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Sistema de Informação Gerencial Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Ms. Marcelo Bernadino Araújo Revisão Textual: Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos Processos em Contabilidade e Controladoria • Introdução • Processos financeiros • Processos contábeis • Contabilidade gerencial: modelos e ferramentas • Contabilidade gerencial e controladoria · Esta unidade tem como objetivo apresentar a importância sobre processos e sua utilização nos sistemas de informação contábil como componente de auxílio na tomada de decisão. OBJETIVO DE APRENDIZADO Olá, aluno (a)! Nesta unidade, vamos aprender um pouco mais sobre um importante tema: Processos em Contabilidade e Controladoria. Então, procure ler, com atenção, o conteúdo disponibilizado e o material complementar. Não esqueça! A leitura é um momento oportuno para registrar suas dúvidas, por isso não deixe de registrá-las e transmiti-las ao professor-tutor. Além disso, para que a sua aprendizagem ocorra num ambiente mais interativo possível, na pasta de atividades, você também encontrará avaliação, atividade reflexiva e videoaula. Cada material disponibilizado é mais um elemento para seu aprendizado. Por favor, estude todos com atenção! É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma. Bons estudos! ORIENTAÇÕES Processos em Contabilidade e Controladoria UNIDADE Processos em Contabilidade e Controladoria Contextualização Em 2005, o Conselho Federal de Contabilidade criou um Comitê Gestor da Convergência para padrões internacionais de Contabilidade. A partir de então, foi criado também o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Criado pela Resolução CFC nº 1.055/2005, o CPC tem como objetivo “o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais”. A partir daí, esse processo teve a finalidade de preparar o marco regulatório para a adoção dos International Financial Reporting Standards (IFRS), pelas empresas brasileiras, alterando principalmente o capítulo sobre demonstrações contábeis da Lei n° 6.404 de 1976, alterada principalmente pela Lei nº 11.638/2007. O marco inicial da adoção foi o ano-calendário 2010. Considerando que muitas empresas não atentaram para essa adoção integral das normas internacionais de contabilidade, as demonstrações contábeis relativas ao exercício de 2010 foram as primeiras elaboradas integralmente com base nas diretrizes do CPC. Antecipando a preocupação concernente a essa alteração de critérios contábeis, bem como aos impactos das mudanças na análise dos usuários, o IASB editou o IFRS 1 que, no Brasil, foi convergido pelo Pronunciamento Técnico CPC 37 – Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade. Mas ainda existem pontos a serem esclarecidos: “3 preocupações que todo mundo tem sobre IFRS – e como resolvê-las”. Esse é o título de um artigo publicado pelo Blog SAGE em 29/04/2016. Disponível em: http://goo.gl/46Wcxu Ex pl or A Sage é líder no mercado de contabilidade integrada, folha de pagamento e sistemas de pagamento, apoiando a ambição de empreendedores pelo mundo. A Sage iniciou como um pequeno negócio no Reino Unido há 30 anos, e, agora, com mais de 13 mil colaboradores, apoia milhões de empresários em 23 países, enquanto eles alimentam a economia global. 6 7 Introdução Nesta unidade, veremos como os processos são utilizados nas áreas de Contabilidade e Controladoria nas empresas. Mas você sabe o que é um processo? E os procedimentos? Eles dizem respeito à mesma coisa? Processo é uma agregação de atividades e comportamentos executados por humanos, ou máquinas, para alcançar um, ou mais resultados (ABPMP BRAZIL, 2013). Dessa forma, os processos são compostos por atividades inter-relacionadas que solucionam uma questão específica. Essas atividades são governadas por regras de negócio e vistas no contexto de seu relacionamento com outras atividades para fornecer uma visão de sequência e fluxo. Segundo Bio (2008), o que interliga logicamente as inúmeras atividades envolvidas no ciclo completo de coleta de dados, processamento e informações de saída são justamente os procedimentos. De forma simplificada, podemos dizer que procedimento é o conjunto de instruções que se estabelece para realizar alguma atividade. Existem procedimentos para montar um equipamento, uma máquina, preparar uma ação judicial etc. Da mesma maneira, nas empresas, existem procedimentos que estabelecem a forma de realizar as diferentes atividades que são executadas pelos empregados. Os procedimentos permitem a uniformidade da execução de trabalho, ou seja, serve de guia para treinar a quem ocupa pela primeira vez um cargo, e de consulta para quem já o está desempenhando. Para compreender melhor a importância dos procedimentos, pense em algo da vida cotidiana, como por exemplo, quando compramos um aparelho de som que vem em uma caixa, desmontado, sem um manual ou procedimento que oriente a sua montagem. Nessas circunstâncias, será difícil realizarmos essa tarefa. Talvez, se possuirmos algum conhecimento de eletrônica, teremos sucesso de montá-lo, porém, com o risco de que podemos cometer algum erro e o aparelho de som não funcionar, inclusive podendo causar algum dano. Agora, se o aparelho de som que compramos, vier com um manual de instrução ou procedimento para montá-lo, o resultado seria outro e podíamos desfrutar a música mais rapidamente e com mais segurança, somente seguindo o manual de instruções. Você deve ter percebido que um processo é composto de vários procedimentos. Toda empresa deve conhecer todos os seus processos, ou seja, suas atividades, que podem ser criados (modelados) ou documentados (mapeados). 