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FARMACOLOGIA DOS ANTIDEPRESSIVOS

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Farmacologia-BBPM 4 
 
 
FARMACOLOGIA DOS ANTIDEPRESSIVOS  
 
 
Ansiedade x Medo 
Ansiedade-​ caráter antecipatório por algo que tem risco potencial, gatilhos internos 
Medo-​ caráter de ameaça iminente, risco real, gatilhos externos. 
Quando essas duas características perdem sua capacidade adaptativa e evolutiva, tem-se um processo 
patológico, que interfere na rotina e na produtividade. “Evolução social em descompasso com a biológica”. 
 
Existem sintomas somáticos- (autonômicos) = Taquicardia, tremores, sudorese, distúrbios TGI, agitação, 
insônia. 
-Consequências a longo prazo e na rotina= ↓ concentração; ↓ atenção; Fadiga/exaustão. 
-Bases neuroquímicas da depressão- eventos prolongados de estresse e ansiedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 BEATRIZ GURGEL-MEDICINA-UFMS 
 
 
Farmacologia-BBPM 4 
 
 
FARMACOLOGIA DOS ANTIDEPRESSIVOS  
 
 
 
 
 
TRANSMISSÃO NORADRENÉRGICA 
 
 
 
então neurotransmissão da noradrenalina tem à Tirosina que é um precursor. Depois disso convertido em L 
DOPA, transportado para versículas e é convertido a noradrenalina por enzimas específicas. A noradrenalina 
então é liberado frente o potencial de ação a entrada de cálcio. Quando liberada, ela pode atuar em receptores 
pós-sinápticos, pré-sinápticos (como o receptor Alfa 2 adrenérgico), que é um receptor acoplado a proteína G 
inibitória e tem essa função de auto-controle na própria liberação de noradrenalina e adrenalina. Ela atua no 
receptor e modula sua própria liberação, como se fosse um freio, e a noradrenalina é recaptada. Pode ser 
metabolizada no neurônio pela Mao monoaminoxidase ou ela pode ser e empacotada para ser liberada 
novamente. 
 
TRANSMISSÃO SEROTONINÉRGICA 
 
OBS: tanto na recaptação quanto na degradação, esses são alvos de basicamente todos os fármacos 
utilizados. 
 
 BEATRIZ GURGEL-MEDICINA-UFMS 
 
 
Farmacologia-BBPM 4 
 
 
FARMACOLOGIA DOS ANTIDEPRESSIVOS  
 
transmissão serotoninérgica a principal diferença o triptofano é precursor você tem a síntese de serotonina 
que é levada para dentro das vesículas sofre exocitose frente a despolarização entrada de cálcio. assim como 
noradrenalina ela só é inativada frente à saída da sinapse por transportadores específicos, recaptadores que a 
gente chama, e é metabolizada pela MAO também. Assim como na sinapse noradrenérgica existem 
auto-receptores e militares e que pode ser receptores serotoninérgicos de vários tipos e em geral 5HT1 A ou B 
que inibem a liberação da própria serotonina. hoje embora nora e serotonina sejam os principais, o principal 
mesmo, é serotonina. 
OBS: até quando eu for falar da fisiopatologia da depressão eu vou usar basicamente a serotonina como 
exemplo mas tudo que eu tiver falando de serotonina, se aplica também, para outras monoaminas. 
 
Logo, a depressão parece estar relacionada com principalmente à NA e serotonina que são monoaminas e 
vão ter uma alteração na sua distribuição, produção, liberação. 
 
 
É complicado a gente falar de um agente que mexe em transmissão serotoninérgica, porque ao contrário da 
noradrenalina que você tem ali meia dúzia de receptores, na serotonina é diferente. 
Existem pelo menos sete grandes grupos de receptores, com sub famílias, e com distribuição em locais 
diferentes, com mecanismos de transdução variados. Tem proteína G inibitória, GQ, GS e canal iônico. 
Se a gente tem neurotransmissores no caso serotonina atuando em receptores que estão em vários locais e 
controla todas as funções do quadro abaixo, obviamente se você usa serotoninérgico que altera a produção e 
liberação de serotonina, você vai ter alterações nestas funções também. 
 
 BEATRIZ GURGEL-MEDICINA-UFMS 
 
 
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FARMACOLOGIA DOS ANTIDEPRESSIVOS  
 
Chamo a atenção para as seguintes: sono, apetite, motilidade do TGI, comportamento sexual, ereção, náusea, 
e vômito. Além disso, imaginação, percepção, pois os agentes alucinógenos agem em receptores de 
serotonina, e por isso eles causam alterações de percepção. 
 
