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Apostila de Liquidação de Sentença Professora Maysa Infante APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA O Direito do Trabalho é uma das poucas áreas jurídicas a ter tamanha ligação com as questões de cálculos. Verifica-se a quantidade de vezes que palavras como divisor, reflexos, adicional, integrações, cálculos de horas extras, termos estes ligados à matemática pura, aparecem nas questões ligadas à área trabalhista. É bem verdade que, a matemática não é sempre bem vista e estudada nos meios jurídicos, mas existem maneiras de torná-la uma preciosa e acessível ferramenta, sem a necessidade de buscar, sempre que preciso, um calculista para elaborara parte que ‘não caberia’ ao especialista da área de direito. E os acordos? Como raciocinar de forma rápida no momento de um acordo repentino? Sim, é possível aprender a calcular, com conceitos primitivos que todos guardaram, de alguma forma, em algum compartimento da memória e que nesta aula serão abordados num formato mais atraente. Basta pensar que, Liquidar uma Sentença, significa transformar palavras em números. Ao ler as determinações de uma sentença, a cada item deferido, existe um número, uma fórmula equivalente. Neste momento, a sentença trabalhista se entrelaça à matemática e torna-se possível apurar o valor devido. Desta forma, o trabalho será de matemática pura, das quatro operações, bastando para isto, uma calculadora simples. Entretanto, existe a possibilidade de utilização dos sistemas como Excel, Juriscalc e, atualmente, Pjecalc, em um segundo momento. Desmistificar a matemática é o grande desafio!!!!!! CONTEÚDO PROGRAMÁTICO • Horas extras/exercícios • Repouso Semanal Remunerado/exercícios • Intervalos/exercícios • Hora Noturna e Adicional/Exercícios • Salário/Comissões/Exemplo • Proporcionalidade • Adicionais • Integrações horas extras e adicionais • Outras Verbas Trabalhistas: Vale Transporte, Seguro Desemprego, Fgts + Multa de 40%, Multas do Art.477 e 467. • Cota Previdenciária • Juros e Correção Monetária OBJETIVOS Calcular horas extras através do MÉTODO DOS 5 PASSOS, que consiste em cinco passos, que serão apresentados através de situação real de reclamação trabalhista, permitindo que já ao final da primeira aula, o aluno seja capaz de apurar horas extras. I - INTRODUÇÃO Superado o processo de conhecimento e com o trânsito em julgado da sentença, o devedor é citado para pagar o quantum apurado na liquidação de sentença e, assim, inicia-se o PROCESSO DE EXECUÇÃO. Este período entre o TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA e o início do PROCESSO DE EXECUÇÃO é a fase de LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA: o valor devido é determinado e os cálculos homologados para imediata execução. A LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA É A UNIÃO (PONTE) ENTRE A SENTENÇA E A EXECUÇÃO. - Sentença Líquida: fixa o quantum devido – sentença e cálculos transitam em julgado simultaneamente – método amplamente utilizado na Justiça do Trabalho através do sistema PJECALC. VAMOS FALAR SOBRE A SENTENÇA LÍQUIDA ????? - Sentença Ilíquida: não fixa o valor do crédito – fornece os parâmetros básicos para a conta de liquidação, podendo ser por cálculos, arbitramento ou por artigos. (art 879 CLT) • INDEPENDENTE DA FORMA QUE SE APRESENTE A SENTENÇA, A CORRETA LIQUIDAÇÃO DEPENDE DA EXATA INTERPRETAÇÃO DO CONTEÚDO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA. DEVE-SE OBSERVAR QUE NÃO SE PODE ALTERAR A SENTENÇA, NÃO PODENDO A LIQUIDAÇÃO IR ALÉM NEM AQUÉM DO QUE A SENTEÇA CONCEDEU. 1. HORAS EXTRAS - CLT art 58, 59,61, 64 e 65 e CF art 7º • O cálculo trabalhista gira em torno da apuração de horas extras por ser o pedido mais comum nas ações. • O termo JORNADA significa o período trabalhado em um dia...não há Jornada Semanal!!!!!!!!!!!!!!!! • Art. 58 CLT - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite. (normalmente 8horas/dia de segunda a sexta e 4horas/sábado) § 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) § 1o O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001) § 2o Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001) § 3º As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas com o acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) § 4o Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial ser estabelecido em número inferior a vinte e seis horas semanais, as horas suplementares a este quantitativo serão consideradas horas extras para fins do pagamento estipulado no § 3o, estando também limitadas a seis horas suplementares semanais. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) § 5o As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser compensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução, devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês subsequente, caso não sejam compensadas. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) § 6o É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter um terço do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) § 7o As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130 desta Consolidação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) • A remuneração de serviço extraordinário é de no mínimo 50% da hora normal. art .59 CLT – antes da CF/88 era de 25% • Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) § 1o A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) § 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001) § 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma dos §§ 2o e 5o deste artigo, o trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) § 5º O banco de horas de que trata o § 2o deste artigo poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximode seis meses. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) § 6o É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 e em leis específicas, é facultado às partes, por meio de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. (Redação dada pela Medida Provisória nº 808, de 2017) (Vigência encerrada) § 1º A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73. (Redação dada pela Medida Provisória nº 808, de 2017) (Vigência encerrada) § 2º É facultado às entidades atuantes no setor de saúde estabelecer, por meio de acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. (Redação dada pela Medida Provisória nº 808, de 2017) (Vigência encerrada) Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) Art. 59-B. O não atendimento das exigências legais para compensação de jornada, inclusive quando estabelecida mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária se não ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) Parágrafo único. A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de compensação de jornada e o banco de horas. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) • A maioria dos trabalhadores possui carga mensal de 220 horas – antes da CF era de 240 horas. • HORAS EXTRAS - QUANTIDADE DE HORAS EXCEDENTES À JORNADA NORMAL (CONTRATUAL) DE TRABALHO. NENHUM TRABALHADOR PODE TRABALHAR MAIS DE 8 HORAS POR DIA, A NÃO SER QUE HAJA ALGUM ACORDO, CONVENÇÃO OU CONTRATO POR ESCRITO. (ver art 58 e 59 CLT) 2. MÉTODO – 5 PASSOS • EXERCÍCIO MODELO 1: • Admissão: 01/04/2012 • Demissão: 30/09/2012 • Salário: R$ 1.000,00/mês • Contratado para trabalhar de segunda a sexta: das 08:00 às 17:00h com 1 hora de intervalo • Sábados: das 08:00h às 12:00h • Entretanto, trabalhava de segunda a sexta: das 08:00h às 19:30h, com 1 hora de intervalo • Sábados: das 8:00h às 12:00h • Não trabalhava aos feriados 06/04 01/05 07/06 07/09 1. Calcular o valor total de horas extras a 50% acima da 8ª hora diária e 44ª semanal 2. Calcular a integração das horas extras nas verbas rescisórias: Aviso Prévio, 13º salário e férias proporcionais + 1/3 3. Calcular o valor histórico total da condenação • 1º PASSO: Observar a data de admissão e demissão do empregado, evitando erros em proporcionalidade de dias trabalhados. (os trabalhadores nem sempre iniciam um pacto de trabalho no 1º dia do mês, nem encerram o pacto no último dia do mês). • No momento de apurar o 13º salário, férias + 1/3, médias de horas extras para integração em verbas rescisórias, esta observação é essencial. • São inúmeras as impugnações a cálculos, por não observarem a correta proporcionalidade dos dias trabalhados nos meses de admissão e demissão. Antes de iniciarmos o segundo passo, vamos recordar: • Não se pode trabalhar misturando as unidades, horas e minutos, por exemplo: • 7:20h = 7 horas e vinte minutos • É necessário converter esses minutos em fração da hora, para que se possa elaborar os cálculos em uma só unidade. No caso, a hora: 1 HORA 60 MINUTOS X 20 MINUTOS Multiplicando em cruz, temos: 60x = 20 logo x= 20/60 x= 0,333....h Então, 7:20h = 7,33 h Conclusão: Para transformar minutos em fração da hora, basta dividir estes minutos por 60 2º PASSO: AVALIAR A CARGA CONTRATUAL: TRABALHADOR DE 220H/MÊS, 180H/MÊS, ETC....VERIFICAR DEDUÇÃO DO INTERVALO INTRAJORNADA. Vejamos: JORNADA CONTRATUAL: SAÍDA – ENTRADA – INTERVALO No modelo: 2ª/6ª - 17h(saída) – 8h (entrada) – 1h(intervalo) = 8h/dia x 5 dias = 40 horas /semana Sábado – 12h(saída) – 8h (entrada) = 4horas Total semanal do trabalhador = 40h (2ª/6ª) + 4h(sábado) = 44horas Total mensal = 220 horas 3º PASSO: AVALIAR A CARGA EXTRA (REAL) COMPARANDO A JORNADA EXTRA COM A CONTRATUAL, da seguinte forma: SAÍDA – ENTRADA – INTERVALO – JORNADA CONTRATUAL = Nº DE HE No modelo: 2ª/6ª - 19,5h(saída) – 8h(entrada) -1h (intervalo) – 8h(contratual) = 2,5he/dia Observando que 30 minutos foram convertidos em 0,5 hora, certo? Sábado = não tem horas extras 4º PASSO: VAMOS LIGAR AS HE AO SALÁRIO, como a seguir: Sabemos que o empregado recebe R$ 1.000,00 por mês. Vamos escrever da seguinte forma: SAIBA MAIS 6 DIAS DE TRABALHO/SEMANA 44 HORAS/SEMANA 30 DIAS DE TRABALHO = 1 MÊS 220 HORAS Para conferir esta igualdade, basta multiplicar em cruz. O resultado será 1320 nas 2 direções. Logo, um trabalhador de 44 horas semanais, em 1 mês, será um trabalhador de 220 horas. Logo: R$ 1.000,00/mês = R$ 1.000,00/220 horas (já que 1 mês = 30dias = 220 horas) = 1.000:220 = R$ 4,55/hora = salário/hora do empregado Entretanto, é preciso saber quanto ele ganhava por hora extra, porque queremos apurar o valor das horas extras. Sabendo que a hora extra é remunerada com 50% neste caso: Dica: ao adicionarmos um percentual a um valor, temos: 4,55 + 50% deste valor, equivale a dizer = 4,55 x 1,5 = = R$ 6,82/hora extra (faça o teste adicionando 50% de 4,55 ao valor de 4,55) Conclusão: O reclamante fazia 2,5he/dia e recebia R$ 6,82 por cada he. 5º PASSO: CONTAR OS DIAS EFETIVAMENTE TRABALHADOS FAZENDO HE, EXCLUÍNDO FERIADOS E OS DIAS SEM HORAS EXTRAS. TOTAL DE HE NO MÊS: FÓRMULA (SAL/H +%) X NºHE/DIA X NºDIAS DE HE/MÊS EXERCÍCIO 1: utilizando diretamente a fórmula acima: mês/ano variação sal. sal/h+50% nº he/dia nº dias total he/mês 01/04/12 1.000,00 6,82 2,50 20,00 340,91 mai/12 1.000,00 6,82 2,50 22,00375,00 jun/12 1.000,00 6,82 2,50 20,00 340,91 jul/12 1.000,00 6,82 2,50 22,00 375,00 ago/12 1.000,00 6,82 2,50 23,00 392,05 30/09/12 1.000,00 6,82 2,50 19,00 323,86 2.147,73 EXERCÍCIOS: NO SISTEMA EXCEL 2.a) Calcular o número de Horas Extras a 50% devidas ao Reclamante (limite diário – método dos 5 passos) admissão: 01/10/1991 demissão: 30/04/1992 Carga horária mensal: 180 horas Jornada Contratual: 06 horas de segunda a sábado Trabalhava efetivamente de segunda a sábado, de 09:00h as 18:00h, com uma hora de intervalo intrajornada. 