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Fisiologia da Tireoide - Resumo Guyton

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0 | P á g i n a 
 
Denilson Duarte 
[SISTEMA ENDÓCRINO] [UFCA] 
[FISIOLOGIA DA TIREOIDE] 
 
 
1 | P á g i n a 
 
Sumário 
Fisiologia da Tireoide..................................................................................................................... 2 
Síntese e secreção dos hormônios metabólicos tireoidianos ................................................... 2 
Anatomia e fisiologia da tireoide .......................................................................................... 2 
Papel do iodo ......................................................................................................................... 2 
Tireoglobulina e a formação de tiroxina e tri-iodotironina ................................................... 3 
Liberação de tiroxina e tri-iodotironina ................................................................................ 3 
Transporte de tiroxina e tri-iodotironina para os tecidos ..................................................... 4 
A ação dos hormônios tireoidianos tem início lento e de longa duração ............................. 4 
Efeitos fisiológicos dos hormônios ............................................................................................ 4 
Influência na atividade metabólica celular ........................................................................... 4 
Efeitos sobre o crescimento .................................................................................................. 5 
Influencia sobre mecanismos corporais específicos ............................................................. 5 
Efeitos no sistema cardiovascular ......................................................................................... 6 
Regulação da secreção de hormônio tireoidiano ..................................................................... 6 
Papel do TSH.......................................................................................................................... 6 
Papel do TRH na regulação do TSH ....................................................................................... 7 
 
 
2 | P á g i n a 
 
Fisiologia da Tireoide 
Cerca de 93% dos hormônios metabolicamente ativos, que é secretado pela tireoide, consistem 
em tiroxina (T4) e 7% em tri-iodotironina (T3). Entretanto, quase todo o T4 é convertido em T3 
nos tecidos. As funções desses dois hormônios são qualitativamente iguais, mas diferem na 
velocidade e intensidade de ação. O T3, presente em menor quantidade, possui ação mais 
potente, porém com duração de tempo menor. 
Síntese e secreção dos hormônios metabólicos tireoidianos 
 Anatomia e fisiologia da tireoide 
A tireoide é composta de grande número de folículos fechados, cheios 
por substancia secretora, chamada de coloide, e revestidos por células epiteliais 
cuboides, que secretam seus produtos para o interior dos folículos. O coloide é 
constituído por tireoglobulina, cuja molécula contém os hormônios tireoidianos. 
Quando a secreção chega aos folículos, ela deve ser reabsorvida através do 
epitélio folicular para o sangue. 
 Papel do iodo 
Para formar a quantidade ideal de hormônios, é necessário a ingestão 
de cerca de 50 miligramas de iodo por ano na forma de iodeto. Para prevenir a 
deficiência de iodo, o sal comum é comercializado com suplemento de iodo. O 
iodeto ingerido via oral é absorvido pelo TGI para o sangue. Essa absorção 
ocorre de modo semelhante à absorção do cloreto. Porém, apenas cerca de 1/5 
do iodeto consumido é utilizado pelas células da tireoide e usado na síntese 
hormonal. 
Para que ocorra a síntese hormonal pela tireoide, é preciso que haja o 
transporte de iodeto do sangue para as células e folículos glandulares. A 
membrana basal das células tireoidianas tem a capacidade especifica de 
bombear, ativamente, iodeto para o interior da célula. Esse transporte é 
realizado pela ação de simporte de sódio-iodeto (NIS), que cotransporta um íon 
de iodeto junto com dois íons de sódio, através da membrana basolateral para 
a célula. A energia para 
o transportar iodeto 
contra o gradiente de 
concentração vem da 
bomba de sódio-
potássio-ATPase, que 
bombeia sódio para fora 
da célula, criando um 
gradiente de difusão 
facilitado para o sódio 
entrar na célula. 
Esse processo 
de concentração de 
iodeto na célula é 
chamado de captação de iodeto. A captação de iodeto é influenciada por 
diversos fatores, dos quais o mais importante é o TSH. 
O iodeto é transportado para fora das células da tireoide pela 
membrana apical para o folículo, por meio de molécula contratransportadora 
Figura 1 Mecanismos celulares da tireoide para o transporte de iodo, 
formação de tiroxina e triiodotironina. 
3 | P á g i n a 
 
