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Funcionalismo Resumo pdf

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RESUMO 
O FUNCIONALISMO 
 
 
WILLIAM JAMES – A contribuição doutrinária do filosofo norte-americano William 
James (1842-1910), projetou-se em três campos diferentes, mas complementares: no da 
psicologia, no da teoria do conhecimento e no da filosofia da religião. No domínio da 
teoria do conhecimento, ganha relevo a sua teoria da verdade. Na área da psicologia a sua 
afirmação de que a todo estado de consciência corresponde certa manifestação fisiológica, 
pode ser vista como precursora do behaviorismo metodológico, posteriormente 
desenvolvido por John Watson. Com relação à teoria da verdade, no domínio da 
epistemologia, ele se destacou ao rejeitar tanto a interpretação realista clássica da verdade 
quanto a interpretação idealista. A seu ver, a verdade de uma proposição consistiria no 
fato de que ela é útil, de que ela conduz ao sucesso e concede satisfação. Ao analisar a 
experiência religiosa, ele trouxe a perspectiva do pragmatismo, rejeitando a interpretação 
psiquiátrica do misticismo, assinalando o rigor dos critérios derivados de sua teoria 
pragmática como ponto de vista intelectualista, expressos em termos de produção de 
argumentos visando a demonstração. 
 
O Funcionalismo foi a nova corrente psicológica instaurada por William James, 
voltada para a área científica que, até então, estava desenvolvendo estudos dos fenômenos 
psíquicos que constituíam uma disciplina de caráter metafísico e ocupada com a essência 
última do homem. Foi William James o primeiro norte-americano a organizar um 
laboratório de psicologia experimental, defendendo o estudo dos fatos psíquicos como 
intimamente relacionados com os fatos estabelecidos pela fisiologia nervosa. A estes 
estavam aliadas a teoria da evolução biológica e os dados fornecidos pela arqueologia 
para o alcance de uma verdadeira ciência do homem. Ao mesmo tempo ele exigia que se 
aliasse ao espírito científico-natural, a fim de preserva o investigador de certas cruezas de 
raciocínio tão comuns no homem de laboratório. Este projeto metodológico levou o autor 
a construção de uma nova psicologia, estabelecendo o novo conceito de fluxo de 
consciência e teoria das emoções, defendendo a ideia de que a consciência não constitui 
uma estrutura fixa, possuidora de certa faculdade; seria um fluxo permanente como um 
processo dinâmico que se organiza em vista de um fim. Sua teoria das emoções afirma 
que as emoções não são mais que um produto da reverberação de certas modificações. O 
seu conceito-chave do fluxo de consciência e sua ligação com a atenção seletiva, 
enfatizava que a consciência como uma multiplicidade repleta de objetos e relações. 
A psicologia, para ele, é a ciência da vida mental abrangendo tanto os seus 
fenômenos como as suas condições. Ela não tem como meta a descoberta dos elementos 
das experiências, mas o estudo sobre a adaptação dos seres humanos ao seu ambiente. A 
função da consciência é guiar aos fins necessários para a sobrevivência e é vital para as 
necessidades dos seres complexos em um ambiente complexo. 
Na sua corrente psicológica, o autor escreveu sobre todos os aspectos da 
psicologia humana, do funcionamento cerebral até o êxtase religioso, da percepção 
especial até a mediunidade psíquica. A personalidade, para ele, emerge da interação entre 
as facetas instintuais e habituais da consciência e os aspectos pessoais e volitivos. As 
patologias, as diferenças pessoais, os estágios de desenvolvimento, a tendência à 
autorrealização e todo o resto são redistribuições dos blocos de construção fundamentais 
fornecidos pela natureza e refinados pela evolução. Em vista disso, a consciência implica 
um tipo de relação externa. Os hábitos são ações ou pensamentos que aparecem 
aparentemente como respostas automáticas a uma dada experiência, diferindo dos 
instintos pelo fato de que o hábito pode ser criado, modificado ou eliminado pela direção 
consciência, além de ser valiosos e necessários. O sentimento de racionalidade defende 
que a teoria deve ser intelectualmente agradável, consistente e lógica, devendo, ainda, ser 
emocionalmente atraente e encorajar ao pensar ou agir de forma que seja satisfatória e 
aceitável ao nível pessoal. Essa teoria sustenta haver um equilíbrio entre a indiferença e 
os sentimentos, e a expressão deles serve ao organismo da melhor forma. Ao mesmo 
tempo que o desapego é um estado desejável, há também vantagens em estar dominado 
pelos sentimentos; o transtorno emocional é um meio pelo qual hábitos duradouros podem 
ser rompidos; liberta as pessoas a tentarem novos comportamentos ou explorarem novas 
áreas de percepção. A saúde mental é o agir como se as coisas pudessem ir bem, o agir 
com base em ideias. Os obstáculos mais óbvios e prevalentes ao crescimento na vida são 
os hábitos, uma vez que eles são as forças que retardam o desenvolvimento e limitam a 
felicidade. Os relacionamentos são inicialmente instintivos e formados para se adaptarem 
a diferentes exigências culturais. A vontade é o ponto central a partir do qual a ação 
significativa pode ocorrer. O ser humano possui a capacidade inata para fazer escolhas 
reais, apesar das limitações genéticas, dos hábitos pessoais e de outras circunstâncias 
externas. 
Enfim, o fluxo de consciência é a ideia de que a consciência é um processo de 
fluxo continuo e qualquer tentativa de reduzi-la a elementos pode distorcê-la. 
A teoria das emoções é uma teoria biológica que delineia as conexões entre as 
emoções e as mudanças fisiológicas a elas associados. Para o autor, há dois tipos de 
conhecimentos: aqueles oriundos da experiência denominados de conhecimento familiar, 
e o conhecimento adquirido através do intelecto, o conhecimento a respeito de. O self 
seria a continuidade pessoal que cada um de nós reconhece cada vez que acorda, podendo 
ser material, social, espiritual. Para o autor, melhorar a atenção voluntária inclui treinar a 
vontade, uma vez que ela desenvolvida permite que a consciência atenda às ideias, 
percepções e sensações que não são imediatamente agradáveis ou convidativas. 
 
