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Gestão Fundamentos da Qualidade Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo – Findes Marcos Guerra Presidente Senai – Departamento Regional do Espírito Santo Flávio Sérgio Andrade Bertollo Diretor-gestor para Assuntos de Educação Solange Maria Nunes Siqueira Diretora Regional Yvana Miriam Pimentel Moreira Gerente do Departamento de Gestão Operacional João Marcos Del Puppo Gerente Executivo de Educação e Tecnologia Lúcia Helena Cunha Gerente do Departamento de Educação Zilka Sulamita Teixeira de Aguillar Pacheco Gerente da Divisão de Educação Profissional Equipe técnica Angelica Terezinha Barbosa Conteudista Tatyana Ferreira Coordenação Larissa Venuto Braga Revisão Pedagógica Zenaide Grijó Denadai Apoio Pedagógico Antônio Alves dos Santos Diagramação Gestão Fundamentos da Qualidade Versão 0 Vitória 2013 © 2013. Senai - Departamento Regional do Espírito Santo Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/02/1998. É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, por quais- quer meios, sem autorização prévia do SENAI/ES. Senai/ES Divisão de Educação Profissional - DEP Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca do Senai-ES - Unidade Serra Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP) SENAI. Departamento Regional do Espírito Santo. S492f Fundamentos da Qualidade / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, Departamento Regional do Espírito Santo. - Vitória : SENAI, 2013. 78 p. : il. Inclui bibliografia 1. Conceitos. 2. Abordagem. 3. Ferramentas gerenciais. 4. Ferramentas de processo. 5. Noções FMEA. 6. Noções de FTA. 7. Programa 5S. I. Título. CDU: 658.56 Senai-ES - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Regional do Espírito Santo Av. Nossa Senhora da Penha, 2053 Ed. Findes - 7º andar CEP: 29056-913 - Vitória - ES Tel: (27) 3334-5600 - http://www.es.senai.br Achou importante? Faça aqui suas anotações. 5 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade Apresentação A busca por alinhamento às determinações legais deve ser uma constante de todos os profissionais. Você, assim como a maioria das pessoas que deseja agregar valor ao currículo, acredita nessa ideia. Por isso, para apoiá-lo na permanente tarefa de se manter atualizado, o Senai-ES apresenta este material, visando oferecer informações necessárias para que você se torne um profissional mais competitivo. Todo o conteúdo foi elaborado por especialistas da área e pensado a partir de critérios que levam em conta textos com linguagem leve, gráfi- cos e ilustrações que facilitam o entendimento das informações, além de uma diagramação que privilegia a apresentação agradável ao olhar. Como instituição parceira da indústria na formação de trabalhadores qualificados, o Senai-ES está atento às demandas do setor. A expectativa é tornar acessíveis, por meio deste material, conceitos e informações necessárias ao desenvolvimento dos profissionais, cada vez mais conscientes dos padrões de produtividade e qualidade exigidos pelo mercado. 6 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade 7 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade Sumário Conceitos da Qualidade ........................................................................................... 8 Abordagem Histórica da Qualidade ...................................................................13 As 7 (sete) Ferramentas Gerenciais .....................................................................43 As Sete Ferramentas de Processo ........................................................................57 Noções de FMEA ........................................................................................................64 Noções de FTA – Análise de Árvore de Falha...................................................67 Programa 5 S ...............................................................................................................72 Referências Bibliográficas .......................................................................................78 Achou importante? Faça aqui suas anotações. 8 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade Conceitos da Qualidade A evolução do conceito O desenvolvimento da gestão da qualidade, desde o “controle da qualidade” até como o conhecemos hoje, pode ser dado como tendo início com o evento da revolução industrial. Quando tratamos do desenvolvimento do trabalho humano, verificamos que, de início, uma única pessoa ou um pequeno grupo de pessoas era responsável pela elaboração de todas as etapas necessárias ao produto. Dessa forma o operador ou operadores eram totalmente responsáveis pelo controle do produto desde o início até o final. Posteriormente, com o avanço da produção em massa e a exigência do desdobramento das tarefas, surge a figura do supervisor, que coincide com o conceito de fábrica, espaço onde não mais um indivíduo ou grupo de indivíduos realizavam proximamente todas as tarefas. Agora, face à crescente demanda por produtos industriais, vários trabalhadores passam a exercer idênticas tarefas em paralelo, sem uma necessária comunicação entre eles. O supervisor aparece como responsável pela qualidade e uniformidade do trabalho da equipe especializada em determinada etapa do processo produtivo. Mais adiante, com a Segunda Guerra Mundial, face à demanda de produtos bélicos ou para alimentar as tropas, o trabalho passou a exigir um número maior de participantes nas equipes especializadas, Achou importante? Faça aqui suas anotações. 9 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade aparecendo a figura do inspetor, com a responsabilidade de executar o controle de qualidade por inspeção. Este processo manteve-se por várias décadas, alterando-se apenas pelo crescimento das equipes de inspeção e chegando, em grandes organizações, a exigir a liderança de um superintendente da qualidade. Outro ganho das equipes de controle de qualidade veio com a introdução de ferramentas estatísticas e gráficos de controle que facilitaram a visão da variabilidade dos processos. A contribuição mais significativa e mais duradoura dessa fase foi a aceitação da inspeção por amostragem em substituição à inspeção cem por cento. Muitas décadas decorreram até que o foco da qualidade saísse da linha de produção, da simples segregação do que não deveria chegar ao cliente, para uma visão que incorporasse outros valores e outros ambientes para a engenharia da qualidade. Outro fato de considerável importância é o de que as constatações obtidas pelas ferramentas estatísticas deveriam deixar de servir apenas para a segregação de produtos de má qualidade ou defeituosos e conduzir o trabalho para a identificação de problemas de real importância para a qualidade e que não se encontravam no interior da organização. Os problemas resultantes de erros de fornecedores e da má percepção das reais demandas do mercado conduziram o gerenciamento da qualidade a uma sexta etapa onde ela termina por surgir como a principal estratégia para os negócios. Estamos diante do Gerenciamento pela Qualidade Total (TQM – Total Quality Management). Podemos dizer, em outras palavras, que o controle de qualidade simplesmente voltado para a inspeção final dos produtos avançou até contemplar o planejamento e o gerenciamento dos processos para alcançar a satisfação do cliente, tornar-se fator decisivo na competitividade e, finalmente, iniciar o reconhecimento da absoluta dependência ao trabalho humano competente e satisfeito para a produção de bens e serviços seguros e com qualidade, além da necessidade de um desenvolvimento sustentável pelo respeito ao meio ambiente. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 10 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade Os enfoques da qualidade assumiram aspetos diversos nos Estados Unidos, na Europae no Japão. Quando observamos um quadro comparativo dessas formas de ver as questões mais fortes da qualidade, verificamos claramente que essas diferenças não chegam a ser conflitantes, mas geram questões de ajustes de interesses ainda sem uma definitiva solução. A convergência existe, porém as prioridades são diversas e essas diversidades geram questões ainda em discussão. Definições de qualidade Segundo o Novo Dicionário Aurélio, definir “é enunciar atributos essenciais e específicos de alguma coisa de modo que a torne inconfundível com outra; é explicar o significado de; indicar o verdadeiro sentido de...” ou “dar a conhecer de maneira exata...”. Definições delimitam, demarcam uma extensão ou uma abrangência e implicam em uma decisão. Ao nos decidirmos pela definição de qualquer entidade, devemos ter presente o verdadeiro alcance desejado, sua real abrangência e como ela implicará na tomada de decisões corretas para obtenção dos resultados pretendidos. Ao definirmos, estamos declarando nossa resolução a respeito de algo, estabelecendo uma posição, uma opção de ação. A definição de qualidade tem sido abordada sob vários prismas, conforme a seguir relatado. Segundo: Os mestres Ishikawa A qualidade total será alcançada com a participação de todas as pessoas da organização. Edwards Deming Deve-se estabelecer competência gerencial para proporcionar qualidade. Crosby Qualidade é fazer bem desde a primeira vez. Feigenbaum A qualidade deve ser projetada e construída. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 11 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade Juran Qualidade é a adequação ao uso. Foco Princípio fundamental da gestão da qualidade que deve sempre buscar o atendimento pleno das necessidades do cliente Cliente Qualidade é o atendimento das necessidades e desejos dos clientes do produto, serviço ou método. Produto Qualidade é o resultado do balanço entre atributos, com e sem custos, agregado ao produto. Produção Qualidade é a conformidade com as especificações do projeto. Processos Qualidade é um método gerencial que visa à manutenção da conformidade, decidindo-se sempre com base em dados e fatos e buscando o aperfeiçoamento contínuo com a participação de todos, baseado nos desejos contemporâneos dos clientes. Sociedade É uma forma de obter a satisfação dos clientes, dos acionistas, dos empregados e dos vizinhos. Visão Transcendente Buscar, sistematicamente, atingir o padrão mais alto. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 12 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade De valor É o atendimento de determinada função buscada pelo cliente, com custo aceitável. Com tantas formas de definir qualidade, geramos espaço para uma discussão complexa; entretanto, se nos reportamos ao início dessa seção, onde vimos o que seja definir, podemos fazer opção por Juran, face à grande abrangência de sua curta definição: “Qualidade é a adequação ao uso”. Em sua simplicidade, ela engloba tudo o que disseram os demais mestres, todos os enfoques mencionados e as visões colocadas. Adequar-se implica, ao mesmo tempo: atender especificações de projeto; estar em sintonia com os vizinhos e o meio ambiente; satisfazer os desejos dos clientes pelo atendimento de suas necessidades, ajustar-se ao poder de compra do mercado; adequar-se aos níveis de custos compatíveis, melhorando o lucro e a satisfação dos acionistas; criar espírito corporativo entre os empregados, e incorporar a tudo que se venha explicitar como possível de agregar valor ao produto e assegurar a garantia de permanência da organização no mercado. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 13 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade 1700 – 1900 A qualidade é grandemente determinada pelos esforços de um artesão individual. Eli Whitney introduz partes padronizadas, intercambiáveis para simplificar a montagem. 1875 Frederick W. Taylor introduz os princípios do Gerenciamento Científico para dividir o trabalho em unidades menores, mais facilmente realizadas – a primeira abordagem para tratar de produtos e processos mais complexos. Focalizava-se a produtividade. Contribuidores posteriores foram Gilbreth e Gantt. 1900 – 1930 Henry Ford: A linha de montagem é maior refinamento dos métodos de trabalho para melhorar a produtividade e qualidade. Ford desenvolveu os conceitos “erro-prova de amostragem”, a “autoinspeção”, a “inspeção durante o processo”. 1901 Estabelecimento dos primeiros laboratórios de padrões na Inglaterra. 1907 – 1908 AT&T inicia a inspeção e o teste sistemáticos de produtos e materiais. 1908 W.S. Gosset (escrevendo como “Student”) introduz a distribuição t de Student, resultado de seu trabalho em controle da qualidade na Cervejaria Guiness. Abordagem Histórica da Qualidade Achou importante? Faça aqui suas anotações. 14 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade 1915 – 1919 WWI – O governo britânico inicia um programa de certificados ao fornecedor. 1919 Forma-se na Inglaterra, a Tecnhical Inspection Association (Associação de Inspeção Técnica). Mais tarde, esta se torna o Institute of Quality Assurance (Instituto de Garantia da Qualidade). 1920 AT&T Bell Laboratories formam um departamento de qualidade, enfatizando qualidade, inspeção, teste e confiabilidade do produto. B.P. Dudding da General Eletric, na Inglaterra, usa métodos estatísticos para controlar a qualidade de lâmpadas. 1922 – 1923 R. A. Fisher publica uma série de artigos fundamentais sobre planejamento de experimentos e suas aplicações às ciências da agriculta. 1924 Walter A. Shewhart introduz o conceito de gráfico de controle em um memorando técnico do Bell Laboratories. 1928 A metodologia de amostragem de aceitação é desenvolvida e refinada por H.F. Dodge e H.G. Romig, no Bell Laboratories. 1931 Walter A. Shewhart publica Economic Control of Quality of Manufactured Product, em que delineia métodos estatísticos para uso na produção e gráficos de controle. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 15 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade 1932 Walter A. Shewhart profere conferências na Universidade de Londres sobre métodos estatísticos na produção e gráficos de controle. 1932 – 1933 A indústria têxtil e de lã da Inglaterra e a indústria química da Alemanha começam a usar experimentos planejados para o desenvolvimento de produto e processo. 1933 A Royal Statistical Society (Sociedade Real de Estatística) constitui a Industrial and Agricultural Research Section (Seção de Pesquisa Industrial e Agrícola). 1938 William E. Deming convida Shewhart para apresentar seminários sobre gráficos de controle na U.S Department of Agriculture Graduate School (Escola de Graduação do Departamento Americano de Agricultura). 1940 O U.S. War Department (Departamento de Guerra Americano) publica um guia para o uso de gráficos de controle na análise de dados de processos. 1940 – 1943 Bell Labs desenvolve os precursores dos planos militares por amostragem- padrão para o Exército Americano. 1942 Forma-se, na Inglaterra, o Ministry of Supply Advising Service on Statistical Methods and Quality Control (Ministério de Aconselhamento sobre Métodos Estatísticos e Controle da Qualidade. 1942 – 1946 Cursos de treinamento sobre controle estatístico da qualidade são oferecidos à indústria; formam-se, na América do Norte, mais de 15 sociedades de qualidade. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 16 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade 1944 Inicia-se a publicação de Industrial Quality Control (Controle de Qualidade Industrial). 1946 Forma-se a American Society for Quality Control (ASQC) – Sociedade Americana para o Controle da Qualidade –, através da fusão de várias sociedadesde qualidade. Deming é convidado a ir ao Japão pela Economic and Scientific Services Section of the U.S. War Department para ajudar as forças de ocupação na reconstrução da indústria japonesa. Forma-se a Japanese Union of Scientists and Engineers (JUSE) – União Japonesa de Cienstistas e Engenheiros. 1946 – 1949 Deming é convidado a ministrar seminários sobre controle estatístico da qualidade para a indústria japonesa. O professor G. Taguchi inicia o estudo e a aplicação do planejamento de experimentos. 1950 Deming inicia a instrução de gerentes industriais japoneses; os métodos de controle estatístico da qualidade começam a ser ensinados em todo o Japão. 1950s Surgem os textos clássicos sobre Controle Estatístico da Qualidade, de Eugene Grant e A. J. Duncan. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 17 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade 1951 Dr. Armand V. Feigenbaum publica a primeira edição de seu livro Total Quality Control (Controle da Qualidade Total), JUSE institui o “Prêmio Deming” para resultados significativos em Controle e Metodologia da Qualidade. 1951(+) G. E. P. Box e K.B. Wilson publicam trabalho fundamental sobre o uso de experimentos planejados e a metodologia da superfície de resposta para a otimização do processo, sendo o foco a indústria química. Depois disso, aumentam continuamente as aplicações do planejamento de experimentos na indústria química. 1954 Joseph M. Juran é convidado pelos japoneses a proferir conferências sobre gerenciamento e melhoria da qualidade. O Estatístico britânico E. S. Page introduz o Gráfico de Controle de Soma Cumulativa (CUSUM). 1957 Primeira edição de Quality Control Handbook (Manual de Controle da Qualidade) livro de Joseph M. Juran e F. M. Gryna. 1959 Achou importante? Faça aqui suas anotações. 18 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade Lançamento da Technometrics (uma revista de estatística para as ciências físicas, químicas e de engenharia: J. Stuart Hunter é o editor - fundador. S. Roberts introduz o gráfico de controle da média móvel exponencial- mente ponderada. O programa espacial tripulado americano torna a indústria consciente da necessidade de produtos confiáveis; o campo da Engenharia de Confiabilidade cresce a partir de então. 1960 G. E. P. Box e J. S. Hunter escrevem artigos fundamentais sobre desenhos fatoriais 2(k-p). O conceito de Círculo de Controle de Qualidade (CCQ) é introduzido no Japão por Kaoru Ishikawa. 1961 Forma-se na Inglaterra, o National Council for Quality and Productivity (Conselho Nacional para a Qualidade e Produtividade), como parte do British Productivity Council (Conselho Britânico de Produtividade). 1960s Cursos sobre controle estatístico da qualidade tornam-se presentes nos currículos acadêmicos de engenharia industrial. Os programas zero defeitos são introduzidos em algumas indústrias americanas. 1969 Cessa a publicação do Industrial Quality Control, substituído por Quality Progress e Journal of Quality Technology (Dr. Lloyd S. Nelson é o editor – fundador do JQT). 1970s Na Inglaterra, O NCQP e o Institute of Quality Assurance se fundem para formar a British Quality Association (Associação Britânica da Qualidade). 1975 – 1978 Começam a surgir livros sobre planejamento de experimentos orientados para engenheiros e cientistas. Começa a surgir nos Estados Unidos o interesse pelos Círculos de Controle de Qualidade (CCQ) – o que desemboca no movimento do gerenciamento da Qualidade Total. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 19 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade 1980s Os métodos de planejamento experimental são introduzidos e adotados por um grande grupo de organizações, incluindo as indústrias eletrônica, aeroespacial, de semicondutores e automotiva. 