Além disso, embora tenhamos os receptores de serotonina que são autoreceptores, ou seja, que controlam a 
liberação da própria serotonina, temos receptores como 5HT2C que são héteros receptores de noradrenalina e 
dopamina. E o que isso quer dizer? 
Eles estão em pré sinapses dopaminérgicas e noradrenérgicas, e eles podem controlar a liberação de 
dopamina e serotonina. Logo, usando um agente serotoninérgico, você não mexe só em serotonina você pode 
impactar em noradrenalina e dopamina também. 
então mexer com serotonina vai ter um efeito e uma gama de órgãos e sistemas tá ou Impacto inscrições que 
vocês devem imaginar que são complicadas de lidar tá o náusea vômito sono comportamento sexual são 
coisas que você não lida facilmente um paciente está usando medicamento. 
 
TRANSTORNOS DE HUMOR 
Em geral, quando falamos em transtornos de humor, estamos falando em depressão e transtorno de 
personalidade bipolar. 
 
 BEATRIZ GURGEL-MEDICINA-UFMS 
 
 
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FARMACOLOGIA DOS ANTIDEPRESSIVOS  
 
⌐ Humor deprimido, anedonia e negatividade; 
⌐ Sentimento de culpa e desvalia; 
⌐ ↓ atenção, memória e concentração; 
⌐ Fadiga, perda da energia/vigor ou libido; 
⌐ Alteração (↑/↓) peso/apetite e sono; 
⌐ Pensamentos de morte (medo da morte/ideação suicida). 
 
Depressão x humor deprimido 
 
EPIDEMIOLOGIA 
Incidência 2♀:1♂ 
⌐ Fatores genéticos (endógena) e/ou ambientais (reativa); 
⌐ Pode ser secundária (drogas, condições médicas); 
⌐ Chance de novos episódios aumentam (1o 2o 3o ...).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 BEATRIZ GURGEL-MEDICINA-UFMS 
 
 
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NEUROBIOLOGIA DA DEPRESSÃO 
 
 
 
1. BASES NEUROANATÔMICAS 
 
Alterações morfológicas e funcionais 
⌐ Atrofia hipocampal e cortical (↓neurônio/glia)- o hipocampo faz parte do sistema límbico e 
está relacionado à formação das memórias e também tem papel importante no controle 
emocional. 
⌐ ↑volume ventricular (VL/3V)- aumento dos espaços ventriculares. Além disso tem-se 
alterações no padrão de encéfalo, com hiperativação global. 
⌐ Amígdala hiperativa + Hipoativação global. --> A amígdala tem papel central no controle 
das respostas emocionais e de defesa, estresse, medo e ansiedade. 
⌐ Predisposição ou consequência- estudos feitos com gêmeos idênticos tentam eliminar 
essa questão. Utilizando o não doente como se fosse um controle. 
 
 
2. BASE NEUROENDÓCRINA 
DESBALANÇO DO EIXO HPA POR ESTRESSE CRÔNICO 
 
Desbalanço do eixo HPA por estresse crônico 
⌐ ↑CRH, ↑ACTH, ↑cortisol (neurotoxicidade); 
⌐ Atrofia córtex pré-frontal e hipocampo (↓feedback-); 
 
 BEATRIZ GURGEL-MEDICINA-UFMS 
 
 
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FARMACOLOGIA DOS ANTIDEPRESSIVOS  
 
⌐ Perda do controle inibitório HPA (↓supressão). 
 
 
O estresse crônico como agente causal para depressão esse estresse crônico levaria a um 
aumento né uma hiperativação ao do eixo HPA. Lembrando: uma hiperatividade da adrenal 
produção exagerada do cortisol é um glicocorticoide e inibiria normalmente o hipotálamo, 
ele teria essa alça de inibição e numa situação normal, o aumento do cortisol levaria uma 
redução da liberação CRH, você controlaria o eixo. 
O estresse faz com que a amígdala seja ativada, e amígdala aumenta ativação do 
hipotálamo, por isso você vai ter um aumento na produção do CRH e recrutamento da 
adrenal e produçãode cortisol. 
Em geral e o paciente com depressão, você assume o seguinte você tem esse aumento de 
cortisol isso foi detectado em vários pacientes com depressão se você faz coleta de sangue 
um aumento do cortisol Pode ser observado isso tem sido até avaliado como um possível 
biomarcador para depressão, mas claro né um biomarcador meio genérico então não seria 
um biomarcador absoluto você teria que confrontar ele com outras questões. 
O cortisol e os glicocorticóides em excesso são neurotóxicos. O excesso de cortisol poderia 
ser o responsável por aquela atrofia hipocampal e do córtex pré-frontal ou de estruturas 
corticais como eu falei no slide anterior, justamente o hipocampo e o córtex pré-frontal 
participam da inibição do eixo HPA, então percebeu que a amígdala facilita hipocampo e o 
córtex pré-frontal inibem. e o slide anterior de neuroanatomia eu falei para vocês caminho 
dela tá hiper ativada na depressão o hipocampo e o córtex tem atrofia Então qual que é a 
ideia e no paciente com depressão que tem estresse crônico prévio o excesso de cortisol 
leva a neurotoxicidade de estruturas que são sensíveis como hipocampo e o córtex 
pré-frontal você perde o controle negativo do eixo hpa e você aumenta o controle positivo 
causado pela amígdala você aumenta a produção de cortisol E aí você tem um loop de 
aumento de cortisol, neurotoxicidade, perda de controle hipocampal, redução do controle 
negativo isso tudo aumentando cada vez mais. 
 