7 UNIDADE Processos em Contabilidade e Controladoria O mapeamento de processos da organização é o conhecimento e a análise dos processos e seu relacionamento com os dados, estruturados em uma visão top down (do topo da organização para a sua base), até um nível que permita sua perfeita compreensão e obtenção satisfatória dos produtos e serviços, objetivos e resultados dos processos (MARANHÃO e MACIEIRA, 2004). Mapeamento de processos implica maior precisão do que uma diagramação e tenderá a agregar maior detalhe acerca não somente do processo, mas também de alguns dos relacionamentos mais importantes com outros elementos, tais como atores, eventos e resultados. Mapas de processo tipicamente fornecem uma visão abrangente dos principais componentes do processo, mas variam de níveis mais altos para mais baixos de detalhamento (ABPMP, 2013). Já a modelagem de processos de negócio é o conjunto de atividades envolvidas na criação de representações de processos de negócios existentes ou propostos. Pode prover uma perspectiva ponta a ponta ou uma porção dos processos primários, de suporte ou de gerenciamento (ABPMP, 2013). Um modelo de processo é a representação visual do fluxo sequencial e controle lógico de um conjunto de atividades ou ações relacionadas. A modelagem de processos é usada para obter uma representação gráfica de um processo atual ou futuro dentro de uma organização (IIBA, 2009). A principal distinção entre mapeamento e modelagem é que, enquanto o mapeamento refere-se a processos já existentes e não documentados, a modelagem serve ainda para o projeto de processos. Processos financeiros Segundo Gonçalves e Riccio (2009), os processos financeiros são predominantemente estratégicos, que envolvem decisões de investimento e posicionamento no mercado, tais como fusões, aquisições, cisões, terceirizações, e diferentes tipos de alianças cooperativas, sendo pouco estruturados e extremamente relevantes para a continuidade do negócio. Osautores consideram 5 macroprocessos financeiros: 1. Decidir sobre estrutura de capital, desenvolvendo fontes de recursos; 2. Decidir sobre investimentos; 3. Administrar riscos; 4. Gerir contratos com terceiros, com instituições financeiras; e 5. Gerir relações com investidores. 8 9 O primeiro ponto que deve ficar claro é que os processos financeiros não são necessariamente áreas ou setores de uma empresa. Eles são divididos em processos operacionais: contas a pagar e contas a receber, administração do fluxo de caixa, captação de recursos financeiros, aplicação de recursos financeiros, faturamento, gestão de crédito e cobrança e, comunicação financeira. Contas a Pagar e Contas a Receber As contas a pagar correspondem às obrigações (passivos) da empresa com terceiros, por exemplo, através de compra de mercadoria ou prestação de serviços a prazo. Por meio do controle financeiro do Contas a Pagar é possível visualizar quais foram os compromissos assumidos pela organização, possibilitando um controle das datas para serem efetuados esses pagamentos. Esse controle deve ser feito de maneira rotineira, conferindo os passivos a vencer, analisando a situação de cada fornecedor com parcelas em aberto. Entrada do documento Conciliação do �uxo de caixa Arquivar em contas pagas do mês Efetuar a baixa do documento no caixa Realizar o pagamento Conferência e lançamento Arquivar até o mês de pagamento Figura 1: Fluxo do Contas a Pagar Já as contas a receber são denominadas como créditos (direitos) representados na maioria das vezes por notas promissórias (promessas de pagamento) e estão relacionadas com as receitas (vendas e serviços) da empresa. Uma correta administração do Contas a Receber é fundamental para que não gere inadimplência para empresa, resultando em problemas em seu fluxo de caixa, muitas vezes, fazendo com que a empresa venha buscar recursos onerosos. Portanto, faz-se necessário um sistema de controle que possa minimizar esse risco. Esse controle deve ser feito de forma rotineira, conferindo as duplicatas em atraso, analisando a situação de cada cliente com parcelas em aberto. 9 UNIDADE Processos em Contabilidade e Controladoria Análise de Concessão de Crédito Lançamento do Contas a Receber Emissão de boletos ou notas promissórias Enviar o arquivo para o banco Efetuar a baixa do Contas a Receber Repassar para Cobrança Figura 2: Fluxo do Contas a Receber Administração do Fluxo de Caixa O processo de administração do fluxo de caixa é o responsável pelas projeções de recebimentos e de pagamentos. Segundo Zanchin (2002), as atividades financeiras desse processo são: · Controlar os recursos disponíveis em Caixa e seus equivalentes; · Elaborar e analisar a Demonstração do Fluxo de Caixa; · Fazer a conciliação bancária; · Projetar e realizar ações para suprir necessidade de recursos financeiros; · Planejar e executar ações para maximizar as sobras de recursos financeiros; · Investigar alternativas de financiamento de capital de giro; e · Analisar antecipações de recebimento de pagamentos. Ingressos • Vendas à vista • Vendas a prazo • Venda de ativos • Aumento de Capital • Outras entradas Desembolsos • Compras à vista • Compras à prazo • Compra de ativos • Pagamento de dívidas • Outras saídas Figura 3: Controle do Fluxo de Caixa 10 11 Captação de Recursos Financeiros O processo de captação de recursos financeiros é aquele que alinha a programação dos recursos captados nas várias linhas de crédito à disposição das empresas (que têm custos diferenciados) com o seu fluxo de caixa, visando