18h (saída) – 9h (entrada) – 1h (intervalo) – 6h (contrato) = 2 he/dia Variação salarial: Em 10/1991: Cr$ 360.000,00 Em 01/1992: Cr$ 720.000,00 Em 03/1992: Cr$ 900.000,00 Não trabalhava nos feriados: 12/10 02/11 15/11 25/12 01/01 20/01 03/03 17/04 21/04 b) Calcular RSR1 e RSR2 3.Calcular o número de Horas Extras a 50% devidas ao Reclamante (acima da carga diária – método dos 5 passos) Admissão: 01/03/1998 Demissão: 10/11/1998 Jornada Contratual: 07:20h de segunda a sábado Jornada Extra: de segunda a sábado, de 10:00h as 19:00h, com intervalo intrajornada de 15 minutos 19h (saída) – 10h (entrada) – 0,25h (intervalo) – 7,33 (contrato) = 1,42he/dia Variação Salarial: 03/1998: R$ 450,00 06/1998: R$ 520,00 Não trabalhava nos feriados: 10/04 21/04 01/05 11/06 07/09 12/10 02/11 20/11 Calcular RSR1 e RSR2 4.Calcular o número de Horas Extras a 50% devidas ao Reclamante (acima da diária – método dos 5 passos), observando os dados da Ficha de Registro do Empregado – FRE ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- FICHA DE REGISTRO nº 4.569 EMPRESA: MLM LTDA END.: Rua das Rosas, 445 NOME EMPREGADO: Paulo Roberto Almeida Filiação: Cláudio e Maria Almeida CTPS: 5674 RJ série 032 Estado civil: solteiro Nasc: 25/02/1965 Nac: Brasil Data de admissão: 14/04/2003 Salário: R$ 3,00/hora Horário de Trabalho: De segunda a sexta-feira, de 08:00h as 17:00h, com intervalo intrajornada de uma hora. Sábados, de 08:00h as 12:00h, totalizando 44 horas semanais. Forma de Pagamento: Mensal Ano Mês Valor(R$) 2003 08 6,00/hora Data da dispensa: 22/11/2003 Jornada Extra: de segunda a sexta-feira, de 08:00h as 18:00h, com intervalo de 01:00h 18h (saída) – 8h (entrada) – 1h (intervalo) – 8h (contrato) = 1he/dia Sábados: de 08:00h a 12:30h 12,5 (saída) – 8h (entrada) – 4h(contrato) = 0,5he/sábado NÃO TRABALHAVA AOS FERIADOS 18/04 21/04 01/05 19/06 15/11 4. DOMINGOS, FERIADOS E RSR – LEI 605/49 e art. 67 a 70 CLT Da lei 605/49 Art. 1º Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte e quatro horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local. Art. 3º O regime desta lei será extensivo àqueles que, sob forma autônoma, trabalhem agrupados, por intermédio de Sindicato, Caixa Portuária, ou entidade congênere. A remuneração do repouso obrigatório, nesse caso, consistirá no acréscimo de um 1/6 (um sexto) calculado sobre os salários efetivamente percebidos pelo trabalhador e paga juntamente com os mesmos. DOS PERÍODOS DE DESCANSO – CLT - Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte. Art. 68 - O trabalho em domingo, seja total ou parcial, na forma do art. 67, será sempre subordinado à permissão prévia da autoridade competente em matéria de trabalho. Parágrafo único - A permissão será concedida a título permanente nas atividades que, por sua natureza ou pela conveniência pública, devem ser exercidas aos domingos, cabendo ao Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, expedir instruções em que sejam especificadas tais atividades. Nos demais casos, ela será dada sob forma transitória, com discriminação do período autorizado, o qual, de cada vez, não excederá de 60 (sessenta) dias. Art. 69 - Na regulamentação do funcionamento de atividades sujeitas ao regime deste Capítulo, os municípios atenderão aos preceitos nele estabelecidos, e as regras que venham a fixar não poderão contrariar tais preceitos nem as instruções que, para seu cumprimento, forem expedidas pelas autoridades competentes em matéria de trabalho. Art. 70 - Salvo o disposto nos artigos 68 e 69, é vedado o trabalho em dias feriados nacionais e feriados religiosos, nos termos da legislação própria. O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao RSR. Logo, o percentual é de 100% - Súmula 146/TST 5. RSR – REPOUSO SEMANAL REMUNERADO Todo empregado tem direito ao RSR, de 24 horas consecutivas, DE PREFERÊNCIA AOS DOMINGOS, desde que tenha trabalhado toda a semana, cumprindo seu horário de trabalho. Logo, é um dia que se recebe como todos os outros, inclusive reflexos, porém não se trabalha. MÉTODOS DE CÁLCULO: 1.RSR = TOTAL DE HORAS EXTRAS/MÊS 6 2. RSR = TOTAL DE HE/MÊS X dias não úteis (rsr e feriados) dias úteis CONTROVÉRSIA!!!!!!!!!!!!!!!!!! Verifica-se cristalinamente que onde se fixa a apuração à razão de 1/6 se refere àqueles trabalhadores que, de forma autônoma, trabalhem agrupados, por intermédio de Sindicato, Caixa Portuária ou entidade congênere. Além disso, a adoção da citada fórmula (1/6), por óbvio desconsideraria os dias de repouso em feriados, provocando uma distorção no correto valor, o que não se verifica ao apurar-se multiplicando o valor de horas extras pelo número de domingos, feriados e pontos facultativos, e, dividindo-se pelo número de dias úteis. No EXERCÍCIO 1, apurando o reflexo de he no RSR pelo método 1, na Tabela Excel, (tabela) EXERCÍCIOS: apurar RSR 1 e RSR2 nos exercícios 2 e 3 Exercício 5: Paulo Aguiar ajuizou reclamação trabalhista contra a Empresa Folha e Galho Ltda requerendo o pagamento das horas extras (50% e 100%) e reflexos das he no RSR. Sabendo-se que o pedido foi PROCEDENTE, calcular: 1.Horas extras a 50% e a 100% 2.RSR sobre as Horas extras Jornada trabalhada: (extra) 2ª a 6ª feira: de 08:00 às 20:00h com 1 hora de intervalo 20h(saída) – 8h(entrada) – 1h(intervalo) – 8h(contrato) = 3he/dia Sábados: de 08:00h às 12:00h Feriados: de 08:00 às 19:00h com uma hora de intervalo 19h(saída) – 8h(entrada) – 1h(intervalo) = 10he – NÃO HÁ JORNADA CONTRATUAL PARA FERIADOS 18/04 – 6ªf 21/04 – 2ªf 01/05 – 5ªf 19/06 - 5ªf Dados complementares na ficha de Empregado: REGISTRO DE EMPREGADOS nº Firma: ------------------------- End: ------------------------------- Nome do Empregado: Paulo Aguiar foto Filiação:---------------------------------- CTPS:-------------------------------------- Série: Estado civil:----------------------------- data nascimento:---------------- Nac:------ PIS:------------------------- FGTS: data de opção: -------------- Data de admissão: 17/março/2003 Salário: R$ 600,00/mês Horário de trabalho: das 08:00 às 17:00h, com intervalo de 01 hora para refeição e descanso. Aos sábados das 08:00h às 12:00, num total de 44 horas semanais. Forma de Pagamento: Mensal Alterações de Salários Acidentesdo Trabalho ou Doenças: Ano Mês Valor (R$) 2003 05 800,00 Contribuição Sindical: ----------------------------------- Férias: Relativas ao período de:---------------- Gozadas no período de:---------------- Data da dispensa: 30/08/2003 Exercício 6 Paulo foi contratado pela empresa Alfa Serviços Ltda em 05/04/04 para trabalhar de 2ª à 6ª feira, das 08:30h às 17:30h, com 01:00h de intervalo e, aos sábados, das 08:30h às 12:30h. Seu salário inicial foi de R$ 800,00 e, em outubro de 2004 foi alterado para R$ 1.000,00. Foi demitido sem justa causa em 05/01/2005. Trabalhava, na realidade, de segunda a quinta-feira, de 08:30h as 17:30h, com 15 minutos de intervalo. 17,5h(saída) – 8,5h(entrada) – 0,25h(intervalo) – 8h(contrato) = 0,75he/dia Sextas: de 08:30h as 19:30h com 01:00h de intervalo 19,5h(saída) – 8,5h(entrada) – 1h(intervalo) – 8h(contrato) = 2he/dia e sábados, de 08:30 as 19:30h, com 01:00h de intervalo. 19,5h(saída) – 8,5h(entrada) – 1h(intervalo) – 4h(contrato) = 6he/dia Trabalhava nos feriados, na jornada contratual, exceto quando estes caíam aos domingos. FERIADOS – 8 HORAS EXTRAS – DE 2ª A 6ª FEIRA 4 HORAS EXTRAS - SÁBADOS Calcular as horas extras a 50% (módulo diário) e a 100%, bem como a integração destas no RSR. Feriados: 09/04 – 6ª feira 21/04 – 4ª feira 01/05 – sábado 10/06 – 5ª feira 07/09 – 3ª feira 12/10 – 3ª feira 02/11 – 3ª feira 15/11 – 2ª feira 25/12 – sábado 01/01 - sábado 6. INTERVALOS: CLT ART 71, 72 E 66 Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso. CONCLUÍMOS ENTÃO, QUE O RSR NÃO PODE SER INFERIOR A 35 HORAS (24 HORAS DE RSR + 11 DE INTERVALO) Art. 71. [reforma trabalhista 2017] Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. § 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas. § 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho. § 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares. Nova redação, vigência em 11/11/2017: § 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017) Redação anterior: § 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. (Incluído pela Lei nº 8.923, de 27.7.1994) § 5º O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e aquele estabelecido no § 1º poderá ser fracionado, quando compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submetidos estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a remuneração e concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada viagem. (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) JORNADA>6HORAS – INTERVALO OBRIGATÓRIO DE NO MÍNIMO 1 HORA. (ATÉ 2 HORAS, EXCETO POR ACORDO ESCRITO, CONTRATO COLETIVO) 4HORAS <JORNADA<6HORAS – INTERVALO OBRIGATÓRIO DE 15 MINUTOS OS INTERVALOS NÃO SÃO COMPUTADOS NA JORNADA DE TRABALHO. INTERVALO < 1 HORA – AUTORIZAÇÃO POR ATO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO (DELEGADO DO TRABALHO) – REFEITÓRIO ADEQUADO INTERVALO NÃO CONCEDIDO – DEVERÁ SER REMUNERADO COM 50% DA HORA NORMAL – NATUREZA INDENIZATÓRIA Art. 72. Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada período de 90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não deduzidos da duração normal de trabalho. 7. ADICIONAL NOTURNO CLT ART 73 e Súmula 60TST Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, de 1946) § 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, de 1946) § 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, de 1946) Súmula nº 60 do TST ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 6 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos. II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Duas Vantagens do Trabalho Noturno: TRABALHO EXECUTADO ENTRE 22:00H E 05:00 HORAS DO DIA SEGUINTE 1. 8 HORAS DIURNAS = 7 HORAS NOTURNAS 2. REMUNERAÇÃO SUPERIOR AO TRABALHO DIURNO – 20% NO MÍNIMO Análise: Vantagem 1: Se 7 HORAS NOTURNAS = 8 HORAS DIURNAS 1 HORA NOTURNA = X Logo X = 8/7 = 1,142857122857.........= 1,14 1h noturna = 1,14 diurnas 2h noturnas = 2,28 diurnas 3h noturnas = 3,42 diurnas ----------------------------------------------------- 7h noturnas = 8 horas diurnas Vantagem 2: Salário/hora com 20% = sal/h x 0,20 = Só o Adicional Noturno Hora Noturna = sal/h x 1,2 = Não recebeu a Hora Noturna Hora Extra e noturna = sal/hora x 1,2 x 1,5 = sal/h x 1,8 EXERCÍCIOS 7. Alex trabalhou na empresa XXXXXX no período de 01/07/1997 a 21/11/1997, no seguinte horário: de 2ª a 6ª feira, de 13:00h as 22:00h, com intervalo de 1 hora e aos sábados, das 13:00h as 17:00h. Porém, duas vezes por semana (3ª e 5ª, exceto feriados), trabalhava extraordinariamente até às 24:00h, não sendo pago pela empresa. De 22h as 24h = 2he x 1,14 (noturna) = 2,28he Qual o valor devido a título de horas extras, sendo observada a jornada noturna? (Duas Vantagens) Variação Salarial: 07/1997: R$ 500,00 09/1997: R$ 850,00 8. Fábio Marques foi demitido injustamente da YYYYYYY em 29/11/2002, sabendo-se que duas vezes na semana (2ªs e 5ªfeiras), sua jornada de trabalho terminava às 02:00 h (manhã), exceto feriados, calcule quanto perceberá por essas horas extras: De 22h as 2h = 4he x 1,14 (noturna) = 4,56he Admissão: 04/03/2002 Demissão: 29/11/2002 Jornada Contratual: Segunda a sexta-feira: de 13:00h as 22:00 h com 1 