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04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817179 1/22 (https://www.tecconcursos.com.br) MENU Administração Geral (https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708) Motivação Conceitos iniciais A expressão “motivação” origina-se do latim “movere”, que significa “mover”. É aquilo que é suscetível de mover o indivíduo, de levá-lo a agir para atingir algo e de lhe produzir um comportamento orientado. Cada pessoa tem suas próprias motivações. O sentido que cada uma atribui àquilo que faz e lhe dá satisfação é próprio apenas daquela pessoa. Objetivos difíceis, porém atingíveis, motivam os funcionários. Portanto, a motivação requer proporcionar desafios na vida e no trabalho, aumentando as emoções. Assim, a motivação no trabalho caracteriza-se pelo esforço despendido pelo indivíduo para cumprir objetivos e metas previamente estipulados, ainda que dificuldades e obstáculos afetem seu desempenho profissional por um breve período. Chiavenato (2005) destaca que os três elementos fundamentais da definição de motivação são os seguintes: objetivos organizacionais, esforço e necessidades individuais. Para o autor, quando uma pessoa está motivada, ou seja, está temporariamente satisfeita ou satisfazendo suas necessidades individuais, ela tenta dar o melhor de si em seu trabalho. Contudo, altos níveis de esforço nem sempre conduzem a um desempenho ou resultado favorável, a menos que seja canalizado na direção que possa beneficiar a organização. Assim, devemos considerar a direção do esforço tanto quanto a sua intensidade. O esforço bem direcionado e consistente com o objetivo organizacional a alcançar é o tipo de esforço que se deseja. Finalmente, a motivação é um contínuo processo de satisfação de necessidades individuais. Se não houvesse necessidades individuais, muito provavelmente não estaríamos falando sobre motivação humana. Ainda, Andrade e Amboni (2007) definem quatro características básicas que servem de parâmetros para a definição de motivação: (1817179?exercicio=1) (1817192) (1817199) ✏ https://www.tecconcursos.com.br/ https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708 https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817179?exercicio=1 https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817192 https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817199 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817179 2/22 A motivação é definida como um fenômeno individual – cada pessoa é única e todas as teorias maiores assim o consideram. A motivação é descrita, geralmente, como intencional – considera-se que esteja sob controle do trabalhador, e comportamentos que são influenciados pela motivação são vistos como escolhas de ação. A motivação é multifacetada – os fatores de maior importância são o que mantêm as pessoas ativas (estímulos) e a força de um indivíduo para adotar o comportamento desejado (escolha comportamental). O propósito das teorias de motivação é predizer comportamento – a motivação não é comportamento em si e não é desempenho; motivação se refere à ação e às forças internas e externas que influenciam a escolha de ação de um indivíduo. Apesar de ser algo relacionado ao individual de cada pessoa, a autora Cecilia Whitaker Bergamini leciona que a motivação contém características intrínsecas e extrínsecas. A motivação intrínseca tem origem em fatores internos ao indivíduo. Neste tipo de motivação, não há necessidade de existir recompensas, visto que a tarefa em si própria representa um interesse para o indivíduo. Daí se afirmar que existe maior comprometimento com a organização. Está relacionada com a felicidade e com a realização pessoal. A motivação extrínseca, ao contrário da intrínseca, pressupõe que o comportamento humano pode ser planejado, modelado ou mudado por meio da utilização adequada dos vários tipos de recompensas ou punições disponíveis no meio ambiente. Para essas características, a motivação é sinônimo de condicionamento. Aplicada ao ambiente organizacional, é quase consensual o fato de que o comportamento e a produtividade dos membros de uma organização vinculam-se, inicialmente, ao fator "motivação". A relação da motivação com o comportamento e com a produtividade é estabelecida quase que de forma espontânea. O comportamento é percebido como sendo provocado e guiado por metas da pessoa, que realiza um esforço para atingir determinado objetivo. Como consequência desse processo, a produtividade relaciona-se com o impulso ou com a tendência a realizar determinados comportamentos. Ciclo motivacional O ciclo motivacional o processo pelo qual as necessidades condicionam o comportamento humano, levando- o a algum estado de resolução. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817179?exercicio=1 https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817192 https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817199 https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817179?exercicio=1 https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817192 https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817199 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817179 3/22 Para Idalberto Chiavenato, a necessidade quando surge, rompe o equilíbrio do organismo, causando um estado de tensão, insatisfação, desconforto e desequilíbrio. Esse estado leva o indivíduo a um comportamento ou ação capaz de descarregar a tensão ou de livrá-lo do desconforto e do desequilíbrio. Se o comportamento for eficaz, o indivíduo encontrará a satisfação da necessidade e, portanto, a descarga da tensão provocada por ela. Satisfeita a necessidade, o organismo volta ao estado de equilíbrio anterior e à sua forma normal de ajustamento ao ambiente. Temos, portanto, a primeira solução: a satisfação. No entanto, diz o autor que a satisfação das necessidades nem sempre é plenamente alcançada. Pode existir uma barreira ou obstáculo que impeça a satisfação da necessidade. Toda vez que a satisfação é bloqueada por uma barreira, ocorre a frustração. A frustração impede que a tensão existente seja liberada e mantém o estado de desequilíbrio e tensão. Além da satisfação ou frustração da necessidade, o ciclo motivacional pode ter uma terceira solução: a compensação ou transferência. A compensação ocorre quando o indivíduo tenta satisfazer uma necessidade impossível de ser satisfeita, através da satisfação de uma outra necessidade complementar ou substitutiva. Assim, a satisfação de outra necessidade aplaca a necessidade mais importante e reduz ou evita a frustração. Dessa forma, as necessidades humanas podem ser satisfeitas, frustradas ou compensadas. Teorias motivacionais Basicamente, temos duas grandes classificações das teorias motivacionais: as teorias de conteúdo e as teorias de processo. Alguns autores ainda consideram uma terceira classificação: as teorias ambientais. As teorias de conteúdo se concentram nas necessidades internas que motivam o comportamento. Estes modelos também são chamados de estáticos, porque observam apenas pontos no tempo, e assim são orientados para o passado ou para o presente. Embora essas teorias não possam prever necessariamente a motivação ou o comportamento, elas podem oferecer uma compreensão básica sobre o que motiva os indivíduos. As teorias de processo objetivam explicar o processo pelo qual se inicia, mantém e termina a motivação. Elas operam com variáveis do processo e explicam a participação de cada uma e a natureza da interação, bem como procuram analisar, na sua sequência, o processo motivacional e os fatores que dirigem o 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas,editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817179 4/22 comportamento. As teorias de processo foram desenvolvidas para explicar plenamente o processo de motivação em termos dos fatores que dirigem o comportamento. As teorias ambientais enfocam genericamente a sustentação ou manutenção do comportamento ao longo do tempo. Tratam a motivação como uma variável predominantemente independente, ou seja, considerando que uma necessidade ou meta especifica é a causa de um desejo particular, o qual resulta em certos tipos de comportamento. São exemplos de teorias de conteúdo: Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas - Maslow Teoria ERC - Alderfer Teoria dos Dois Fatores - Herzberg Teoria da Realização ou Teoria das Necessidades Adquiridas - McClelland Teoria da Avaliação Cognitiva - Deci e Ryan São exemplos de teorias