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APOL I ANALISE DA POLÍTICA EXTERNA 2

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APOL I – PRIMEIRA TENTATIVA
Questão 1/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto a seguir:
“A ausência de consenso de uma só definição para a política externa também é observada na política pública. Diferentes abordagens podem ser vistas sobre ela e com isso, diferentes formas de a tratar. Lynn (1980), por exemplo, observa as políticas públicas como sendo as ações governamentais com objetivos específicos. Peters (1986) também observa as políticas públicas como uma ação governamental, dessa vez adicionando o impacto dessa ação nos indivíduos como também sendo categorizador das políticas públicas. Thomas Dye, por sua vez, elaborou uma das definições para as políticas públicas mais conhecida da área”.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 1: A política externa e as políticas públicas.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a definição para as políticas públicas elaborada por Thomas Dye: 
 
Nota: 10.0
A	Para Dye, a ideia de política pública diz respeito às ideologias norteadoras da ação estatal em âmbito doméstico e externo.
B	Para Dye, a ideia de política pública trata da atuação da sociedade civil direcionada a potencializar a capacidade de agência do Estado.
C	Para Dye, a ideia de política pública diz respeito apenas à ação governamental no âmbito das políticas sociais e de proteção aos grupos vulneráveis.
D	Para Dye, a ideia de política pública trata do que um governo decide fazer ou não fazer, de modo que não somente a ação deve ser considerada, mas também a inação.
Você acertou!
Dye (1984) elaborou uma das definições mais conhecidas sobre as políticas públicas, argumentando que elas tratam do que o governo “escolhe fazer ou não fazer”. A visão de Dye é importante, pois, ela adiciona um outro campo de visão para as políticas públicas: a inação. Dente (2014), por exemplo, tem a qualificação de ator como sendo aquele que age, toma uma ação. Por essa visão de Dente, o Estado então não se categorizaria como ator quando decide não agir sobre um determinado tema.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 1: A política externa e as políticas públicas.
E	Para Dye, a ideia de política pública diz respeito ao ordenamento jurídico do Estado e à distribuição de responsabilidades entre os poderes políticos.
Questão 2/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
“Enquadrado na tentativa behaviorista de aproximar metodológica e epistemologicamente as ciências sociais às ciências naturais, o projeto de desenvolver uma Política Externa Comparada (Comparative Foreign Policy) sob a liderança intelectual de Rosenau (1966, 1974, 1980) foi sem dúvida o motor da subdisciplina por quase 20 anos.
Fonte: SALOMÓN, Mónica; PINHEIRO, Letícia; Análise de Política Externa e Política Externa Brasileira: trajetória, desafios e possibilidades de um campo de estudos. Rev. Bras. Polít. Int. 56 (1): 40-59. 2013, p. 43. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rbpi/v56n1/03.pdf>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um dos objetivos centrais à Política Externa Comparada:
 
Nota: 10.0
A	A Política Externa Comparada buscava promover uma análise histórica sobre os relacionamentos interestatais no setor econômico.
B	A Política Externa Comparada se direcionava a analisar comparativamente diferentes países e. a partir disso. identificar os padrões existentes na política externa.
Você acertou!
A Política Externa Comparada nasceria da ideia de recolher dados que poderiam ser obtidos pelos próprios Estados e organizações internacionais, entre outros, com a aplicabilidade de uma metodologia quantitativa ou qualitativa. Seu intuito era promover a análise comparada entre diferentes nações e a partir daí identificar padrões existentes dentro do campo de política externa. A prática de Política Externa Comparada também foi bem vista pelos Estados que conseguiam observar nesse método de análise uma alternativa no campo de tensões internacionais (Nanci; Pinheiro, 2019, p. 9). Voltando a tratar de Rosenau e seu papel no impulso dessa vertente, o autor também traz a abordagem de linkage theory. A linkage theory relata a relação entre o campo doméstico e o externo. Nessa visão, ocorre a influência das políticas domésticas na política externa do Estado.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 2: As duas correntes da APE.
C	A Política Externa Comparada objetivava a observação dos diferentes padrões de interação entre Estados e sociedades civil ao longo do tempo.
D	A Política Externa Comparada buscava estudar de modo comparativo os atores estatais e os atores subnacionais e, com isso, estabelecer regras de comportamento na arena internacional.