hora de intervalo Sábado:de 13:00h as 17:00h Variação Salarial: 03/2002: R$ 1.000,00 08/2002: R$ 1.200,00 EXERCÍCIO 9 admissão: 03/03/2006 demissão: 10/11/2006 Variação Salarial: março: R$ 650,00 junho: R$ 800,00 setembro: R$ 920,00 Contrato: 8 horas/dia, de 2ª a 6ª feira 4horas/sábados Jornada Real: 2ª e 3ª feira: de 08:00h as 20:00 h com 1 h de intervalo 20h(saída) – 8h(entrada) – 1h(intervalo) – 8h(contrato) = 3he 4ª e 5ª feira: de 11:00h as 23:30h com 1 hora de intervalo 22h(saída) – 11h(entrada) – 1h(intervalo) – 8h(contrato) = 2he 23,5h(saída) – 22h(entrada) = 1,5 x 1,14 = 1,71 he 6ª feira: de 07:00:h as 16:30h com 45 min de intervalo 16,5h(saída) – 7h(entrada) – 0,75h(intervalo) – 8h(contrato) = 0,75he Sábados: de 18:00h as 23:00 h sem intervalo 22h(saída) – 18h(entrada) – 4h(contrato) = 0he 23h(saída) – 22(entrada) = 1,0 x 1,14 = 1,14 he OS INTERVALOS ERAM SEMPRE NO HORÁRIO DIURNO Calcular as horas extra a 50% (diurnas) e a 80%(noturnas), módulo diário e o reflexo em RSR NÃO TRABALHAVA AOS FERIADOS FERIADOS: 01/05 – 2ª feira 15/06 – 5ª feira 07/09 – 5ª feira 12/10 – 5ª feira 02/11 – 5ª feira 14/04 – 6ª feira 21/04 – 6ª feira Se houvesse trabalho nos feriados, no horário de 08:00h as 13:00h, calcular as horas extras com reflexo no RSR. 8. SALÁRIOS/COMISSÕES SALÁRIO: Contraprestação devida pelo empregador ao empregado em virtude de serviços prestados, inclusive nos períodos de interrupção. Ex: férias. REMUNERAÇÃO: Contraprestação paga tanto pelo empregador, quanto por terceiros, de forma habitual, em virtude do contrato de emprego. Ex: gorjetas, gueltas. NATUREZA SALARIAL: Ligada ao conceito de salário e de habitualidade. Verbas que integram o salário para formar a base de cálculo de outras verbas. Ex: Horas extras, Aviso Prévio, etc... NATUREZA INDENIZATÓRIA: Visa a reparação de um dano. Tem o caráter de compensar; jamais integrará a remuneração para efeito de base de cálculo de verbas trabalhistas. NATUREZA PREVIDENCIÁRIA: Suportada pelo órgão previdenciário. O empregador adianta ao empregado e depois abate da contribuição previdenciária a ser paga pela empresa ao INSS. Ex: salário-família. SALÁRIO FIXO: Obedece a um critério constante. É pago por unidade de tempo. SALÁRIO VARIÁVEL: Pago de acordo com atividade ou produção. Ex: comissões. SALÁRIO MISTO: Composto por uma parte fixa e outra variável. COMISSÕES: Modalidade de salário com base em percentuais que incidem sobre o valor da atividade executada pelo empregado. Verba de natureza salarial devida em certa porcentagem sobre o valor das vendas realizadas pelo empregado. Por sua natureza gera reflexos nos RSRs. O valor da comissão, mesmo que de forma mista (salário fixo + comissão), reflete no cálculo das demais verbas trabalhistas, a saber, horas extras, férias + 1/3, 13ºs salários, aviso prévio, FGTS, etc.. SÚMULA 340 TST – NOVA REDAÇÃO O empregado, sujeito a controle de horário, remunerado à base de comissões, tem direito ao adicional de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor-hora das comissões recebidas no mês, considerando-se como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas. Ex: trabalhador de 220h/mês Salário fixo: R$ 1.000,00 Comissões: R$ 500,00 Nº de horas extras/mês: 30 he Parte fixa: 1000/220 = 4,55 x 1,50 = R$ 6,82 x 30 he = R$ 204,55 Parte variável: 500/250(220h + 30he) = R$ 2,00 x 0,5 (só percentual) = R$ 1,00 x 30 he = R$ 30,00 Total recebido: R$ 234,55 9. PROPORCIONALIDADE AVISO PRÉVIO – 487 CLT Época própria para o pagamento: Desligamento Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de: I - oito dias,se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior; (Redação dada pela Lei nº 1.530, de 26.12.1951) II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa. (Redação dada pela Lei nº 1.530, de 26.12.1951) § 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço. § 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo. § 3º - Em se tratando de salário pago na base de tarefa, o cálculo, para os efeitos dos parágrafos anteriores, será feito de acordo com a média dos últimos 12 (doze) meses de serviço. § 4º - É devido o aviso prévio na despedida indireta. (Parágrafo incluído pela Lei nº 7.108, de 5.7.1983) § 5o O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.218, de 11.4.2001) § 6o O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio, beneficia o empregado pré-avisado da despedida, mesmo que tenha recebido antecipadamente os salários correspondentes ao período do aviso, que integra seu tempo de serviço para todos os efeitos legais. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.218, de 11.4.2001) Integra o tempo de serviço para apuração de 13º salário e férias + 1/3 HORAS EXTRAS HABITUAIS E TODAS AS VERBAS SALARIAIS INTEGRAM O AVISO PRÉVIO INDENIZADO PELA MÉDIA DOS ÚLTIMOS 12 MESES. 13º SALÁRIO – ART 7º CF Base de cálculo: Salário Integral de Dezembro de cada ano (época própria) CADA MÊS TRABALHADO OU FRAÇÃO IGUAL OU SUPERIOR A 15 DIAS = 1/12 HORAS EXTRAS E TODAS AS VERBAS QUE FORMAM A REMUNERAÇÃO INTEGRAM O 13º SALÁRIO PELA MÉDIA DO ANO CIVIL. FÉRIAS + 1/3 ART - 129/153 Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração. Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração. Art. 140 - Os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo. Art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período. Parágrafo único - O empregado dará quitação do pagamento, com indicação do início e do termo das férias. Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido. Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias. Art. 147 - O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato de trabalho se extinguir em prazo predeterminado, antes de completar 12 (doze) meses de serviço, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de conformidade com o disposto no artigo anterior. SÃO CALCULADAS COM BASE NA REMUNERAÇÃO – HE E VERBAS SALARIAIS INTEGRAM AS FÉRIAS PELA MÉDIA DOS ÚLTIMOS 12 MESES. EXERCÍCIO 10: CALCULAR OS VALORES DE AVISO PRÉVIO INDENIZADO, 13 SALÁRIO PROPORCIONAL E FÉRIAS PROPORCIONAIS + 1/3 NAS SEGUINTES SITUAÇÕES: a) ADM: 18/07/2003– 31 – 18 + 1 = 14 dias < 15 dias DEM: 24/11/2003 - 24 dias > 15 dias SALÁRIO EM 11/03: R$ 1.000,00 Aviso Prévio = R$ 1.100,00 13º salário – 4 meses (agosto, setembro, outubro, novembro) = 4/12 + 1/12 (aviso prévio indenizado) = 5/12 x 1.100 = R$ 416,67 Férias - de 18/07 --- 17/08 18/08 --- 17/09 18/09 --- 17/10 18/10 ---17/11 18/11 --- 24/11 = 6 dias < 15 dias 4/12 + 1/12 (aviso prévio indenizado) = 5/12 x 1.100 = R$ 416,67 416,67 + 1/3 = R$ 555,56 b) ADM: 22/04/1991 SALÁRIO EM 91: Cr $ 300,00 DEM: 20/09/1994 SALÁRIO AGOSTO 93: CR$ 300,00 SALÁRIO JULHO/94: R$ 300,00 Aviso Prévio = R$ 300,00 13º/1991 = 8/12 x 300 = Cr$ 300,00 13º/1994 = 9/12 + 1/12 (AP) = R$ 250,00 Férias – 5/12 + 1/12 (AP) = 150 + 1/3 = R$ 200,00 11. Fernanda Magalhães, admitida em 13/11/02 e demitida em16/05/03, propôs Reclamação Trabalhista contra a empresa Mega Models Ltda, requerendo as seguintes verbas: A. Horas Extras (50% - módulo diário e 100%) B. Reflexos das Horas Extras (50% e 100%) no RSR. C. Aviso Prévio D. 13º salário/02 e 13º salário/03 E. Férias proporcionais + 1/3 F. Vale Transporte. G. Seguro Desemprego. H. Dedução de verbas pagas a mesmo título. JORNADA NORMALCONTRATUAL: de 08:30 as 17:30h com 1 hora de intervalo Sábados: de 08:30 as 12:30h JORNADA EXTRA: 2ª e 3ª feira: de 08:30 as 18:30h com 1 hora de intervalo 18,5h(saída) – 8,5h(entrada) – 1h(intervalo) – 8h(contrato) = 1he 4ª a 6ªfeira: de 08:30 as 19:15h com 1 hora de intervalo 19,25h(saída) – 8,5h(entrada) – 1h(intervalo) – 8h(contrato) = 1,75he Sábados: de 16:00h a 01:00h da manhã com 1 hora de intervalo (de 19 - 20h) 22h(saída) – 16h(entrada) – 1h(intervalo) – 4h(contrato) = 1he 1h manhã (saída) – 22h(entrada) = 3he x 1,14 = 3,42 he Feriados: de 08:30 as 16:30h com 1 hora de intervalo 16,5h(saída) – 8,5h(entrada) – 1h(intervalo) = 7he Feriados: 15/11 25/12 01/01 20/01 04/03 18/04 21/04 01/05 O pedido foi procedente em parte, sendo deferidos os seguintes ítens: A, B, C, D, E, e H, observando-se o horário noturno. Verbas pagas: Variação Salarial Aviso Prévio: R$ 850,00 11/02 – R$850,00 13º/02 - R$ 80,00 04/03 – R$1000,00 13º/03 - R$ 180,00 Férias proporcionais + 1/3: R$ 250,00 12.Patrícia Pinheiro, admitida em 14/10/04 e demitida em 20/04/05, propôs Reclamação Trabalhista contra a empresa RRJ Advogados Associados Ltda, requerendo as seguintes verbas: A. Horas Extras (50% e 100%) B. Reflexos das Horas Extras (50% e 100%) no RSR. C. Aviso Prévio indenizado. D. 13º salário proporcional/04 e 13º salário proporcional/05 E. Férias proporcionais + 1/3 F. Vale Transporte. G. Seguro Desemprego. H. Dedução de verbas pagas a mesmo título. JORNADA CONTRATUAL: Segunda a sábado: de 10:00h as 18:20h c/ 1 h de intervalo JORNADA EXTRA: 2ª feira: de 09:00h às 18:00h com 1 hora de intervalo 18h(saída) – 9h(entrada) – 1h(intervalo) – 7,33h(contrato) = 0,67he 3ª e 4ªfeira: de 9:00h as 20:30h com 1:30 hora de intervalo 20,5h(saída) – 9h(entrada) – 1,5h(intervalo) – 7,33h(contrato) = 2,67he 5ª e 6ª feira: de 12:00h as 23:00h c/1h de intervalo (19 - 20h) 22h(saída) – 12h(entrada) – 1h(intervalo) – 7,33h(contrato) = 1,67he 23h(saída) – 22h(entrada) = 1he x 1,14 = 1,14 he Sábados: de 10:00h as 19:20h c/1 hora de intervalo 19,33h(saída) – 10h(entrada) – 1h(intervalo) – 7,33h(contrato) = 1he Feriados = JORNADA CONTRATUAL = 7,33 he Feriados: 02/11 - 3ªfeira 15/11- 2ª feira 25/12 - SAB 01/01 - SAB 20/01 - 5ª feira 08/02 - 3ª feira 25/03 - 6ª feira O pedido foi procedente em parte, sendo deferidos os seguintes ítens: A, B, C, D, E, e H, observando-se o horário noturno. Verbas pagas: Variação Salarial Aviso Prévio: R$ 920,00 10/04 - R$ 900,00 13º/04 - R$147,50 12/04 - R$ 990,00 13º/05 - R$ 300,00 02/05 - R$ 1.120,00 Férias proporcionais + 1/3: R$ 700,00 10. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE E INSALUBRIDADE CLT ART 189/197 INSALUBRIDADE: ATIVIDADES QUE EXPONHAM OS EMPREGADOS A AGENTES NOCIVOS À SAÚDE, ACIMA DOS LIMITES DE TOLERÂNCIA. CÁLCULO: GRAUS: 10% - MÍNIMO 20% - MÉDIO 40% - MÁXIMO O artigo 192 da CLT, com redação dada pela Lei nº 6.514 de 1977, prevê taxativamente que o adicional de insalubridade, seja em que grau for, irá incidir sobre o salário mínimo, e não sobre a remuneração do empregado. Importante ressaltar que o referido dispositivo é de 1977, ou seja, anterior a promulgação de nossa Constituição Federal. Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. A Constituição Federal, promulgada em 5 de outubro de 1988, em seu artigo 7º inciso IV, garante aos trabalhadores o direito ao salário mínimo, sendo vedada sua vinculação como índice ou base de cálculo. Após muita polêmica, foi redigida a súmula 228 do TST, a qual garantia a permanência do salário mínimo, como base de cálculo do adicional de insalubridade. Conforme dito anteriormente, em 2008 o Supremo Tribunal Federal dispôs, na súmula vinculante nº 4, que é absolutamente vedada a utilização do salário mínimo, como base de cálculo de qualquer vantagem ao empregado. Diante de tal enunciado, o Tribunal Superior do Trabalho, ainda em 2008, alterou a Súmula 228, que passou a indicar o salário básico do trabalhador como base de cálculo Dessa forma, atualmente o Tribunal Superior do Trabalho considera válida a utilização do salário mínimo como base de cálculo, mesmo reconhecendo sua inconstitucionalidade: PERICULOSIDADE: CONTATO COM INFLAMÁVEIS OU EXPLOSIVOS. CÁLCULO: 30% SOBRE O SALÁRIO BASE. OBSERVAÇÕES: 1. O EMPREGADO PODE OPTAR PELO ADICIONAL MAIS VANTAJOSO. 