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ESCOLA INGLESA ESCOLA INGLESA ESCOLA INGLESA A escola inglesa surge na década de 50 a partir da criação do comitê britânico de teoria da política internacional, onde este comitê tinha como finalidade discutir uma teoria de política internacional que não se prendesse apenas aos debates entre o realismo e liberalismo. . Este comitê era um comitê que estava inserido no contexto das guerras e nas conjunturas da guerra fria, este era patrocinado por magnatas e acabava por se opor a estudar, decifrar e investigar temas que tinham haver com o externo e assim, extrair de ocorrências padrões que poderiam ser elaborados cientificamente. Vale ressaltar que os realistas e liberais também faziam isso, porem faziam com premissas diferentes. Dentro da escola inglesa, temos Hadley Bull, que foi um dos percursores e para este, o interesso nos estudos internacionais que acontecia tanto nos EUA quando na Inglaterra, eram nada mais nada menos que o reflexo do papel de inserção internacional de um e o declínio de outro. . Esta acaba por ser uma teoria conciliadora e sua crítica mais importante é a visão binária; Temos que esta teoria tenta se colocar como uma teoria de meio, onde está propõe uma visão nem tão realista e nem tão do pressuposto da cooperação e de que a anarquia não tem pacto nas relações entre os atores, ela quer quebrar a logica americana, que é da teoria do meanstreaming, onde está tenta polarizar completamente. Assim, acaba por dar um passo para trás e vai buscar em outros lugares explicações para os eventos da política internacional, sempre tentando buscar um pensamento mais amplo, a moralidade e como as ideias importam, e como as ordens têm um impacto. . Ela apresenta traços bem marcantes do positivismo. Estabelecimento das premissas do caminho do meio representado pelo pensamento do Hugo Grotius. . Existe a separação da teoria política clássica da história e da teoria internacional Aqui existia a importância da história . Presença de uma superação do debate entre realistas e idealistas e a inauguração da análise em torno da sociedade estados. . Diversos níveis da consciência humana enquanto operada das interações entre os atores. Em decorrência das inclinações dos seres, em atribuir importância a um dos fatores em especial em detrimento aos outros, acaba se tornando possível de se estabelecer alguns padrões de comportamento no tempo, ou seja, tradições de pensamento que poderiam acabar por representar os atores no ambiente internacional a partir destas preferencias e essa complexidade acaba se projetando em diferentes relações entre os atores internacionais, onde acabam por serem caracterizadas pela escola inglesa em três grandes padrões. . Aqui nesta escola nos é apresentado os 3 paradigmas clássicos, conhecido também como os 3 R’S, onde estes são: Realismo: Aqui temos a ideia de guerra de todos contra todos. Um sistema internacional que é anárquico e negativo e que não tem muito o que fazer, aqui os autores se pautam pela natureza humana negativa e a moralidade é irrelevante, não importa porque o sistema é anárquico e como o sistema é anárquico eu não posso confiar em ninguém, então não posso me pautar na moralidade, não posso ter nada a priore, preciso pensar sempre na minha sobrevivência, por isso que as instituições são irrelevantes, são sempre resultado de poder entre os atores e por isso uma sociedade internacional não é possível, sociedade pressupõem o compartilhamento, como aqui só o poder importa não tem o porque pensar em uma sociedade internacional. Racionalismo: Uma sociedade internacional é possível porque tem tanto cooperação como possíveis conflitos que possam ocorrer, aqui acaba não existindo uma predeterminação, o que pode acontecer é que podemos entender com quais atores estamos nos relacionando e de que certos valores são compartilhados e por tanto existe uma moral compartilhada e aqui, acaba é levado em conta um aspecto mais institucionalizado. Revolucionismo: É a ideia de quase do fim do estado. Acaba por ser cosmopolita e o foco agora é o indivíduo, a moralidade é o aspecto central e essa ideia de anarquia não faz mais sentido, porque nós conseguimos superar completamente a necessidade de buscarmos de forma egoísta os nossos interesses, então não estamos amis preocupados nem com a cooperação e nem com conflitos, porque sabemos que as regras são colocadas. . Aqui o cenário internacional articulado por três componentes que acabam por caracterizarem as relações entre os atores internacionais são: Anarquia internacional que também pode ser a multiplicidade de comunidades políticas independentes que acabam por exercer sua soberania no cenário internacional sem reconhecer nenhuma comunidade política superior a elas. Relações habituais no cenário internacional, onde estas são exemplificadas pelas instituições, o direito internacional, comercio entre as nações. Solidariedade moral que pode acabar sendo também um tipo de comunhão entre os atores internacionais, mais profunda que a política e economia descrita pelos fatores psicológicos e culturais que estabelecem um conceito de humanidade Sociedade internacional ocorre quando um grupo de estados possuem certos interesses e valores em comum, formam uma sociedade no sentido de que eles concebam a si mesmo como orientados por um conjunto de regras em suas relações uns com os outros e compartilham a operacionalização de instituições comuns, assim ainda que os