Resumo Abordagens Humanistas NP1

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Resumo Abordagens Humanistas em Psicologia
Humanismo e psicologia - 12/08/2019.
· A teoria não é um fim, mas consequência de um compromisso anterior com seu objeto: o ser humano.
· A consideração do sentido é fundamental: as explicações não esgotam a compreensão do ser humano.
· O ser humano como resultante ou iniciante de uma série de coisas.
· A relação explicativa se refere ao ser humano como o passado e não ao homem atual.
· A decifração do sentido será um discurso no presente se for vivencial, experiencial, uma vivência do próprio sentido criando novos sentidos, e não apenas estudando-os.
· A passagem do homem resultado para o homem atual é o que faz o sentido do humanismo na psicologia.
· A cultura como resultado (produto) e a cultura como ato cultural: a cultura deve ser vista como um processo vivo e o ser humano tem que ser captado em seu movimento.
> 4 USOS DIFERENTES DO TERMO HUMANISMO:
1) Como movimento cultural da Renascença do século 19, se opondo ao sobrenaturalismo medieval que desprezava o humano em nome de uma vida futura, eterna, após a morte.
2) Eric Fromm fala de uma tradição da ética humanista: o bem é a afirmação da vida, o desenvolvimento das capacidades do homem, e a virtude consiste em assumir a responsabilidade pela própria existência.
· Rogers (tendência atualizante) e Maslow (conceito de auto atualização) representam esta postura com noções semelhantes, numa atitude concreta em favor do homem.
3) André Amar fala de quatro momentos da Psicologia ao longo da história:
· Psicologia humanista com claras influências da idade média da antiguidade grega, com a não dissociação entre pesquisa objetiva e um posicionamento de valores.
· Psicologia científica com a ruptura entre a objetividade científica e a ética.
· Psicanálise psicologia fenomenológica, sendo que nesta última começam a reaparecer coisas do primeiro momento.
4) Psicologia humanista surgiu como uma reação ao behaviorismo e a psicanálise, e sob a tensão da segunda guerra.
> A PRESENÇA DE UMA ATITUDE HUMANISTA NO INTERIOR DA PSICOLOGIA:
1) A psicologia pode trabalhar a questão dos fins, da saúde, da auto-realização e não apenas dos meios, da doença ou do ajustamento mínimo.
2) Husserl iniciou um questionamento da aplicação do método científico a realidade humana com a noção de consciência intencional.
3) Se na atitude ingênua o mundo existe por si de maneira independente e na atitude crítica o que percebemos do mundo depende de nossos referenciais, na atitude fenomenológica é na intenção que teremos o verdadeiro conhecimento. Ou seja, humanismo em psicologia aponta para uma atitude fenomenológica.
4) Homem como pessoa atual é o homem como palavra, como abertura para o outro, onde corpo e alma são indissociáveis; é um ato e não resultado; é busca de sentido, atribuição e comunicação de sentido, criação de mais sentido.
Pesquisa do vivido - 19/08/2019.
· A fenomenologia na psicologia: busca de um olhar para consciência e o significados do sujeito, e olhar do pesquisador que é determinado por suas indagações.
· A psicologia de inspiração fenomenológica se ocupa do vivido.
· O vivido é nossa relação interior imediata aquilo que nos acontecem (é Nossa reação aquilo que nos acontece e não simplesmente aquilo que acontece).
· Buber: "aquilo que me acontece é a palavra que me é dirigida".
· O vivido não pode ser apreendido de maneira direta e não existe sozinho. Qualquer acesso já é uma forma de significa-lo.
· Linguagem interior e Ação significativa > Busca por encontrar o sentimento primeiro, o vivido puro (reação imediata).
· O vivido se expressa por tríades: sentimento-pensamento-ação experiência-percepção- comunicação vivido-simbolizado- Manifesto.
· Este triângulo (vivido pleno) nasce de um núcleo o centro da pessoa - é a abertura e é por este motivo que dizemos que algo nos acontece.
· O pensamento se desdobra em reflexão ou elaboração posterior no pensamento segundo. A ação primeira vai se sofisticando e se elaborando em ações planejadas e complexas.
· O risco é de perder a relação básica a pessoa planeja mil ações e faz sutis análises mas não satisfaz seu coração ela perdeu o contato com o seu centro com sua relação básica.
· No Polo pensamento uma pesquisa é uma reflexão um pensamento segundo que se desdobrou como uma reflexão.