de processo: Teoria da Expectação - Vroom Teoria da Equidade - Adams Teoria do Reforço - Skinner Teoria da Aprendizagem Social - Bandura Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas - Abraham H. Maslow A teoria da hierarquia das necessidades humanas de Abraham H. Maslow afirma que a satisfação das necessidades do homem é importante tanto para a sua parte física quanto para sua parte mental. Ao satisfazer uma necessidade, ela deixa de ser motivadora e por isso troca-se o nível da pirâmide. Ocorre que a motivação, regra geral, é temporal e passageira: é um processo cíclico. Logo, o comportamento é um processo contínuo de resolução e satisfação de necessidades conforme vão surgindo problemas ou situações. 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817179 5/22 Uma necessidade de lazer é uma necessidade fisiológica, certo? Suponhamos que Raymundo considera estar no último nível de motivação da pirâmide de Maslow (autorrealização). Mas, em um certo dia, conhece no aparelho celular de sua irmã, Procópia, um aplicativo chamado “WhatsApp”, e encanta-se com o “lazer social digital”. Raymundo agora afirma que precisa urgentemente adquirir um aparelho celular que suporte esse aplicativo. Ora, Raymundo não estaria, depois desse fato, adentrando ao nível 1 de necessidade da pirâmide? Certamente que sim. Segundo essa teoria, temos 5 níveis a serem "escalados" por um ser humano: 1. Atender as necessidades básicas ou fisiológicas 2. Atender as necessidades de segurança 3. Atender as necessidades sociais, de associação ou afetivas 4. Atender as necessidades de status ou autoestima 5. Atender as necessidades de autorrealização ou crescimento As necessidades básicas ou fisiológicas são aquelas que se relacionam com o ser biológico, tais como a necessidade de manter-se vivo, respirar, comer, descansar, beber, dormir, relações sexuais, etc. Aplicadas à motivação no trabalho, referem-se às necessidades de horários flexíveis, conforto físico, intervalos de trabalho, etc. As necessidades de segurança são aquelas que estão vinculadas à ausência de perigo, de se estar em ordem, com segurança. No trabalho, relacionam-se com estabilidade no emprego, plano de saúde, seguro de vida, etc. As necessidades sociais, de associação ou afetivas são necessidades de se manter relações humanas com harmonia, ou seja, de sentir-se parte de um grupo, ser membro de um clube, receber carinho e afeto dos familiares, amigos. No ambiente de trabalho, vinculam-se às necessidades de conquistar amizades, manter boas relações, ter superiores gentis, etc. As necessidades de status ou autoestima envolvem o reconhecimento das nossas capacidades por nós mesmos e pelos outros. Em geral, é a necessidade de se sentir digno, respeitado por si e pelos outros, com prestígio e reconhecimento, poder, orgulho, etc. Aplicadas à motivação no trabalho, referem-se às necessidades de responsabilidade pelos resultados, reconhecimento por todos, promoções ao longo da carreira, feedback, etc. 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817179 6/22 As necessidades de autorrealização ou crescimento incluem aproveitar todo o potencial próprio, ser aquilo que se pode ser, fazer o que a pessoa gosta e é capaz de conseguir. Relaciona-se com as necessidades de estima a autonomia, a independência e o autocontrole. No trabalho, envolve os desafios, a necessidade de influenciar nas decisões, ter autonomia, etc. De acordo com Chiavenato (2003), a teoria da hierarquia de necessidades de Maslow pressupõe os seguintes aspectos: 1. Somente quando um nível inferior de necessidades está satisfeito ou adequadamente atendido é que o nível imediatamente mais elevado surge como determinante do comportamento. Em outros termos, quando uma necessidade de nível mais baixo é atendida, ela deixa de ser motivadora, dando oportunidade para que um nível mais elevado possa se desenvolver. 2. Nem todas as pessoas conseguem chegar ao topo da pirâmide de necessidades. Algumas pessoas - devido às circunstâncias de vida - chegam a se preocupar fortemente com necessidades de auto- realização; outras estacionam nas necessidades de auto-estima; outras ainda nas necessidades sociais, enquanto muitas outras ficam ocupadas exclusivamente com necessidades de segurança e fisiológicas, sem conseguir satisfazê-las adequadamente. São os chamados “excluídos”. 