Estados levem em consideração seus cálculos, o que acontece em um outro estado, acaba por não impedir que entre eles sejam estabelecidas regras de convivência como a diplomacia ou direito internacional. . Segundo Bull uma sociedade internacional estuda a ideia de ordem e aqui existe a importância das regras, além de que, para ele os Estados não estão a todo momento entregues aos estados de natureza e existe a presença dos valores morais. . Objetivos da sociedade internacional: { União de crenças e compartilhamento de objetivos de garantir sua sobrevivência. { Manter a independência. { Estados querem garantir a sua vida é compartilhado entre eles. { Garantir que os acordos sejam garantidos. { Garantir a propriedade. . A ordem internacional é mínima, basicamente existe uma ordem internacional, no sentido de que os atores tem como interesse sua própria preservação, isso significa que tem um interesse em comum e essa preservação de estados, vai ser primário dos atores internacionais. . Modelos ideais de ordem internacional soberana se dá por: Conflito cooperação . Na ordem minimalista temos que as regras existem porque são as regras que favorecem o aumento de poder de determinados países que são potencias além que essa diz sobre a preservação dos Estados. . Na ordem maximalista/solidarista temos os numerosos sinais de cooperação, soluções compartilhadas de crises, desarmamento, soluções pacíficas, direitos humanos, organismo multilaterais, além de que estes cenários podem se multiplicar cada vez mais e os organismos são multilaterais. Aqui é possível ter a Organização Internacional a partir do solidarismo. . Bull acaba por adotar a concepção de ordem minimalista. . O conceito de ordem internacional é compartilhado por todos os atores da escola inglesa. . No plano internacional a manutenção da vida temos que um princípio buscado pelos estados é a guerra justa, onde a guerra precisa ser justificada para garantir a sua existência e bem estar.. Bull acaba por defender uma concepção minimalista de ordem . A definição de ordem é “padrão de atividade humana que sustenta objetivos elementares, primários ou universais, como a vida, a verdade e a propriedade. . Sociedade anárquica. . No plano internacional temos: { Guerra justa. { Pactos devem ser cumpridos { Reconhecimento mútuo das soberanias . Temos que as formas de ordem são necessariamente imperfeitas . Quando falamos de mínimo de ordem é igual a existência de instituições que garantem o objetivo de manter a independência e a soberania dos Estados. . Quando temos sinais de perturbação da ordem internacional, acabam por ativar os mecanismos políticos do Sistema Internacional. . Dentro da sociedade internacional temos que os elementos de uma sociedade sempre estiveram presentes, mesmo em diferentes fases históricas do sistema de Estado, em distinto teatros geográficos do seu funcionamento e nas politicas adotadas por diferentes Estados e estadistas um desses três elementos, que pode ser guerra, solidariedade e cooperação e que pode predominar sobre os outros. . Martin Wight: Escreveu “Power politics” em 1946, que era o final da segunda guerra mundial. Segundo ele a guerra é inevitável, mas determinadas guerras podem ser evitadas, isso significa viver entre diversas incertezas e crises. Acaba por enfatizar os efeitos da anarquia internacional, da hierarquia do sistema e do poder que rege a política internacional. . A ideia de “sociedade internacional” acaba por ter uma base na realidade que, por vez esta é precária, mas nenhum momento desaparece e assim, mesmo em períodos de guerra, a idade de sociedade internacional tem sobrevivido e essa sobrevivência, em tempos difíceis foram então, a base para a reconstrução da sociedade internacional, quando a guerra acaba por ceder o lugar para a paz ou o conflito ideológico à détente. . A sociedade internacional acaba por ser dependente do cumprimento das regras e de uma noção subjetiva, o que chamou de ideia de uma obrigação moral comum, que se fortaleceu a longo prazo; . O direito internacional acaba por ter importantes funções subjetivas e objetivas, onde as objetivas se dão porque a sua existência comprova a própria existência da sociedade internacional e as objetivas, porque acaba por estabelecer os direitos e deveres de seus membros. . A sociedade internacional acaba por ser diferente de qualquer outra por ser a forma de sociedade mais inclusiva e acaba por eleger 4 peculiaridades, que são: { É uma sociedade única composta por outra sociedade mais organizada que chamamos de estados. { O número de seus membros é consequentemente pequeno e não passa de 200. { Os membros da sociedade internacional são mais heterogêneos do que os indivíduos. { Seus membros são no conjunto, imortais, no sentido de que sua morte ultrapassa em muito o discurso de uma vida humana. . A anarquia internacional acaba por ser um cenário internacional caracterizado como uma multiplicidade de potências sem governo, onde a causa fundamental da guerra não é a existência de rivalidade histórica, nem de acordos de paz injustos e nem de magoas nacionalistas. A anarquia acaba por ser o elemento distintivo da política internacional e ainda que exista um direito internacional e instituições para modificar ou complicar o seu funcionamento no plano internacional, ela acaba por não estar circunscrita as leis como na politica doméstica, sendo assim, governada pela luta do poder. .
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