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ARTE E MUSICALIZAÇÃO APLICADAS À EDUCAÇÃO
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mensuramos o tanto de arte que nos rodeia entendemos a sua importância. Ora, se ninguém passa vinte e quatro horas sem mergulhar no universo da ficção e da poesia, a poesia concebida no sentido amplo a que me referi parece corresponder a uma necessidade universal, que precisa ser satisfeita e cuja satisfação constitui um direito (CANDIDO, 1995, p. 175). Consoante o autor, vemos que a arte, mais do que uma necessidade, é um direito, ou seja, não só precisamos de arte para viver como temos direito de ter acesso as mais variadas formas de arte existentes. Essa necessidade de arte, de literatura, de música, de teatro já foi muito bem dis- cutida na letra da música “Comida” da banda Titãs que apresentava o direito que o ser humano tem de ter acesso à cultura: A gente não quer só comida,/a gente quer comida, diversão e arte./A gente não quer só comida,/a gente quer saída para qualquer parte./A gente não quer só comida,/a gente quer bebida, diversão, balé./A gente não quer só comida,/a gente quer a vida como a vida quer (TITÃS, 1987). ARTE: O QUE É? Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E24 A escola não pode deixar de exercer o seu fundamental papel social de promo- ver a formação cultural, cognitiva e cidadã do aluno, por isso, o direito a arte que todos nós temos deve ser, também, oferecido pela escola para os alunos. Nesse sentido, notamos a importância que a escola adquire para fazer um trabalho de forma consciente, plural e promover uma educação artística e cultural. Como uma instituição formadora e que está integrada à sociedade brasileira, a escola deve cumprir seu papel instrumental de propiciar uma vivência musi- cal, literária e artística de forma geral. O ensino de Arte deve, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) para o Ensino Fundamental, conduzir o aluno a: expressar e saber comunicar-se em artes mantendo uma atitude de bus- ca pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emo- ção, a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas (BRASIL, 1997, p. 39). Isso corrobora o direito a arte e é função primordial da escola, tendo como pers- pectiva a formação crítica e responsável que ela precisa exercer junto aos alunos. Ao entrarmos em contato com obras artísticas, estamos tendo contato com outras culturas, outras épocas, valores que favorecem a abertura à diversidade, a imagi- nação, a nossa humanidade e a visão crítica sobre a sociedade, pois “a arte solicita a visão, a escuta e os demais sentidos como portas de entrada para uma compre- ensão mais significativa das questões sociais”, aponta o PCN de Arte (1997, p. 19). Apesar de tão nítida a importância da disciplina de Arte na escola, a sua implementação de forma efetiva e consciente no Brasil se dá, no fim do século XX, com a promulgação dos PCNs direcionado a arte. Antes, práticas e ações direcionadas pelas normativas governamentais não postulavam um embasamento sólido e qualitativo para a prática e formação docente, assim, muitas vezes, ficou Um artista é uma pessoa que participa conscientemente na produção de uma obra de arte. (Dickie) Arte na Escola e o Plano Curricular Nacional Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 25 relegada a um plano restrito e maniqueísta, voltando-se a repercutir, apenas, valo- res ou práticas de uma determinada época, como aulas de costura para meninas e marcenaria para meninos; desenhos para meninos e tarefas domésticas para as meninas; produções livres sem orientações ou maiores aprofundamentos. Os PCNs de arte (1997) definiram o objetivo da disciplina para o Ensino Fundamental como uma experiência de investigação do fenômeno artístico e uma reflexão sobre a sua natureza. Propondo que o conhecimento da arte como objeto abarque: A partir disso, notamos que ela é um meio de conhecimento e aproximação de culturas, conceitos teóricos, valores pessoais e saberes. Promovendo a humani- zação do aluno, ou seja, o contato com diferentes experiências culturais fomenta a reflexão sobre o outro, sobre nós mesmos, sobre a diversidade e a significação que cada época e cultura dá a um determinado objeto artístico. O documento divide a arte em: artes visuais, música, dança e teatro que são os tópicos que abordaremos. ARTE: O QUE É? Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E26 ARTES VISUAIS A categoria de Artes Visuais engloba, segundo os PCNs de Arte, formas tradicio- nais: pintura, escultura, desenho, gravura, arquitetura, artefato, desenho; como também outras modalidades que advêm dos avanços tecnológicos, como foto- grafia, artes gráficas, cinema, televisão, vídeo, computação, performance. Ela tem o objetivo de construir o conhecimento artístico, como comunica- ção e expressão, apreciação, produto cultural e histórico, relacionando materiais, técnicas, sensações, sentimentos com o universo criativo da arte. Segundo os PCNs (1997, p. 45), “a educação visual deve considerar a com- plexidade de uma proposta educacional que leve em conta as possibilidades e os modos de os alunos transformarem seus conhecimentos em arte”, assim, o aluno terá suporte teórico e prático para relacionar obras, artistas e períodos, assimi- lando representações e experiências sobre arte e desenvolvendo-se, ao longo de todo processo educacional, no âmbito teórico e pessoal. MÚSICA Quem não gosta de música? Impossível imaginar uma resposta negativa a essa pergunta. Ela sempre esteve associada às manifestações religiosas, sociais, culturais e de época, demonstrando tradição, inovação e diversidade. Por esses motivos, a musicalização deve fazer parte do processo formativo do aluno no ambiente escolar, aproximando-o da riqueza que esse universo sonoro carrega consigo. Trilha sonora de filme, de jogos eletrônicos, de publicidade, de rituais, de celebrações, música instrumental, gospel, eletrônica, clássica, moderna etc. tudo isso compõe a expressão musical que pode ser trabalhada em sala de aula. Um olhar para toda a produção de música do mundo revela a existên- cia de inúmeros processos e sistemas de composição ou improvisação e todos eles têm sua importância em função das atividades na sala de aula (BRASIL, 1997, p. 53). Arte na Escola e o Plano Curricular Nacional Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 27 Por isso, interpretar, experimentar diversos sons e instrumentos, valorizar a cul- tura musical expressa, analisar a estrutura rítmica, estudar o contexto de produção, a linguagem musical são fundamentais para uma apreciação ampla e crítica das sonoridades, formação linguística e formação da identidade do aluno. DANÇA A dança é uma legítima expressão artística do ser humano, compondo o lazer, o trabalho, religiões, cultura e atividades diárias. O ato de correr, pular, descer, subir, expressar-se corporalmente está rela- cionado à dança, ao domínio de seu corpo, à motricidade, à mobilidade e à aprendizagem, por isso, ela deve estar presente na escola. A dança, assim como é proposta pela área de Arte, tem como propósito o desenvolvimento integrado do aluno. A experiência motora permite observar e analisar as ações humanas propiciando o desenvolvimento expressivo que é o fundamento da criação estética. Os aspectos artísti- cos da dança, como são aqui propostos, são do domínio da arte (BRA- SIL, 1997, p. 50). As descobertas e a autoconfiança são aspectos positivos que podem ser propi- ciadas pela dança na escola, trabalhando os mais diversos movimentos, jogos populares, danças indígenas e tantas outras possibilidades, constituindo-se impor- tante para a aprendizagem teórica e prática por parte do aluno. TEATRO A arte do teatro surge com os Gregos e sua valorização