3. Quando as necessidades mais baixas estão razoavelmente satisfeitas, as necessidades localizadas nos níveis mais elevados começam a dominar o comportamento. Contudo, quando alguma necessidade de nível mais baixo deixa de ser satisfeita, ela volta a ser fator predominante no comportamento, enquanto continuar a gerar tensão no organismo. A necessidade mais importante ou mais premente monopoliza o indivíduo automaticamente a organizar a mobilização das diversas faculdades do organismo para atendê-la. 4. Cada pessoa possui sempre mais de uma motivação. Todos os níveis atuam conjuntamente no organismo, dominando as necessidades mais elevadas sobre as mais baixas, desde que estas estejam suficientemente satisfeitas ou atendidas. Toda necessidade está intimamente relacionada com o estado de satisfação ou insatisfação de outras necessidades. Seu efeito sobre o organismo é sempre global e conjunto e nunca isolado. 5. Qualquer comportamento motivado é como um canal pelo qual, muitas necessidades fundamentais, podem ser expressas ou satisfeitas conjuntamente. 6. Qualquer frustração ou possibilidade de frustração da satisfação de certas necessidades passa a ser considerada ameaça psicológica. Essa ameaça é que produz as reações gerais de emergência no comportamento humano. Essas reações de emergência, alteram significativamente o comportamento assim como o grau de motivação do individuo para realizar tarefas que não estejam relacionadas com a eliminação dessa frustração. 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817179 7/22 Hampton (1990) diz que o que tornou a teoria de Maslow tão importante e instrutiva para a administração não foi simplesmente a sua lista específica de necessidades humanas, mas antes o que é verdadeiramente importante, o seu reconhecimento na inabilidade das necessidades já satisfeitas em motivar o comportamento. Essa constituía uma lei da natureza humana, nunca revelada de modo tão simples como até então, e que parecia apresentar as condições que os administradores deveriam obedecer, se quisessem motivar as pessoas em seu trabalho. Isto é, se os administradores quisessem motivar os funcionários para que esses dessem todo o seu esforço ao cumprimento das tarefas de suas necessidades não realizadas. Teoria ERC - Clayton Alderfer A teoria ERC de Clayton Alderfer foi uma tentativa de aprimoramento da teoria de Maslow. De acordo com esse estudo, os grupos de necessidades humanas não estão colocados de forma hierárquicae não seriam cinco, mas apenas três grupos: Existência, Relacionamento e Crescimento. As pessoas sobem e descem dentro da hierarquia das necessidades, ou seja, por essa teoria, uma necessidade inferior pode ser ativada quando uma necessidade mais elevada não pode ser satisfeita e também salienta que mais de uma necessidade poder ser focalizada de uma única vez. 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817179 8/22 A Teoria ERG difere da Teoria de Maslow, pois define que as necessidades de existência de uma pessoa não necessariamente precisam estar satisfeitas antes que ela venha a se preocupar com seu relacionamento com outras pessoas e com o seu crescimento. Necessidades de existência são todas as formas de desejos fisiológicos fundamentais à sobrevivência (como fome e sede) e desejos materiais (como remuneração financeira, bonificação e segurança física). Quando os recursos são escassos, a satisfação das necessidades de existência de um indivíduo tende a ser correlacionada à frustração das mesmas necessidades para outro indivíduo, pois nesse caso não há recursos suficientes para a satisfação das necessidades de ambos. Necessidades de relacionamento dizem respeito ao desejo humano por relações interpessoais que se caracterizem pelo compartilhamento de pensamentos e sentimentos. Essas relações se dão tanto com indivíduos quanto com grupos, o que inclui colegas de trabalho, chefes, subordinados, família, amigos e inimigos, por exemplo. Para satisfazer esse desejo, é necessária a interação com outros indivíduos em uma relação mútua e, assim, satisfação ou frustração dos envolvidos nesse relacionamento tendem a ser correlacionadas. Necessidades de