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NÓDULOS DE TIREOIDE E CÂNCER DE TIREOIDE

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NÓDULOS DE TIREOIDE 
 ABORDAGEM: 
1. Anamnese + exame físico: tentar achar fatores de risco 
2. Avaliar função de TSH: câncer de tireoide geralmente não altera a função da tireoide 
 TSH suprimido = “hiperfunção” da tireoide  cintilografia 
 Quente/hipercaptante = adenoma tóxico 
 Cirurgia ou ablação com iodo 
 Frio  pode ser câncer = conduta igual ao TSH normal 
 TSH normal = USG 
 < 1 cm  seguimento USG 
 ≥ 1 cm ou suspeito  PAAF 
 História de irradiação 
 Crescimento 
 Rouquidão 
 Microcalcificações 
 Sólidos hipoecoicos e irregulares 
 Classificação de Chammas IV e V = vascularização mais central ao Doppler 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PAAF – CLASSIFICAÇÃO DE BETHESDA: 
1. 1 = insatisfatória  repete PAAF 
2. 2 = benigno  seguimento 
3. 3 = atipia indeterminada  repetir PAAF 
4. 4 = folicular (adenoma ou câncer)  cirurgia 
5. 5 = lesão suspeita  cirurgia 
6. 6 = lesão maligna  cirurgia 
Chammas: 
I = sem vascularização 
II = vascularização apenas periférica 
III = vascularização periférica > central 
IV = vascularização central > periférica 
V = vascularização apenas central 
Pode fazer análise genética = saber se tem risco ↑ ou 
não para câncer 
CÂNCER DE TIREOIDE 
Bem diferenciado Pouco diferenciado 
Etiologia: 
- Mais COMUM de todos 
- Mulher jovem (paciente padrão) 
- BOM prognóstico 
Etiologia: 
- PIOR prognóstico 
- Foge do padrão = pega paciente mais velho, 
homem 
Tipos: 
1. Papilífero 
2. Folicular 
Tipos: 
1. Medular 
2. Anaplásico ou indiferenciado 
 
 Papilífero Folicular 
Características  + comum de todos 
 Mulher entre 20-40 anos 
 EXCELENTE prognóstico 
 Disseminação linfática 
 FR = história de irradiação 
 Corpos PSAMOMATOSOS = acúmulo 
concêntrico de cálcio (sai de um aspecto de 
folículo para aspecto de papila) 
 Associação com radiação prévia 
 Massa de crescimento lento 
 2º mais comum de todos 
 Mulher entre 40-60 anos 
 BOM prognóstico 
 Disseminação hematogênica = osso, 
pulmão e fígado 
 FR = carência de iodo 
 Aumento de células foliculares (DDx 
com adenoma de tireoide) 
 Nódulos solitários envoltos por uma 
cápsula e desprovidos de coloide 
Diagnóstico PAAF = dá diagnóstico apenas citológico 
Corpos psamomatosos 
Células do tipo órfã Annie = núcleo 
transparente 
Histopatológico = tem que avaliar se há 
invasão ou não (PAAF só vê ↑ de células 
– Bethesda IV –, não invasão) 
Tratamento < 1 cm = tireoidectomia parcial 
≥ 1 cm = tireoidectomia total 
***se < 15 anos ou história de irradiação = 
TOTAL 
≤ 2 cm = tireoidectomia parcial 
 Se adenoma = OK 
 Se câncer = tira o resto 
> 2 cm = tireoidectomia total 
Seguimento 1. Supressão do TSH com LEVOTIROXINA = se ficar sem querer um pedaço de tireoide 
com câncer, o TSH vai estimular seu crescimento 
2. USG = após 6 meses 
3. Tireoglobulina > 1-2 ng/dL Ficou tireoide, ainda pode ter 
4. Cintilografia de corpo inteiro (+) câncer = ablação com Iodo131 
 
 Carcinoma Medular da Tireoide (CMT) Anaplásico ou indiferenciado 
Características  Surge das células C ou parafoliculares = 
produz calcitonina 
PIOR prognóstico 
+ raro e agressivo 
Pega pacientes idosos 
FR = deficiência de iodo 
Diagnóstico PAAF = tem alteração celular PAAF = células gigantes 
Apresentação Esporádico = 80%  pior prognóstico 
Familiar = 20%  associação com NEM 2 
 NEM 2A = CMT + feocromocitoma + 
hiperparatireoidismo 
 NEM 2B = CMT + feocromocitoma + 
neuromas mucosos 
Paciente já chega com rouquidão = 
tumor já invadiu tecidos adjacentes 
Evolução muito rápida 
Lesão normalmente é IRRESSECÁVEL 
↓ captação de iodo 
Proto-
oncogene RET 
Pesquisar se há positividade em todos os 
parentes de 1º grau 
 Se (+) = tireoidectomia profilática 
 
Tratamento Tireoidectomia TOTAL + linfadenectomia de 
cadeia central (bainha carotídea à traqueia) 
+ linfonodos paratraqueais 
Se linfonodos comprometidos = 
esvaziamento cervical radical modificado 
Se feocromocitoma = adrenalectomia 
Suporte = TQT + QT/RT ± SNE/ostomias 
Seguimento Avaliação da CALCITONINA = se ↑  
recidiva 
 
CARCINOMA DE CÉLULAS DE HURTHLE: 
 DEFINIÇÃO: 
 Variante mais agressiva e menos diferenciada do folicular 
 DIAGNÓSTICO: 
 Histopatológico 
 TRATAMENTO: 
 Tireoidectomia total + linfadenectomia 
 
COMPLICAÇÕES DA TIREOIDECTOMIA: 
 LESÃO DOS NERVOS LARÍNGEOS: 
 Laríngeo superior = rouquidão discreta + dificuldade em modular o tom de voz 
 Laríngeo recorrente unilateral = rouquidão + ↑ risco de aspiração de saliva 
 Se não melhorar espontaneamente em 1 ano = Laringoplastia 
 Laríngeo recorrente bilateral = estridor + oclusão respiratória alta após extubação 
 Conduta = reintubação ainda no bloco + traqueostomia 
 HIPOPARATIREOIDISMO: 
 Complicação pós-operatória mais comum = remoção das paratireoides ou desvascularização das 
glândulas 
 Hipocalcemia aguda: 
 Irritabilidade neuromuscular = sinais de Chvostek e Trousseau, câibras, tetania, 
broncoespasmo, parestesia 
 Alterações cardiovasculares = ↑ intervalo QT 
 Percebeu durante a cirurgia: 
 Autotransplante do tecido da paratireoide 
 Tratamento da hipocalcemia: 
 Assintomático + Ca < 7,8 OU sintomas leves = reposição somente VO 
 Assintomático + Ca < 7,5 OU sintomas moderados = reposição por IV + VO 
 Risco iminente de vida = 1 ampola em bolus  reposição IV + VO 
 Diagnóstico de hipoparatireoidismo iatrogênico permanente: 
 Hipocalcemia após 8 semanas + ↓ PTH 
 Per

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