 BEATRIZ GURGEL-MEDICINA-UFMS 
 
 
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3. TEORIA MONOAMINÉRGICA 
 
Foi observado que pacientes com depressão tinham reduções nos metabólitos de várias 
monoaminas incluindo: serotonina, noradrenalina, e também dopamina mas não em uma 
intensidade tão grande. 
Com base nessa observação pensaram: 
Pacientes com depressão teriam uma disponibilidade menor dessas monoaminas, e essa 
disponibilidade menor seria origem da depressão. 
 
 
 BEATRIZ GURGEL-MEDICINA-UFMS 
 
 
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FARMACOLOGIA DOS ANTIDEPRESSIVOS  
 
 
Então em um paciente normal, teríamos a serotonina produzida e liberada. Ela é produzida 
numa quantidade grande, atuando em receptores pré-sinápticos inibitórios que não deixam 
existir uma liberação exagerada. Mas você tem uma liberação suficiente para ativar tanto 
receptores pré-sinápticos, que são receptores com uma afinidade maior a serotonina ou 
seja, eles são ativados preferencialmente mesmo em quantidades pequenas de serotonina 
e essa quantidade é suficiente para ativar também receptores pós-sinápticos que vão levar 
informação adiante. 
Na depressão por algum motivo, você teria uma redução na liberação de serotonina. A 
serotonina liberada em quantidade menor, seria insuficiente para ativar receptores 
pós-sinápticos, mas ela conseguiria ativar receptores pré-sinápticos, porque mesmo na 
quantidade pequena, esses receptores inibitórios tem uma afinidade mais maior. Então você 
tem uma situação de liberação menor de serotonina, com mecanismo inibitório mantido, 
logo isso acaba reforçando o mecanismo inibitório e redução na liberação de serotonina 
 
 
 
 
 BEATRIZ GURGEL-MEDICINA-UFMS 
 
 
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SPOILER: ​os antidepressivos de maneira geral, aumentam a disponibilidade de serotonina 
e noradrenalina nas sinapses. Então essa teoria explica porque os antidepressivos 
funcionam, só que a gente tem um problema. Os antidepressivos não funcionam de maneira 
aguda, pois quando você começa o tratamento com antidepressivo, o paciente não tem 
resposta antidepressiva por pelo menos três a quatro semanas, e além disso, ele pode ter 
piora dos sintomas nas primeiras semanas. 
Ao mesmo tempo todos os antidepressivos que são usados aumentam serotonina e 
noradrenalina na sinapse de maneira aguda. Então como é que você tem um medicamento 
que aumenta a serotonina na sinapse de forma aguda, em teoria controla isso aqui que tá 
alterado, mas não controla depressão. Então obviamente isso aqui pode ser uma parte do 
problema. 
 
 BEATRIZ GURGEL-MEDICINA-UFMS 
 
 
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FARMACOLOGIA DOS ANTIDEPRESSIVOS  
 
Com base nessa teoria, ela foi levada a um nível adiante e isso tem sido confirmado hoje 
em dia, com técnicas de avaliam a distribuição e a presença de receptores no cérebro de 
pessoas deprimidas. 
 
OBS: Conhecimentos da farmacodinâmica: o que que acontece com uma sinapse ou 
uma linha de transmissão, quando você fica cronicamente com poucos 
neurotransmissores? Você aumenta a expressão dos receptores para que tenha um ajuste 
fisiológico e um contrabalanço, na tentativa de remediar essa alteração. o que tem sido 
observado na depressão é isso: que talvez por se manter por longos períodos como 
concentrações reduzidas de monoaminas, o que acontece no paciente deprimido é que ele 
vai ter uma suprarregulação de receptores monoaminérgicos, então a redução na presença 
de serotonina a longo prazo, faz com que os pacientes deprimidos tenham aumento na 
expressão dos receptores de serotonina. 
 
 
 
 
 
Suprarregulacao monoaminérgica cronica. 
 