E	A Política Externa Comparada se direcionava a comparar os sistemas jurídicos dos Estados nacionais e das organizações internacionais, com o objetivo de aprimorá-los.
Questão 3/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto a seguir:
“As Relações Internacionais, assim como a APE, colocam o foco de análise sobre a atuação de atores no ambiente internacional. No entanto, as Relações Internacionais utilizam sua lente de análise de forma mais ampla, ao passo que a APE executa uma análise reduzida, tendo a capacidade de trabalhar sobre um tema específico.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 5: A relação entre a APE e as Relações Internacionais.
 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, qual o ponto central para as Análises de Política Externa: 
Nota: 10.0
A	A divisão das classes.
B	As conexões culturais.
C	As paixões humanas.
D	A decisão humana.
Você acertou!
Como contrapartida da visão das Relações Internacionais como disciplina estadocêntrica, a APE colocaria como ponto central a decisão humana (Hudson; Vore, 1995, p. 211). A isso se somam outras variáveis antes não tão aplicadas, e os fatores materiais e ideacionais passam a fazer parte da análise.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 5: A relação entre a APE e as Relações Internacionais.
E	As disputas inter-raciais.
Questão 4/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
“O construtivismo é sobretudo uma teoria social que demonstra a importância decisiva das relações constitutivas que se estabelecem entre as ideias, o conhecimento e os factos. O grande argumento do construtivismo consiste na demonstração de que todas as variáveis relevantes das teorias das RI – poder militar, transações económicas, instituições internacionais ou preferências domésticas – não são apenas importantes por serem factos materiais objetivos mas, principalmente, por terem determinados significados sociais e singulares interpretações ideacionais intersubjetivas”.
Fonte: MENDES, Pedro Emanuel. As teorias principais das Relações Internacionais: Uma avaliação do progresso da disciplina. Relações Internacionais, no.61 Lisboa mar. 2019, página da citação 110. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/pdf/ri/n61/n61a08.pdf>
 
 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, dois conceitos centrais para a teoria construtivista: 
Nota: 10.0
A	Aculturação e Globalização.
B	Poder e Dominação.
C	Identidade e Comunidade Epistêmica.
Você acertou!
Uma das principais atribuições do construtivismo para o Estado é a identidade. Seria a partir da identidade que os interesses estatais seriam construídos (Campbell, 1998; Zehfuss, 2001; Kubálková, 2001). A identidade pode corresponder à visão do agente sobre si mesmo,mas também existiria a identidade que representaria a imagem que um Estado tem sobre o outro. Independente disso, como Wendt aponta, a identidade surgiria a partir da relação entre os agentes. Logo, compreende-se que as identidades dos Estados podem se alterar conforme o rumo de suas relações com outros agentes (Salomón, 2016). Uma forma de observar a importância da identidade pode ser a de que “[...] interesses são pressupostos pelas identidades por uma simples razão: se eu não sei quem eu sou, não terei meios de precisar aquilo que desejo.” (Riche, 2015, p. 34). Além de identidade, um outro conceito importante presente no Construtivismo é o de comunidades epistêmicas. Podendo ser vistas como um grupo de interesses, as comunidades epistêmicas representam a união daqueles que tem em comum um determinado objetivo, e a partir de sua união passariam a exercer sua influência sobre o Estado com o intuito de garantir as suas intenções. A inclusão das comunidades epistêmicas sobre a APE auxilia na compreensão das ações Estatais não somente no cenário doméstico, mas também externo. Como argumenta Adler (1999, p. 233) os atores que fazem parte da denominação de comunidades epistêmicas “são significativos para uma compreensão teórica mais ampla da construção social da realidade internacional pelo conhecimento intersubjetivo”.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 4: APE e o Construtivismo.
D	Comunidade Internacional e Solidariedade.
E	Ideologia e Sistema-Mundo.