de íons cloreto-iodeto chamada de pendrina. As células epiteliais da tireoide 
podem secretar também tiroglobulina para o folículo, que contém aminoácidos 
de tirosina a que o iodeto vai se ligar. 
 Tireoglobulina e a formação de tiroxina e tri-iodotironina 
As células da tireoide são típicas células glandulares secretoras de 
proteínas. O reticulo endoplasmático e o aparelho de Golgi sintetizam e 
secretam para os folículos a glicoproteína chamada de tireoglobulina. Cada 
molécula de tireoglobulina contém cerca de 70 AA tirosina, que são os principais 
pontos de que se combinam com o iodo para formar os hormônios. Assim, os 
hormônios se formam no interior dos folículos. 
O primeiro estágio para a formação dos hormônios tireoidianos é a 
conversão dos íons iodeto para a forma oxidada de iodo, que é capaz de se 
combinar diretamente com o AA tirosina. A oxidação do iodeto é promovido 
pela enzima peroxidade, acompanhada de peróxido de hidrogênio. Essa enzima 
se localiza na membrana apical da célula ou ligada a ela, produzindo assim o 
iodo oxidado. A produção desse iodo oxidado (I2) ocorre exatamente no ponto 
da célula em que a molécula de tireoglobulina surge. Assim, ocorre a ligação do 
iodo com os aminoácidos de tirosina na molécula de tireoglobulina, processo 
chamado de organificação da tireoglobulina. 
A tirosina é inicialmente iodada para monoiodotirosina e, logo em 
seguida, para diiodotirosina. Então, em momentos seguidos, minutos, horas ou 
dias, cada vez mais resíduos de iodotirosina se acomplam uns aos outros. O 
principal produto hormonal da reação de acoplamento é a molécula de tiroxina 
(T4), formada quando duas moléculas de diiodotirosina se unem. Outra 
possiblidade é o acoplamento de molécula de monoiodotirosina com uma de 
diiodotirosina, formando triiodotirosina (T3). Pequenas quantidades de T3 são 
produzidos como T3 reverso, composto que não possui funcionalidade nos 
tecidos. 
A tireoide, diferente de outras glândulas endócrinas, possui a 
capacidade de armazenar grande quantidade de hormônios. Após o final da 
síntese dos hormônios, cada molécula de tireoglobulina contém certa de 30 
moléculas de T4 e T3. São armazenados quantidades suficientes para suprir as 
necessidades normais do organismo por 2 a 3 meses. 
Liberação de tiroxina e tri-iodotironina 
Para que ocorra a liberação dos hormônios tireoidianos, é preciso que 
ocorra a clivagem das moléculas de tireoglobulinas em tiroxina e triiodotironina. 
Esse processo ocorro da seguinte forma: 
1. A superfície apical das células da tireoide emite pseudópodes 
que cercam pequenas porções do coloide, formando vesículas 
pinocíticas; 
2. Em seguida, lisossomos no citoplasma celular imediatamente se 
fundem com as vesículas, formando vesículas digestivas; 
3. Múltiplas proteases digerem as moléculas de tireoglobulina e 
liberam tiroxina e triiodotironina, em sua forma livre; 
4. Logo em seguida, os resíduos de T3 e T4 se difundem pela base 
da célula tireoidiana para os capilares adjacentes. 
4 | P á g i n a 
 
Aproximadamente ¾ da tirosina iodada na tireoglobulina jamais se 
tornam hormônios, permanecendo como monoiodotirosina e 
diiodotirosina. Essas tirosinasiodadas também são liberadas das 
moléculas de tireoglobulina, mas não são secretadas para o sangue. Seu 
iodo é clivado pela enzima deiodinase, que promove a reciclagem do 
iodo na glândula para a formação de novas moléculas. A enzima 
deiodinase é responsável por formar T4 em T3, T3 em diiodotirosina e 
diiodotirosina em monoiodotirosina. 
 Transporte de tiroxina e tri-iodotironina para os tecidos 
Logo após a liberação dos hormônios T3 e T4 no sangue, mais de 99% se 
combinam imediatamente com diversas proteínas plasmáticas sintetizadas pelo 
fígado. Elas se combinam principalmente com a globulina ligadora de tiroxina e 
muito menos com a pré-albumina ligadora de tiroxina e a albumina. 
Devido à alta afinidade das proteínas plasmáticas de ligação dos 
hormônios, o T3 e T4 só são liberados de forma lenta para as células teciduais. 
Após entras nas células, os hormônios se ligam a proteínas intracelulares, sendo 
armazenadas e usadas lentamente. 
 A ação dos hormônios tireoidianos tem início lento e de longa duração 
 Após a excreção de tiroxina pela tireoide, praticamente não se detectam 
efeitos sobre o metabolismo durante 2 a 3 dias. Esse fato demonstra um longo 
período de latência antes do inicio da atividade da tiroxina. Uma vez que a 
atividade se inicia, ela atinge eficiência máxima em 10 a 12 dias. Parte dessa 
atividade persistes por até 6 semanas a 2 meses. 
As ações do T3 ocorrem cerca de quatro vezes mais rápidas que as do 
T4, com período de latência de 6 a 12 horas e atividade celular 
máxima em 2 a 3 dias. 
A maior parte da latência e o prolongado período de ação desses hormônios se 
devem a suas ligações com proteínas. 
 Efeitos fisiológicos dos hormônios 
 Influência na atividade metabólica celular 
O efeito geral dos hormônios tireoidianos consiste em ativar a 
transcrição nuclear de grande numero de genes. Em quase todas as células do 
organismo é sintetizado grande número de enzimas, proteínas estruturais, 
transporte de proteínas e outras substâncias. 
Os receptores tireoidianos estão ligados as fitas genéticas de DNA ou 
próximas a elas. Ao se ligarem ao hormônio tireoidiano, os receptores são 
ativados e iniciam o processo de transcrição. Assim, acredita-se que a maioria 
das ações do hormônio tireoidiano resulte das funções enzimáticas ou outras 
funções dessas novas proteínas. 
Os hormônios tireoidianos parecem ter efeitos celulares não gnômicos 
que são independentes dos seus efeitos na transcrição gênica. Isso deve-se ao 
fato de que alguns efeitos ocorrem em minutos, rápido demais para ser 
explicado pelas mudanças na síntese de proteínas e não são afetados por 
inibidores de transcrição. Os sítios de ações para essas alterações parece ser a 
membrana plasmática, o citoplasma e, talvez, algumas organelas, como as 
5 | P á g i n a 
 