 BEATRIZ GURGEL-MEDICINA-UFMS 
 
 
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FARMACOLOGIA DOS ANTIDEPRESSIVOS  
 
A pior aguda dos sintomas que acontece quando o paciente com depressão começa a usar 
o antidepressivo e aquela latência de efeito para que paciente comece a ter um efeito 
antidepressivo. 
Então pensem o seguinte eu tô com paciente depressivo que tá com uma suprarregulação 
de receptores, ou seja, ele tem um sistema hipersensível as monoaminas, porque ele tem 
normalmente o que a liberação de monoaminas. Quando você começa a usar o 
antidepressivo, você dá um “buumm” de monoaminas para esse paciente, logo o paciente 
começa a ter uma hiperativação de receptores em níveis acima do que seria o normal, 
porque ele tem muito mais receptores, do que uma pessoa que não tem depressão. 
Isso explicaria em partes chamado sintomas paradoxais. Por isso, é completamente 
esperado que uma pessoa no começo de tratamento com antidepressivo vai ter que piora 
de ansiedade, alterações absurdas em apetite, sono... a primeira semana de uso de 
antidepressivo é muito sinistra se você não for avisado que isso vai acontecer é muito fácil 
você querer parar de usar o medicamento. 
Frente à ativação crônica: há uma dessensibilização, com neuroadaptação e retorno ao 
mais próximo do normal. Isso explicaria pq os antidepressivos têm essa latência de 
semanas ou meses. Porque você precisa de eventos celulares que envolvem mobilidade de 
receptores, alteração na taxa de produção de receptores, para estabelecer uma alteração 
sináptica a longo prazo. 
 
BUSPIRONA COMO AGENTE ANSIOLÍTICO 
 
Antagonista/agonista parcial serotoninérgico 5HT1a. 
Agonista parcial de receptores de serotonina 5 HT são aqueles que são inibitórios e estão 
na pré-sinapse, atuando agonista parcial ela tem um efeito dual, ou seja, funciona como 
antagonista quando você tem muita serotonina e como agonista quando você tem pouca 
serotonina. Mantendo as ativações em níveis médios. Logo se você tem excesso de 
serotonina ela age como antagonista,se você tem uma falta ela age como agonista, por 
isso ela tem um papel interessante no controle de ansiedade. 
Antagonista/agonista parcial serotonérgico 5HT1A 
⌐ Efeito dual 5HT na ansiedade; 
 Pouca sedação/hipnose; 
 Não prejudica a memória- bom para pessoas 
 Perfil indesejado tolerável; 
 Latência de 21 dias (BZD?)- ou seja, demora à fazer efeito, para regular a expressão 
alterada de receptores serotoninérgicos. 
 
Bom para Ansiedade generalizada; 
 Bom para Ansiedade com depressão​. 
Efeitos indesejados 
⌐ Náuseas, vômito, fome, diarreia ou 
constipação, tontura, cefaleia, fadiga, 
inquietação (↑ansiedade); 
 
 BEATRIZ GURGEL-MEDICINA-UFMS 
 
 
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FARMACOLOGIA DOS ANTIDEPRESSIVOS  
 
 ↓Sedação; 
 ↓Efeitos motores; 
 Sem tolerância e dependência! 
 Melhor tolerado que BZDs! 
 
 
4. BASES NEUROTRÓFICAS 
 
 
 
Foi observado que pacientes com depressão tem atrofia. Adicionalmente a isso com 
estudos mais refinados, foi visto que esses pacientes têm uma redução em fatores 
neurotróficos como o fator neurotrófico derivado do cérebro BDNF, isso reduziria a 
plasticidade neuronal e a neurogênese. 
Entre várias outras funções que seriam= modificações em circuitos neuronais, ou seja, 
capacidade do nosso circuito neuronal em criar novas sinapses, alterasse a sua arborização 
estabelecer novas comunicações, ou seja, nosso sistema nervoso em ser maleável e a 
neurogênese que é a capacidade de novos neurônios surgirem. 
A gente sabe hoje em dia mesmo em adultos a gente tem células não diferenciadas em 
algumas regiões do encéfalo, e as células estão constantemente sofrendo diferenciação 
para neurônios de maneira fisiológica. 
 