reduzir os custos financeiros (custo do capital) da empresa. O que é viável para a empresa? Adquirir recursos com os sócios ou de terceiros? Qual é a melhor taxa ou custo do capital? Essas decisões cabem ao gestor financeiro. Segundo Zanchin (2002), as atividades financeiras desse processo são: · Analisar os aspectos legais de financiamentos; · Negociar linhas de crédito com instituições financeiras; · Negociar e controlar empréstimos e financiamentos bancários; · Controlar e analisar os custos de empréstimos e financiamentos; · Controlar adiantamentos a fornecedores; e · Fiscalizar abatimentos e devoluções de mercadorias. Fontes Internas Lucros Retidos Outras Externas Recursos de Terceiros Recursos de Próprios Aumento de Capital Capital acionário Emissão de debêntures Empréstimos bancários Figura 4: Fontes de fi nanciamento Aplicação de Recursos Financeiros O processo de aplicação de recursos é aquele que define e opera as aplicações temporárias de sobras de caixa, trabalhando preferencialmente com ativos financeiros de baixo risco e alta liquidez. Por exemplo, adquirindo títulos públicos (Tesouro Direto) ou junto a instituições financeiras, adquirindo certificados de depósitos bancários (CDBs). Segundo Zanchin (2002), as atividades financeiras desse processo são: · Negociar e controlar aplicações financeiras; · Estabelecer limites de crédito para operar com instituições financeiras; e · Controlar e analisar a rentabilidade das aplicações financeiras. 11 UNIDADE Processos em Contabilidade e Controladoria Faturamento O processo de faturamento é aquele cujas competências são: emitir notas fiscais, emitir ordens de carregamento, contratar transportadoras, baixar estoques e ainda gerar obrigação ao comprador (duplicatas). Análise dos pedidos de vendas Roteirização Escolha do veículo Carregamento Formação da carga Envio das rotas para o armazém Faturamento Despacho do veículo Escolha para o cliente Figura 5: Fluxo de distribuição Gestão de Crédito e Cobrança O processo de gestão de crédito e cobrança é dividido em duas atividades. A primeira, o crédito, analisa a solvência, ou seja, capacidade de pagamento dos clientes, conforme as normas, políticas de crédito, pré-estabelecidas pela empresa. A segunda, a cobrança, preocupa-se em buscar os valores não recebidos dos clientes que não puderam pagar os bens ou serviços adquiridos por meio de crediário/ financiamento, ou seja, convida os clientes inadimplentes para uma negociação. Comunicação Financeira ou relações com investidores O processo de comunicação financeira ou de relações com investidores informa a contribuição da empresa e dos seus negócios para os seus investidores e demais stakeholders cujas atividades são impactadas pelas suas operações. Os assuntos a serem reportados por este processo são: comunicação de cisões, fusões e aquisições, oferta pública de novas ações, relacionamento com investidores, apresentação e divulgação de relatórios trimestrais e anuais, divulgação de assembleias de acionistas etc. 12 13 Empresa Realiza Novas Compras Mercadorias vão para Exposição Mercadoria Chega Mercadoria é Registrada e Classi�cada Mercadorias vão para o Estoque Mercadoria é Estocada conforme a Classi�cação O Processo de produção acontece conforme a necessidade de cada empresa Figura 6: Exemplo de processo fi nanceiro Importante! Uma Auditoria Gerencial tem como objetivo avaliar o nível de segurança dos controles internos existentes na empresa. Ou seja, ela é realizada para avaliar: a efi ciência, a efi cácia, a economicidade, a efetividade e a qualidade de um sistema e seus processos. Portanto, quando se faz uma auditoria, você está verifi cando se o que foi defi nido no seu processo é realmente executado, ou seja, não valida o processo como o melhor, ou o que dá mais resultado, verifi ca se ele está sendo cumprido. Segundo Teixeira (2007, p. 7), são objetivos da Auditoria Gerencial: 1. Comprovar a conformidade às diretrizes, políticas, estratégias e ao universo normativo; 2. Avaliar os controles internos; 3. Identifi car procedimentos desnecessários ou em duplicidade e recomendar sua correção; 4. Identifi car as áreas críticas e riscos potenciais e proporcionar as bases para sua solução; 5. Melhorar o desempenho e aumentar o êxito das organizações por meio de recomendações oportunas e factíveis; 6.Avaliar as medidas adotadas para a preservação dos ativos e do patrimônio e para evitar o desperdício de recursos; 7. Aferir a confi abilidade, segurança, fi dedignidade e a consistência dos sistemas administrativos, gerenciais e de informações; 8. Avaliar o alcance dos objetivos e metas, identifi cando as causas de desvio do seu atingimento, quando houver; 9. Identifi car áreas que concorrem para aumento e/ou diminuição de custos e/ou receitas; 10. Recomendar e assessorar a implantação de mudanças. Você Sabia? 