Questão 5/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
“A Análise de Política Externa (APE) é hoje um campo de estudos bem consolidado dentro da grande disciplina das Relações Internacionais (RI). Numerosos indicadores testemunham essa consolidação, como a existência de revistas especializadas (destacando-se a Foreign Policy Analysis) e de diversos manuais específicos sobre APE e capítulos sobre APE nos principais manuais de Relações Internacionais; a criação de grupos de trabalho ou seções sobre APE nas principais associações acadêmicas nacionais e internacionais de Ciência Política/ Relações Internacionais (ABRI e ABCP no Brasil, International Studies Association nos EUA e British International Studies Association no Reino Unido); e a inclusão de disciplinas com essa denominação nas grades curriculares dos cursos de Relações Internacionais em todo o mundo”.
Fonte: SALOMÓN, Mónica; PINHEIRO, Letícia; Análise de Política Externa e Política Externa Brasileira: trajetória, desafios e possibilidades de um campo de estudos. Rev. Bras. Polít. Int. 56 (1): 40-59. 2013, p. 40. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rbpi/v56n1/03.pdf>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um dos objetivos primários da Análise de Política Externa no momento do seu surgimento: 
Nota: 10.0
A	Decorrente da sua conexão com a teoria crítica, a área de Análise de Política Externa, em seus primórdios, tinha como objetivo mais importante o estudo sobre as relações econômicas no plano internacional.
B	Em decorrência da sua relação com o liberalismo, a área de Análise de Política Externa, em seu início, se direcionava à compreensão das relações simbólicas com capacidade de influenciar a política internacional.
C	Devido a sua ligação com o realismo, a área de Análise de Política Externa, inicialmente, tinha como objetivo central abrir a “caixa-preta” do Estado e, com isso, trazer novos elementos para a análise da política internacional.
Você acertou!
Tendo seu início como uma subárea das Relações Internacionais em 1950 (Faria, 2012, p. 102), a Análise de Política Externa (APE) possui raízes teóricas, sendo fundamentada nas investigações com maior empiria e foco no princípio geral, tendo como um dos objetivos primários abrir a “caixa-preta” do Estado. Em relação às teorias já existentes no período, a APE nasce apoiada nos princípios realistas e sistêmicos; ou seja, adota a visão estadocêntrica, sendo o Estado o ator principal em todos os níveis de análise propostos e também dentro do cenário anárquico que envolveria o sistema internacional. De acordo com essa vertente, as ações estatais em campo externo ocorreriam de forma a maximizar os seus ganhos e, consequentemente, minimizar suas perdas. A perspectiva realista para a abordagem de APE acaba ocasionando uma análise muito simplista das relações entre Estados em cenário internacional, negligenciando diversas outras perspectivas que viriam a surgir posteriormente e complementar a visão da APE. James Rosenau apresentou o desejo por uma teoria que pudesse não somente ser empírica e passível de teste, mas que também se caracterizasse de forma mais geral do que aquelas até então praticadas. Com inspiração no trabalho de genética proposto por Gregor Mendel, para Rosenau, a análise de diferentes Estados e seus comportamentos resultariam em maior compreensão das interações interestatais considerando também suas dimensões de poder.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 1: Surgimento e Conceitos Básicos da APE.
D	Em decorrência da sua ligação com o construtivismo, a área de Análise de Política Externa, em seus primórdios, priorizava análises centradas no poder da ideologia para mover as relações entre os Estados no sistema internacional.
E	Em razão da sua conexão com o pós-modernismo, a área de Análise de Política Externa, inicialmente, objetivava a construção de um nicho de análise independente da área de Relações Internacionais e conectada à antropologia.
Questão 6/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
“O realismo é a teoria, simultaneamente, mais conhecida e contestada na disciplina de RI. Embora atualmente já não exerça, como aconteceu no passado, um domínio hegemônico na disciplina, o realismo continua a ser uma teoria importante. Com o fim da Guerra Fria e do bipo- larismo, o realismo sofreu muitas críticas chegando mesmo a ser considerado um paradigma degenerativo. Apesar das críticas, e de mais uma sentença de morte, o realismo no pós-Guerra Fria conseguiu desenvolver novos argumentos teóricos e provar a sua resiliência enquanto uma das teorias principais em RI”.
Fonte: MENDES, Pedro Emanuel. As teorias principais das Relações Internacionais: Uma avaliação do progresso da disciplina. Relações Internacionais, no.61 Lisboa mar. 2019, página da citação 96. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/pdf/ri/n61/n61a08.pdf>
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, análise as afirmações abaixo, que apresentam algumas das principais premissas do realismo clássico e, depois, assinale a alternativa que indica apenas as corretas:
I. O Estado é considerado pelos realistas clássicos como o ator mais importante no cenário internacional.
II. Os realistas clássicos entendem que o Estado, com o objetivo de garantir a sua própria segurança e sobrevivência, opera mecanismos específicos, entre eles a guerra.