 BEATRIZ GURGEL-MEDICINA-UFMS 
 
 
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FARMACOLOGIA DOS ANTIDEPRESSIVOS  
 
Mas isso acontece normalmente diversos motivos incluindo aumento de estresse que 
levam aumento de cortisol que é neurotóxico como eu já falei e também aumento de 
glutamato também é neurotóxico. Em concentrações aumentadas, você teria uma redução 
do BDNF, plasticidade, neurogênese, o que poderia causar alterações à longo prazo. 
Foi observado que antidepressivos após um tratamento crônico, normalizam uma 
neurogênese que é deficiente. 
Glicocorticoide redução de monoaminas ou excesso de glutamato reduziriam a presença do 
bdnf ou Impacto arborização redução dos botões sinápticos e número de células né 
pensando em neurogênese quando você tem um tratamento com antidepressivo você 
aumentaria níveis de bdnf denomina reduzir o impacto de perdão e você restabeleceria 
alterações plásticas né e botou sinápticos arborização e número de neurônios tranquilo. 
 
 
INTERVENÇÕES E TRATAMENTOS 
 
Sao os fármacos de primeira escolha para... 
 Transtornos depressivos; 
 Transtorno bipolar (mania/depressão)- são associados com estabilizadores de humor. 
 Transtornos de ansiedade (TOC/PTSD); 
 Transtornos alimentares; 
 
 BEATRIZ GURGEL-MEDICINA-UFMS 
 
 
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FARMACOLOGIA DOS ANTIDEPRESSIVOS  
 
 Dor crônica ou neuropática; 
⌐ Prevenção/recuperação em AVE (?)- ainda estão em estudos. 
⌐ Transtornos do sono, dependência, disfunções sexuais… 
 
Estigma, subdiagnóstico e entraves sociais (↓adesão)- tabus com relação às doenças 
psiquiátricas. 
 Pacientes refratários ao arsenal atual (30-40%); 
 Severidade e duração dos episódios predizem ↓eficácia; 
 Tratamento deve ser crônico (> 2 anos); 
 
 
Eficácia e limitação dos antidepressivos 
⌐ Eficácia similar em todas as classes; 
- Agravamento inicial dos sintomas= efeitos paradoxais 
- Latência para efeito terapêutico (2 a 4 semanas)- demora para efeitos terapêuticos. 
-Não é incomum utilizar nas primeiras semanas, de efeitos paradoxais, o uso de BZD para 
diminuição dos efeitos iniciais. 
-Ajuste de dose empírico e “sutil”- mesmo tendo doses preconizadas, alguns pacientes 
precisam de ajustes graduais e esses ajustes são sutis e podem frustrar o paciente, até 
encontrar o medicamento ideal. 
 
 ↑Risco de suicídio a curto prazo (< 25 anos)- algumas regioes como cortex pre frontal, 
demoram mais à maturar e podem ser decisivos em pacientes mais jovens. 
 ​x​ 50% mantém sintomas depressivos; 
 x​ Síndrome de retirada com tratamento longo (neuroadaptação). 
- Desmame gradual- pode ser vista como dependência. 
 
 
RACIONAL FARMACOLÓGICO 
↑[monoaminas] crônico e restabilização vias de transmissao que estao alteradas 
(homeostática). 
4 classes principais 
⌐ Inibidores da monoamina-oxidase (iMAO);-1a geração 
⌐ Antidepressivos tricíclicos (ADT);- 1a geração 
⌐ Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS); 
⌐ Antidepressivos “atípicos” (com ação “diversa”). 
 
 
 BEATRIZ GURGEL-MEDICINA-UFMS 
 
 
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FARMACOLOGIA DOS ANTIDEPRESSIVOS  
 
 
 
 
1. INIBIDORES DA MAO 
 
Principal enzima de degradação de monoaminas (dopamina, serotonina e 
noradrenalina). Ela está principalmente ligada a membrana da mitocôndria por isso 
em um modelo de sinapse ela fica na pré sinapse, e onde tem mais mitocôndrias. 
Outras enzimas como a COMT (catecol-o-metiltransferase) também degrada 
catecolaminas, mas ela não tem uma relevância tão grande por isso ela não é 
explorada na depressão. 
 Então a ideia aqui é: bloqueando a MAO, acaba “sobrando” mais na fenda sináptica. 
 Então qual que é o alvo farmacológico? a MAO. 
Qual que é o mecanismo de ação? inibição da enzima. 
OBS: no tratamento de Parkinson também existem fármacos que atuam sobre à MAO 
B, uma isoforma da enzima. 
 
