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Disciplina: Formação Social, Histórica e Política do Brasil (SES45) O processo de Revolução Industrial ganhou força no Brasil a partir do início do século XX e centralizou-se na região do sudeste do Brasil; a exemplo da Europa, foram registrados movimentos que se caracterizaram como de lutas de classes e que configuraram os primeiros movimentos operários defensores de ideologias alternativas ao capitalismo e clamavam por justiça social. Diante disto, disserte sobre o cenário do operariado brasileiro no interior das indústrias no início do século XX. O Brasil do início do século XX constituía um país que havia acabado de deixar para trás a obrigatoriedade do trabalho escravo e preparava- se para avançar no sentido de estruturar o trabalho assalariado. Foi marcado por lutas, campanhas, ações, greves e reações, tanto por parte dos industriais como dos trabalhadores. O processo de assalariamento dos trabalhadores acabou por gerar diferenciações e segregação social. Os trabalhadores agora empregados na forma assalariada não foram os que outrora estiveram escravizados, o emprego se deu especialmente dos trabalhadores que chegavam ao país nas levas de imigrantes vindos da Europa. No interior das cidades e em torno das regiões industriais, surgem os bairros e as vilas de operários. Esta proximidade de sociabilidade e convivência favoreceu a formação de greves e as mais diversas formas de contestação, tanto das condições de trabalho como da miserabilidade e exploração que se impunha à categoria. Neste cenário, surgem grupos que defendiam ideologias socialistas e anarquistas, que defendiam a necessidade de organização sindical do movimento de trabalhadores, bem como a organização de partidos políticos liderados por operários e tribunais que procuravam mediar e resolver conflitos entre patrões e empregados. No contexto de reivindicações, ocorreram diversas greves que tinham em pauta a redução da jornada de trabalho, o fim do trabalho infantil, descanso remunerado, entre outras reivindicações. A imprensa, que na época estava se estruturando, foi responsável por favorecer a circulação e o fortalecimento do movimento operário, que era censurado e punido por parte do governo. Noventa milhões em ação, pra frente Brasil do meu coração. [...] De repente é aquela corrente pra frente parece que todo o Brasil deu a mão. Todos unidos na mesma emoção, tudo é um só coração. Todos juntos vamos, pra frente Brasil, salve a seleção. O trecho da música "Pra frente Brasil", composta por Miguel Gustavo (1922-1972), fez parte das propagandas políticas de caráter ufanista que foram implementadas em meio ao regime de ditadura militar, visando divulgar e atestar que o país vivia uma espécie de "milagre econômico". Disserte sobre as reais condições econômicas e políticas do Brasil ao longo dos anos de 1970, em plena ditadura militar regida por Ernesto Geisel (1907-1996). Resposta Esperada: O milagre econômico era sustentado em torno de empréstimos estrangeiros e obras no setor de comunicações e energia. Os favorecidos deste governo não foram os membros do povo, mas a burguesia, os banqueiros, os tecnocratas, os militares e as classes médias, naquele processo que ficou conhecido como o milagre econômico. Por outro lado, ocorria excesso de repressão, o que tornava o regime cada vez mais antipático a diversos setores sociais organizados: trabalhadores, intelectuais, profissionais liberais, parcelas da Igreja e demais campos de opositores (a chamada oposição institucional abrangia a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI)). Com a crise mundial do petróleo em 1974, o milagre econômico não podia mais ser celebrado, iniciando um período de progressiva queda do poder aquisitivo de boa parte daquela população, que antes se via numa situação privilegiada.
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