13 UNIDADE Processos em Contabilidade e Controladoria Processos contábeis Assim como vimos nos processos financeiros, precisamos lembrar que os processos contábeis não são necessariamente áreas ou setores de uma empresa. Eles são divididos nos seguintes processos operacionais: orçamentação, controle de estoques, gestão patrimonial e apuração de resultados. Tabela 1: Características dos processos em contabilidade Processo Características Identificação Reconhecimento e avaliação de transações empresariais e outros eventos econômicos para ação contábil apropriada. Mensuração Quantificação, incluindo estimativas, transações empresariais ou outros eventos econômicos que têm ocorrido ou previsões dos que podem acontecer. Acumulação Delineação de abordagens disciplinadas e consistentes para registrar e classificar transações empresariais apropriadas e outros eventos econômicos. Análise Determinação das razões para reportar a atividade e sua relação com outros eventos econômicos e circunstanciais. Preparação e interpretação Coordenação e planejamento de dados contábeis, provendo informações apresentadas logicamente, o que inclui, se apropriadas, as conclusões referentes a esses dados. Comunicação Informação pertinente para a administração e outros para usos internos e externos. Planejamento Quantificação e interpretação dos efeitos de transações planejadas e outros eventos econômicos na empresa; inclui aspectos estratégicos, táticos e operacionais e requer que o contador forneça informações quantitativas, históricas e prospectivas para facilitá- la; isso inclui, também, participação no desenvolvimento do sistema de planejamento, estabelecendo metas alcançáveis e escolhendo meios apropriados de monitorar o progresso em direção às metas. Avaliação Julgamento das implicações de eventos históricos e esperados e ajuda na escolha do curso ótimo de ação; inclui a tradução de dados em tendências e relações: comunicação das conclusões derivadas, efetivamente e prontamente, das análises. Controle Assegurar a integridade da informação financeira relativa às atividades e aos recursos e aos recursos da empresa; monitoramento e medição do desempenho e indução a qualquer ação corretiva exigida para retornar a atividade a seu curso intencional; fornecimento de informações aos executivos que operam em áreas funcionais que possam usá-las para alcançarem o desempenho desejável. Assegurar recursos de responsabilidade Implementar um sistema de reportar o que está alinhado com as responsabilidades organizacionais e contribuir para o uso efetivo de recursos e de medidas de desempenho da administração; transmitir os objetivos e as metas da administração ao longo da empresa na forma de responsabilidades nomeadas, que são base para identificar responsabilidades; sistema que fornece, contabiliza, reporta e que acumulará e informará receitas apropriadas, despesas, ativos, obrigações e informação Quantitativa relacionada para gerentes que terão, então, melhor controle sobre estes elementos. Relatórios Preparação de relatórios financeiros baseados em princípios de contabilidade geralmente aceitos, ou em outras bases apropriadas, para grupos não administrativos, como acionistas, credores, agências regulamentadoras e autoridades tributárias; participação no processo de desenvolver os princípios de contabilidade que estão subjacentes ao relatório externo. Fonte: Adaptado de Atkinson et al. (2000, p. 67) A seguir, veremos os principais processos em contabilidade. 14 15 Orçamentação O processo de orçamentação tem como objetivo melhorar a lucratividade e consequentemente a rentabilidade da empresa, através de adequações dos gastos (investimentos, custos, despesas e perdas) e estimativa de gerar receitas, bem como compreender e interpretar as incertezas e riscos de mercado. Controle de estoque O processo de controle de estoque tem como atividades: registrar, fiscalizar e gerir as entradas e saídas de produtos e mercadorias empresa. Sendo que a parte operacional é a realizada pela área logística, mas a parte financeira é realizada pela área contábil. Empresa Realiza Novas Compras Loja Informa Necessidade de Novas Mercadorias Mercadorias vão para Exposição Clientes Compram a Mercadoria Mercadoria Chega Mercadoria é Registrada e Classi�cada Mercadorias vão para o Estoque Clientes NÃO Compram a Mercadoria Mercadoria é Estocada conforme a Classi�cação O Processo de produção acontece conforme a necessidade de cada empresa Figura 7: Exemplo de processo de estoques Gestão patrimonial O processo de gestão patrimonial tem como função atualizar os valores monetários do patrimônio, também denominado ativo fixo, seja pela contabilização da depreciação de seus bens imobilizados ou redução ao valor recuperável por teste de impairment, para que exista um controle efetivo de toda a empresa. Este processo deve ser executado de forma correta, pois será refletido na publicação das demonstrações financeiras. 15 UNIDADE Processos em Contabilidade e Controladoria Apuração de resultados O processo de apuração de resultados tem como objetivo levantar o resultado da empresa (lucro ou prejuízo). Para tanto, os seguintes passos são necessários: 1. Apurar o saldo final de todas as contas patrimoniais; 2. Encerrar todas as contas de receitas e despesas passando-as para uma conta transitória chamada de Resultado do Exercício; 3. Contabilizar a provisão de imposto de renda e da contribuição social; 4. Contabilizar as reservas e as participações estatutárias; 5. Distribuir dividendos ou juros sobre capital próprio; e 6. Transferir o prejuízo líquido do exercício, se for o caso, para a conta prejuízos acumulados. Na Tabela 2, observamos as quatro fases do processamento e envolvimento de elementos no processo Contábil Gerencial: Tabela 2: Processamento da informação contábil Fases de Processamento Elementos humanos envolvidos com a informação contábil Percepção e Coleta Coletadores Processamento da informação Estudiosos da Informação (Professores, pesquisadores e estudantes) Armazenamento, Acesso e Processamento Preparadores Transmissão e Apresentação Transmissores Utilização das Informações Contábeis obtidas Usuários Fonte: Adaptado de Rocchi, (1989, p. 26) O filme “Ameaça Virtual” dirigido por Peter Howitt, conta uma estória baseada na indústria das empresas multinacionais de desenvolvimento de software e nas suas ações para conseguir o lucro a qualquer preço. Ele proporciona uma discussão sobre temas como: a convergência digital, a prática de truste e a diferença entre softwares livres e proprietários. Ex pl or Contabilidade gerencial: modelos e ferramentas A contabilidade gerencial, por meio de um sistema de informações, de métodos, de técnicas e de conhecimentos da entidade, fornecerá informações para atender aos seus usuários e suas necessidades, através de relatórios que demonstram os resultados por setores, atividades e a empresa como um todo, comparando-se o orçado com o realizado, para análise da gestão empresarial e para o processo de tomada de decisões, auxiliando a empresa a alcançar seus objetivos. 