTIÇA GRATUITA Dentre essas grandes alterações que a reforma trouxe, foi em relação à justiça gratuita, que segundo Leite (2014, pág. 494), “implica apenas a isenção do pagamento de despesas processuais, abrangendo custas, emolumentos, honorários advocatícios e periciais, (...)”. É defendida na Constituição da República Federativa do Brasil, como sendo uma garantia fundamental prevista no artigo 5º, inciso LXXIV, da CRFB/88 (JUNIOR; NERY, 2015). Destarte, impõe o art. 5º, LXXIV, da CF/1988: “o Estado prestará assistência judiciária integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos”, todos aqueles que a lei instituiu benefícios e que necessitam recorrer ao Estado, mas não têm condições de arcar com os ônus que decorrem do processo. Portanto, o deferimento da gratuidade está condicionado à afirmação, feita pelo próprio requerente, de que a sua situação econômica não lhe permite vir a Juízo sem prejuízo da sua manutenção ou de sua família. 8 Para interpretação dos efeitos da concessão da Justiça Gratuita no Processo do Trabalho é necessário expor os artigos elencados na norma infraconstitucional do CPC, como também a doutrina especializada do Processo Civil nesse mesmo sentido: “(…) Mesmo tendo sido concedido o benefício da assistência judiciária, a parte continua a ser condenada a pagar as verbas de sucumbência, sendo nesse sentido o art. 98, § 2º, do Novo CPC, ao prever que a concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas decorrentes de sua sucumbência. (CPC, 2015) No entanto, o Tribunal Superior do Trabalho- TST, em junho de 2017 editou a súmula nº 463, que permitia a aplicação da gratuidade da justiça aos reclamantes, desde que demonstrassem a real necessidade (KOURY; ASSUNÇÃO, 2017). Assim, foi incluído na CLT tal artigo: “Art.790 (...) §4º O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo” (BRASIL, 2017). No entanto, a nova lei trouxe algumas limitações objetivas ao reconhecimento da necessidade: “É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social (BRASIL, 2017)”. E assim, com a reforma trabalhista tornou-se imprescindível para a concessão da gratuidade da justiça a percepção de salário inferior a 40% (quarenta por cento) do teto do INSS, comprovando, mediante documentos, a incapacidade financeira de arcar com os encargos processuais, não sendo mais admissível a presunção de veracidade (SILVA; ESTEVES, 2018). Outrossim, Leite (2018) e Castro (2017), afirmam que essa obrigatoriedade de comprovação é uma afronta ao princípio da vedação ao retrocesso social, pois aqueles menos instruídos intelectualmente e economicamente seriam prejudicados ao terem que produzir provas para atestar sua situação de miserabilidade. Como o art. 790 elenca: (...) § 4º O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo”. O acesso à justiça deve ser pautado e tem seu respaldo garantido na Constituição da República de 1988, ao qual em seu artigo 5º, no inciso XXXV lê-se que a lei não afastará do Poder Judiciário o julgamento a lesão ou ameaça a direito. Por isso, Alexandre de Moraes faz uma importante observação sobre a assistência jurídica, ao qual salienta que: 9 Importante, igualmente, salientar que o Poder Judiciário, desde que haja plausibilidade da ameaça ao direito, é obrigado a efetivar o pedido de prestação judicial requerido pela parte de forma regular, pois a indeclinabilidade da prestação judicial é princípio básico que rege a jurisdição, uma vez que toda violação de um direito responde uma ação correlativa, independentemente de lei especial que a outorgue. (MORAES, 2003, p. 836) Portanto, o pedido da gratuidade da justiça está corroborado no princípio constitucional da inafastabilidade do controle jurisdicional, ao qual encontra-se inscrito no artigo 5º, inciso XXXV, da CF 88. Isso é necessário a simples assertiva das partes no sentido de não poder prover as custas processuais sem que cause prejuízo ao sustento próprio na concessão do benefício. 