 
 BEATRIZ GURGEL-MEDICINA-UFMS 
 
 
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A enzima tanto A quanto B, degrada agentes simpatomiméticos, como a tiramina, presentes 
em alimentos fermentados em especial queijos curados e vinho. Além de estar presente na 
sinapse, também estão presentes no fígado e na parede intestinal então quando a gente 
come queijo vinho a gente ingere tiramina que é degradada por essa MAO nesses locais. 
Se a tiramina em neurônios em quantidade grande ela atua como que fosse anfetamina, a 
ela consegue usar o recaptador de noradrenalina, serotonina para entrar no neurônio, ela 
consegue entrar na vesícula, ela consegue deslocar noradrenalina para fora da vesícula e 
fazer com que a noradrenalina seja expulsa para à sinapse, ou seja, ela age como um 
simpatomimético indireto, ela aumenta a liberação de noradrenalina. 
Isso não é problema normalmente, mas se você você usa um inibidor irreversível da Mao 
que inibe todas as isoformas, você pode impedir a degradação da tiramina, de forma que 
ela chegue no sistema nervoso em concentrações muito grandes. Além disso a 
noradrenalina que ela deslocaria da vesícula, também não seria metabolizada pela MAO 
porque ela também está ali. 
Reacao do queijo= reação de hiperliberacao de noradrenalina causando Hipertensão; 
 ↑Pressão craniana, cefaleia; AVE. ​Crise noradrenérgica. 
Pq preferimos inibidor reversivel? pq o irreversivel vai manter enquanto estiver 
presente, tendo à MAO A inibida, aumentando risco de interacoes, mesmo que seja 
seletivo para MAO A do q B. Isso faz com q reduza a chance de interacao. 
 
 
 BEATRIZ GURGEL-MEDICINA-UFMS 
 
 
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FARMACOLOGIA DOS ANTIDEPRESSIVOS  
 
Esses últimos em vermelho no quadro, são os que mais possuem reação do queijo, 
mesmo tendo parado de usar há um tempo. 
-SÃO USADOS PARA CASOS REFRATÁRIOS, SAO 3 ESCOLHA. 
 
 
 
 
 
ANTIDEPRESSIVOS- PARTE II 
 
TRICÍCLICOS 
 
- NÃO SÃO 1 ESCOLHA, NA MAIORIA DOS CASOS 
- ↓Custo​ e ​perfil indesejado vastoQual que é o mecanismo de ação? Inibição não-seletiva da recaptação de 5HT/NA 
 
Então o que os tricíclicos fazem é: se ligam nas proteínas de recaptação que estão 
presentes no neurônio pré-sináptico tanto na SERT que é recaptador de serotonina, quanto 
na NET que é o recaptador de noradrenalina, impedindo a recaptação desses dois 
neurotransmissores. 
 
 BEATRIZ GURGEL-MEDICINA-UFMS 
 
 
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FARMACOLOGIA DOS ANTIDEPRESSIVOS  
 
Embora sem edição não seja seletiva, ela pode ser um pouco preferencial ao que que isso 
quer dizer. Tem antidepressivos que preferem noradrenalina, preferem serotonina. Outros 
ficam no meio, então na figura abaixo quanto mais para baixo mais seletivos para 
serotonina e quanto mais para cima mais seletivos para noradrenalina. 
 
● Depressão psicótica- ​Os tricíclicos são muito sedativos, esse é um fator 
importante para lidar com paciente com depressão associada a alteração no 
juízo e percepção. Para pacientes refratários também. 
● Pacientes refratários;- 
● Dor neuropática- ​assim como os inibidores da Mao eles também são linha 
de tratamento para dor neuropática, porque a gente tem mecanismo de ação 
que inibe a recaptação da serotonina e da nora, que são dois componentes 
importantes da Via inibitória da dor. Eles são componentes da via 
descendente, inibindo as duas vias inibitórias da dor. 
 
Perfil indesejado- como não são inibidores seletivos, atuam em sert e 
net. 
⌐ Efeitos anti-histamínicos (sedação, ↑fome/peso)- antagonizam receptores histaminicos. 
Efeitos anticolinérgicos (boca seca, disfunção sexual, constipação, arritmia, taquicardia, 
visão borrada (ereção- parassimpático...)- antagonizam receptores colinérgicos. 
 
 BEATRIZ GURGEL-MEDICINA-UFMS 
 
 
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Hipotensão (antagonista α1 -adrenérgico; ação central?)- na periferia em vasos de pequeno 
calibre receptores alfa 1 causa vasoconstrição e aumento da PA. 
 
Todos tricíclicos tem um potencial de causar sedação, hipotensão, efeito anticolinérgico e 
ganho de peso. Tudo isso que eu acabei de falar está associado efeito anticolinérgico E 
anti-histamínico. Além disso os antidepressivos tricíclicos tem uma chance grande de induzir 
de convulsões ou crises epilépticas, porque eles reduzem liar para epilepsia em especial em 
pacientes que têm predisposição. Por isso eles devem ser usados com cautela em pacientes 
que são epiléticos. 
Clomipramina entre os tricíclicos é a que mais tem relação com a serotonina é mais seletiva 
para inibir a recaptação de serotonina. Quanto maior relação com serotonina maior é a 
chance de efeito gastrointestinal e sexual, porque serotonina está muito relacionada com tgi e 
com disfunção sexual também. 
 