crescimento são os desejos que a pessoa tem de causar efeitos criativos e produtivos sobre si próprio e sobre seu ambiente. A satisfação dessas necessidades se dá em realizar seu potencial e desenvolver competências na resolução de problemas. Ao atender a essas necessidades, a pessoa se sente mais realizada e completa como ser humano. Reconhecimento, autoestima, autorrealização, treinamento e promoção são alguns elementos relacionados às necessidades de crescimento. Teoria dos Dois Fatores - Frederick Irving Herzberg A teoria dos dois fatores de Frederick Irving Herzberg pressupõe os seguintes aspectos: 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817179 9/22 A satisfação no cargo depende dos fatores motivacionais ou satisfacientes. O conteúdo ou atividades desafiantes e estimulantes do cargo desempenhado pela pessoa. A insatisfação no cargo depende dos fatores higiênicos ou insatisfacientes. O ambiente de trabalho, salário, benefícios recebidos, supervisão, colegas e contexto geral que envolve o cargo ocupado. Em suma, fatores motivadores têm relação com o trabalho em si e fatores de higiene têm relação com o ambiente. Jean Pierre Marras relaciona quais seriam esses fatores motivadores e higiênicos: Fatores motivadores Determinantes Realização O término com sucesso de um trabalho ou tarefa; os resultados do próprio trabalho. Reconhecimento pela realização O recebimento de um reconhecimento público, ou não, por um trabalho bem-feito ou um resultado conseguido. O trabalho em si Tarefas consideradas agradáveis e que provocam satisfação. Responsabilidade Proveniente da realização do próprio trabalho ou do trabalho de outros. Desenvolvimento pessoal Possibilidade de aumento de status, perfil cognitivo ou mesmo da posição social. Possibilidade de crescimento Uma alavancagem dentro da estrutura organizacional, em termos de cargo ou responsabilidade. Fatores higiênicos Determinantes Supervisão A disposição ou boa vontade de ensinar ou delegar responsabilidade aos subordinados. Políticas empresariais Normas e procedimentos que encerram os valores e crenças da companhia. Condições ambientais Ambientes físicos e psicológicos que envolvem as pessoas e os grupos de trabalho. Relações interpessoais Transações pessoais e de trabalho com os pares, os subordinados e os superiores. Status Forma pela qual a nossa posição está sendo vista pelos demais. Remuneração O valor da contrapartida da prestação de serviço. Vida pessoal Aspectos do trabalho que influenciam a vida pessoal. 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817179 10/22 As teorias de motivação de Maslow e Herzberg apresentam pontos de concordância. Os fatores higiênicos de Herzberg relacionam-se com as necessidades primárias de Maslow (necessidades fisiológicas e de segurança, incluindo algumas necessidades sociais), enquanto os fatores motivacionais relacionam-se com as necessidades secundárias (necessidades de estima e autorrealização). A regra, portanto, é de que os fatores higiênicos estão relacionados com as fontes de insatisfação no trabalho e os motivacionais com as fontes de satisfação. Essa é a ideia principal dessa teoria: Fatores higiênicos: vão da insatisfação à não-insatisfação. Fatores motivacionais: vão da não-satisfação à satisfação. Teoria da Realização ou Teoria das Necessidades Adquiridas - David McClelland Para a teoria da realização ou das necessidades adquiridas de David McClelland, existem necessidades aprendidas e socialmente adquiridas com a interação do ambiente, divididas em três categorias: 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817179 11/22 Necessidades de realização: o desejo de alcançar algo difícil, que exige um padrão de sucesso, domínio de tarefas complexas e superação de outras. Os indivíduos com esse tipo de necessidade pretendem, mais que obterem sucesso individual, obterem feedback positivo no grupo. Essas pessoas acreditam que suas habilidades serão suficientes ou que as chances são boas o bastante para que tenham sucesso na realização da tarefa; assim, preferem trabalhar sozinhas ou com pessoas que também tenham necessidades de realização. Necessidades de afiliação: o desejo de estabelecer relacionamentos pessoais próximos, de evitar conflitos e de estabelecer fortes