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Aula 1 – Anatomia – Módulo 1 – Eduarda Miranda • A pelve consiste em um grupo de estruturas ósseas que formam uma das estruturas mais importantes do corpo humano. Juntamente com o quadril, é a principal estrutura responsável pela sustentação de peso e locomoção, fazendo também a manutenção do equilíbrio e da manutenção na distribuição de cargas durante a movimentação e em situações onde o organismo permanece em posicionamento estático, afim de evitar compensações. • Anatomicamente, a pelve é a parte do corpo circundada pelo cíngulo do membro inferior (pelve óssea), parte do esqueleto apendicular do membro inferior. É subdividida em pelves maior e menor. A pelve maior é circundada pela parte superior do cíngulo do membro inferior, e é ocupada pelas vísceras abdominais inferiores. A pelve menor é circundada pela parte inferior do cíngulo do membro inferior, que forma a estrutura óssea dos compartimentos da cavidade pélvica e do períneo no tronco, separados pelo diafragma da pelve. A parte externa da pelve é coberta ou envolvida pela parede abdominal anterolateral inferior anteriormente, a região glútea do membro inferior posterolateralmente, e o períneo inferiormente. • O termo períneo refere-se tanto à área da superfície do tronco entre as coxas e as nádegas, que se estende do cóccix até o púbis, quanto ao compartimento de pequena profundidade situado profundamente a essa área, mas inferior ao diafragma da pelve. O períneo inclui o ânus e os órgãos genitais externos: o pênis e o escroto no homem e o pudendo feminino. • Fatos importantes: o Mulheres: pelve maior, mais larga, mais rasa, intróito pélvico oval, forame obturado oval o Homens: mais pesada, mais de inserções musculares, arco púbico mais estreito, ângulo subpúbico menor, espaço entre as tuberosidades isquiáticas menor, intróito pélvico menor, intróito pélvico arredondado o Ossos: formado por quatro ossos: um par de quadris (ílio + ísquio + púbis), sacro e cóccix o Articulações: articulações lombossacrais, articulação sacrococcígea, articulação sacroilíaca e sínfise púbica o Ligamentos: ligamento sacrotuberoso e ligamento sacroespinhoso Cíngulo do membro inferior • O cíngulo do membro inferior é um anel ósseo, em forma de bacia, que une a coluna vertebral aos dois fêmures. As principais funções do cíngulo do membro inferior são: o Sustentar o peso da parte superior do corpo nas posições sentada e ortostática; o Transferir o peso do esqueleto axial para o esqueleto apendicular inferior para ficar de pé e caminhar; o Proporcionar fixação aos fortes músculos da locomoção e postura, bem como àqueles da parede abdominal, resistindo às forças geradas por suas ações; o Conter e proteger as vísceras pélvicas e as vísceras abdominais inferiores e, ao mesmo tempo, permitir a passagem de suas partes terminais via períneo; o Proporcionar sustentação para as vísceras abdominopélvicas e o útero grávido; o Proporcionar fixação para os corpos eréteis dos órgãos genitais externos; Pelve: ossos, articulações, músculos e diâmetros Aula 1 – Anatomia – Módulo 1 – Eduarda Miranda o Proporcionar fixação para os músculos e membranas que auxiliam as funções citadas anteriormente, formando o assoalho pélvico e preenchendo espaços existentes nele ou ao seu redor; • No indivíduo maduro, o cíngulo do membro inferior é formado por três PELVE E PERÍNEO 4 ossos: a) Ossos do quadril direito e esquerdo: ossos grandes, de formato irregular, sendo cada um deles formado pela fusão de três ossos, ílio, ísquio e púbis; b) Sacro: formado pela fusão de cinco vértebras sacrais, originalmente separadas. • A pelve é dividida em pelves maior (falsa) e menor (verdadeira) pelo plano oblíquo da abertura superior da pelve. • A abertura inferior da pelve é limitada por: o Arco púbico anteriormente; o Túberes isquiáticos lateralmente; o Margem inferior do ligamento sacrotuberal posterolateralmente; o Extremidade do cóccix posteriormente. • A pelve maior (pelve falsa) é a parte da pelve: o Superior à abertura superior da pelve; o Limitada pelas asas do ílio posterolateralmente e a face anterossuperior da vértebra S I posteriormente; o Ocupada por vísceras abdominais. • A pelve menor (pelve verdadeira) é a parte da pelve: o Situada entre as aberturas superior e inferior da pelve; o Limitada pelas faces pélvicas dos