4. REFORMA TRABALHISTA E O ACESSO À JUSTIÇA Diante da reforma trabalhista o TST entendeu ser necessário a alteração de suas Súmulas e orientações jurisprudenciais. Dentre essas orientações que necessitavam de reforma estava a OJ 304 da SDI-1, a sua redação inicial com data de 2003, a que se refere: Atendidos os requisitos da Lei nº 5.584/70 (art. 14, § 2º), para a concessão da assistência judiciária, basta a simples afirmação do declarante ou de seu advogado, na petição inicial, para se considerar configurada a sua situação econômica (art. 4º, § 1º, da Lei nº 7.510/86, que deu nova redação à Lei nº 1.060/50). Assim, diante do princípio constitucional da inafastabilidade do controle jurisdicional o direito de ação não pode ser restringido de nenhuma forma, principalmente ao que se refere ao legitimo fundamento para o pedido da gratuidade da justiça. O Pleno do Tribunal Superior do Trabalho – TST, no ano de 2017, promoveu alterações importantes à sua jurisprudência, por força da indispensável adequação aos dispositivos do Novo Código de Processo Civil de 2015. Assim, para se adequar à disposição do CPC, a OJ 304 foi convertida na Súmula 463 do Tribunal Superior do Trabalho. SÚMULA Nº 463 - ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 304 da SBDI- 1, com alterações decorrentes do CPC de 2015) - Res. 219/2017, DEJT divulgado em 28, 29 e 30.06.2017.I – A partir de 26.06.2017, para a concessão da assistência judiciária gratuita à pessoa natural, basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada pela parte ou por seu advogado,desde que munido de procuração com poderes específicos para esse fim (art. 105 do CPC de 2015). Todavia, conforme o advento da Reforma Trabalhista Lei 13.467/2017, que alterou inúmeros artigos da CLT, dentre eles, à gratuidade da justiça, houve violação dos princípios do Direito Trabalhista e uma distorção à proteção dos direitos dos trabalhadores que acarretou em um retrocesso processual, bem como também afronta o disposto na Constituição Federal de livre acesso ao judiciário, gerando inúmeras discussões a respeito de sua inconstitucionalidade. 10 Segundo CASTRO (2017) expõe que o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot Monteiro de Barros, viu-se obrigado a ajuizar uma Ação Declaratória de Inconstitucionalidade- ADI- em face dos artigos discutidos, quais sejam: arts. 790-B caput e § 4º; 791-A, § 4º; 844, § 2º, perante as arbitrariedades e incoerências da nova lei, e para que eles fossem declarados inconstitucionais e, consequentemente, retirados do ordenamento jurídico vigente (CASTRO, 2017). Diante do exposto, (BARROS, 2017) explica que esta ADI busca declarar materialmente inconstitucional os artigos supramencionados da referida Lei que também incorre na violação de princípios constitucionais como, por exemplo, a isonomia, ampla defesa, devido processo legal, inafastabilidade da jurisdição, entre outros, ferindo a Constituição Federal nos seguintes artigos: artigo primeiro, incisos III e IV; artigo terceiro, incisos I e III; artigo quinto, caput, incisos XXXV e LXXIV e § 2º; e artigos sétimo a nono. (BARROS, 2017). Tal ADI, foi impetrada questionando a constitucionalidade dos artigos que mitigaram a justiça gratuita, não se evidencia desarrazoada que apesar de não ter sido julgada, já possui algumas decisões de Tribunais que se demonstram favoráveis a esse entendimento. Assim, o TRT da 3ª região declarou inconstitucional o art. 844, § 2º e § 3º, da CLT, porque um reclamante, inconformado por não ter comparecido à audiência ter sido condenado em custas, apresentar recurso buscando a declaração de inconstitucionalidade dos artigos em que se basearam tal decisão, sendo seu recurso distribuído a Décima Primeira Turma do TRT- 3, que reconheceu o pedido, remetendo ao Pleno, órgão competente para julgamento da demanda, que declarou pela inconstitucionalidade do dispositivo, editando uma súmula. Insta salientar, que a súmula editada possui viés orientativo, ou seja, não é dotada de caráter vinculante, não sendo sua aplicação obrigatória pelos Tribunais (HOFFMAN, 2018). “São inconstitucionais a expressão ‘ainda que beneficiário da justiça gratuita’, constante do §2º, e a íntegra do §3º, ambos dispositivos do art. 844 da CLT, na redação dada pela Lei 13.467/2017, por violação direta e frontal aos princípios constitucionais da isonomia (art. 5º, caput, da CR), da inafastabilidade da jurisdição (art. 5º, XXXV, da CR) e da concessão de justiça gratuita àqueles que dela necessitarem (art. 5º, LXXIV, da CR)” (BRASIL, 2018) 11 5. HONORÁRIOS PERICIAIS E JUSTIÇA GRATUITA NA REFORMA TRABALHISTA O primeiro aspecto da Reforma Trabalhista é que trouxe a possibilidade de o benefício da justiça gratuita ser concedido a qualquer uma das partes litigantes no processo, reclamante ou o reclamado, desde que comprovada à insuficiência de recursos para o pagamento das custas. No entanto, a CLT limitou a gratuidade da justiça, após a reforma, àqueles que comprovadamente demonstrarem necessidade ao benefício. Pois, antes da revogação do artigo a simples declaração de pobreza feita pela parte era suficiente para a concessão bastava presumir a pobreza, agora com a reforma só serão concedidos os benefícios da justiça gratuita ao reclamante, quando