mitocôndrias. Essas alterações estão relacionadas a regulação de canais iônicos 
e fosforilação oxidativa e parece envolver a ativação de mensageiros 
secundários intracelulares, tais como AMPc. 
As respostas metabólicas nas células promovidos pelas ações desses 
hormônios pode aumentar o metabolismo basal por 60% a 100% acima do 
normal. A velocidade de utilização dos alimentos para a produção de energia é 
muito acelerada. E, embora a síntese proteica aumente, a velocidade do seu 
catabolismo também se eleva, simultaneamente. A velocidade do crescimento 
de pessoas jovens também tem grande aumento, assim como os processos 
mentais são estimulados, bem como a atividade da maior parte das demais 
glândulas endócrinas. 
Para sustentar todo esse aumento dos processos metabólicos na célula, 
os hormônios tireoidianos também aumentam a atividade mitocondrial, ou seja, 
eles promovem o aumento em tamanho e em número dessas organelas. 
Portanto, uma das principais funções da tiroxina pode ser, simplesmente, 
aumentar o número e a atividade das mitocôndrias, o que aumenta a formação 
de ATP para fornecer energia para as funções celulares. 
 Efeitos sobre o crescimento 
Importante efeito do hormônio tireoidiano é a promoção do 
crescimento e desenvolvimento do cérebro durante a vida fetal e nos primeiros 
anos de vida pós-natal. Se o feto não secretar quantidade suficiente de 
hormônio, o crescimento e a maturação do cérebro antes e após o nascimento 
são muito retardados. O efeito sobre o crescimento se manifesta principalmente 
em crianças. Nas que apresentam hipotireoidismo, o crescimento fica 
retardado, já nas com hipertireoidismo, frequentemente ocorre crescimento 
esquelético excessivo, tornando a criança alta em idade precoce. Entretanto, os 
ossos também maturam com mais velocidade e as epífises se fecham 
precocemente. 
 Influencia sobre mecanismos corporais específicos 
1. Metabolismo de carboidratos 
O hormônio tireoidiano estimula quase todos os aspectos do 
metabolismo de carboidratos, incluindo captação rápida de glicose 
pelas células, aumento da glicólise, da gliconeogênese, da absorção pelo 
TGI e, até mesmo, da secreção de insulina. 
2. Metabolismo de lipídeos 
Assim como ocorre com os carboidratos, o hormônio tireoidiano 
estimula todos os aspectos do metabolismo de lipídios. De forma 
particular, os lipídios são rapidamente mobilizados do tecido adiposo, 
reduzindo o acumulo de gordura. Isso também aumenta a concentração 
de ácidos graxos livres no plasma e acelera sua oxidação pelas células. 
3. Efeitos sobre lipídeos plasmáticos e hepáticos 
Embora o aumento do hormônio tireoidiano aumente a 
quantidade de ácidos graxos livres, ele realiza ação contraria no 
colesterol, nos fosfolipídios e nos triglicerídeos no plasma. Assim como 
6 | P á g i n a 
 