· O depoimento é o recurso utilizado para tal pode ser uma dança um desenho uma obra de arte etc mas em geral é um relato verbal localizado na experiência imediata Às vezes o sujeito faz uso da memória.
· A pesquisa fenomenológica não termina com a afirmação de um fato mas com a afirmação de uma possibilidade de compreensão que se estende para além dos sujeitos estudados não mostra.
· Tal descrição deve possibilitar uma visão mais clara do assunto e consequentemente um posicionamento mais efetivo na ação.
· Aproximação do vivido desencadeia mudanças.
“Ser o que realmente se é”: os objetivos pessoais vistos por um terapeuta - 25/08/2019.
Abordagem centrada na pessoa e psicoterapia - 26/08/2019.
· Rogers tem o auge do seu trabalho durante a 2ª GM, e, por necessidade desenvolveu ideias baseadas na fenomenologia e humanismo, para trabalhar com as pessoas em sofrimento, a partir daquilo que elas se mostravam. -Caminha em outra perspectiva da vigente na época Behaviorismo/Psicanálise.
· Chegavam com as questões “Qual meu objetivo na vida?”, “O que procuro?”, “Qual é a minha finalidade?”, que são questões existenciais, sendo necessário olhar para a essência da pessoa para ajuda-la a enxergar as próprias potencialidades.
· Baseia seu trabalho em um modelo de terapia centrada na pessoa: vida responsável, moral, comedida, com uma ação vigorosa no sentido da superação dos obstáculos; ou seja, uma profunda e simpática percepção de si e dos outros, receptividade às pessoas e à natureza, com valorização dos prazeres simples da vida.
Guia o CLIENTE para certas direções:
· Por trás das fachadas (ser o que realmente é, se apropriar do que tem, e não sentir necessidade de criar outro), para além do “devia”.
· Para além do que os outros esperam e para agradar os outros (deve fazer como procurar algo bom para si mesmo, e não apenas para receber elogios, agradar, como outros esperam).
· A caminho da autodireção (se dirigir a si mesmo, para descobrir do que é capaz).
· A caminho de ser um processo (sempre se desenvolver, desenvolver as potencialidades que já estão na pessoa, com as quais ela já nasceu).
· A caminho de ser, a caminho de uma abertura para a experiência (tomar as experiências como importantes pois constituem o ser, o processo, o desenvolvimento).
· A caminho de uma aceitação dos outros e confiança em si mesmo (a aceitação de si mesmo é a aceitação das ideias, do próprio caminho, e aceitando a si mesmo, tendo confiança em si, fica mais fácil aceitar que o outro é diferente).
· A direção geral (em direção ao centro da pessoa, para um universo bom).
> Alguns mal-entendidos: Dentre o meio teórico, as ideias de Rogers causam impressão de ser muito idealista, com muita fixidez (parece ser tudo muito certinho, redondo; não é que não exista maldade, é focalizado na moral, responsável, bom, potencial, mas não nega a outra parte)
> Implicações Sociais: Rogers estendeu suas ideias para a sociedade, elaborando um “governo centrado no povo”. Assim como os indivíduos, cada nação poderá descobrir que, ser o que se é em profundidade, pode ser uma experiência enriquecedora.
· A experiência psicoterapêutica na abordagem centrada na pessoa - ACP
Postura de Carl Rogers – Aconselhamento e psicoterapia:
Abordagem centrada na pessoa – ACP:
· Abordagem não diretiva – o cliente que dá o rumo, dirige o processo.
· Seguir apenas o que a pessoa traz – faz com que ele se ouça.
· Aconselhamento: postura de fazer a pessoa se conhecer, se entender, acolhimento breve.
· Psicoterapia: processo mais longo.
As atitudes básicas do aconselhamento e da psicoterapia são as mesmas:
· Congruência do terapeuta (transparência, autenticidade, em paz com si mesmo, sentir, pensar e agir na mesma direção, em harmonia).
· Compreensão empática(compreender o outro COMO SE estivesse no lugar dele – olhar o mundo pela lente do outro, mas nunca poderá estar verdadeiramente no lugar do outro, pois ele é único em suas vivências, e o terapeuta não pode se perder do que ele mesmo é, se não, não consegue ajudar).
· Aceitação positiva incondicional (aceitar o outro como ele é, pois ele é aquilo que ele quer ser, e não como queremos; para poder ajuda-lo, é necessário não julgar e estar em sintonia).
· Outras aplicações: plantão psicológico, ludoterapia (crianças), trabalhos em grupo, grupos comunitários.