comprovada a insuficiência de recursos financeiros para o pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, podendo ser indeferido o pedido. Diante disso, o Ministério Público Federal defende que a previsão de que o trabalhador pague os honorários periciais e de sucumbência com os recursos que obtiver em caso de sucesso no processo, afronta a garantia de amplo acesso à justiça. O presidente da Anamatra, Guilherme Feliciano, destacou que: A ADI 5766 ataca uma das inconstitucionalidades mais evidentes da Lei 13.467/17, na medida em que transforma uma previsão constitucional clara e de expressão literal, como é a garantia da assistência judiciária gratuita e integral, em um arremedo de assistência, em que o hipossuficiente econômico deve suportar os custos das perícias e dos próprios honorário advocatícios com os créditos alimentares a que eventualmente faça jus. A Anamatra foi já ao ministro Barroso em ocasiões anteriores, esclarecendo as diversas distorções que a nova previsão legal pode gerar, e tem boas expectativas de que a inconstitucionalidade seja, afinal, reconhecida. A lei 13467/2017 trouxe uma questão curiosa em relação à obrigação do beneficiário da assistência judiciária gratuita, em arcar com os custos da perícia, mesmo gozando de tal condição. Segundo o § 4º do mesmo art. 790-B, em sua interpretação literal, foi excluído do benefício da gratuidade de justiça a despesa atinente aos honorários periciais. (BRASIL, 2018) É o que se depreende: “Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita. (...)§ 4o Somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha obtido em juízo créditos capazes de suportar a despesa referida no caput, ainda que em outro processo, a União responderá pelo encargo.” É de responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente. Assim, ressalta-se significativa inovação acerca dos honorários periciais, os quais são suportados pela parte sucumbente na pretensão objeto da perícia. Porque não é raro identificar pedidos sem 12 qualquer fundamento e absolutamente inconsequentes, embora sejam, muitas vezes, exigida uma investigação científica no decorrer da apuração. Assim, os honorários do perito, em regra, são pagos pela parte que sucumbiu no objeto da perícia, conforme “Súmula nº 341 do TST - HONORÁRIOS DO ASSISTENTE TÉCNICO- A indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deve responder pelos respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto da perícia”. Sendo assim, com o disposto no art. 9º da Lei nº 1.060/50, que prevê que os benefícios da justiça gratuita compreendem todos os atos processuais do processo até seu término, inclusive em instâncias superiores. Enquanto que a “Reforma Trabalhista”, modificou a parte final do caput do art. 790-B da CLT incluindo 4 parágrafos in literis: Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita. §1o Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite máximo estabelecido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho. §2o O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários periciais. §3o O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização de perícias. §4o Somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha obtido em juízo créditos capazes de suportar a despesa referida no caput, ainda que em outro processo, a União responderá pelo encargo. O novo regramento orienta que os beneficiários da justiça gratuita podem vir a efetuar o pagamento dos honorários periciais, caso sejam sucumbentes na perícia e exista algum crédito decorrente de processos a receber. É bastante contraditório o fato de que haja a possibilidade, principalmente na esfera trabalhista, da parte que teve concedida a gratuidade de justiça ser responsabilizada a pagar os honorários do perito. Ressalta-se que, o último parágrafo incluído no art. 790-B da CLT,não se adequa às normas constitucionais (art. 5º, XXXV e LXXIV da Constituição Federal). Ao contrário, deixou de observar a condição essencial que justificou a concessão do benefício: a insuficiência de recursos. (BRASIL, 1988). Nesse sentido, segue o posicionamento defendido pelo ex-Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, na ADI nº 5766 de 2017: Nessas disposições reside a colisão com o art. 5º, LXXIV, da Constituição, ao impor a beneficiários de justiça gratuita pagamento de despesas processuais de sucumbência, até com empenho de créditos auferidos no mesmo ou em outro processo trabalhista, sem que esteja afastada a condição de pobreza que justificou o benefício. [...]