1984 A American Statistical Association (ASA - Sociedade Americana de Estatística) estabelece o Ad Hoc Committee on Quality and Productivity (Comitê Ad hoc sobre Qualidade e Produtividade); mais tarde ele se torna uma seção da ASA. 1986 Box e outros visitam o Japão, notando o uso extensivo do planejamento de experimentos e de outros métodos estatísticos. 1988 O Malcolm Baldrige National Quality Award (Prêmio Nacional Malcolm Baldridge de Qualidade) é instituído pelo Congresso Americano. 1989 Surge a Revista Quality Engineering (Engenharia da Qualidade) Começa a iniciativa seis sigma da Motorola. 1990s Crescem as atividades de certificação em ISO 9000 na indústria Americana; cresce continuamente o número de concorrentes ao Prêmio Baldrige; muitos estados americanos patrocinam prêmios de qualidade com base nos critérios do prêmio Baldrige. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 20 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade 1995 Muitos programas de graduação em engenharia exigem cursos formais sobre técnicas estatísticas, com ênfase em métodos básicos para caracterização e melhoria do processo. 1997 A abordagem seis-sigma da Motorola se espalha para outras indústrias. 1998 A American Society for Quality Control (Sociedade Americana para o Controle da Qualidade) torna-se a American Society for Quality (Sociedade Americana para a Qualidade), tentando indicar aspectos mais amplos para o campo da melhoria da qualidade. Implementar e manter um Sistema de Gestão da Qualidade baseado na norma ISO 9001. O processo de implementação é importante para alcançar os benefícios do sistema de gestão da qualidade (SGQ). A maioria dos usuários novos obterá retorno mensurável logo no início do processo. Para uma implementação bem-sucedida de seus SGQ, estes sete passos são recomendados: a) Envolver totalmente a Alta Direção, identificar os principais proces- sos e as interações necessárias para cumprir os objetivos de quali- dade; b) Implementar e gerenciar o Sistema de Gestão da Qualidade e seus processos, usando técnicas de gestão de processos; c) Construir um Sistema de Gestão da Qualidade baseado na ISO 9001; d) Implementar o sistema, treinar os colaboradores de todos os níveis e verificar o funcionamento eficaz dos seus processos; e) Administrar o Sistema de Gestão da Qualidade. Se necessário, procurar uma Certificadora Oficial para obter um Certificado ISO 9001 ou, alternativamente, emitir uma autodeclararão de conformidade. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 21 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade ISO 9001:2008 – Sistemas de Gestão da Qualidade – Requisitos ”A norma ABNT NBR ISO 9001:2008 – Sistemas de Gestão da Qualidade, editada pelo comitê ABNT/CB-25, estabelece os requisitos para um Sistema de Gestão da Qualidade”. Este é o primeiro de uma série de artigos que escrevi sobre a ISO 9001. Vale lembrar que essa série de artigos, complementa, mas não substitui a norma em sua edição original e mais atual, dessa forma, o leitor que estiver interessado em implantar um sistema de gestão da qualidade em uma empresa, deve adquirir as normas diretamente no site da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas (http://www.abntcatalogo. com.br/). Inicialmente, devem-se adquirir as versões mais atuais das seguintes normas: • ABNT NBR ISO 9001:2008 – Sistemas de Gestão da Qualidade – Requisitos; • ABNT NBR ISO 9000:2005 – Sistemas de Gestão da Qualidade – Fundamentos e vocabulário. Vamos iniciar respondendo algumas perguntas básicas: • Qual o significado de ISO? • Qual a importância dos padrões oficializados nas normas? • O que é a ABNT NBR ISO 9001:2008? • Quais normas são comparáveis à ISO 9001? • Quais são os princípios da Gestão da Qualidade? • Quais são as principais vantagens de ser certificado na ISO 9001? ISO 9001:2008 Generalidades A ISO 9001 propõe um sistema de Gestão da Qualidade baseado em uma série de princípios internacionalmentereconhecidos. Porém, como a intenção da ISO 9001 é poder ser aplicada a qualquer tipo de empresa, independente do seu porte, nacionalidade, tipo ou complexidade, essa norma não tem, em momento algum, a intenção de uniformizar a estrutura do sistema de gestão, deixando aos gestores de cada empresa, desenhar seu próprio sistema. A ISO 9001 também não tem a intenção de padronizar nenhum tipo de documentação. Embora alguns documentos e registros sejam Achou importante? Faça aqui suas anotações. 22 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade obrigatórios, nem o seu conteúdo nem o seu formato devem seguir nenhum padrão; o seu objetivo é atender aos requisitos por ela preconizados. Dessa forma, pequenas empresas podem muito bem atender a ISO 9001, da mesma maneira que empresas enormes e altamente estruturadas. A complexidade e a estratégia de implantação e manutenção de um Sistema de Gestão da Qualidade baseado na ISO 9001 devem levar em consideração o seguinte: • O ambiente organizacional; • Os riscos associados ao ambiente; • As mudanças no ambiente; • As necessidades da organização; • Os objetivos específicos; • Os produtos fornecidos e os serviços prestados; • Os processos necessários; • A complexidade da estrutura; • O porte da organização. A ISO 9001 tem como função ser utilizada como referência para a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade. Assim, ela pode e deve ser utilizada das seguintes formas: 1. Pela própria organização para implementação, manutenção e melhoria do sistema seguindo padrões internacionais, além de ser- vir como referência para as auditorias de 1ª parte ou auditorias inter- nas do sistema; 2. Pelos clientes, para garantir a qualidade de seus fornecedores atra- vés da análise do certificado ou, usando-a como referência para auditorias de 2ª parte ou de fornecedor; 3. Pelos organismos certificadores para a emissão de um certificado de adequação aos requisitos da norma mediante a auditoria de 3ª parte. Essa auditoria pode ser classificada como auditoria de certifi- cação, manutenção, feedback, especial ou de recertificação. A ABNT NBR ISO 9001: Requisitos para um Sistema de Gestão da Qua- lidade – foi desenvolvida tomando como base duas outras normas da mesma família que devem fazer parte da literatura do gestor do sistema e dos auditores. São elas: Achou importante? Faça aqui suas anotações. 23 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade • ABNT NBR ISO 9000: Sistema de Gestão da Qualidade – Fundamentos e vocabulário; • ABNT NBR ISO 9004: Gestão para o sucesso sustentado de uma organização – Uma abordagem da gestão da qualidade. Veja o que a ISO 9001:2008 nos tem a dizer: Convém que a adoção de um Sistema de Gestão da Qualidade seja uma decisão estratégica de uma organização. O projeto e a implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade de uma organização são influenciados por: a) Seu ambiente organizacional, mudanças neste ambiente e os riscos associados com este ambiente; b) Suas necessidades que se alteram; c) Seus objetivos particulares; d) Os produtos fornecidos; e) Os processos utilizados; f) Seu porte e estrutura organizacional. Não é intenção desta Norma impor uniformidade na estrutura de sistemas de gestão da qualidade ou uniformidade da documentação. Os requisitos do Sistema de Gestão da Qualidade especificados nesta Norma são complementares aos requisitos para produtos. As informações identificadas como “NOTA” se destinam a orientar o entendimento ou esclarecer o requisito associado. Esta Norma pode ser usada por partes internas e externas, incluindo organismos de certificação, para avaliar a capacidade da organização de atender aos requisitos do cliente, os estatutários e os regulamentares, aplicáveis ao produto e aos seus requisitos. Os princípios de gestão da qualidade declarados nas ABNT NBR ISO 9000 e ABNT NBR ISO 9004 foram levados em consideração durante o desenvolvimento desta Norma. Abaixo colocamos a descrição de Normas e Diretrizes certificáveis/ avaliáveis mais utilizadas pelas empresas brasileiras e regularmente feitas pelos Organismos Certificadores atuantes no país. O nome da norma se encontra em ordem alfabética. Além dos itens apresentados, aqui, na plataforma de consulta, você encontrará Normas, Diretrizes, Regulamentos Técnicos, Normas Regulamentadoras, Nacionais e Internacionais. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 24 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade AA 1000 Define as melhores práticas para prestação de contas a fim de assegurar a qualidade da contabilidade, auditoria e relato social ético de todos os tipos de organizações (públicas, privadas e ONGs de todos os portes). ABNT-NBR 15100 Esta norma especifica requisitos para um Sistema de Gestão da Qualidade, quando uma organização necessita demonstrar sua capacidade para fornecer produtos que atendam de forma consistente aos requisitos do cliente, requisitos regulamentares aplicáveis; pretende aumentar a satisfação do cliente por meio da aplicação eficaz do sistema, incluindo processos para melhoria contínua do sistema e assegurar a conformidade com os requisitos do cliente, dos estatutários e regulamentares aplicáveis. ABNT-NBR-15331 – Turismo de Aventura – Sistema de Gestão da Qualidade Esta norma especifica requisitos para um sistema de gestão de segurança no turismo de aventura, quando uma organização pretende aumentar a satisfação e segurança do cliente por meio da efetiva aplicação do sistema, incluindo processos para melhoria contínua do sistema e a garantia da conformidade com os requisitos do cliente e requisitos regulamentares aplicáveis, e necessita demonstrar sua capacidade para assegurar a prática de atividades de turismo de aventura de forma segura e que atendam aos requisitos de segurança do cliente e requisitos regulamentares aplicáveis. ABNT-NBR-15540 A norma tem como objetivo demonstrar o grau de solidez da estrutura de gestão de segurança da empresa. Esta certificação é fundamental para as gráficas que fabricam ou comercializam insumos de segurança, pois implica na adoção de requisitos para dificultar as ações criminosas. ABNT-NBR-15635 – Serviços de Alimentação Requisitos de boas práticas higiênico-sanitárias e controles operacionais essenciais: Capacitar os participantes a compreender os conceitos e requisitos das boas práticas e dos controles operacionais essenciais a serem seguidos por estabelecimentos que desejam comprovar e documentar que produzem alimentos em condições higiênicas e sanitárias adequadas para o consumo. ABNT-NBR-16001 – Sistema de Gestão de Responsabilidade Social Estabelece os requisitos mínimos relativos a um Sistema de Gestão da Qualidade Social, permitindo à organização formular e implementar uma política e objetivos que levem em conta os requisitos legais e outros, seus compromissos éticos e sua preocupação com a promoção da cidadania, desenvolvimento sustentável e transparência das atividades. AIM Progress – Association des Industries de Marque/European Brand Association e PROGRESS – Programme for Responsible Sourcing. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 25 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade A norma permite e promove práticas de aquisição responsável na cadeia de fornecimento, baseado em: normas trabalhistas, saúde e segurança, gestão ambiental e integridade dos negócios. APCER 3002: Qualidade e Segurança Alimentar para Restaurantes. A norma estabelece requisitos de serviço e foi desenvolvida para responder às necessidades dos estabelecimentos fornecedores de alimentos e/ou bebidas, em matéria de qualidade e segurança alimentar. APCER 301: Qualidade do Serviço em Padarias A norma apresenta um corpo principal, onde se encontram definidos os requisitos de serviço e é complementadopor um anexo, no qual se encontra o Plano de Controle que permite a verificação da conformidade com os requisitos mencionados. A prestação do serviço compreende o cumprimento de um conjunto de requisitos associados às características deste tipo de atividade. AS 9100 Os padrões aeroespaciais formados pelas normas AS 9100 (empresas fabricantes) AS 9110 (empresas de manutenção) e AS 9120 (agências), abrangendo toda a cadeia de fornecimento. Isso inclui as empresas que projetam e fabricam equipamentos; fornecem acessórios ou peças de reposição, bem como empresas que oferecem serviços de suprimento e manutenção ou de vistoria e reparos. BONSUCRO É uma iniciativa global que desenvolveu um padrão métrico de certificação, voltado a alcançar uma produção sustentável de cana-de- açúcar e todos seus produtos, como açúcar e etanol, nas dimensões social, ambiental e econômica. BONSUCRO desenvolveu um conjunto de princípios, critérios, indicadores e verificadores, que são usados para certificar produtores de açúcar e etanol que cumprirem com os mesmos em todo o mundo. BPF do inglês Good Manufacturing Pratices (GMP) É um conjunto de ações e critérios que objetiva, especialmente, as condições sanitárias qualidade, segurança de uso e eficiência dos produtos de indústrias ou estabelecimentos que produzem, distribuem produtos alimentícios, farmacêuticos entre outros. BPM – Business Process Management – Gestão de Processos de Negócios É um conceito que une gestão de negócios e tecnologia da informação com foco na otimização dos resultados das organizações através da melhoria dos processos de negócio. São utilizados métodos, técnicas e ferramentas para analisar, modelar, publicar, aperfeiçoar e controlar processos, envolvendo recursos humanos, aplicações, documentos e outras fontes de informação. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 26 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade BRC - British Retail Consortium A norma foi adotada por fabricantes de alimentos em todo o mundo. A certificação para esta norma ajuda fabricantes, proprietários de marcas e revendedores a cumprirem suas obrigações legais e proteger os consumidores. A norma abrange um amplo escopo de áreas de segurança de produto, bem como as de responsabilidades legais e de due diligence, tanto para fornecedores quanto para revendedores. BRC Embalagens – Britsih Ratail Consortium A norma fornece uma base comum para a certificação de companhias fornecedoras de embalagens para fabricantes e revendedores. BS 25999 Gestão de Continuidade dos Negócios ou das operações em um evento de interrupção, seja devido a um grande desastre ou a um incidente menor. É uma norma relevante para organizações que operam em ambientes de alto risco, assim como finanças, telecomunicações, transporte e o setor público, onde a capacidade de continuar operando é primordial para a própria organização, seus clientes e acionistas. BS 8555 - Guia para a Implementação Evolutiva de um Sistema de Gestão Ambiental Interpretação dos Requisitos. Implementação (por fases) de um sistema de gestão ambiental, visando à melhoria contínua e preparação para a obtenção de certificação ISO 14001 e registro EMAS (European EMAS Regulation). BS 8901 Sustentabilidade para Eventos. É uma norma que foi desenvolvida especialmente para a indústria de eventos com a finalidade de auxiliá-la a operar de modo mais sustentável. A norma define os requisitos de um sistema de gestão de eventos sustentáveis para garantir uma abordagem duradoura e balanceada à atividade econômica, responsabilidade ambiental e progresso social relacionado a eventos. BSCI – Business Social Compliance Initiative É uma empresa voltada à iniciativa de empresas comprometidas com a melhoria das condições de trabalho na cadeia de abastecimento global e reconhece a SA8000 como sua melhor prática. CANADA ORGANIC O selo Canada Organic, ou também, conhecido por Biologique Canada, é o selo canadense acreditado pelo Governo Canadense, com o objetivo de desenvolver, manter e expandir o acesso para produtos de países diversos ao mercado canadense. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 27 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade CERFLOR O Cerflor visa à certificação do manejo florestal e da cadeia de custódia, segundo o atendimento dos critérios e indicadores – aplicáveis para todo o território nacional, prescritos nas normas elaboradas pela ABNT e integradas ao Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade e ao Inmetro. CODEX Alimentarius – Ver também HACCP É um código alimentar que engloba uma série de regras, gerais e específicas, relativas à segurança alimentar, formuladas com o intuito de proteger a saúde dos consumidores e assegurar práticas justas no comércio alimentar. Os produtos para o consumo local, ou para exportação, devem ser seguros e de boa qualidade. Data Privacy Audit – Privacidade dos Dados de Auditoria Norma para o cumprimento dos requisitos legais para a privacidade de dados. Centra-se na manipulação segura de dados pessoais no setor privado de direito público. Demeter É a marca de identificação dos produtos biodinâmicos, fazendo parte de uma rede ecológica internacional, ligado ao Demeter International sediado na Alemanha. DFE – Design for the Enviroment Programa de meio ambiente para ajudar os consumidores, empresas e compradores institucionais a identificar produtos de limpeza e outros que são mais seguros para o meio ambiente. EcoSocial IBD – Programa Fairtrade (Comércio Justo) Aplicável exclusivamente a produtos e processos certificados como orgânicos, aplicando-se a empresas, propriedades e grupos produtores que visam desencadear um processo interno de desenvolvimento humano, social e ambiental fomentado por relações baseadas no comércio justo. EEG 2009 – Renewable Energy Law O objetivo da norma é especialmente em nome do clima e proteção ambiental para gerar o desenvolvimento duradouro do abastecimento de energia; reduzir os custos econômicos do abastecimento; preservar recursos energéticos fósseis e cobrar o reforço das tecnologias para geração de energias renováveis. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 28 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade EMAS – Eco-Management and Audit Scheme É uma ferramenta de gestão para empresas e outras organizações avaliarem, informarem e melhorarem seu desempenho ambiental. EurepGap Ver Global G.A.P. FSC – Forest Stewardship Council (Cadeia de Responsabilidade) A Missão do FSC é promover uma Gestão Florestal Sustentável que define os princípios e critérios para uma gestão florestal ambientalmente apropriada, socialmente benéfica e economicamente viável. A norma é aplicável a organizações que processam/transformam produtos florestais e as que comercializam estes produtos. FSSC 22000 – Foundation for Food Safety Certification É uma certificação para os fabricantes de alimentos. Ela inclui os seguintes requisitos: Sistema de Gestão da Segurança de Alimentos, de acordo com a ISO 22000:2005; Programas de Pré-Requisitos, conforme estipulado pela BSI-PAS 220:2008; Requisitos adicionais: inventário de regulamentação aplicável, especificações para serviços e supervisão de pessoal na aplicação de princípios de segurança de alimentos. GHG Protocol É uma ferramenta, reconhecida internacionalmente, para contabilização das Emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE), aplicável a qualquer organização de todos os tipos de atividades e setores. Este protocolo segue os mesmos princípios da ISO 14064. GHGEV – Verificação de Emissões de Gases do Efeito Estufa A norma compreende a verificação de inventários de emissão de gases de efeito estufa, denominada GHGEV, para emissões de linha de base, emissões anuais e para projetos de redução de emissões com baseem diversos padrões reconhecidos internacionalmente, como o GHG Protocol ou as normas internacionais da série ISO 14064. GLOBAL GAP – The Global Partnership for Good Agricultural Practice A norma que substituiu a EUREPGAP para a certificação de produtos agrícolas em todo o mundo. O objetivo é estabelecer uma norma de Boas Práticas Agrícolas (BPA) que inclui diferentes requerimentos para os diferentes produtos e que possa ser adaptada a toda a agricultura mundial. GMP/BPF Ver BPF GOST-R Achou importante? Faça aqui suas anotações. 