A psicologia humanista e a abordagem gestáltica – 02/09/2019.
HISTÓRICO
· Psicologia: associada à filosofia até o final do séc 19.
· Psicologia moderna: duas vertentes.
· Voltada para a fisiologia – fruto das ciências naturais.
· Mais sociológica, estudo dos grupos.
· Até que surgiu a TERCEIRA FORÇA, nos anos 60, para humanizar a psicologia. Entre a psicanálise e o behaviorismo, envolvendo o pensamento holístico.
· Maslow e Rogers.
GESTALT-TERAPIA (1960)
· Visão fenomenológico-existencial.
· Volta a experiência imediata.
· Voltar às coisas mesmas: o vivido do cliente.
· Características de um humanismo antropocêntrico: mal-entendido do homem como centro de todas as coisas.
· A apreensão do dito naquilo que é dito: essência do fazer fenomenológico-dialógico humanista da GT.
· Awareness: consciência do que se faz, presença, apreensão do sentido atual.
· Terapeuta: escuta investigativa, curiosa, sintonizada, confirmadora.
· Retomada de um olhar para a comunidade (a compreensão não é do ser isolado, pois o ser funciona com o meio, no organismo).
ÉTICA HUMANISTA: DOIS VETORES
· A reverência fenomenológica do terapeuta pela experiência do cliente: natureza específica da vivência e a natureza do encontro
· A preocupação do terapeuta com a comunidade próxima do cliente: ser-com
PROJETO TERAPÊUTICO: DUAS DIMENSÕES DA CURA EXISTENCIAL
· Deixar ser aquilo que está sendo: awareness como vivencia consciente da alteração da visão de si mesmo e do mundo, de modo criativo.
· Estabelecer relações de intimidade – ou dialogais: awareness como experiência transformadora (a relação que estabelece com o terapeuta serve para se aceitar, aceitar o outro, viver como é – awareness).
· É na intimidade que a individualidade se faz (é estando na relação, que ele reconhece que pode ser como quiser, na sua individualidade, e diferente do outro).
· Amplia as possibilidades de ser-com.
· Receber sem rótulos, escutar a voz de seu silêncio, me reconhecer na sua humanidade (pode ser como quiser, até no silencia será entendido, sem julgamento).
· Saber enraizado no fenômeno humano.
HUMANISMO COMTEMPORÂNEO
· Marxista: consciência histórica.
· Cristão: seguir Cristo como exemplo.
· Existencialista: liberdade e projeto de vida.
· Secular, laico: mais racional que o Cristão.
· Ético-sociológico: um modo de convivência social.
 HUMANISMO OCIDENTAL
· O homem como centro do mundo.
· A exaltação da razão.
· O homem como fim e não como meio ou como instrumento.
HUMANISMO ANTROPOCENTRICO
· Século 17: libertar o homem do autoritarismo religioso e autocrático.
· Poder ser livre é a maior conquista humana ocidental.
· Evoluiu para o individualismo atual.
· Imaturidade sociocultural.
Fundamentos da psicologia Gestalt – 09/08/2019.
 A PSICOLOGIA DA GESTALT:
· Linguagem compreensível.
· Sentimento e sensibilidade, além do entendimento intelectual.
· Hipóteses do senso comum verificáveis na prática.
PREMISSA:
· É a organização dos fatos e não seus aspectos individuais que os define.
· A organização depende do interesse.
HOMEOSTASE:
· Adaptação, processo de auto-regulação.
· O organismo interage com seu meio.
· O ser e o meio tem de estar em equilíbrio.
NECESSIDADES:
· Figura/fundo.
· Gestalt aberta.
· Necessidades não satisfeitas.
· Hierarquizar o que vai fazer/satisfazer primeiro.
CONTATO:
· Ninguém é auto-suficiente.
· Indivíduo e meio não podem ser compreendidos separadamente.
· Não tem sentido pensar dentro e fora, interior e exterior, só vive na relação como meio.
O FUNCIONAMENTO NEURÓTICO:
· Incapacidade de concentração e de hierarquizar necessidades.
· Individuo interrompido, vivencias inacabadas.
· Se concentra em uma situação de cada vez.
CONTATO E FUGA:
· Opostos complementares.
· Saudáveis, dependendo da situação.
· Nem todo contato é saudável, nem toda fuga é doentia.
· Tédio: quando tentamos contatos com algo que não nos interessa.
By: Bruna Xavier.