. As normas impugnadas confrontam e anulam essas condições conformadoras da insuficiência de recursos, pois permitem empenho de créditos trabalhistas para custear despesas processuais, sem condicioná-los a perda da condição de insuficiência econômica. 13 Assim, por afronta à Carta Maior, as novas disposições referentes ao pagamento dos honorários periciais de sucumbência pelos beneficiários da justiça gratuita devem ser ter sua inconstitucionalidade declarada, vez que fazem o trabalhador (reclamante) assumir os riscos da demanda sem ter condições de arcar com as despesas processuais. Nesse viés, é fundamental que, além de permitir às partes o acesso à justiça, elas tenham acesso à ordem jurídica justa, como ensina Cintra, Grinover e Dinamarco: A pretensão trazida pela parte ao processo clama por uma solução que faça justiça a ambos os participantes do conflito do processo. Por isso é que se diz que o processo deve ser manipulado de modo a propiciar às partes o acesso à justiça, o qual se resolve [...] em acesso à ordem jurídica justa. (2010, p. 39-40). O princípio do acesso à justiça, garantia constitucional prevista no art. 5º, XXXV, vai além da mera propositura da ação, “não se identifica, pois, com a mera admissão ao processo, ou possibilidade de ingresso em juízo, como elucida Cintra, Grinover e Dinamarco (2010, p. 39). E continuam os autores: “[...] para que haja o efetivo acesso à justiça é indispensável que o maior número possível de pessoas seja admitido a demandar e a defender-se adequadamente”. Um processo efetivo é aquele que se propõe a eliminar os conflitos e fazer justiça, buscando superar os óbices que ameaçam a “boa qualidade de seu produto final” (CINTRA; GRINOVER; DINAMARCO, 2010, p. 40). Um desses obstáculos é o ingresso em juízo. É preciso eliminar as dificuldades econômicas que impeçam ou desanimem as pessoas de litigar ou dificultem o oferecimento de defesa adequada. A oferta constitucional de assistência jurídica integral e gratuita (art. 5º, ins. LXXIV) há de ser cumprida, seja quanto ao juízo civil como criminal, de modo que ninguém fique privado de ser convenientemente ouvido pelo juiz, por falta de recursos. A justiça não deve ser tão cara que o seu custo deixe de guardar proporção com os benefícios pretendidos. (CINTRA; GRINOVER; DINAMARCO, 2010, p. 40) Todavia, as alterações e inovações realizadas neste dispositivo certamente farão que advogados e partes analisem melhor acerca dos pedidos requeridos na peça trabalhista, evitando a realização de perícias desnecessárias. Portanto, a Reforma Trabalhista ampliou o acesso à justiça, na medida em que, alterando a hipótese que contempla uma presunção legal de veracidade do estado de pobreza, substituiu o critério até então vigente (recebimento de salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal. 14 6. DIREITO DE ACESSO À JUSTIÇA COM GRATUIDADE É válido mencionar que não se sustenta a alegação de que anteriormente existiam diversos pedidos improcedentes que eram formulados equivocadamente, mas por eventuais excessos eram resolvidos no curso do processo, seja pela produção das provas necessárias, ou pelo senso de justiça do próprio juízo, ou até mesmo por ocasião da fase de liquidação de sentença. Portanto, é necessário ressaltar que o poder jurisdicional é um poder-dever do Estado Democrático de Direito, razão pela qual o acesso à justiça é elemento imprescindível ao Ordenamento Jurídico, pois a Constituição da República, em seu art. 5º, LXXIV, cuidou de expressamente assegurar o direito à gratuidade de justiça integral àqueles que comprovarem sua hipossuficiência econômica, in literis: "LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos". Ademais, ainda vale salientar que de acordo com o art. 5º da CF/88 que é responsável por proteger todos os direitos e garantias fundamentais, deste modo, é considerado Cláusula Pétrea da Constituição Federal, não podendo sequer ser atacado por Emenda à Constituição que vise retirar direitos já constitucionalmente assegurados, como disposto no art. 60, § 4º, IV da CRFB/1988: "Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: (...) § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais." Os direitos fundamentais é um conjunto de valores, direitos e liberdades que surge num momento da necessidade de defesa da sociedade e de reconstrução do conceito de Estado. É uma forma de limitação normativa do poder estatal o qual constituem uma grande conquista da humanidade e verdadeiro instrumento de proteção ao indivíduo diante da atuação do Estado. Há uma discussão doutrinária acerca da distinção entre as expressões “direitos fundamentais” e “direitos humanos”, como nas lições de Canotilho (2008, p.378) “direitos do homem são direitos válidos para todos os povos e em todos os tempos (dimensão jusnaturalista- universalista); direitos fundamentais são os direitos do homem, jurídico-institucionalmente garantidos e limitados espacio-temporalmente.” 