29 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade Para comercializar várias categorias de produtos na Rússia, é preciso garantir que os produtos atendam aos rigorosos regulamentos e normas nacionais de segurança do sistema GOST-R. GRI G3 Global Reporting Iniciative. São as Diretrizes para Relatórios de Susten- tabilidades. HACCP/APPCC – Hazard Analysis and Critical Control Point ou Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle – Sistema de Gestão de Segurança Alimentar O sistema baseia-se em analisar as diversas etapas da produção de alimentos e os perigos potenciais à saúde dos consumidores, determinando medidas preventivas para controlar esses perigos através de pontos críticos de controle. IBD Ingredientes Naturais Os objetivos são os de estimular e favorecer o uso de produtos e processos, assim como embalagens com menor impacto ambiental, privilegiando o uso de matérias primas renováveis; evitar produtos alergênicos e irritantes; promover o uso de produtos naturais, orgânicos e extrativistas certificados e garantir produtos de limpeza sem petroquímicos. IBD Insumo Aprovado Avaliação de uso dos insumos comerciais disponíveis no mercado de acordo com as principais diretrizes de produção orgânica (normas dos EUA, Europeia, IFOAM, Japonesa, Canadense e Brasileira). IBD não OGM Certificação de produtos que não possuam transgênicos ou OGM - Organismo Geneticamente Modificados. IBEC – IQNet Business Excellence Class É o primeiro conceito mundial de avaliação para Excelência Empresarial para ser usado em todos os setores de atividade. A Extensão e os principais aspectos da avaliação são personalizados para cada cliente. A Avaliação da conformidade de acordo com as normas e especificações internacionais, como a ISO 9001, ISO 14001 ou automotivo, são integrados na avaliação. IECEE-CB Scheme O objetivo principal do sistema é facilitar o comércio internacional de equipamentos elétricos, principalmente, para uso em residências, escritórios, oficinas, estabelecimentos de saúde e locais semelhantes, para benefício dos consumidores, indústrias, órgãos regulatórios etc., aumentando a confiança internacional no processo de avaliação do produto. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 30 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade IECEx Certificado de Conformidade IECEx atesta que uma amostra do produto Ex, descrito no certificado, foi testado independentemente e está em conformidade com as Normas Internacionais enumeradas no Certificado. Ele também atesta que o local de fabricação foi auditado para verificar se o sistema de qualidade do fabricante atende aos requisitos especificados no IECEx, IECEx Documento Operacional OD 005. IEQC 080.000 Esta Especificação define os requisitos para o estabelecimento dos processos para identificar e controlar a introdução de substâncias perigosas (SP) em produtos elétricos e eletrônicos. No caso de substâncias perigosas, eventualmente, serem introduzidas nos produtos, esta especificação define os requisitos para implementação de processos para ensaiar, analisar ou de outro modo, determinar o conteúdo de substâncias perigosas e fazer com que estas informações sejam disponíveis ao cliente. IFS É uma norma de qualidade e segurança publicada pela união da cadeia de supermercados alemães, EDA (Hauptverband des Deutschen Einzelhandels). Esta norma foi adotada pelo equivalente francês, o FCD (Fédération des entreprises du Commerce et de la Distribution). Integra IBD Programa Socioambiental e Fairtrade (Comércio Justo) aplicável a produtos e processos orgânicos. INVENTÁRIO DE EMISSÕES GEE O inventário de GEE contabiliza, de maneira precisa, as emissões e remoções de GEE da organização e possibilita identificar projetos que gerem créditos de carbono. IRIS – Norma da Indústria Ferroviária Internacional Baseada na Gestão da Qualidade com requisitos específicos da indústria de material circulante. ISO 2846-1 A norma especifica as características de cor e transparência que têm que ser satisfeita por cada tinta em um conjunto de tintas coloridas de processo projetado para provas e impressão de produção, usando litografia offset. As condições de impressão especificadas, o substrato definido e o método de ensaio para garantir a conformidade são também definidos. Características são especificadas para tintas usadas para processos em offset., rotativa com sistema de secagem a quente e cura por radiação. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 31 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade ISO 2846-2 Este processo verifica a conformidade das tintas utilizadas nos processos gráficos com os valores de Lab estabelecidos na Norma. Durante a auditoria, são analisados os valores colorimétricos e a transparência das tintas de quadricromia, utilizadas na impressão offset., plana e rotativa com forno. ISO 3664 Esta Norma especifica as condições de visualização para imagens em meios refletivos e transmissivos, como cópias impressas (tanto fotografias como cópias foto mecânicas) e transparências, assim como imagens visualizadas em monitores coloridos. ISO 9001 – Sistema de Gestão da Qualidade Norma que possibilita com que as empresas tenham foco na satisfação dos clientes pelo atendimento a seus requisitos e na preocupação com a melhoria contínua em garantir a conformidade daquilo que fornece. Assim, com a certificação, a empresa assegura que seu processo produtivo é confiável e está organizado em conformidade com as exigências de seus clientes, bem como valoriza sua marca no mercado. ISO 10002 – Satisfação do Cliente A norma é voltada para qualquer organização que deseja exceder as expectativas dos clientes, um requisito básico para empresas de todos os tipos e tamanhos, sejam elas do setor público ou privado. ISO 11135-1 Esterilização de produtos para cuidados da saúde – Óxido de Etileno A esterilização por óxido de etileno (ETO) de produtos para cuidados com a saúde (óxido de etileno – parte 1), e inclui os requisitos para o desenvolvimento, a validação e o controle de rotina para um processo de esterilização para aparelhagens médicas. ISO 12646 Esta norma especifica os requisitos mínimos para as características de monitores a serem usados como prova virtual para imagens coloridas. Entre os requisitos estão às exigências de uniformidade, convergência, taxa de atualização, tamanho diagonal, resolução espacial e reflexo da superfície da tela. Também está identificada a dependência das propriedades colorimétricas no sinal elétrico do driver e a direção da visualização, especialmente para os monitores planos. ISO 12647 É o reconhecimento dos papéis revestidos para impressão offset. plana e rotativa heat set. Na certificação dos processos gráficos, a utilização de insumos em conformidade com esta norma é crucial para a obtenção Achou importante? Faça aqui suas anotações. 32 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade dos resultados colorimétricos nas áreas impressas, quando utilizadas tintas em conformidade com a norma ISO 2846-1. ISO 12647-7 A certificação do sistema de Prova Física garante ao mercado a capacidade do fornecedor gráfico de simular os diferentes processos de impressão dentro das tolerâncias definidas na Norma. A provadeve ser uma referência real para o momento da impressão, além de servir como documento contratual entre as partes interessadas. ISO 13485 – Sistema de Gestão da Qualidade em Produtos Médicos Hospitalares Esta norma apresenta os requisitos de um sistema de gestão abrangente para o projeto e a fabricação de produtos médicos. É a norma de gestão da qualidade elaborada especificamente para organizações que fornecem produtos médicos ou serviços relacionados a fim de garantir o atendimento consistente aos requisitos regulatórios e de clientes. ISO 14001 – Sistema de Gestão Ambiental Norma para garantir a gestão eficiente e eficaz dos assuntos ambientais, pois este sistema possibilita identificar, priorizar e gerenciar os aspectos e os impactos ambientais. ISO 14064 – Sistema de Gestão da Emissão de Gases do Efeito Estufa Especifica e orienta às organizações para quantificação e elaboração de relatórios de emissões e remoções de gases de efeito estufa, monitoramento e elaboração de relatórios das reduções de emissões ou da melhoria das remoções de gases de efeito estufa; e fornece orientação para aqueles que estão conduzindo ou administrando a validação e/ou verificação de declarações de gases de efeito estufa (GEE). ISO 15378 – Sistema de Gestão da Qualidade e Boas Práticas de Fabricação Norma para fabricantes de embalagens primárias para a indústria farmacêutica. Ela contém todos os requisitos da ISO 9001:2000 mais requisitos específicos de Boas Práticas de Fabricação (BPF/GMP) para quem fabrica embalagens primárias para produtos farmacêuticos. ISO 15504 – Tecnologia da Informação − Avaliação de Processo (também conhecida como SPICE) Define um modelo que tem por objetivo a realização de avaliações de processos de sistema, com o foco na melhoria dos processos. O modelo de avaliação de processo é bidimensional: a dimensão do processo (os processos são definidos e classificados em categorias) e a dimensão da capacidade (atributos de processo são agrupados em níveis de capacidade). Achou importante? Faça aqui suas anotações. 