 
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Além de tudo isso no perfil de interação bem complexo quando são associados por exemplo 
com os inibidores da iMao, a gente tem um problema sério porque impede a degradação e 
os triciclos impedindo a recaptação, então aumenta a liberação de monoaminas. Então você 
tem dois mecanismos distintos e combina no mesmo efeito que o aumento da presença de 
monoaminas nas sinapses. 
paciente que tem asma e tem que usar adrenalina e ele faz uso de triciclo Qual que é o 
problema você tá usando um fármaco que reduz a recaptação de monoaminas também a 
adrenalina pode incluir vários outros agentes de ação direta, de novo você potencializa o 
efeito risco de exercer vai ser feito 
pensando em Associação com álcool e depressores do sistema nervoso são extremamente 
se dá efeito antimuscarínico anti-histamínico 
quando associadas com álcool ou outros depressores eles podem causar uma sedação 
tóxica, indução de coma em caso de sobredosagem, tanto de triciclo quanto de outro 
antidepressivo associado. 
 
Perfil indesejado 
 ↓Limiar convulsivo- pode ser suficiente para levar um status epileticus. 
​Prolongamento QT (arritmia)- tem efeito parecido com o da quinidina, alterando à condução 
cardíaca. 
Rebote colinérgico (abstinência)- bloqueio muscarínico muito grande e prolongado. quando 
paro de usar, meus receptores estão aumentados e até ter um down regulation, os sintomas 
são parecidos com intoxicação por organofosforados. 
 Janela terapêutica estreita​- risco aumentado 
 Sobredose: delírio, mania,coma, arritmia, morte súbita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ISRS 
 
 
 
Mecanismo de ação? 
Inibição seletiva da recaptação 5HT. Eles têm uma afinidade seletiva por SERT e não por 
NET então ele vai só impedir a recaptação de serotonina e não de noradrenalina. Nao 
precisa evitar comer queijo, vinho, nao tera sedação, fatores que facilitam a adesão. 
 Ansiedade (1a escolha).- 
 
Usos, ações adicionais e particularidades 
 
Janela terapêutica ampla- margem de segurança grande. 
 
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Tratamento do PTSD (sertralina (inibe também recaptação de dopamina relacionada com 
sensação de prazer, reduzindo a incidência de efeitos indesejados) e paroxetina); 
 Tratamento de TOC e transtornos alimentares; 
 Inibição recaptação DA (sertralina); 
 Parcela de pacientes refratários. 
-Causam falta de apetite e fome. Não usar em anoréxicos. 
OBS: Não necessariamente mais efetivos, mas mais seguros. 
- Não aumentam peso de forma acentuada. 
- Efeito cardíaco nulo 
- 
Perfil indesejado 
⌐ ↓Libido, frigidez, anorgasmia; São explorados na farmacologia, alguns urologistas usam 
para casos de ejaculação precoce. 
-Associados à serotonina: TGI e sexuais. 
 
TGI: ​Náuseas, vômito, fome/anorexia, diarreia/constipação; Frequentes no começo de 
tratamento com efeitos paradoxais pela supra regulação dos receptores. 
 Tontura, cefaleia, fadiga, agitação (agressividade); 
 ↑ Risco de suicídio (jovens)? 
 Inibição enzimática CYP2D6 (↑ADTs); 
 Síndrome da interrupção (tontura, parestesias- formigamento); 
 Síndrome serotonérgica ​(+ISRS/iMAO): tremor, hipertermia, alterações CV, morte; 
 Sobredose: arritmias e morte súbita (raro). 
 
ANTIDEPRESSIVOS ATÍPICOS 
 
Miscelânea de efeitos combinados (+ sujos, ↓seletividade) 
⌐ Inibidores seletivos da recaptação de NA; 
⌐ Inibidores seletivos da recaptação de DA; 
⌐ Antagonistas de receptores 
monoaminérgicos; 
⌐ Agentes melatoninérgicos. 
⌐ Inibidores seletivos da recaptação de 5HT/NA (IRSN)- venlafaxina e duloxetina 
 
⌐ Preferência 5HT; 
⌐ ↓Seletivos 5HT (ISRS); 
 ↑Seguros (ADTs). 
 