16 17 A contabilidade gerencial é o ramo da contabilidade que tem por objetivo fornecer instrumentos (informações) aos gestores que os auxiliem em funções gerenciais. “É voltada para a melhor utilização dos recursos econômicos da empresa, através de um adequado controle dos insumos efetuados por um sistema de informaçõesgerenciais.” (CREPALDI, 1998 p. 18). Já para Atkinson et al. (2000, p. 36), a contabilidade gerencial é definida como um processo de produzir informações operacionais e financeiras para funcionários e gestores que só deve ser norteado pelas necessidades de informação dos usuários internos da entidade e deve orientar suas decisões operacionais e de investimentos. Ela demonstra medidas da condição econômica da empresa, assim como as de custos e lucratividade dos produtos, dos serviços, dos clientes e das atividades das empresas, são obtidas do sistema de contabilidade gerencial como medida de desempenho econômico de unidades operacionais descentralizadas, como as unidades de negócios, as divisões e os departamentos, ligando a estratégia da empresa à execução da estratégia individual de cada unidade operacional, sendo, também, um dos meios primários pelo qual colaboradores, gerentes e executivos recebem feedback sobre seus desempenhos, capacitando-os a aprenderem com o passado e se aperfeiçoarem para o futuro. Por fim, para Iudícibus (1998, p. 21), a contabilidade gerencial é composta por várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira de balanços etc., colocados sob outra perspectiva, com um grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo de tomada de decisão. A contabilidade gerencial, em sentido amplo, está voltada única e exclusivamente para a gestão da empresa, com o objetivo de suprir as informações dos altos executivos. Assim, a contabilidade gerencial é um processo com o objetivo de produzir uma série de informações seja de natureza estratégica, econômica e das operações, seja de custos e das demais atividades organizacionais que ocorrem na entidade, para o processo de tomada de decisão e de controle, gerando medidas de desempenho e lucratividade. Mas quais são os modelos e ferramentas de que se utiliza a contabilidade gerencial? Abaixo, apresentamos os principais aspectos das técnicas mais difundidas no Brasil nos países desenvolvidos. 17 UNIDADE Processos em Contabilidade e Controladoria O modelo do Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) Criado no início da década de 1990 por multinacionais que atuam no Brasil, o PNQ foi criado com base no Malcolm Baldridge National Quality Award, dos EUA. O PNQ é baseado em critérios orientam a gestão de muitas empresas e servem de instrumento de avaliação do seu desempenho. De acordo com a FPNQ (2004), o Modelo de Excelência do PNQ compõe-se de sete Critérios de Excelência que se referem a: 1. Liderança; 2. Estratégias e Planos; 3. Clientes e Sociedade; 4. Informação e Conhecimento; 5. Pessoas; 6. Processos; e 7. Resultados da Organização. Site da Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC), que é uma entidade de natureza cultural, sem fins lucrativos, e que atua nas seguintes frentes: • Promove e subsidia programas de ensino, pesquisa, pós-graduação e extensão na área da contabilidade; • Estimula e coordena a produção científica na área contábil através de publicações de livros, revistas e periódicos; • Promove estudos e análises técnicas de segmentos econômicos e sociais em demonstrações contábeis para divulgação à sociedade brasileira; • Exerce e divulga outras atividades que signifiquem contribuição para o desenvolvimento técnico, científico, cultural e de promoção da contabilidade; • Realização de concursos públicos; • Desenvolve e participa de projetos, eventos nacionais e internacionais que tenham como escopo a contabilidade e o seu exercício profissional; • Auxilia e presta serviços de planejamento, administração e realização de eventos de interesse da profissão contábil; e • Elabora e aplica provas de exames de apuração de capacidade técnica profissional (Exame de Suficiência). • Disponível em: http://www.fbc.org.br/ Ex pl or 18 19 O modelo do Total Quality Control (TQC) Criado no início da década de 1950 no Japão e estudado por Deming e Juran, o TQC, também denominado de TQM (Total Quality Management) ou GQT (Gerência da Qualidade Total ou Gerência pela Qualidade Total), começou a ser utilizado no Brasil, em meados da década de 1980, e até hoje é utilizado, em geral complementado por outros modelos de avaliação. Segundo Campos (1996), as principais técnicas do TQC são o Gerenciamento de Rotina e o Gerenciamento por Diretrizes. No Gerenciamento da Rotina, do ponto de vista funcional, tem como finalidade a manutenção da qualidade com a aplicação do ciclo SDCA, (onde S representa as metas padrão e os procedimentos padrão de “standard”, sendo D de “do”, C de “check” e