ossos do quadril, sacro e cóccix; o Que inclui a cavidade pélvica verdadeira e as partes profundas do períneo, especificamente as fossas isquioanais; o Que tem maior importância obstétrica e ginecológica. Aula 1 – Anatomia – Módulo 1 – Eduarda Miranda Cavidade pélvica • A cavidade pélvica é o espaço limitado perifericamente pelas paredes e assoalho ósseos, ligamentares e musculares da pelve. É a parte inferoposterior da cavidade abdominopélvica, sendo contínua com a cavidade abdominal na abertura superior da pelve. Contém as partes terminais dos ureteres, bexiga urinária, reto, órgãos genitais pélvicos, vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. Além dessas vísceras pélvicas, contém ainda partes de vísceras abdominais, tais como: alças de intestino delgado (principalmente íleo) e, muitas vezes, intestino grosso (apêndice vermiforme e colo transverso e/ou sigmoide). • A cavidade pélvica é limitada inferiormente pelo diafragma da pelve músculo-fascial, que está suspenso acima da abertura inferior da pelve, formando um assoalho pélvico. A cavidade pélvica é limitada posteriormente pelo cóccix e a parte inferior do sacro, e a parte superior do sacro forma um teto sobre a metade posterior da cavidade. Os corpos dos púbis, e a sínfise púbica que os une, formam uma parede anteroinferior cuja profundidade é muito menor (mais curta) do que a parede póstero-superior e o teto formados pelo sacro e cóccix. Paredes e assoalho da cavidade pélvica • A cavidade pélvica tem uma parede anteroinferior, duas paredes laterais, uma parede posterior e um assoalho. • Parede anteroinferior da pelve: o A parede anteroinferior da pelve é formada principalmente pelos corpos e ramos dos púbis e pela sínfise púbica. Participa na sustentação do peso da bexiga urinária. • Paredes laterais da pelve Aula 1 – Anatomia – Módulo 1 – Eduarda Miranda o As paredes laterais da pelve são formadas pelos ossos do quadril direito e esquerdo, e cada um deles tem um forame obturado fechado por uma membrana obturadora. As fixações carnosas dos músculos obturadores internos cobrem e, assim, protegem, a maior parte das paredes laterais da pelve. • Parede posterior da pelve o As paredes laterais da pelve são formadas pelos ossos do quadril direito e esquerdo, e cada um deles tem um forame obturado fechado por uma membrana obturadora. As fixações carnosas dos músculos obturadores internos cobrem e, assim, protegem, a maior parte das paredes laterais da pelve. • Assoalho pélvico o O assoalho pélvico é formado pelo diafragma da pelve, que consiste nos músculos isquiococcígeo e levantador do ânus e nas fáscias que recobrem as faces superior e inferior desses músculos (Figs. 3 e 4). O diafragma da pelve situa-se na pelve menor, separando a cavidade pélvica do períneo, ao qual serve como teto. o Os músculos isquiococcígeos originam-se nas faces laterais da parte inferior do sacro e cóccix, suas fibras carnosas situam-se sobre a face profunda do ligamento sacroespinal e se fixam a ela. O músculo levantador do ânus é a parte maior e mais importante do assoalho pélvico. Está fixado aos corpos dos púbis anteriormente, às espinhas isquiáticas posteriormente, e a um espessamento na fáscia obturatória, o arco tendíneo do músculo levantador do ânus, entre os dois pontos ósseos de cada lado. Assim, o diafragma da pelve estende-se entre as paredes anterior, lateral e posterior da pelve menor, conferindo-lhe a aparência de uma rede suspensa por essas fixações, fechando grande parte do anel do cíngulo do membro inferior. Uma abertura anteriorentre as margens mediais dos músculos levantadores do ânus de cada lado — o hiato urogenital — dá passagem à uretra e, nas mulheres, à vagina. o O músculo levantador do ânus tem três partes, em geral mal demarcadas, mas denominadas de acordo com as fixações e o trajeto das fibras: § Puborretal: a parte medial, mais estreita e mais espessa do músculo levantador do ânus, que consiste em fibras musculares contínuas entre as faces posteriores dos corpos dos púbis direito e esquerdo. Forma uma alça muscular em formato de U (alça puborretal) que passa posteriormente à junção anorretal (Figura 3.12) e delimita o hiato urogenital. Essa parte tem um papel importante na manutenção da continência fecal; § Pubococcígeo: a parte intermediária mais larga, porém menos espessa, do músculo levantador do ânus, com