O PRAGMATISMO 
É um método de esclarecimento de conceitos, uma teoria da significação situada 
no terreno da lógica. Para o autor, o pragmatismo é a teoria da verdade e tem por princípio 
a prova última do que significa a verdade e a conduta que essa mesma verdade dita ou 
inspira. É a doutrina que valida as ideias medidas por suas consequências práticas. Essa 
teoria defende que o pensamento estabelece certas determinações, conhecimentos, 
conceitos, para finalidades práticas, econômicas, utilitárias. Assim, o conceito é 
considerado uma abreviação cômoda de sensações múltiplas que representam a 
experiência genuína. O prático e o utilitário são os valores das doutrinas, das teorias, entre 
elas, uma não é mais verdadeira do que as outras, mas mais útil do que outras. O 
pensamento é verdadeiro se tem êxito prático. A ciência é um instrumento da vontade 
para as suas finalidades. 
 
REFERÊNCIAS 
BENJAMIM JUNIOR, Ludy. Uma breve história da psicologia moderna, 2009. 
FADINGAN, James; FRAGER, Robert. Teorias da personalidade. São Paulo: Harbra, 2002. 
JAMES, William. Pragmatismo e outros textos. São Paulo: Abril Cultural, 1979. 
MARICONDA, Pablo. William James: vida e obra. São Paulo: Abril Cultural, 1979 
PADOVANI, Umberto; CASTAGNOLA, Luís. História da filosofia. São Paulo: Melhoramos, 1979. 
SCHULTZ, Duane; SCHULTZ, Sideny. História da psicologia moderna. São Paulo: Cengage Learning, 
2012.

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