2. O DIREITO AOS ADICIONAIS CESSA COM A ELIMINAÇÃO DO RISCO 11. REFLEXOS DE HE NAS RESCISÓRIAS Este cálculo é efetuado após apuração de horas extras e reflexos. Para cada verba deferida e/ou percentuais ou jornadas diferentes, uma integração é calculada. OJ-SDI1-394 REPOUSO SEMANAL REMUNERADO - RSR. INTEGRAÇÃO DAS HORAS EXTRAS. NÃO REPERCUSSÃO NO CÁLCULO DAS FÉRIAS, DO DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO, DO AVISO PRÉVIO E DOS DEPÓSITOS DO FGTS. (DEJT divulgado em 09, 10 e 11.06.2010) A majoração do valor do repouso semanal remunerado, em razão da integração das horas extras habitualmente prestadas, não repercute no cálculo das férias, da gratificação natalina, do aviso prévio e do FGTS, sob pena de caracterização de “bis in idem”. Ou seja, média de horas extras refletindo em RSR, Aviso Prévio, 13º salário, Férias + 1/3 e Fgts + 40%. Sem OJ 394: média de horas extras refletindo em RSR, e, adicionadas deste, em Aviso Prévio, 13º salário, Férias + 1/3 e Fgts + 40%. MÉTODO DE 5 PASSOS PARA O EXERCÍCIO MODELO 1 mês/ano variação sal. sal/h+50% nº he/dia nº diastotal he/mês 01/04/12 1.000,00 6,82 2,50 20,00 340,91 mai/12 1.000,00 6,82 2,50 22,00 375,00 jun/12 1.000,00 6,82 2,50 20,00 340,91 jul/12 1.000,00 6,82 2,50 22,00 375,00 ago/12 1.000,00 6,82 2,50 23,00 392,05 30/09/12 1.000,00 6,82 2,50 19,00 323,86 2.147,73 1ºPASSO: OBSERVAR A DATA DE ADMISSÃO E DEMISSÃO Nº de dias igual ou maior a 15 = considera o mês para média Nº de dias menor que 15 = despreza o mês para cálculo da média • No modelo, tanto o mês de admissão, quanto o de demissão, serão considerados para média. 2º PASSO: ADICIONAR O Nº DE DIAS DO PERÍODO CONSIDERADO, desprezando os meses, conforme passo 1. Logo: 20+22+20+22+23+19 = 126 dias 3º PASSO: ADICIONAR O Nº DE MESES RELATIVOS AO 2º PASSO: 6 meses 4º PASSO: OBSERVAR O ÚLTIMO(MAIOR) SALÁRIO/HORA COM O ADICIONAL EM QUESTÃO: R$ 6,82 5º PASSO: OBSERVAR O Nº DE HE DO PERÍODO EM QUESTÃO: 2,5 he/dia FÓRMULA PARA APURAÇÃO DA MÉDIA DE HE: MÉDIA DE HE: ÚLTIMO SAL/H +% X Nº DIAS X Nº HE Nº MESES Logo: Média he: 6,82 x 126 x 2,5 = 358,05 6 MÉDIA RSR = MÉDIA HE (não houve determinação no modelo 1) 6 Esta é a média de he que irá acrescer os valores de verbas rescisórias, como a seguir, considerando o salário de R$ 1.000,00 e aviso prévio indenizado, temos: Aviso prévio= último salário + média de he (de até) últimos 12 meses – média duodecimal Assim: aviso prévio = 1.000,00 + 358,05 = R$ 1.358,05 13º proporcional: 1.385,05 x nº meses com trabalho de 15 ou mais dias 12 meses = 1 ano 6/12 (6 meses) + 1/12 (aviso prévio indenizado) Logo, 13º proporcional = 1.358,05 x 7/12 = R$ 792,20 Férias proporcionais + 1/3 = 1.358,05x nº meses a partir da admissão + 1/3 12 meses = 1 ano 6/12 + 1/12 (aviso prévio indenizado) = R$ 792,20 1/3 = 792,20:3 = 264,07 Assim, férias proporcionais + 1/3 = 1.056,27 TOTAL DAS RESCISÓRIAS: 1.385,05 + 792,20 + 1.056,27 = = R$ 3.206,52 TOTAL HE + RSR + RESCISÓRIAS = 2.863,64 + 3.206,52 = TOTAL HISTÓRICO DA CONDENAÇÃO = R$ 6.070,16 EXERCÍCIO 13: Admissão: 06/05/2013 – 31 – 6 + 1 = 26 dias > 15 dias Demissão: 28/11/2013 - 28 dias > 15 dias Salário: R$ 1.100,00 Jornada contratual: de 2ª a 6ª feira: das 09:00h às 18:00h com 1h de intervalo sábado: das 09:00h às 13:00h Jornada real: de 2ª a 6ª feira: das 09:00h às 21:30h com 1h de intervalo 21,5h(saída) – 9h(entrada) – 1h(intervalo) – 8h(contrato) = 3,5he sábado: das 09:00h às 13:00h Não trabalhava nos feriados Feriados: 30/05 – 5ª feira 15/11 – 6ª feira Calcular: 1. o valor total de horas extras a 50% acima da 8ª hora diária. 2. Reflexo das horas extras no RSR, em Aviso prévio indenizado, 13º proporcional e férias proporcionais + 1/3 – Utilizando a OJ 394 3. Total histórico da condenação = He + RSR + Rescisórias EXERCÍCIO 14: RECLAMANTE: MATEUS BATISTA RECLAMADA: NOGUEIRA FUTEBOL CLUBE ADMISSÃO: 16/07/98 – 31 - 16+ 1 = 16 dias > 15 dias DEMISSÃO: 08/01/99 – 8dias < 15 dias VARIAÇÃO SALARIAL 01/07/98 - R$ 600,00 01/11/98 - R$ 800,00 JORNADA DE TRABALHO EXTRA SEGUNDA A SEXTA: 09:00 AS 18:30 H C/ INTERVALO DE 30 Minutos 18,5(saída) – 9h(entrada) – 0,5(intervalo) – 8h(contrato) = 1he SÁBADO: 09:00 AS 13:20H S/ INTERVALO. 13,33(saída) – 9h(entrada) – 4h(contrato) = 0,33he HORÁRIO DE TRABALHO CONTRATUAL SEGUNDA A SEXTA: 09:00 AS 18:00 H C/ INTERVALO DE 1 HORA. SÁBADO: 09:00 AS 13:00 H S/ INTERVALO. NÃO TRABALHAVA NOS FERIADOS FERIADOS: 07/09 03/10 12/11 02/11 15/11 25/12 01/01/99 . PEDIDOS DO RECLAMANTE: A. HORAS EXTRAS B. RSR S/HORAS EXTRAS C. INTEGRAÇÃO DAS HORAS EXTRAS E RSR AO SALÁRIO PARA CÁLCULO DOS 13º SALÁRIOS, FÉRIAS E AVISO PRÉVIO. (SEM UTILIZAÇÃO DA OJ 394) D. FGTS + 40% S/DIFERENÇAS. E. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE 20%. O pedido foi PROCEDENTE EM PARTE, sendo deferidas as seguintes parcelas: ÍTENS A, B, C, E e DEDUÇÃO DAS VERBAS PAGAS. VERBAS PAGAS AVISO PRÉVIO: R$ 800,00 13º/98 - R$ 120,00 FÉRIAS PROP: R$ 300,00 13º/99 - R$ 27,00 . 12. VALE TRANSPORTE CRIADO PELA LEI 7.418 EM 1985 - FACULTATIVO A PARTIR DA LEI 7.619 DE 30.09.1987 – OBRIGATÓRIO VALOR GASTO DE VALE TRANSPORTE: VALOR DA PASSAGEM X Nº DE VIAGENS /DIA X Nº DIAS TRABALHADOS/MÊS O CÁLCULO DO VALE É FEITO MÊS A MÊS O EMPREGADO CONTRIBUI MENSALMENTE COM 6% DO SEU SALÁRIO BASE (INTEGRAL), EXCETO NOS MESES DE ADMISSÃO E DEMISSÃO (PROPORCIONAL) TOTAL MENSAL = VALOR GASTO – 6% DO SALÁRIO BASE 13. INDENIZAÇÃO DO SEGURO DESEMPREGO: CRIADO PELA RESOLUÇÃO CODEFAT 64 (CONSELHO DELIBERATIVO DO FAT) EM 28. 