origem lateral ao músculo puborretal, a partir da face posterior do corpo do púbis e arco tendíneo anterior. Segue posteriormente em um plano quase horizontal; suas fibras laterais fixam-se ao cóccix e suas fibras mediais fundem-se às do músculo contralateral para formar uma rafe fibrosa ou lâmina tendínea, parte do corpo anococcígeo entre o ânus e o cóccix. Alças musculares mais curtas do músculo pubococcígeo que se estendem medialmente e se fundem à fáscia ao redor de estruturas na linha mediana são denominadas de acordo com a estrutura próxima de seu término: pubovaginal (mulheres), puboprostático (homens), puboperineal e puboanal; § Iliococcígeo: a parte posterolateral do músculo levantador do ânus, que se origina na parte posterior do arco tendíneo e na espinha isquiática. É fina, em geral pouco desenvolvida (parecendo mais aponeurótica do que muscular) e também se funde ao corpo anococcígeo posteriormente. o O músculo levantador do ânus forma um assoalho dinâmico para sustentar as vísceras abdominopélvicas. Na maior parte do tempo, mantém contração tônica para sustentar as vísceras abdominopélvicas e ajudar a manter a continência urinária e fecal. Há contração ativa desse músculo em situações como expiração forçada, tosse, espirro, vômito e fixação Aula 1 – Anatomia – Módulo 1 – Eduarda Miranda do tronco durante fortes movimentos dos membros superiores (p. ex., ao levantar objetos pesados), basicamente para aumentar a sustentação das vísceras durante períodos de aumento da pressão intra-abdominal e talvez também para contribuir para o aumento da pressão (para ajudar a expulsão). A contração tônica do M. levantador do ânus causa o encurvamento anterior do canal anal. o A contração ativa da porção puborretal (voluntária) é importante para a manutenção da continência fecal imediatamente após o enchimento do reto ou durante a peristalse, quando o reto está cheio e o músculo esfincteriano involuntário é inibido (relaxado). O músculo levantador do ânus tem de relaxar para permitir a micção e a defecação. Aula 1 – Anatomia – Módulo 1 – Eduarda Miranda Períneo • O períneo é uma região de formato losangular que se localiza abaixo do assoalho pélvico, entre as faces internas das coxas e anterior ao sacro e ao cóccix. Ele é usualmente descrito a partir da posição de um indivíduo em decúbito dorsal, com as articulações coxofemorais em abdução e flexão parcial. A projeção superficial do períneo e a forma da pele que o cobre variam consideravelmente, dependendo da posição das coxas, enquanto os tecidos profundos em si ocupam posições relativamente fixas. • O períneo é delimitado anteriormente pela sínfise púbica e seu ligamento arqueado, posteriormente pelo osso cóccix, anterolateralmente pelos ramos isquiopúbicos e pelas tuberosidades isquiáticas, e posterolateralmente pelos ligamentos sacrotuberais. O limite profundo do períneo é a superfície inferior do diafragma pélvico e seu limite superficial é a pele, que é contínua com a que se encontra sobre a face medial das coxas e a parede abdominal inferior. Uma linha arbitrária que une as tuberosidades isquiáticas (a linha interisquiática) divide o períneo em um trígono urogenital anterior e um trígono anal posterior. O trígono urogenital masculino contém o bulbo do pênis e suas inserções (Fig. 10), e o trígono urogenital feminino contém o monte do púbis, os lábios maiores, os lábios menores, o clitóris e os orifícios vaginal e uretral. Aula 1 – Anatomia – Módulo 1 – Eduarda Miranda Trígono anal • A estrutura do trígono anal é similar em homens e mulheres, com a principal diferença refletida na dimensão transversal mais larga em mulheres como resultado do tamanho maior da abertura inferior da pelve. Contém o canal anal e seus esfíncteres, e a fossa isquioanal com seus nervos e vasos contidos, e é revestido pelas fáscias superficial e profunda. • Fossa isquioanal o A fossa isquioanal é uma região de formato aproximadamente de ferradura que preenche a maior parte do trígono anal: embora frequentemente referida como um espaço, ela é preenchida com tecido adiposo frouxo permeado por nervos e vasos sanguíneos (Fig. 12). o Os “braços” da ferradura são triangulares em corte transversal porque o músculo levantador do ânus se inclina para baixo, em direção à junção anorretal. O canal anal e seus esfíncteres localizam-se no centro da ferradura (Fig. 12). Acima deles, o limite medial profundo da fossa é formado pela fáscia profunda sobre o músculo levantador do ânus. O limite externo da fossa é formado anterolateralmente pela fáscia profunda sobre o músculo obturador interno profundamente e pelo periósteo das tuberosidades isquiáticas mais superficialmente. Posterolateralmente, o limite externo é formado pela borda inferior do músculo glúteo máximo e pelo ligamento sacrotuberal. Anteriormente, o limite superficial da fossa é formado pela face posterior dos músculos perineais transversos e pela loja perineal profunda. Os vasos pudendos internos e os nervos acompanhantes se localizam na parede lateral da fossa isquioanal, envolvidos na fáscia que forma o canal pudendo. Os vasos e nervos retais inferiores cruzam a fossa a partir do canal pudendo e frequentemente se ramificam em seu interior. Aula 1 – Anatomia – Módulo 1 – Eduarda Miranda • Esfíncter anal externo o O esfíncter anal externo é um tubo oval de músculo estriado que circunda a parte inferior do canal anal (Fig. 12). As fibras mais superiores (mais profundas) se fundem com as fibras mais inferiores do músculo puborretal. Anteriormente, algumas dessas fibras superiores decussam para dentro dos músculos transversos superficiais do períneo. Posteriormente, algumas fibras estão inseridas na rafe anococcígea. A maioria das fibras médias do esfíncter anal externo circunda a parte inferior do esfíncter interno e estão inseridas anteriormente ao corpo perineal e posteriormente ao cóccix através do ligamento anococcígeo. Trígono urogenital • O esfíncter anal externo é um tubo oval de músculo estriado que circunda a parte inferior do canal anal (Fig. 12). As fibras mais superiores (mais profundas) se fundem com as fibras mais inferiores do músculo puborretal. Anteriormente, algumas dessas fibras superiores decussam para dentro dos músculos transversos superficiais do períneo. Posteriormente, algumas fibras estão inseridas na rafe anococcígea. A maioria das fibras médias do esfíncter anal externo circunda a parte inferior do esfíncter interno e estão inseridas anteriormente ao corpo perineal e posteriormente ao cóccix através do ligamento anococcígeo. • Espaço perineal profundo o É delimitado profundamente pela fáscia endopélvica do assoalho pélvico e superficialmente pela membrana do períneo. Entre essas duas camadas fasciais, localiza-se o músculo transverso profundo do períneo superficialmente ao mecanismo do esfíncter uretral e ao músculo pubouretral, e em mulheres superficialmente ao músculo compressor da uretra e ao esfíncter uretrovaginal (Fig. 13). Esses músculos não formam uma verdadeira lâmina diafragmática como tal, pois fibras de várias partes estendem-seatravés das saídas viscerais no assoalho pélvico para dentro dos limites inferiores da cavidade pélvica. Aula 1 – Anatomia – Módulo 1 – Eduarda Miranda • Músculos transversos do períneo o Os músculos transversos profundos do períneo formam uma lâmina incompleta de músculo através da loja perineal profunda a partir das faces mediais dos ramos isquiopúbicos (Fig. 14). Posteriormente, a lâmina encontra-se inserida ao corpo perineal, onde suas fibras decussam com aquelas do lado oposto. Anteriormente, os músculos são deficientes e as estruturas viscerais passam através da fáscia endopélvica e da membrana perineal. Algumas fibras passam para a parte profunda do esfíncter anal externo posteriormente e para o esfíncter da uretra anteriormente. Juntamente com os músculos transversos profundos do períneo, os músculos atuam para firmar o corpo perineal no plano mediano e podem ajudar a sustentar os canais viscerais que passam através deles. Eles são supridos pelos ramos perineais dos vasos e nervos pudendos. • Músculo compressor da uretra o O músculo compressor da uretra existe em mulheres e se origina a partir dos ramos isquiopúbicos de cada lado por um pequeno tendão. As fibras passam anteriormente para encontrar seus pares contralaterais em uma faixa achatada que se localiza anteriormente à uretra, abaixo do esfíncter da uretra (Fig. 14). Um número variável de fibras da mesma origem se espalha medialmente para alcançar as paredes inferiores da vagina, e pode raramente alcançar mais posteriormente, até o corpo perineal. • Esfíncter uretrovaginal o O esfíncter uretrovaginal existe nas mulheres e se origina a partir