15 Além do mais, é imprescindível a necessidade de garantir a todos os cidadãos o acesso ao Poder Judiciário conforme o art. 5º, inciso XXXV, da Constituição, que previu o princípio da inafastabilidade da jurisdição, no rol das garantias e direitos individuais, in verbis: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”, rematando um direito fundamental que é o direito de acesso à justiça. Portanto, no que refere à assistência jurídica é o gênero que tem como espécie a gratuidade judiciária. Fundamenta-se no art. 5º, inciso LXXIV, onde diz que o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos (CAHALI, 2004, p. 28). Por isso, verifica-se no julgado abaixo a aplicação da lei: AGRAVO DE INSTRUMENTO. ART. 5º LXXIV DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. HIPOSSUFICIÊNCIA COMPROVADA. O art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal de 1988, estabelece que a dispensa do pagamento de custas e honorários advocatícios, vértice da assistência judiciária integral e gratuita a ser prestada pelo Estado, não está isenta da comprovação da insuficiência de recursos. Demonstrada a necessidade da parte, há de ser concedida a assistência judiciária pleiteada. (TJ-MG – AI: 10105120360042001 MG, Relator: Alberto Henrique, Data de Julgamento: 23/05/2013, Câmaras Cíveis / 13ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 29/05/2013)" Diante disso, é visto que existe a necessidade de comprovação de que a pessoa não tem condições de custear o processo para ter direito ao benefício, o que deve ser realizado através de declaração, anexa aos autos, conforme apresenta no acordão: Embargos à Execução de título extrajudicial em face da Fazenda Pública Estadual Possibilidade Honorários periciais Profissionais auxiliar do Juízo que faz jus à respectiva remuneração Responsabilidade da Fazenda Pública pelo pagamento na hipótese de deferimentodos benefícios da Justiça Gratuita Garantia de assistência jurídica gratuita que abrange todos os atos do processo Valor fixado com moderação e condizente com o trabalho realizado Determinação de prosseguimento da execução, nos termos do artigo 730 do CPC Recurso desprovido, com observação. (TJ-SP - APL: 90766283320078260000 SP 9076628-33.2007.8.26.0000, Relator: Luciana Bresciani. Data de Julgamento: 19/08/2014, 1ª Câmara Extraordinária de Direito Público, Data de Publicação: 17/10/2014) Neste sentido, Cappelletti (2008), complementa, que “é possível dizer que o acesso à justiça é uma forma de igualdade”, uma vez que a Constituição Federal de 1988 garante esse direito e assegura que o indivíduo não tenha apenas a proteção do direito infringido, mas que também tem respaldo à ameaça de violação de seus direitos, conforme o princípio da Proteção Judiciária. (CAPPELLETTI, 2008, p. 22) 16 7. CONCLUSÃO Este trabalho foi de suma importância a sua realização porque apresentou o quanto o benefício vai ao encontro do atendimento da dignidade humana, a ampla defesa, ao acesso à justiça e também o princípio da igualdade, uma vez que favorece para que o indivíduo tenha acesso ao judiciário de forma igualitária. É possível dizer que o cidadão tem seus direitos garantidos perante a legislação brasileira, tanto a Constituição Federal de 1988, como a Lei de Assistência Judiciária Gratuita, trouxeram garantias ao cidadão em apresentar sua defesa de forma gratuita. No entanto, este tema é muito polemico devido as discussões dentro do judiciário quanto as alterações que poderiam trazer mais insegurança jurídica fazendo com que aumente o número de demandas judiciais porque entende que muitos aspectos da nova legislação violam regras da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e são um retrocesso dos direitos sociais. Muitos doutrinadores entendem que a reforma trabalhista suprime direitos que há muito tempo foram conquistados, como também que a alteração legislativa trazida pela lei 13.467/17 teve o intuito de disseminar o medo nos empregados de todo o país impedindo o acesso ao Poder Judiciário Trabalhista. Além do mais, no decorrer do trabalho a Reforma apresentou ilegalidade, e até mesmo a inconstitucionalidade da lei 13.467/17 no tocante à Gratuidade de Justiça, pois bate de frente com a lei federal, a Constituição da República de 1988 e com os Tratados e Convenções Internacionais de Direitos Humanos. Pois sendo a