A de “action”). O Gerenciamento da Rotina revolucionou a relação homem-processo, principalmente na indústria, criando rotinas de gerenciamento dos processos nos próprios operadores, com a medição de indicadores de qualidade de produtos e serviços, institucionalizando a normatização/padronização, bem como disseminando a aplicação do controle estatístico de processos (CAMPOS, 1996). Já o Gerenciamento por Diretrizes, com característica interfuncional, tem como finalidade à inserção das diretrizes da alta administração, depois de desdobradas, no gerenciamento da organização, em busca de melhorias. Isso se dá pela aplicação do ciclo PDCA, onde o P de “planejar” e leva em conta as metas anuais desdobradas, sendo D (do) de “executar”, C (check) de “verificar” e A de “agir”. O Gerenciamento por Diretrizes, quando bem aplicado e compreendido, em conjunto com o Desdobramento de Diretrizes (DDD) participativo, ainda hoje, tem sido empregado como um eficiente meio de internalização dos objetivos estratégicos e das diretrizes deles derivadas, resultando em que cada colaborador, mesmo no nível mais baixo, saiba exatamente o papel que desempenha para a consecução dos grandes objetivos da organização (CAMPOS, 1996). Segundo Miura (1985), o Desdobramento de Diretrizes é composto por: “[...] toda atividade dentro de uma organização para as realizações sistemáticas do plano gerencial de longo e médio prazo ou das diretrizes gerenciais anuais, que são estabelecidas como os meios para a realização dos propósitos gerenciais. Muitas vezes, é utilizado para o gerenciamento das diretrizes gerenciais anuais.” O modelo Balanced Scorecard (BSC) No livro “A estratégia em ação: balanced scorecard” (tradução brasileira), de Kaplan e Norton, professores da Harvard Business School, são os inventores desse modelo em 1992. Editado em 1997, no Brasil, os autores apresentam as medidas do Balanced Scorecard como complementares às tradicionais medidas de desempenho financeiras. Estas derivam da missão e da definição estratégica, que nada mais é que a visão estratégica da empresa, e focalizam o desempenho 19 UNIDADE Processos em Contabilidade e Controladoria organizacional sob quatro perspectivas: financeira, dos clientes, dos processos internos e de aprendizado e crescimento. Estas quatro perspectivas formam a estrutura do Balanced Scorecard. Financeira Clientes Processos Aprendizado ecrescimento Como devemos nos apresentar para os investidores Em quais processos devemos ter excelência? Para alcançar a visão como devemos ser vistos? Como sustentar a habilidade de mudança e progredir? Figura 8: Perspectivas do BSC Portanto, podemos dizer que, no mais alto nível conceitual, o Balanced Scorecard é um modelo que auxilia as entidades a explicar a estratégia em objetivos operacionais que direcionam comportamentos e performance. As experiências desta ferramenta com diversas empresas mostram que estas utilizam o BSC não só para esclarecer e comunicar a estratégia, mas também para gerenciá-la (KAPLAN e NORTON, 1997). O Economic Value Added (EVA) O EVA é uma marca patenteada pela empresa de consultoria corporativa Stern & Stewart Co. como um novo indicador de performance. Segundo Stern & Stewart, “oEVA é uma medida de performance financeira que captura, mais que qualquer outra, o verdadeiro lucro econômico da empresa. É também a medida de performance mais diretamente relacionada com a criação de riqueza do acionista durante todo o tempo”. Essa métrica baseia-se na noção de lucro econômico, também conhecido como lucro residual, que considera que a riqueza é criada apenas quando a empresa cobre todos os seus custos operacionais e também o custo do capital. É importante entender os conceitos de lucro econômico, valor e riqueza para um melhor entendimento do EVA. O lucro econômico exige que a empresa cubra, não apenas todas as suas despesas operacionais, mas também todos os seus custos de capital. Dessa forma, valor é o objeto da criação de algo que venha a valer mais do que os recursos alocados para produzi-lo. Já a riqueza é a soma do quanto de valor foi criado com o valor que se espera continuar criando no futuro (YOUNG e O’BYRNE, 2003). Com o EVA é possível atingir vários benefícios: · O cálculo da criação de valor; 20 21 · A mensuração da performance de empresas; · A análise de resultados e na determinação de bônus; · A comunicação com acionistas e investidores; · A elaboração do orçamento de capital das empresas; · A implementação de estratégias; · É útil para decisões de alocação de capital; e · A avaliação de projetos e outros tipos de valoração e propósitos. O EVA é calculado da seguinte forma: Vendas líquidas (-) Despesas operacionais (=) Lucro operacional bruto (-) Imposto de Renda e Contribuição Social (=) Lucro operacional líquido (-) Custo do capital (capital investido x custo do capital %) (=) EVA O modelo Gestão Econômica (GECON) O modelo Gestão Econômica (GECON) começou a ser estruturado na Universidade de São Paulo (USP), pelo Prof. Dr. Armando Catelli, no final da década de 1970, tendo em vista a necessidade de adequação dos modelos de gestão das empresas à realidade empresarial, bem como pela ineficácia dos sistemas de contabilidade e de custos disponíveis na época, para o apoio do processo decisório. O GECON é um modelo de atuação, que compreende um sistema de informação baseado em gestão por resultados econômicos, que visa mensurar o Valor Econômico da Empresa (VEE) em qualquer tempo. Este modelo de gestão permite a simulação, o planejamento e o controle da atuação da entidade com base na evolução do valor adicionado (CATELLI, 2001). O GECON, como sistema de informação, utiliza-se basicamente de conceitos e de critérios que atendam às necessidades informativas dos gestores da entidade para o seu processo decisório e que estimulam as diversas áreas a implementar ações que otimizam o resultado consolidado. Uma preocupação básica do sistema é espelhar em termos econômico-financeiros o que ocorre nas atividades operacionais da entidade. 