A. Duloxetina; 
-Depressão; 
-Ansiedade generalizada; 
-Dor crônica (lombar, osteoartrite); 
 
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 -Dor neuropática (fibromialgia, diabetes); 
 -↑PA (hipertensão)- inibe à recaptacao de noradrenalina, efeitos simpaticos. 
 -Midríase (↑pressão ocular)- efeitos na recaptacao noradrenergica, efeitos simpaticos 
 
 
B. (Des)Venlafaxina; preferência por inibir recaptação de serotonina. 
Efeitos noradrenérgicos de acordo com a dose. 
⌐ Espectro de ação dose-dependente (↓dose, ISRS); 
- Depressão; 
 -Pânico; 
 -Ansiedade generalizada e social; 
 -↓Sintomas menopausa/TPM (off-label)- controla efeitos. 
 -↑↑PA (hipertensão, ↓CR)- conseguimos reduzir esses efeitos de forma controlada. 
 -Sobredose (cardiotoxicidade). 
 
 
⌐ Bupropiona- inibidorda recaptação de dopamina, mas também 
noradrenalina em menor extensão. 
⌐ ↓Efeitos TGI/sexuais (↓interferência 5HT)- bom para pacientes com efeitos sexuais, mas 
não é tão boa com antidepressivo. Bom para quem está desmamando à nicotina e síndrome 
de abstinência. 
 Dependência nicotínica (talvez outras?); 
 Controle de peso (+topiramato)- paciente que come por ansiedade. 
 TDAH (off-label); 
 ↓Limiar convulsão (epilepsia, anormalidades eletrolíticas); 
 Abstinência a sedativos/álcool (depressores); 
 Alterações CV (↑PA, ↑FC)- 
 
Inibidores seletivos da recaptação de NA 
⌐ Reboxetina, atomoxetina- nenhum dos dois estão liberados no brasil. 
⌐ ↓Efeito antidepressivo (TDAH?); 
 ↑FC, ↑PA. 
 
 
Antagonistas de receptores monoaminérgicos (perfil sujo) 
⌐ Mirtazapina: bloqueio α2, 5HT2A, 5HT2C e 5HT3, H1(↑); 
⌐ Mianserina: bloqueio α1, α2, 5HT1C, 5HT2, 5HT3 e H1; 
 ↑Apetite e sedação (idosos)- são problemas grandes para à maioria das pessoas, no 
entanto, em idosos isso é bom. O bloqueio de receptores histamínicos, causam aumento do 
apetite e sedação. 
 
 
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Inibidores de recaptação de serotonina e antagonistas (IRSA) 
⌐​ ​Trazodona:​ SERT(↓) + bloqueio 5HT2, α1 (vasodilatação e priapismo em homens, que 
é indução de erecao peniana, sendo uma emergência) e (H1- efeito sedativo e utilizado 
como hipnótico). Quase nunca é utilizado como antidepressivo, mas para efeitos de insônia. 
⌐ ​Vilazodona:​ SERT(↑↑) + agonista parcial 5HT1A; 
⌐ ​Vortioxetina:​ SERT(↑↑) + agonista parcial 5HT1A e 5HT1B,bloqueio 5HT1D, 5HT3, 
5HT7- vantagem de melhorar sintomas cognitivos. 
 
EM GERAL OS ATÍPICOS tem: 
-Pouco efeito colinérgico 
-Pouca hipotensão 
-Pouco efeito cardíaco. 
 
Agonistas de receptores de melatonina (MT1/MT2) 
-Agomelatina- quase igual à estrutura da melatonina. Agonista de receptor de melatonina. 
⌐ Antagonismo 5HT2B e 5HT2C- impede mecanismos de autocontrole. 
Efeitos indesejados: ​Tontura, cefaleia, hiperidrose; Hepatotoxicidade (↑ALT/AST); 
 Contraindicada com etanol- efeito sedativo potencializado pelo etanol. 
-Depressão associada à insônia 
 
 
Vários antidepressivos tem metabolitos ativos, isso impacta no tempo de meia vida. 
Fármacos com tempo de meia vida maior, garantem concentrações maiores,mesmo se eu 
esquecer de tomar não vou sentir tanto como FLuoxetina. Já à Venlafaxina vou sentir os 
efeitos se esquecer uma dose. 
Quanto maior distribuição, maior à capacidade de ficar em outros tecidos à não ser no 
sangue. 
Em geral todos se ligam a proteínas, podendo haver interações que se ligam muito, como 
Varfarina. Um pode deslocar o outro e levar à uma intoxicação. 
Venlafaxina não se liga tanto as proteínas, evitando intoxicação. 
 
TRATAMENTOS NÃO FARMACOLÓGICOS 
 
Eletroconvulsoterapia > Estimulação eletromagnética 
⌐ Associado a bloqueadores musculares e anestésicos; 
 Efetiva em pacientes refratários aos fármacos; 
 Recomendada em ↑severidade (endógena); 
 Efeitos a curto prazo; 
 Perda de memória e confusão; ↑Custo. 
 
 BEATRIZ GURGEL-MEDICINA-UFMS

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