33 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade Os requisitos da norma referem-se a processos relevantes, com respectivo nível de maturidade e com a crescente incorporação de processo, incluindo as interfaces em ciclos de melhoria. ISO 17025 – Exigências Gerais para a Competência dos Laboratórios de Testes e Calibração É uma norma internacional, a qual indica que os laboratórios de testes e de calibração operam um sistema de qualidade. Estes são tecnicamente competentes e podem gerar resultados tecnicamente válidos. ISO 21469 A norma especifica os requisitos de higiene para a formulação, a fabricação, o uso e o manuseio de lubrificantes que, durante a fabricação e o processamento, podem entrar em contato acidental com produtos e embalagens utilizadas em alimentos, processamento de alimentos, cosméticos, tabaco, farmacêutico ou animal-alimentação para animais indústrias. ISO 22000 – Sistema de Gestão de Segurança Alimentar Norma tem como objetivo facilitar a comercialização em toda a cadeia da indústria de alimentos mundial, uma vez que muitos países, incluindo o Brasil, visando proteger à sua população, desenvolveram normas nacionais. A nova norma pretende unificar e complementar as diferentes exigências feitas aos exportadores da cadeia alimentar, contribuindo para a reeducação das barreiras técnicas. ISO 22301 – Continuidade dos Negócios A norma irá ajudar a desenvolver um plano de continuidade que irá manter o negócio funcionando durante e após uma interrupção, minimizando o impacto, para que o trabalho possa voltar ao normal rapidamente, garantindo seus principais serviços e produtos entregues. ISO 26000 – Norma sobre a Responsabilidade Social Expressa pelo desejo e pelo propósito das organizações de incorporarem considerações socioambientais em seus processos decisórios e de se responsabilizarem pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente. Isso implica um comportamento ético e transparente que contribua para o desenvolvimento sustentável, que esteja em conformidade com as leis aplicáveis e seja consistente com as normas internacionais de comportamento. ISO 28001 – Sistemas de Gestão de Segurança de Cadeias de Suprimentos Norma de segurança para todas as organizações que fazem parte de uma cadeia de abastecimento, começando com a produção, armazenamento, distribuição (incluindo toda a cadeia de transporte rodoviário, ferroviário, marítimo ou aéreo), todo o caminho até o destinatário. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 34 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade ISO 29990 – Sistemas de Gestão de Serviços de Ensino Norma desenvolvida para resposta à necessidade de um modelo genérico de prática profissional e desempenho da qualidade para fornecedores de serviços de ensino ISO 31000 – Gestão de Riscos Corporativos A norma estabelece princípios, estrutura e um processo para gerenciar qualquer tipo de risco, de forma transparente, sistemática e credível, em qualquer âmbito ou contexto, fornecendo ainda os parâmetros para a gestão de risco, com os princípios e as diretrizes, e irá ajudar as organizações de todos os tipos e tamanhos para gerir o risco de forma eficaz. ISO 50001 – Sistema de Gestão de Energia A norma visa implementar os processos necessários para entender a linha básica de consumo de energia, colocar em prática planos de ação, metas e indicadores de desempenho para reduzir o consumo e identificar, priorizar e registrar oportunidades para melhorar o desempenho energético. ISO/IEC 20000 – Sistema de Gestão de Tecnologias de Informação Esta norma apresenta uma abordagem estruturada que permite às organizações desenvolverem serviços TI de confiança. Constitui, também, uma oportunidade para as organizações salvaguardarem os seus Sistemas de Gestão TI. ISO/IEC 27001 – Tecnologia da Informação Norma desenvolvida para empresas de todos os setores de negócios utilizando sistemas de TI em seus processos ou de comunicação por meios eletrônicos ISO/TS 16949 – Sistema de Gestão Automotiva É uma especificação técnica que alinha as normas dos sistemas de qualidade automotiva existente – brasileira, americana, alemã, francesa e italiana – dentro da indústria automotiva global. Ela especifica os requisitos do sistema da qualidade para projeto/desenvolvimento, produção, instalação e assistência técnica de produtos relacionados à indústria automotiva. ISO/TS 29001 – Óleo e Gás A norma define os requisitos do sistema de gestão da qualidade para a concepção, desenvolvimento, produção, instalação e manutenção de produtos para indústrias de petróleo, petroquímica e gás natural. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 35 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade itSMF – itSMF Fórum TI Service Management É constituída por mais de 1000 empresas e organizações que mantêm e promovem uma troca de experiências entre os prestadores de serviços de TI e também ajuda a criar os princípios básicos para a formação profissional no setor da gestão de serviços de TI. JAS Organic Selo japonês acreditado pelo Departamento de Agricultura Japonês que tem o objetivo de desenvolver, manter e expandir o acesso para produtos de países diversos ao mercado japonês. MDD 93/42/EEC – Medical Device Directive Diretiva de Dispositivos Médicos para o Mercado Comum Europeu. MSC – Marine Stewardship Council Cadeia de Responsabilidade. A norma permite manter fora da cadeia de fornecimento, peixe capturado ilegalmente. A pesca ilegal é um problema sério, causando danos irreversíveis ao ecossistema marinho, nos meios de subsistência e na indústria do peixe em todo o mundo. NATURALAND – Associação de Agricultura Orgânica da Alemanha Determina que agricultorese processadores trabalhem com os mais altos padrões orgânicos para que produzam alimentos de alta qualidade, sem recorrer à engenharia genética, salvaguardando o meio ambiente e o consumidor. Nature Cosmetics Norma para cosméticos com componentes orgânicos. NOIR – Norma de Operação da Indústria de Reciclagem (NOIR) Esta certificação oferece um sistema de gerenciamento de reciclagem abrangente e integrado para a operação. NP 4397 – Norma portuguesa sobre Sistema de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, focalizado nos colaboradores da empresa. Deve orientar e controlar o trabalho de uma organização de modo que esta garanta e possa demonstrar ter capacidade para identificar os riscos para o pessoal durante a realização do trabalho, garantindo um ambiente de trabalho seguro e evidenciando o seu compromisso com a melhoria dessa segurança. OHSAS 18001 – Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional. Occupational Health and Safety Assessments Series Achou importante? Faça aqui suas anotações. 36 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade Comprova que a empresa se preocupa com a saúde e a segurança de seus colaboradores, deixando claro para seus parceiros de negócios e autoridades locais que adotou um Sistema de Gestão voltado para Saúde e Segurança no Trabalho. ONA – Organização Nacional de Acreditação Tem por objetivo geral promover a implantação de um processo permanente de avaliação e de certificação da qualidade dos serviços de saúde, permitindo o aprimoramento contínuo da atenção, de forma a melhorar a qualidade da assistência em todas as organizações prestadoras de serviços de saúde. PARÁ OBRAS – Programa Para Obras Gestão de produção correspondente à análise minuciosa de todos os processos produtivos em obras, otimizando recursos e minimizando prazos. PAS 220 A norma especifica o programa de pré-requisitos que auxiliam no controle dentro dos processos de produção da cadeia de fornecedores para alimentos e deve ser usado em conjunto com a norma ISO 22000. PAS 99 – Gestão Integrada Especificação de requisitos de sistema de gestão integrado aplicável a organizações que procuram integrar dois ou mais sistemas de gestão. PBPQ-H – Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat Objetivo é organizar o setor da construção civil em torno de duas questões principais: A melhoria da qualidade do habitat e a modernização produtiva. PBQP-H DF – Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat – DF Objetivo é organizar o setor da construção civil em torno de duas questões principais: A melhoria da qualidade do habitat e a modernização produtiva. PBQP-H TO – Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat – TO Objetivo é organizar o setor da construção civil em torno de duas questões principais: A melhoria da qualidade do habitat e a modernização produtiva. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 37 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade PDV/GMP Plus A certificação do PDV/GMP Plus se refere a uma série de acordos internacionais que definem um modelo padrão de condutas e procedimentos para resguardar a qualidade e segurança dos componentes da ração animal e, por consequência, do próprio alimento. PED – Pressure Equipment Directive 97/23/EC A diretiva é obrigatória em toda a União Europeia (UE) – ela regula equipamentos sob pressão, amplamente utilizados no processo, nas indústrias de produção de energia e serviços, bem como nas indústrias que utilizam no processamento altas temperaturas de vidro, papel e cartão. PEFC – Programme for the Endorsement of Forest Certification (Cadeia de Custódia) Norma que pretende assegurar aos compradores de madeira e papel que estão adquirindo produtos de gestão florestal sustentável, baseados nos pilares social, ambiental e econômico. PIF – Produção Integrada de Frutas Programa que procura gerar frutas de alta qualidade, priorizando a sustentabilidade, a aplicação de recursos naturais, a substituição de insumos poluentes, o monitoramento dos procedimentos e a rastreabilidade de todo o processo do programa, tornando-o economicamente viável, ambientalmente correto e socialmente justo. PPA – Personal Process Assessment (Avaliação de Processos Pessoal) É um método integrado para a validação do pessoal de gestão da qualidade. Processo VERIFICAR (Atuação responsável). Criado no Canadá, pela Canadian Chemical Producers Association – CCPA – propõe-se a ser um instrumento eficaz para o direcionamento do gerenciamento ambiental, incluindo a segurança das instalações, processos e produtos; e à preservação da saúde ocupacional dos trabalhadores, além da proteção do meio ambiente, por parte das empresas do setor e ao longo da cadeia produtiva. PRODIR – Processo Distribuição Responsável É um processo de gestão voltado para o ramo da Distribuição de Produtos Químicos e Petroquímicos. Baseado no programa RDP (Responsible Distribuition Process) da NACD dos Estados Unidos. O programa aborda de forma sistêmica a gestão da qualidade, saúde, segurança e meio ambiente. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 38 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade PROPERQ Programa Pernambucano da Qualidade nas Obras Públicas PRÓ-TERRA – Padrão Pró-Terra de Sustentabilidade Ambiental e Respon- sabilidade Social É um programa de certificação para empresas e cooperativas que inclui inspeções nos produtores que fornecem para as mesmas. Estas inspeções são determinadas após levantamento dos produtores, os quais são classificados de acordo com o volume de produção e de entrega à empresa. QC 080.000 – Gestão de processos de substâncias perigosas IECQ QC 080 mil destina-se a ajudar as organizações a gerenciar substâncias perigosas em seus componentes e produtos através da gestão de substâncias perigosas no processo (HSPM). Com base na ISO 9001, esta norma internacional define os requisitos para estabelecer processos para identificar e controlar a introdução de substâncias perigosas (HS) em produtos. QUALIHAB Programa da qualidade da construção habitacional do estado de São Paulo. QUALINSTAL – Sistema de avaliação da conformidade de empresas instaladores e instalações Possibilita o estabelecimento de níveis diferenciados de requisitos a serem aplicados em função do tipo ou criticidade dos serviços a serem prestados ou tipo de instalação a ser executada. QUALIOBRAS Programa municipal da qualidade em obras públicas. QUALIOP Programa da qualidade das obras públicas da Bahia. QUALIPAV Programa municipal da qualidade em obras de pavimentação. QUALIPAV RIO Programa municipal da qualidade em obras de pavimentação, obras de arte especiais e obras de drenagem urbana na cidade do Rio de Janeiro. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 39 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade QWEB – Certificação de processos em comércio eletrônico O QWeb é um serviço destinado a entidades que exercem a sua atividade a nível do mercado digital, de qualquer setor de atividade, nas áreas de: business-to-business (B2B), do business-to-consumers (B2C), business- to-goverment (B2G) e citizen-to-governement (C2G), que disponibilizem bens e/ou serviços via Internet. RATING SOCIOAMBIENTAL – Investimentos sustentáveis Diversos programas e iniciativas foram lançados nos últimos anos que procuram mensurar o nível de sustentabilidade das organizações, de forma a balizar as iniciativas internas assim como a avaliação externa por parte de investidores e financiadores: DJSI: Dow Jones Sustainability Index , ISE: Índice de Sustentabilidade Empresarial da BOVESPA , PRI: Princípios de Investimento Responsável, Princípios do Equador, outros. RC 14001 – Sistema de Gestão de Cuidado Responsável A norma incorpora todos os requisitos do padrãoISO 14001, bem como os requisitos do código de Cuidado Responsável. A norma incorpora as iniciativas originais em matéria de saúde e segurança ocupacional do Sistema de Gestão de Cuidado Responsável que correspondem aos sistemas de gestão de processos, bem como os requisitos da norma ISO 14001 a respeito dos sistemas de gestão ambiental. RoHS – Restriction of hazardous substances A Diretiva RoHS proíbe a introdução no mercado europeu de equipamentos elétricos e eletrônicos contendo níveis acima dos permitidos de chumbo, cádmio, mercúrio, cromo hexavalente, retardantes à chama como bifenilas polibromadas (PBB) e éteres de bifenilas polibromadas (PBDE). RSPO – Roundtable on sustainable palm oil Princípios e critérios para produção sustentável de óleo de palma. RTRS ou mesa redonda sobre soja responsável É uma iniciativa internacional na qual, produtores, comerciantes e processadores de soja trabalham em conjunto com bancos e organizações sociais para assegurar o cultivo de soja sustentável em todo o mundo e a responsabilidade social do setor. A sua certificação RTRS demonstra às partes interessadas e clientes a sua aceitação do padrão RTRS. SA 8000 – Sistema de gestão da responsabilidade social A norma envolve o desenvolvimento e a auditoria de sistemas de gestão que promovem as práticas de trabalho socialmente aceitas, proporcionando benefícios à sociedade em geral. Isso envolve a alta direção levando em conta os direitos dos trabalhadores, o ambiente de trabalho e os direitos humanos básicos. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 40 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade SASSMAQ – Sistema de avaliação de segurança, saúde, meio ambiente e qualidade É aplicado ao serviço de logística para produtos químicos e objetivam aperfeiçoar o processo de avaliação destas empresas de forma que elas, cada vez mais, atendam aos padrões técnicos desejados pela indústria química, de forma a reduzir ao mínimo os riscos provenientes nas operações de transporte e distribuição. SCC/SCP – Safety certificate contractors O objetivo da norma é reduzir e prevenir as perdas causadas por acidentes. Aplicável a prestadores de serviços técnico ou pessoal, na saúde ocupacional e procedimentos de segurança. SELO PAULISTA O selo paulista tem por objetivo estimular organizações públicas, privadas e da sociedade civil a introduzir o tema da diversidade em seus ambientes de trabalho e em suas áreas de atuação, com vistas à promoção da inclusão de grupos vulneráveis no mercado de trabalho. SiAC – Sistema de avaliação da conformidade de empresas de serviços e obras da construção civil, inserido no âmbito do PBQP-H. SIG – Sistema integrado de gestão abrangendo as normas ISO9001/ ISO14001 e OHSAS18001. SINDIRAÇÕES Sindicato nacional da indústria de alimentação animal. SISBOV Programa utilizado para a identificação e o controle do rebanho de bovinos e bubalinos no território nacional, bem como o rastreamento do processo produtivo das propriedades rurais. As informações coletadas pelo Sisbov colaboram para nortear a tomada de decisão quanto à qualidade do rebanho nacional e importado. SPICE Ver ISO15504. SQAS - Safety and quality assessment systems ou sistema de avaliação da qualidade e segurança do transporte, armazenagem e manuseamento de matérias perigosas A norma disponibiliza as empresas do setor químico uma ferramenta para avaliar o sistema da qualidade e segurança dos seus fornecedores de serviços de logística de uma forma uniforme e harmonizada. SQF – Safe Quality Food. Certificação para todos os elos da cadeia alimentar Achou importante? Faça aqui suas anotações. 41 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade O programa possui duas normas, a SQF1000 para os produtores primários e o SQF2000 para os fabricantes e distribuidores. TickIT – Sistema de gestão para tecnologia da informação Norma desenvolvida para melhorar a qualidade dos softwares. O objetivo é garantir um serviço de certificação de terceira parte eficiente, baseado num entendimento comum dos requisitos para o desenvolvimento de softwares e um conjunto acordado de qualificações para auditores de softwares. TL 9000 – Telecomunicações A norma enfoca esta necessidade e é um sinônimo de redução de custos, aumento de desempenho e melhoria nas relações cliente/fornecedor e foi desenvolvida especificamente para a indústria de telecomunicações. UEBT – Union for ethical bio trade Estabeleceu critérios e princípios que visam o uso ético e responsável da biodiversidade por empresas que tenham estes produtos como matéria prima. USDA Selo norte-americano acreditado pelo departamento de agricultura dos Estados Unidos, que tem o objetivo de manter e expandir o acesso para produtos de países diversos ao mercado norte-americano. UTZ É um dos maiores programas de sustentabilidade para a certificação da produção sustentável de cacau, café e chá. VDA 6.1 É uma norma desenvolvida pela indústria automotiva da Alemanha (VDA – Verband der automobilindustrie e.V.) Utilizado para certificação do sistema de gestão da qualidade dos fornecedores de montadoras. VDA 6.4 É uma norma desenvolvida pela indústria automotiva da Alemanha para Equipamentos de Produção de cujo objetivo é conseguir qualidade na área da máquina, planta, peças de ferramentaria e inspeção, como também na fabricação de equipamentos de teste. VeriCert A abordagem VeriCert® vai além da ISO 9001 e identifica os processos essenciais da organização, concentrando-se nos riscos a que a empresa se expõe e apontando os pontos mais fortes e fracos do seu sistema gerencial. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 42 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade Ferramentas para o planejamento, gestão do planejamento e gestão da qualidade. As 7 Novas ferramentas Também conhecidas como as sete ferramentas gerenciais, têm sua aplicação voltada ao “problem finding” (identificação/busca do problema) objetivando fornecer aos gerentes e administradores ferramentas que viabilizem o mapeamento dos problemas da qualidade e o planejamento dos esforços para o delineamento de planos de ação para a melhoria da qualidade do projeto, qualidade da conformidade ou qualidade do desempenho. O planejamento e a gestão da qualidade utilizando as sete ferramentas Gerenciais constitui um processo de 3 fases: FASES DO PLANEJAMENTO E GERENCIAMENTO FERRAMENTA GERENCIAL 1ª Fase: Identificação do problema - Diagrama de afinidade- Diagrama de relações 2ª Fase: Determinação das ações e recursos - Diagrama em árvore - Diagrama em matriz - Técnicas de priorização/técnicas de redução 3ª Fase: Estabelecimento de planos contingenciais e cronograma - Diagrama PDPC – process decision program chart – árvore de decisão. Diagrama de rede de atividades/ diagrama de flechas. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 43 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade A aplicação das ferramentas gerenciais da qualidade apresenta as seguintes características que devem ser ressaltadas: • São ferramentas, algumas simples, outras mais complexas, que permitem trabalhar e analisar não apenas informações numéricas (dados quantitativos), mas também informações verbais (dados qualitativos); • De uma maneira geral, a aplicação em larga escala dessas ferramentas ocorre nos níveis de supervisão e gerência para o tratamento de problemas mais complexos, mais vagos e difíceis. Ferramentas gerenciais um quadro geral FERRAMENTAS FINALIDADES Diagrama de afinidade (método – KJ) - Sintetizar, classificar, estruturar ideias pouco definidas. Diagrama de relações - Descobrir e analisar inter-relações de causa e efeito. Diagrama de árvore - Detalhar, desdobrar situações e ações desde o geral até o particular. Diagrama dematriz - Correlacionar de forma lógica para estudar, avaliar e decidir. Técnicas de priorização / redução - Direcionar, estreitar e focalizar análises e tomada de decisões. PDPC – Process decision program chart – árvore de decisão - Identificar, avaliar e planejar alternativas de atuação. Diagrama da rede de atividades / diagrama de flechas - Gerenciar prazos, prioridades e administrar recursos. Nas empresas, as decisões devem ser tomadas com base na análise de fatos e dados. Para aproveitar melhor estas informações, algumas técnicas e ferramentas podem ser aproveitadas. O objetivo principal é identificar os maiores problemas de um processo, produto ou serviço e, com a análise, buscar a melhor solução. Esta edição do chão de fábrica não pretende capacitar o leitor no uso destas ferramentas. A ideia é demonstrar como inseri-las no contexto da qualidade total da fábrica. Com este propósito, vamos apresentar as ferramentas de qualidade mais utilizadas pelo mercado com figuras, ilustrações, gráficos e tabelas, além de um exemplo prático de cada caso. É um conjunto de ferramentas estatísticas de uso consagrado para melhoria da qualidade de produtos, serviços e processos. A estatística As 7 (sete) Ferramentas Gerenciais Achou importante? Faça aqui suas anotações. 44 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade desempenha um papel fundamental no gerenciamento da qualidade e da produtividade, por uma razão muito simples – não existem dois produtos exatamente iguais ou dois serviços prestados da mesma maneira, com as mesmas características. É necessário, então, ter domínio sobre estas variações. A estatística oferece o suporte necessário para coletar, tabular, analisar e apresentar estes dados. Elas fazem parte de um grupo de métodos estatísticos elementares. É indicado que estes métodos sejam de conhecimento de todas as pessoas – desde o presidente aos colaboradores – e devem fazer parte do programa básico de treinamento. Para usar as ferramentas da qualidade, é preciso ter domínio sobre as variações da produção, com coleta, tabulação, análise e apresentação de dados. Para serem bem sucedidas, as organizações devem instituir processos que garantam a autorreflexão e a autoavaliação. Indivíduos, equipes e organizações devem refletir sobre os seus atos, interagindo, assim, com o mundo globalizado; devem ser mais inovadores. A vantagem competitiva é, muitas vezes, a sobrevivência organizacional, pois ela reside na flexibilidade, na capacidade de mudar e no potencial criativo das organizações, que são capazes de responder de forma eficaz aos desafios de uma economia globalizada e turbulenta. A questão da qualidade é hoje um campo de estudo multidisciplinar e de confronto de diversos modelos. Devido a esta necessidade de melhoria continua e para agregar as ferramentas e métodos clássicos já existentes, foram criadas as Sete Novas Ferramentas da Qualidade. As Sete Novas Ferramentas da Qualidade, também conhecidas como “As Sete Ferramentas Gerenciais”, (7FGQ), foram concebidas como um “kit” completo para auxiliar no planejamento, na solução de problemas e no acompanhamento de ações de melhoria. As empresas possuem problemas que dificultam a obtenção de uma melhor qualidade e produtividade, além de uma maior competitividade. Para a solução destes problemas é necessário a identificação da sua causa raiz, e esta deve ser feita através de análises de acordo com uma sequência lógica, baseada em fatos e dados. As 7 Ferramentas do Controle de Qualidade são: • Diagrama de Pareto; Achou importante? Faça aqui suas anotações. 45 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade • Diagramas de causa-efeito (espinha de peixe ou diagrama de Ishikawa); • Histogramas; • Folhas de verificação; • Gráficos de dispersão; • Cartas de controle; • Fluxograma. Desenvolvimento: Diagrama de Afinidade (Método KJ – Kawakita Jiro) Descrição Ferramenta utilizada na fase de planejamento da qualidade com o objetivo de se conhecer o problema por meio da organização das ideias. É a representação gráfica de grupos de dados afins, que são conjuntos de dados verbais que têm entre si alguma relação natural que os distinguem dos demais. Este diagrama é muito usado para reunir grupos de dados dispersos ou organizar grupos confusos de dados, quando as ideias formam um caos, quando o tema é muito grande, ou muito complexo. O diagrama de afinidades pode comportar-se como um “mapa geográfico”. É uma ferramenta exploratória e pode mostrar como um grupo de pessoas entende um problema ou um fato desconhecido. Finalidades • Direcionar a solução de um problema; • Organizar as informações necessárias à solução de um problema; • Organizar as causas de um problema; • Fornecer suporte para solução de um problema; • Fornecer suporte para a inovação de conceitos tradicionais; • Prever situações futuras; • Organizar as ideias resultantes de algum processo de avaliação, como na auditoria da qualidade; • Planejar a coleta de dados para futura Estratificação. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 46 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade Roteiro para Construção 1. Gerar os dados para construção do diagrama de afinidades; 2. Espalhe os dados resultantes sobre a mesa, de modo que todos pos- sam vê-los; 3. Forme grupos de dados, contendo no máximo 5 com alguma carac- terística comum; 4. Identifique cada grupo pela característica comum de agrupamento e registre-a no cartão, título, que deverá ter alguma marca, para diferenciá-lo dos cartões de dados; 5. Prenda cada grupo ao seu cartão título, de modo que apenas este último esteja visível; 6. Repita os passos 3, 4, 5, usando os cartões títulos como cartões dados; 7. Repita os passos, 3, 4, 5 para cada novo conjunto de cartões títulos criados, até que você tenha, apenas, um grupo contendo no máximo 5 cartões títulos; 8. Comece a construção do diagrama pelos pequenos grupos iniciais; construa um retângulo envolvendo cada grupo; 9. Sobre o lado superior do retângulo, coloque o cartão título do grupo 10. Envolva, com um retângulo, os retângulos cujo título forma um grupo. Diagrama de Inter-Relação ou Relacionamento Descrição Representa as relações lógicas entre os fatores relevantes em uma determinada situação ou num problema complexo. Estas relações existentes são indicadas através de setas. É possível se esclarecer e entender uma questão de forma ampla e se chegar às soluções. O Diagrama de Relações toma uma ideia, um problema ou um ponto considerado central e, a partir dele, constrói um mapa de relações lógicas de causa e efeito entre as várias variáveis/vozes descritas pelo mapa. É necessário que as pessoas que irão participar da confecção do Diagrama estejam bastante familiarizadas com este tipo de processo e que tenham a possibilidade de participar de várias reuniões, uma vez que será necessária a realização de várias delas. Achou importante? Faça aqui suas anotações. 47 SENAI-ES • Fundamentos da Qualidade Finalidades • Permitir o entendimento dos problemas que apresentam relações complexas de causa e efeito e/ou relações complexas de meios para objetivos; • Romper com o “pensamento linear” no qual se busca um fluxo linear de causa e efeito que pareça ordenado. Viabiliza a adoção do “pensamento multidirecional”, permitindo que se explorem possíveis “círculos de causalidade” entre as ideais geradas por um conjunto de pessoas; • Permitir o isolamento dos poucos elementos vitais para a situação em análise, identificar as distintas relações e fazer com que todo o pessoal envolvido entenda rapidamente o que preciso ser feito. Aplicações • Quando existem relações tipo causa e efeito ou meios para objetivos complexos com relação a ideais correlatas;
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