amizades; é uma necessidade social, de companheirismo e apoio, para desenvolvimento de relacionamentos significativos com pessoas (motivados por cargos que exigem interação frequente com colegas). Necessidades de poder: o desejo de influenciar ou controlar outros, ser responsável por outros e ter autoridade sobre outros; necessidade de dominar, influenciar ou controlar pessoas (procuram por posições de liderança); uma elevada tendência para o poder está associada a atividades competitivas, bem como ao interesse de obter e manter posições de prestígio e reputação. Teoria da Avaliação Cognitiva - Deci e Ryan Criada por Deci e Ryan (1985), a teoria da avaliação cognitiva propõe a incorporação do contexto interpessoal e intrapessoal à autodeterminação e à competência. Em suma, quando uma pessoa recebe recompensas extrínsecas por um trabalho intrinsecamente motivador, o interesse intrínseco pelo trabalho diminui. A explicação comum para isso é que a pessoa sente uma perda de controle sobre seu próprio comportamento. Vejamos um exemplo, apontado numa prova da banca CESGRANRIO: 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817179 12/22 Os funcionários do setor de informática realizavam, voluntariamente, cerca de 8 horas de treinamento em internet para pessoas idosas da comunidade onde a empresa estava inserida. Ao perceber os benefícios de tal atividade, a empresa decidiu dar uma gratificação simbólica a tais funcionários. A partir de então, eles começaram a desinteressar-se pelas atividades, deixando de considerá-lasdivertidas ou engrandecedoras. Teoria da Expectação ou Teoria Contingencial - Victor Harold Vroom Segundo a teoria da expectância ou expectativa (ou, ainda, contingencial) de Victor Harold Vroom, a motivação é o processo que governa a escolha de comportamentos voluntários alternativos (relações entre expectativas e recompensas). Assim, o quadro inicial seria aquele de uma pessoa que poderia escolher entre fazer A, B ou C. Em suma, a aplicação dessa teoria confirma a regra de que não é qualquer recompensa que gerará motivação. Daí ser chamada de teoria contingencial, pois rejeita noções preconcebidas de motivação. Segundo Vroom, a motivação da pessoa para escolher uma das alternativas dependeria de 3 fatores: do valor que ele atribui ao resultado advindo de cada alternativa (que ele chama de "valência"); da percepção de que a obtenção de cada resultado está ligada a uma compensação (que ele chama de "instrumentalidade") e da expectativa que ele tem de poder obter cada resultado (que ele chama de "expectativa" ou "expectância"). A teoria da expectativa propõe que as pessoas se esforçam para alcançar resultados ou recompensas, que para elas são importantes, ao mesmo tempo em que evitam os resultados indesejáveis. Retrata a ideia intuitiva de que o esforço depende do resultado que se deseja alcançar. Se para alguém uma atividade não remunerada, um hobby, é mais importante que o seu trabalho, e sua ascensão profissional depende de mais dedicação ao trabalho e de renúncia a esse hobby, a pessoa deixará de se esforçar para alcançar uma promoção. Vamos detalhar um pouco mais os três fatores que compõem essa teoria. 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817179 13/22 Valência - Diz respeito à importância de um determinado fator, na visão particular do indivíduo; é o valor atribuído a este fator e revela a favorabilidade individual em relação ao mesmo. A valência de uma recompensa é única para cada indivíduo, estando condicionada às suas experiências e pode variar substancialmente durante um período de tempo, uma vez que quando necessidades antigas são satisfeitas, outras novas emergirão. Instrumentalidade - Diz respeito à percepção da relação "desempenho x compensação"; é a percepção em relação à possibilidade de obter recompensas como consequência do esforço desempenhado para o alcance de resultados. À medida que o desempenho cresce, crescem também as recompensas - a instrumentalidade diz respeito à percepção individual desta relação de causa e efeito. Expectância - É a esperança de atingir resultados, revelando a capacidade individual ou desempenho particular de cada um (numa autoavaliação). É medida em termos de probabilidade. Se o indivíduo não vir chance de que um