07.1994 BASE DE CÁLCULO: MÉDIA DOS 3 ÚLTIMOS MESES DA SALÁRIO RECEBIDO. A princípio, é necessário esclarecer que as mudanças no seguro-desemprego foram trazidas, primeiramente, pela medida provisória 665 de 30/12/2014, posteriormente convertida na lei 13.134 de 16/06/2015. Antes das alterações da MP 665, o seguro-desemprego tinha carência de seis meses. Isso quer dizer que o trabalhador precisava ter estado empregado, recebendo salário, durante os 6 meses imediatamente anteriores à data da dispensa. Outra mudança é em relação a quantidade de parcelas de seguro-desemprego que o desempregado receberá. Antes das mudanças, o desempregado poderia receber até quatro parcelas de benefício a cada 16 meses. Carência Na vigência (validade) da MP 665 (de 30/12/2014 a 16/06/2015), passamos a ter três períodos diferentes de carência, desta forma: • ao pedir o seguro-desemprego pela primeira vez, o segurado deve ter trabalhado pelo menos 18 meses no período de 24 meses imediatamente anteriores à dispensa; • na segunda vez, deve ter trabalhado 12 meses nos últimos 16 meses; • na terceira e seguintes, 6 meses nos últimos 6 meses. Entretanto, a Lei 13.134, que é a que vale agora, modificou esta regra, tornando-a menos rígida, desta forma: • ao pedir o seguro-desemprego pela primeira vez, a pessoa deve ter trabalhado pelo menos 12 meses no período de 18 meses imediatamente anteriores à dispensa; • na segunda vez, deve ter trabalhado 9 meses nos últimos 12 meses; • na terceira e seguintes, 6 meses nos últimos 6 meses. Parcelas Sobre a quantidade de parcelas, a MP 665 trouxe, novamente, três opções, variando de 3 a 5 parcelas A Lei 13.134 (válida atualmente) manteve esta quantidade de parcelas. A PARCELA NÃO PODE SER MENOR QUE O VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO. 14. FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO – FGTS Lei 8036/90 MULTA DE 40% SOBRE O FGTS O FGTS não é propriamente uma verba trabalhista, é, na verdade, uma conta bancária vinculada à Caixa Econômica Federal, em nome do trabalhador, onde o empregador deposita mensalmente 8%da remuneração do empregado (todas as verbas de natureza salarial, habituais ou não). O ônus é do empregador, sem qualquer desconto no salário do empregado. O FGTS tem o objetivo de auxiliar o trabalhador, caso esse seja demitido, em qualquer hipótese de encerramento da relação de emprego, seja ela por motivo de doenças graves e até catástrofes naturais. O FGTS foi instituído em 1966 e é regulado por uma lei federal. Inicialmente, o FGTS existia apenas como forma de garantia de emprego, chamadade estabilidade, ou seja, quando o empregado completava 10 anos de trabalho em uma empresa, não poderia mais ser demitido, a não ser em justa causa. O pagamento da multa do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pela empresa, deve ser feito por meio de depósito na conta do trabalhador, que ao sacar o FGTS, receberá o saldo total existente na conta mais a multa que é o acréscimo de 40% depositada. A multa de 40% deve ser depositada na conta do trabalhador nos seguintes casos: DESPEDIDA SEM JUSTA CAUSA, PELO EMPREGADOR, INCLUSIVE A INDIRETA Neste caso, a multa de 40% (quarenta por cento) sobre o saldo total da conta vinculada do FGTS aberta pela empresa em nome do trabalhador. RESCISÃO INDIRETA - Considera-se despedida indireta a falta grave praticada pelo empregador em relação ao empregado que lhe preste serviço. A falta grave, neste caso, é caracterizada pelo não cumprimento da lei ou das condições contratuais ajustadas por parte do empregador. A despedida indireta é assim denominada porque a empresa ou o empregador não demite o empregado, mas age de modo a tornar impossível ou intolerável a continuação da prestação de serviços. Voltar ao Exercício 13 15. MULTA DO ARTIGO 477 CLT CLT - Decreto Lei nº 5.452 de 01 de Maio de 1943 Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 16. MULTA DO ARTIGO 467 CLT Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinquenta por cento. 17. COTA PREVIDENCIÁRIA Tratando-se de verbas de natureza salarial, o empregador deve promover o desconto previdenciário devido (8%, 9%, 11%) sobre o valor do salário contribuição mensal do empregado. Se o empregado já contribuiu durante o pacto pelo teto, a parcela das verbas que ultrapassar este limite, não sofre desconto previdenciário. 18. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA Atualização Monetária é o nome que se dá no Brasil para os ajustes contábeis e financeiros, realizados com o intuito de se demonstrar os preços de aquisição em moeda em circulação no país (atualmente o Real), em relação ao valor de outras moedas (ajuste cambial) ou índices de inflação ou cotação do mercado financeiro (atualização monetária propriamente dita). Em Economia é também chamado de "Correção Monetária", ou seja, um ajuste feito periodicamente de certos valores na economia tendo em base o valor da inflação de um período, objetivando compensar a perda de valor da moeda. 19. JUROS O juro é uma remuneração do fator capital, pode ser compreendido como uma espécie de "aluguel sobre o dinheiro". A taxa seria uma compensação feita a quem emprestou o dinheiro, pelos investimentos úteis que poderiam ter sido feitos com o dinheiro emprestado; em vez do credor usar os bens diretamente, estes passam para o mutuário, que goza destes bens sem o esforço necessário para obtê-los, enquanto o credor goza do lucro da taxa paga pelo mutuário pelo privilégio. A quantia emprestada, ou o valor dos bens emprestados, é chamada de principal. A porcentagem do principal que é paga como taxa (o juro), por um determinado período de tempo, é chamada de taxa de juros. Bibliografia: 1. José Aparecido dos Santos -Curso de Cálculos de Liquidação Trabalhista 2. CLT – Consolidação das Leis do Trabalho – 2019 3. Maysa Infante – Apostilas de Liquidação de Sentença TRT/1ª Região
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