III. Para os realistas clássicos o comportamento do Estado é pautado por características egoístas e individualistas.
IV. A inexistência de um controle central no cenário internacional fomenta a construção de uma agenda coletiva e redes colaborativas entre os Estados.
Nota: 10.0
A	Apenas as afirmativas I e II estão corretas
B	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas
C	Apenas as afirmativas I e III estão corretas
D	Apenas as afirmativas I e IV estão corretas
E	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
Você acertou!
A alternativa correta é aquela que indicar que apenas as afirmativas I, II e III  estão corretas. No decorrer da disciplina de Análise de Política Externa, observamos que Castro (2012, p. 319-322) estabelece sete premissas do realismo clássico. A partir dessas premissas, podemos ver que a afirmação I está correta, uma vez que o Estado é o principal ator no cenário internacional. A afirmação IIestá correta, já que para os realistas clássicos o Estado garante sua sobrevivência e segurança a partir de mecanismos, sendo um deles, a guerra. A afirmação III está correta, porque as articulações externas, ou não, do Estado se pautariam em parte pela natureza egoísta e individualista do indivíduo. A afirmação IV está incorreta porque a ausência de controle no cenário externo força a priorização da agenda particular de cada Estado.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 2: APE e o Realismo.
Questão 7/10 - Análise de Política Externa
Leio o texto abaixo:
“Um dos desafios que põe à prova acadêmicos de Relações Internacionais desde o término da II Guerra Mundial é a elaboração de teorias que combinem alcance explicativo, coerência e parcimônia. Kenneth Waltz, um dos mais destacados pensadores de Relações Internacionais ainda vivo, é lembrado por ter tentado superar esse desafio – especialmente com Theory of International Politics. Com essa obra, Waltz tentou formular uma teoria sistêmica das Relações Internacionais, ficando reconhecido por ser fundador da corrente de pensamento que se convencionou chamar neo-realismo”.
 
Fonte: RESENDE, Carlos Augusto Rollemberg de. Resenha da obra “O Homem, o Estado e a Guerra: uma análise teórica” (aut. WALTZ, Kenneth N, 2004). Rev. bras. polít. int. vol.47 no.1 Brasília. 2004, p. 185. Disponível em: < https://www.scielo.br/pdf/rbpi/v47n1/v47n1a09.pdf>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a tese central da teoria neorrealista de Kenheth Waltz:
Nota: 10.0
A	O caráter hierárquico do sistema internacional possibilita que os relacionamentos entre os Estados se baseiem na sua posição na economia internacional. Consequentemente, a divisão entre centro e periferia se consolida como o principal ordenamento da política internacional.
B	O caráter anárquico do sistema internacional faz com que os relacionamentos entre os Estados sejam pautados pela constante luta pelo poder. Em consequência, o ordenamento bipolar da política internacional torna as relações internacionais mais estáveis, corroborando para a manutenção do status quo.
Você acertou!
Uma segunda vertente realista, a do neorrealismo, foi elaborada por Kenneth Waltz buscando apoio em modelos positivistas. Um dos principais pontos defendidos por Waltz é a de que a bipolaridade sistêmica evita conflitos e rupturas no cenário internacional, sendo a partir dessa bipolaridade que se teria a manutenção do status quo (Castro, 2012, p. 327). Waltz também trata da questão anárquica do cenário internacional, utilizando essa realidade como uma justificativa para o comportamento de “vigilância” aplicado pelos Estados. As decisões estatais nesse cenário seriam guiadas a partir de sua capacidade de poder. Waltz viria a argumentar que a posição de defesa não precisaria ser uma constante caso fosse garantido o equilíbrio de poder internacionalmente (Nanci, Pinheiro, 2019, p. 33).
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 2: APE e o Realismo.
C	O caráter individualista do sistema internacional provoca relações entre os Estados marcadas por padrões de amizades e inimizades. Consequentemente, é imprescindível para o ordenamento a criação de organizações internacionais e a imposição de mecanismos coletivos de resolução de conflitos.