dado esforço possa levar a um desempenho desejado, a expectância é 0 (0%). Por outro lado, se ele tem alta confiança de que o esforço possa levar à conclusão da tarefa, a expectância tem o valor 1 (100%). Teoria da Equidade - John Stacy Adams Pela Teoria da Equidade, de John Stancy Adams, afirma-se que as pessoas são motivadas a alcançar uma condição de igualdade ou justiça nas suas relações com outras pessoas e com as organizações. Assim, os funcionários que se encontram em situação de desigualdade experimentam uma insatisfação e tensão emocional que eles procurarão reduzir. A teoria especifica condições sob as quais a desigualdade ocorrerá, condições essas que os funcionários deverão reduzir. Acredita-se que quando uma pessoa avalia o resultado do seu trabalho, qualquer diferença percebida em relação ao dos outros é um estado de consciência motivador. 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817179 14/22 Teoria do Reforço - Burrhus Frederic Skinner A teoria do reforço, de Burrhus Frederic Skinner, possui cinco princípios básicos. O primeiro deles é o condicionamento operante, segundo o qual o comportamento é naturalmente reforçado por suas próprias consequências. O segundo princípio trata do reforço positivo, que consiste na repetição daquilo que traz consequências agradáveis. O terceiro princípio consiste no oposto do segundo, ou seja, é a punição por um comportamento inadequado. O quarto princípio é a programação de estímulos, que nada mais é do que alternar os momentos de recompensa pelo bom comportamento, de forma a gerar expectativas no ser que se deseja condicionar. O quinto princípio ensina que o comportamento condicionado que não é reforçado tende a desaparecer. Segundo Burrhus Frederic Skinner, a maior parte do comportamento humano produz efeito no mundo exterior e suas consequências podem influenciar o organismo, dando-lhe possibilidade de alterar sua frequência de emissão. Teoria da Aprendizagem Social - Albert Bandura A teoria da aprendizagem social foi uma teoria desenvolvida por Albert Bandura, em 1971. Ela considera que o êxito no alcance de objetivos depende de quatro elementos que são influenciados por fatores contextuais e de personalidade: atenção, retenção, reprodução e motivação e interesses. 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817179 15/22 Atenção: inclui os eventos apresentados (clareza, valência afetiva, complexidade, frequência, valor funcional) e as características do observador (capacidades sensoriais, nível de atenção despertada, conjunto de percepção, reforço anterior); Retenção: inclui codificação simbólica, organização cognitiva, ensaio simbólico, ensaio motor; Reprodução: inclui capacidades físicas, auto-observação da reprodução, exatidão do retorno; e Motivação e interesses: inclui reforço externo, indireto e próprio controle dos próprios reforçadores. Teorias X e Y - Douglas McGregor A Teoria X da motivação é a concepção tradicional de administração e se baseia em convicções incorretas sobre o comportamento humano, como: define as pessoas como indolentes, preguiçosas, que evitam o trabalho ou trabalham minimamente e em troca de recompensas salariais ou materiais. Contrapondo-se a essa visão, temos a concepção moderna de administração, também chamada de Teoria Y da motivação, baseando-se numa concepção do comportamento humano sem preconceitos. As pessoas se sentem bem no trabalho, esse visto como uma fonte de satisfação e recompensa. No entanto, é tarefa da direção criar condições para que as pessoas alcancem seus objetivos ao mesmo tempo em que realizam os objetivos da organização. Pressupostos da Teoria X Pressupostos da Teoria Y As pessoas são preguiçosas e indolentes. As pessoas são esforçadas e gostam de ter o que fazer. As pessoas evitam o trabalho. O trabalho é uma atividade tão natural como brincar ou descansar. As pessoas evitam as responsabilidades, a fim de se sentirem mais seguras. As pessoas procuram e aceitam responsabilidades e desafios. As pessoas precisam ser controladas e dirigidas. As pessoas podem ser automotivadas e autodirigidas. As pessoas são ingênuas e sem iniciativa. As pessoas são criativas e competentes. Teoria da Autoeficácia - Albert Bandura A teoria da autoeficácia, também de Albert Bandura, preocupa-se em estudar como a crença das pessoas em suas próprias habilidades pode afetar o seu comportamento. Pessoas com grande autoeficácia acreditam ser capazes de realizar tarefas e serão motivadas a aplicar o esforço necessário para isso. 