21 UNIDADE Processos em Contabilidade e Controladoria O resultado econômico é calculado da seguinte forma: Vendas líquidas (-) Gastos variáveis (=) Margem de contribuição (+/-) Receitas ou despesas financeiras (=) Resultado financeiro (-) Gastos fixos (=) Resultado econômico Existem, ainda, outras técnicas gerenciais que podem e devem ser pesquisadas e, se possível, testadas, como, por exemplo, a Teoria das Restrições ou contabilidade de ganhos (TOC), métodos de custeio, como o custeio baseado em atividades (ABC), a contabilidade de consumo de recursos (RCA), dentre outras. Contabilidade Gerencial e Controladoria Na seção anterior, vimos que há diversos modelos e técnicas para a avaliação de desempenho econômico e financeiro das empresas. Elas, se bem utilizadas, agregam valor a qualquer tipo de negócio, seja público, seja privado. Essas ferramentas geralmente são desenvolvidas pela Controladoria. Em alguns livros, vemos a Contabilidade Gerencial e a Controladoria com funções semelhantes. Uma das funções mais importantes da contabilidade gerencial, descrita por Iudícibus (1998, p. 266), consiste em “[...] fornecer informações hábeis para a avaliação de desempenho. Este desempenho pode ser considerado não somente em relação à apuração de resultados por produto ou por serviços, mas envolve uma apreciação de ‘quão bem’ se houver os vários setores da empresa”. A contabilidade tem como objetivo de fornecer informações para a tomada de decisão. De acordo com Paranhos (1992), visa, por meio de um sistema integrado de informações de natureza econômico-financeira, oferecer aos diretores e gerentes, por meio da coerência conseguida entre as diversas fontes de dados da empresa, com os elementos adequados para servir de apoio as tomadas de decisões, sendo dotada de grande objetividade e presteza na apresentação das informações dos resultados aos administradores, de forma clara e precisa, com linguagem de fácil entendimento. Os gestores necessitam de diversas informações, que variam conforme a necessidade de decisão, por exemplo: de custos e lucratividade de suas linhas de produtos, segmentos do mercado e de cada produto e cliente. Para tanto, eles precisam de um sistema de controle operacional que acentue a melhoria de custos, de qualidade e de redução de tempo de processamento das atividades desenvolvidas por seus funcionários, aumentando a produtividade com a otimização dos recursos. 22 23 Dessa forma, a contabilidade gerencial, conforme apresentado por Pizzolato (2000), está voltada para: informação contábil útil à administração, ou seja, trata-se de qualquer conjunto de informações com origem contábil para circulação interna, na forma adequada para assessorar gerentes no processo de tomada de decisão. Sendo assim, o foco da Contabilidade Gerencial ou Controladoria acompanhará segmentos específicos da organização, como departamentos, produtos e atividades, funções etc. Esses objetivos exigem o rateio de custos totais sobre os diversos segmentos ou atividades da empresa. Na mesma linha de raciocínio, para Padoveze (1999), a contabilidade gerencial está relacionada ao fornecimento de informações para os gestores, ou seja, aqueles que estão dentro da organização e que são responsáveis pela direção e controle de suas operações. O autor ainda compara a contabilidade gerencial com a contabilidade financeira: a primeira busca atender prioritariamente ao usuário interno, enquanto a segunda busca atender prioritariamente ao usuário externo. O artigo intitulado “Da contabilidade à controladoria: a evolução necessária” faz uma refl exão ao mostrar a necessidade de atualização de processos e procedimentos na ação de decisão. Confi ra em: MARTIN, Nilton Cano. Da contabilidade à controladoria: a evolução necessária. Revista Contabilidade & Finanças, v. 13, n. 28, p. 7-28, 2002. Disponível em: http://goo.gl/MMSEqb Ex pl or O processo da controladoria deverá ser obtido através do processamento da coleta de dados e informações que serão armazenadas e processadas no sistema de informações, a partir da contabilidade da empresa. Ou seja, com a interligação das informações obtidas dos diversos setores, a controladoria, como ferramenta de gestão, proporciona aos seus administradores informações que permitem avaliar o desempenho de atividades, de projetos e de produtos da empresa, bem como a sua situação econômico-financeira através da apresentação de informações claras e objetivas de acordo com a necessidade de cada usuário, seja interno, seja externo. Para Atkinson et al. (2000, p. 52), os gerentes das empresas, em um ambiente competitivo, necessitam de informações contábil-gerenciais precisas e relevantes sobre seus custos efetivos. Os gerentes das empresas industriais precisam dessas informações para: 1. Ajudar os engenheiros a projetarem produtos que podem ser fabricados eficientemente; 2. Avisar onde são necessárias melhorias em qualidade, eficiência e rapidez nas operações de produções; 3. Orientar as decisões sobre o seu mix de produtos; 4. Escolher entre fornecedores alternativos; e 5. Negociar com os clientes sobre preços,especificações do produto, qualidade, entrega e serviços. 