D	O caráter cooperativo do sistema internacional faz com que os relacionamentos entre os Estados sejam marcados pela solidariedade. Em consequência, a política internacional é ordenada de acordo com decisões coletivas e sistemas jurídicos compartilhados entre os Estados.
E	O caráter nacionalista do sistema internacional faz com que a interação entre os Estados se paute pela proximidade entre as suas identidades e valores. Em consequência, a organização da política internacional se caracteriza pela constituição de múltiplos polos ideológicos e culturais distintos.
Questão 8/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
“Como visto no Tema 2 da primeira aula da disciplina de Análise de Política Externa, o Realismo tinha seu foco de análise no Estado e seu comportamento. O Estado como sendo ator central teria como maior preocupação sua própria segurança e, para isso, colocava boa parte da sua atenção nas questões de defesa nacional. Essa perspectiva realista guia o olhar do pesquisador para determinados pontos e comportamentos do Estado no cenário internacional. Em contrapartida, o Liberalismo surge em um momento onde se passou a questionar a visão Realista até então predominante, trazendo uma outra forma de observar o cenário externo.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: APE e o Liberalismo.
 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a principal diferença entre a teoria liberal em relação ao realismo:
Nota: 10.0
A	Diferente do realismo, o Estado não é entendido como um ator monolítico pelas teorias liberais, de modo que elas concedem um espaço mais alargado em suas análises a outros atores com capacidades decisórias na arena internacional.
Você acertou!
Uma das principais diferenças entre a visão Realista e a Liberal se dá na concepção de Estado como ator unitário. O Liberalismo dará maior espaço para outros atores que não só os Estados-nação. De acordo com Castro (2012, p. 338), “o liberalismo não desconsidera a importância do Leviatã (Estado), porém, enxerga outras forças pulverizadas juridicamente guiadas no interior e no exterior dos Estados que possuem papel legitimante nas Relações Internacionais”. Compreende-se que o Estado passaria a dar espaço para outros atores, mas sem perder sua importância no cenário internacional. Além disso, o Liberalismo também apresentará outra argumentação em relação aos conflitos internacionais.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: APE e o Liberalismo.
B	Diferentemente do realismo, as teorias liberais defendem que as empresas transnacionais são os atores mais importantes nas relações internacionais, de modo que a atuação dos Estado está inteiramente pautada nos interesses dessas empresas.
C	Contrariamente às teorias realistas, para as teorias liberais as Organizações Internacionais adquirem maior capacidade decisória do que os Estados Nacionais na política internacional e, por conseguinte, são mais relevantes do que esses últimos.
D	Diferente da teoria realista, as análises do internacional propostas pelas teorias liberais privilegiam a observação das ideias e das identidades frente às relações econômicas e as correlações de força entre os Estados na política internacional.
E	Diferentemente do realismo, as teorias liberais se concentram em analisar o caráter hierárquico do sistema internacional, entendendo que os Estados se organizam de acordo com o sistema econômico.
Questão 9/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto a seguir:
“A abordagem das políticas públicas por meio da elaboração de tipologias se inscreve na tradição weberiana de considerar “tipos ideais”. Nesta perspectiva, Lowi (1966, 1972) escreveu seus textos sobre políticas públicas nos Estados Unidos, em contexto institucional muito diverso do contexto brasileiro. A análise proposta por Lowi é relevante na medida em que apresenta uma tipologia de políticas públicas e permite observar os atores, os estilos, bem como as arenas em que transcorrem os processos de negociação tanto para a formulação quanto para a implementação de políticas públicas”.
Fonte: LIMONTI, R. M.; PERES, U. D.; CALDAS, E. L. Política de fundos na educação e desigualdades municipais no Estado de São Paulo: uma análise a partir das arenas políticas de Lowi. Revista de Administração Pública, v. 48, n. 2, p. 389-409,p. 396. 2014. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rap/v48n2/a06v48n2.pdf>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, os quatro tipos de políticas públicas classificados por Theodore Lowi. 
Nota: 10.0
A	Políticas distributivas; Políticas redistributivas; Políticas regulatórias; Políticas Constitutivas.
Você acertou!