do corpo perineal. As fibras seguem para a frente a cada lado da vagina e da uretra, até encontrar seus pares contralaterais em uma faixa achatada, anteriormente à uretra, e abaixo do músculo compressor da uretra (Fig. 14). Aula 1 – Anatomia – Módulo 1 – Eduarda Miranda • Espaço perineal superficial o O espaço perineal superficial localiza- -se profundamente à membrana perineal e está limitada superficialmente pela fáscia perineal profunda. Ela contém os corpos cavernosos e o corpo esponjoso do pênis, os músculos isquiocavernoso, bulboesponjoso e os transversos superficiais do períneo, e ramos dos vasos e nervos pudendos (Fig. 15). Na mulher, ela é atravessada pela uretra e pela vagina, e contém o clitóris. No homem, ela contém a uretra à medida que segue na raiz do pênis. • Corpo Perineal o O corpo perineal é um agregado mal definido de tecido fibromuscular localizado na linha mediana, na junção entre os triângulos anal e urogenital (Figs. 13 e 15). Ele está inserido a muitas estruturas nos espaços urogenitais tanto profundos como superficiais. Posteriormente, ele se funde com fibras advindas da parte média do esfíncter anal externo e da cobertura longitudinal conjunta. Superiormente, ele é contínuo com o septo retoprostático ou retovaginal, que incluem fibras do músculo levantador do ânus (puborretal ou pubovaginal). Anteriormente, ele recebe uma contribuição dos músculos transversos profundos do períneo, dos transversos superficiais do períneo e do bulboesponjoso. o Em homens, é contínuo com a rafe perineal na pele do escroto. Em mulheres, o corpo perineal localiza-se diretamente posterior à comissura posterior dos lábios maiores – está também aderido a ela – e ao introito da vagina. • Músculos transversos superficiais do períneo o Os músculos transversos superficiais do períneo são estreitas faixas de músculo que seguem mais ou menos transversalmente através do espaço perineal superficial, anteriormente ao ânus (Fig. 15). Os músculos são ocasionalmente pequenos e raramente ausentes. A cada lado, os músculos estão inseridos às faces medial e anterior da tuberosidade isquiática. Medialmente, as fibras seguem principalmente para dentro do corpo perineal, embora algumas possam também passar para o músculo bulboesponjoso ipsilateral ou para o esfíncter anal externo. Aula 1 – Anatomia – Módulo 1 – Eduarda Miranda • Músculo bulboesponjoso o O músculo bulboesponjoso difere entre os sexos. No homem, ele se localiza na linha mediana, anteriormente ao corpo perineal. Ele consiste em duas partes simétricas unidas por uma rafe fibrosa mediana. As fibras se inserem ao corpo perineal, no qual elas decussam, aos músculos transversos superficiais do períneo e ao esfíncter anal externo; elas divergem como os lados de uma pena a partir da rafe mediana. Uma camada delgada de fibras posteriores se une à porção posterior da membrana perineal. A maioria das fibras intermediárias circunda o bulbo do pênis e o corpo esponjoso adjacente, e se insere em uma aponeurose nas superfícies dorsais. As fibras anteriores se espalham por sobre as laterais dos corpos cavernosos e terminam parcialmente neles, anteriormente ao músculo isquiocavernoso, e parcialmente em uma expansão tendinosa que cobre os vasos dorsais do pênis (Fig. 16). Na mulher, o músculo bulboesponjoso também se insere ao corpo perineal, mas o músculo a cada lado está separado e cobre as partes superficiais dos bulbos do vestíbulo e das glândulas vestibulares maiores (Fig. 15). As fibras seguem anteriormente a cada lado da vagina para se inserir aos corpos cavernosos do clitóris, e algumas poucas fibras atravessam o dorso do corpo do clitóris. • Músculo isquiocavernoso o No homem, o músculo isquiocavernoso cobre cada ramo do pênis (Fig. 16). Ele se origina de fibras tendinosas e musculares à face medial da tuberosidade isquiática atrás e ao ramo do ísquio a ambos os lados do ramo. Essas fibras terminam em uma aponeurose que está inserida aos lados e sob a superfície do ramo do pênis. Na mulher, o músculo isquiocavernoso está relacionado aos pequenos ramos do clitóris, e tem uma origem muito menor do ramo isquiopúbico (Fig. 15); apesar disto, este é similar ao músculo correspondente no homem. Aula 1 – Anatomia – Módulo 1 – Eduarda Miranda Aula 1 – Anatomia – Módulo 1 – Eduarda Miranda
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