23 UNIDADE Processos em Contabilidade e Controladoria A Controladoria se vale do uso de outras disciplinas das áreas de contabilidade, finanças, economia, psicologia e outras para o desenvolvimento dos mais diversos tipos de relatórios gerenciais que atendam às necessidades de seus usuários para o processo de gestão empresarial. As informações geradas pela contabilidade gerencial contêm elementos que vão auxiliar os stakeholders nas mais variadas situações, no que se refere à tomada de decisão. Para tanto, é fundamental um maior nível de entendimento daqueles que se utilizam dessas informações. Espera-se que, se essas informações vierem a auxiliar os interessados a tomar decisões racionais, não baseadas na emoção, o sistema de informações contábeis gerenciais estará contribuindo com uma grande parcela para o sucesso dos projetos executados no ambiente econômico (VASCONCELOS, 2000). Portanto, as entidades que se utilizam um sistema integrado de contabilidade gerencial possuem um diferencial positivo em relação às que não utilizam, pois o sistema, se utilizado adequadamente, é fundamental no controle dos processos da organização, de forma que se possam planejar ações, prevendo futuros cenários, antecipando possíveis dificuldades que possam acontecer, na aplicação de ações corretivas com vistas ao alcance do objetivos estratégicos, ou ainda com previsões de benefícios que poderão ser oferecidos aos seus clientes e colaboradores. Encerramos aqui mais uma unidade. Para finalizar, deixamos uma citação de Charles Colton (clérigo e escritor inglês): “A má informação é mais desesperadora que a não informação”. 24 25 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites A adequação dos sistemas Enterprise Resources Planning (ERP) para a geração de informações contábeis gerenciais de natureza intangível: um estudo exploratório ANTUNES, Maria Thereza Pompa; ALVES, Alex Serafim. A adequação dos sistemas Enterprise Resources Planning (ERP) para a geração de informações contábeis gerenciais de natureza intangível: um estudo exploratório. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, São Paulo, v. 10, n. 27, p. 161-174, 2008. https://goo.gl/IrjF9X Estudo de caso aplicado ao Sebrae: sistema de medição para as unidades de administração e finanças OLIVEIRA, Alaine Cantuária de et al. Estudo de caso aplicado ao Sebrae: sistema de medição para as unidades de administração e finanças. Revista de Administração Pública, v. 42, n. 2, p. 425-438, 2008. http://goo.gl/DWEJJA A importância da contabilidade gerencial para a administração ROSA, Liliane Lessa Santos; SANTOS, Sheyla Veruska do. A importância da contabilidade gerencial para a administração. Revista eletrônica Administração e Ciências Contábeis, n. 3, 2010. http://goo.gl/0z9bSp Engenharia de Processos de Negócios: aplicações e metodologias. XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção (ENEGEP) SANTOS, Rafael Paim C. et al. Engenharia de Processos de Negócios: aplicações e metodologias. XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção (ENEGEP). Anais Eletrônicos. Curitiba: ABEPRO, 2002. http://goo.gl/Kepxxe 25 UNIDADE Processos em Contabilidade e Controladoria Referências ABPMP. Guia para o gerenciamento de processos de negócio – corpo comum de conhecimento. ABPMP BPM CBOK® V3.0. São Paulo: Association of Business Process Management Professionals, 2013. ATKINSON, Anthony A.; BANKER, Rajiv D.; KAPLAN, Robert S.; YOUNG, S. Mark. Contabilidade Gerencial. Tradução de André Olímpio Mosselman Du Chenoy Castro. Revisão Técnica de Rubens Famá. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000. BIO, Sérgio R. Sistemas de Informação: um enfoque gerencial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008. CATELLI, Armando. (Org.). Controladoria: uma abordagem da Gestão Econômica – GECON. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001. CAMPOS, Vicente F. Gerenciamento pelas diretrizes. Belo Horizonte: Fundação Christiano Ottoni,1996. FPNQ. Critérios de Excelência: O Estado da arte da Gestão para a Excelência do Desempenho. Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade. São Paulo: FPNQ, 2004. IIBA. Um guia para o corpo de conhecimento de análise de negócios (guia BABOK®) Versão 2.0. São Paulo: International Institute of Business Analysis (IIBA), 2009. IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade Gerencial. São Paulo: Atlas, 1998. KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. A estratégia em ação: balanced scorecard. Gulf Professional Publishing, 1997. MARANHÃO, Mauriti; MACIEIRA, Maria Elisa Bastos. O Processo Nosso de Cada Dia. 3. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 2004. MIURA, S. TQC Terminology Dictionary. Japanese Standards Association. Tóquio: JSA, 1985. PADOVEZE, Clóvis Luiz. O papel da contabilidade gerencial no processo empresarial de criação de valor. Caderno de Estudos, n. 21, p. 01-16, 1999. PIZZOLATO, Nélio Domingues. Introdução à contabilidade gerencial. Grupo Gen-LTC, 2000. TEIXEIRA, Paulo Henrique. Manual Prático de Auditoria Gerencial. Editora Maph, 2002. VASCONCELOS, Yumara Lúcia. A ciência contábil e a era da informação. Revista Brasileira de Contabilidade, n. 126, p. 20, 2000. YOUNG, S. David, O’BYRNE Stephen F. Eva e gestão baseada em valor: guia prático para implementação. Porto Alegre: Bookman, 2003. ZANCHIN, José E. A gestão da tesouraria com as estratégias financeiras das empresas de pequeno porte do setor metal-mecânico de Caxias do Sul. Dissertação de Mestrado em Administração. UFRGS, 2002. 26
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