No decorrer da aula 3 da disciplina de Análise de Política Externa, vimos que as políticas públicas são classificadas por Theodore Lowi (1964 apud Rua, Romanini, 2013, p. 3-4) em quatro tipos, sendo esses:
a) Políticas distributivas: executam a função de alocação de bens e serviços;
b) Políticas redistributivas: executam a distribuição de recursos retirados do grupo A para o grupo B;
c) Políticas regulatórias: estabelecem normas e regras a serem seguidas para determinados processos;
d) Políticas Constitutivas ou Estruturadoras: Consolidam as regras do jogo político. A política externa pode ser vista como fazendo parte desse último grupo.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 1: A política externa e as políticas públicas.
B	Políticas positivas; Políticas negativas; Políticas integracionistas; Políticas afirmativas.
C	Políticas reacionárias; Políticas revolucionárias; Políticas conservadoras; Políticas revisionistas.
D	Políticas protecionistas; Políticas paternalistas; Políticas individualistas; Políticas liberalizantes.
E	Políticas religiosas; Políticas de gênero; Políticas étnicas; Políticas indigenistas.
Questão 10/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
Essas relações de mútua dependência não tendem a distribuir equitativamente os ganhos e as perdas geradas pela interdependência complexa. Esse processo tende a prevalecer às assimetrias, ou seja, os resultados serão diferentes para cada ator, pois os atores atuantes nessa sociedade internacional, agora transnacionalizada, não são iguais, sobretudo em se tratando de capacidades. Para Di Sena Jr. (2003, 25) “(...) os participantes não gozam do mesmo grau de desenvolvimento e não controlam os mesmos recursos”. Isso porque as transações na interdependência dependem de constrangimentos e ganhos que se explicam como “ganhos ou perdas conjuntas para as partes envolvidas” (Keohane e Nye, 2001, 8), devido, entre outras razões, às diferenças envolvidas nos relacionamentos.
Fonte: OLIVEIRA, Marcelo Fernandes de; LUVIZOTTO, Caroline Klaus. Cooperação técnica internacional: aportes teóricos. Rev. bras. polít. int. vol.54, no.2, Brasília.  2011, p. 8. Disponível em: < https://www.scielo.br/pdf/rbpi/v54n2/v54n2a01.pdf>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, análise as afirmações abaixo, que discutem as premissas da teoria da interdependência complexa e, depois, assinale a alternativa que indica apenas as corretas: 
I. Para a teoria da interdependência, os Estados estão conectados uns aos outros, de modo que as decisões, rupturas e eventos que ocorrem em um Estado, podem afetar ou outros.
II. Os conceitos de sensibilidade e vulnerabilidade são muito importantes para a teoria da interdependência complexa.
III. Resumidamente, pode-se dizer que a sensibilidade se refere à solidariedade de um Estado específico diante dos problemas e dificuldades enfrentados por outro Estado na política internacional.
IV. O conceito de vulnerabilidade faz referência à influência de um Estado sobre outro. Assim, a as decisões ou rupturas em um Estado A não apenas são sentidas pelo Estado B, mas também têm impactos e podem gerar custos internos.
Nota: 10.0
A	Apenas as afirmativas I e II estão corretas
B	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas
C	Apenas as afirmativas I e III estão corretas
D	Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas
Você acertou!
A resposta correta é aquela que afirma que apenas as afirmações I, II e IV estão corretas. A afirmação I está correta, porque a interdependência complexa argumenta que os Estados não vivem de forma isolada, e que devido a esse cenário de “conexão” entre eles, as decisões, rupturas e eventos que ocorrem em um Estado-nação, podem afetar outros Estados. A afirmação II está correta, porque os conceitos de sensibilidade e vulnerabilidade são centrais à abordagem de interdependência. A afirmação IV está correta, porque na visão de vulnerabilidade, a questão se dá em relação à influência de um Estado sobre outro. Nessa percepção, uma ruptura no país A não somente é sentida pelo país B, mas também demanda que esse país tome ações de proteção, gerando custo interno. A afirmação III está incorreta, porque a sensibilidade trataria sobre a capacidade de resposta de um país em relação ao outro. Na sensibilidade, uma ruptura no país A não causaria um custo sobre o país B pois, não demandaria alguma mudança política desse país.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: APE e o Liberalismo.
E	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas

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