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817179 16/22 De acordo com essa teoria, a motivação para uma tarefa está relacionada ao fato de a pessoa acreditar ou não que é capaz de concluir a tarefa com sucesso. Uma das formas em que a grande autoeficácia se desenvolve é pelo sucesso. Indivíduos com altos níveis de habilidade provavelmente terão obtidosucesso no passado, e assim, tendem a ter uma elevada autoeficácia. Teoria da Fixação de Metas - Edwin Locke e Gary Latham A teoria da fixação de metas ou objetivos, de Edwin Locke e Gary Latham, é a teoria de motivação que provavelmente tem sido mais útil para os psicólogos organizacionais. É uma forma popular de aumentar o desempenho no trabalho. O princípio básico dessa teoria diz que o comportamento das pessoas é motivado por suas intenções e seus objetivos, que podem estar intimamente relacionados a comportamentos específicos. As metas de uma pessoa são a principal determinante da motivação relacionada à tarefa, visto que as metas dirigem os pensamentos e as ações. Portanto, as metas podem variar em conteúdo (fácil ou difícil, geral ou específica, simples ou complexa) e intensidade (de acordo com a percepção da importância que se dá à meta). As melhores metas têm uma expectativa de desempenho que a quase totalidade dos funcionários conseguirá atingir, pois advém de decisões pensadas e acordadas. No entanto, como qualquer teoria, essas metas e os objetivos não são capazes de garantir uma motivação elevada e de forma absoluta, devido a fatores como a clareza de objetivos, a dificuldade das tarefas, a aceitação da meta pela pessoa, as características individuais e a presença de feedback gerencial. Uma aplicação frequente da teoria de Edwin Locke pode ser encontrada no modelo de Administração por Objetivos, pois possui implicações fortes em avaliações de desempenho e aferições de produtividade. Teoria das Características da Função - Hackman e Oldham As bancas CESPE e ESAF, recentemente, inovaram na cobrança do assunto "motivação", apresentando-nos mais uma teoria de motivação. Trata-se da denominada "Teoria das Características da Função", elaboradas por J. Richard Hackman e Greg R. Oldham. Esse modelo sugere que existem cinco dimensões do trabalho que produzem estados psicológicos críticos no trabalhador e que resultam num conjunto positivo de resultados, sendo elas: a variedade de competências, a identidade das tarefas, o significado, a autonomia e o feedback (mnemônico VISAF). Vejamos uma ilustração que retrata um resumo dessa teoria, forte candidata a cobranças em mais provas dessas bancas: 04/10/2017 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/teoria/modulos/44708/capitulos/1817179 17/22 Variedade de competências - Refere-se ao grau de exigência e talentos no que diz respeito às competências, atividades e conhecimentos, para a realização de uma determinada tarefa. Identidade das tarefas - Refere-se ao grau em que é requerida a execução de um trabalho onde se consegue identificar principio e fim, onde o resultado é visível, onde o indivíduo consegue identificar esse trabalho como seu. Significado - Refere-se ao impacto das tarefas para os trabalhadores, a organização e a sociedade, sendo que quanto maior o impacto maior o significado do trabalho. Autonomia - Grau de liberdade e independência em termos de planeamento das tarefas e procedimentos a utilizar. Feedback - Refere-se à forma como é transmitida de forma clara ao indivíduo, se a sua tarefa foi bem executada e quais os níveis de desempenho alcançados. BIBLIOGRAFIA ANDRADE, R. O. B. de; AMBONI, N.. Teoria Geral da Administração - Das origens às perspectivas contemporâneas. São Paulo: Makron Books do Brasil, 2007. CHIAVENATO, I.. Gerenciando com as pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. CHIAVENATO, I.. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. HAMPTON, D. R.. Administração: comportamento organizacional. São Paulo: McGraw Hill, 1990.
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