o aumento do hormônio reduz as concentrações dos compostos acima, 
o contrário ocorre com a diminuição do hormônio, ou seja, diminuir a 
concentração do hormônio da tireoide aumenta as concentrações de 
colesterol, fosfolipídios e triglicerídeos. Casos de hipotiroidismo 
provocam aumento de colesterol plasmático, que está frequentemente 
associado à aterosclerose grave. 
O mecanismo de atuação do hormônio da tireoide responsável 
por reduzir a concentração de colesterol é pelo aumento significativo da 
secreção de colesterol na bile e, assim, sua perda nas fezes. 
4. Necessidade aumentada de vitaminas 
Devido ao aumento da síntese de proteínas e aumento na 
quantidade de enzimas corporais, o organismo carece de aumento das 
vitaminas, já que, elas formam partes essenciais de algumas das enzimas 
ou coenzimas. Desse modo, aumento do hormônio tireoidiano, pode 
ocorrer deficiência relativa de vitaminas. 
5. Redução do peso corporal 
Quantidade muito elevada de hormônio tireoidiano quase sempre reduz 
o peso corporal e quantidade muito reduzida, quase sempre, o 
aumenta. Esses efeitos não ocorrem sempre, porque o hormônio 
também aumenta o apetite, o que pode compensar a variação do 
metabolismo 
 Efeitos no sistema cardiovascular 
Como o hormônio da tireoide provoca aceleração nas atividades 
metabólicas isso gera um consumo aumentado de oxigênio e excreção 
acelerada de metabolitos. Esses efeitos provocam vasodilatação na maioria dos 
tecidos, aumentando o fluxo sanguíneo. O fluxo sanguíneo na pele aumenta 
devido à maior necessidade de eliminação de calor pelo organismo. Como 
consequência, o débito cardíaco também se eleva, às vezes, chegando a 60% ou 
mais acima do normal. Em casos de hipotireoidismo, o débito cardíaco pode cair 
para apenas 50%. 
Além de provocar aumento no débito cardíaco, o hormônio da tireoide 
eleva a frequência cardíaca. Esse efeito deve-se pode estar relacionado a 
possível atividade do hormônio sobre a excitabilidade do coração. Junto a essas 
duas alterações, esse hormônio é capaz de aumentar a força de contração 
cardíaca. Esse processo é análogo ao aumento da contratilidade que ocorre na 
febre leve e durante o exercício. Porém, na presença elevada desse hormônio, 
a força de contração fica deprimida devido ao catabolismoproteico excessivo. 
A pressão arterial, em geral, permanece aproximadamente normal, sofrendo 
variação de 10 a 15mmHg. 
 Regulação da secreção de hormônio tireoidiano 
 Papel do TSH 
Mecanismos específicos de feedback operam por meio do hipotálamo e 
da hipófise anterior para controlar a secreção tireoidiana. O TSH, também 
7 | P á g i n a 
 
chamado de tireotropina, é hormônio da hipófise anterior. Esse hormônio é 
responsável por aumentar a secreção de tiroxina e triiodotironina pela tireoide. 
Seus efeitos específicos sobre a tireoide são: 
1. Aumento da proteólise da tireoglobulina já armazenada nos folículos; 
2. Aumento da atividade da bomba de iodeto, aumentando a captação de 
iodeto; 
3. Aumento da iodização da tirosina; 
4. Aumento do tamanha e atividade secretora das células tireoidianas; 
5. Aumento do número de células tireoidianas. 
A maioria desses efeitos resulta da ativação do sistema celular do “segundo 
mensageiro”, o AMPc. O primeiro evento é a ligação do TSH a seus receptores 
específicos das células tireoidianas. Essa ligação ativa o AMPc intracelular. 
Então, o AMPc, como segundo mensageiro, ativa a proteocianse que provoca 
fosforilações múltiplas em toda a célula. 
 Papel do TRH na regulação do TSH 
A secreção de TSh pela hipófise anterior é controlada pelo hormônio 
hipotalâmico, o hormônio liberador de tireotropina (TRH), secretado por 
terminações nervosas do hipotálamo. O TRH é transportado para a hipófise 
anterior pelo sangue porta hipotalâmico-hipofisário. O TRH afeta diretamente 
as células da hipófise anterior, aumentando sua secreção de TSH. Quando 
ocorre bloqueio sanguíneo do hipotálamo para a hipófise anterior, a secreção 
de TSH fica bastante reduzida, mas não completamente. 
O mecanismo molecular para a atuação do TRH consiste na ligação com 
receptores de TRH na membrana das células hipofisárias. Isso ativa o sistema de 
segundo mensageiro da fosfolipases no interior celular, produzindo grande 
quantidade da fosfolipase C, o que é seguido por cascata de outros segundos 
mensageiros, incluindo cálcio e diacilglicerol, provocando liberação de TSH. 
Um dos estímulos mais conhecidos para que ocorra liberação de TRH é 
a exposição ao frio intenso. Junto ao frio, diversos fatores podem interferir na 
secreção desse hormônio, como reações emocionais.

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