Constituição da República a norma soberana no Estado Democrático de Direito, por qual motivo, seria permitido à uma Lei infraconstitucional a limitação de um direito que não pode ser fracionado e diminuído. Visto que o empregado que é considerado pobre, não pode pagar 2% de custas processuais, mas poderia pagar 15% de honorários advocatícios e mais honorários periciais, no entanto a legislação permite a condenação do empregado ao pagamento de uma perícia que não lhe é facultada a sua realização e sim advinda da própria CLT. Uma vez que se tratam de pessoas necessitadas e pobres no sentido jurídico, no ramo trabalhista tem a gratuidade de justiça parcial, permitindo o pagamento de honorários sucumbenciais e periciais, já fora do âmbito trabalhista são beneficiárias a gratuidade é integral, ou seja sobre as custas, honorários de sucumbência e honorários periciais. Isto compreende como não conceder o benefício da gratuidade de justiça ao litigante é o mesmo que discriminar o trabalhador em relação a outro indivíduo, é como se fosse um 17 retrocesso social, dificultando o acesso deste à justiça e ainda fere a Constituição Federal de 1988 no seu art. 5º, LXXIV, que cuida de assegurar o direito à gratuidade de justiça integral àqueles que comprovarem sua hipossuficiência econômica. Outrossim, a doutrina e a jurisprudência trabalhista, nunca se preocuparam com os reais efeitos da concessão da Justiça Gratuita porque foram influenciados pela ausência de aplicação do princípio da sucumbência recíproca dentro do processo trabalhista, e nunca se cobrou do beneficiário da Justiça Gratuita em momento posterior a sentença, só que com as novas regras alteradas conforme a Reforma Trabalhista, a doutrina fez uma revisão de acordo com o novo regime de custas, honorários periciais e honorários advocatícios, com a previsão de sucumbência recíproca, no intuito de aplicar a correta interpretação dos artigos inseridos na CLT pela Lei n. 13.467/2017 – Reforma Trabalhista. Para concluir, o deferimento da gratuidade está condicionado à afirmação, feita pelo próprio requerente, porque a reforma trabalhista tornou-se imprescindível para a concessão da gratuidade da justiça a percepção de salário inferior a 40% (quarenta por cento) do teto do INSS, comprovando, mediante documentos, a incapacidade financeira de arcar com os encargos processuais. 18 REFERÊNCIAS _______. Lei nº 13.467, de 13 de julho de 1917. Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e as Leis nos 6.019, de 3 de janeiro de 1974, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 8.212, de 24 de julho de 1991, a fim de adequar a legislação às novas relações de trabalho. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 14 de julho de 2017. Disponível em: Acesso em: 18 set. 2020. _______ TJ-MG – AI: 10105120360042001 MG, Relator: Alberto Henrique, Data de Julgamento: 23/05/2013, Câmaras Cíveis / 13ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 29/05/2013) com os reais efeitos da concessão da Justiça Gratuita. ________ TJ-SP - APL: 90766283320078260000 SP 9076628-33.2007.8.26.0000, Relator: Luciana Bresciani. Data de Julgamento: 19/08/2014, 1ª Câmara Extraordinária de Direito Público, Data de Publicação: 17/10/2014 BARROS, Rodrigo Janot Monteiro de. Ação Direta de Inconstitucionalidade. Disponível em: Acesso em 27 de ago. 2020. BRASIL, Decreto Lei nº 5.452 (1943). Consolidação das Leis Trabalhistas. Brasília: DF. Senado Federal, 2017. BRASIL. Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região. Súmula nº 72. Arguição Incidental de Inconstitucionalidade. Pagamento de custas. Beneficiário de justiça gratuita. §§ 2º e 3º do art. 844 da CLT (Lei 13.467/2017). Disponível em: < http://as1.trt3.jus.br/bd- trt3/handle/11103/40922 >. 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Comentários ao código de processo civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015. 19 KOURY, Luiz Ronan Neves; ASSUNÇÃO, Carolina Silva Silvino. A gratuidade da justiça no processo do trabalho: reflexões à luz do CPC e da lei n. 13.467/17, Revista Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região. Belo Horizonte, edição especial, 2017, p. 29-48. Disponível em: Acesso em 21 de set. 2020. LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do Trabalho. 12. ed. São Paulo: LTR, 2014. MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 19. ed. São Paulo: Atlas, 2006. SILVA, Franklyn Roger Alves; ESTEVES,Diogo. A nova disciplina da gratuidade de Justiça na reforma trabalhista. 2018. Disponível em: Acesso em 18 de set. 2020
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