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Mercado e formação de preços (aula 6)

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Aula 6 
DEFINIÇÃO 
Aplicação básica dos conceitos de investimento, custo e preço na prática e seu uso para tomada de decisões gerenciais. 
 
PROPÓSITO 
Explicar os conceitos de custo, investimento, despesa e formação de preços e suas aplicações nas mais variadas 
situações e contextos profissionais. 
 
OBJETIVOS 
Módulo 1: Identificar os custos diretos, indiretos, variáveis e fixos de um produto 
Módulo 2: Analisar lucro e margem de contribuição 
Módulo 3: Calcular o preço de venda de um produto 
 
 
INTRODUÇÃO 
No Brasil, cerca de 60% das empresas fecham suas portas em até 5 anos após a sua criação. Além disso, em 2018, 
96% das empresas que faliram no Brasil eram pequenas. Isso demonstra tanto a dificuldade do mercado brasileiro 
quanto a falta de preparo do pequeno empreendedor nacional. 
Sem ter uma noção prática de como se calcula uma margem de contribuição, sem saber quais são os custos 
fixos e variáveis de um negócio e, principalmente, sem ter uma base para se definir o preço de venda de um 
produto, as chances do sucesso de um negócio, que já são pequenas, tornam-se ínfimas. 
Por esta razão o tema Mercado e Formação de Preços é tão relevante. Aqui, nós exploraremos os conceitos contábeis 
básicos e as nomenclaturas, depois aprenderemos como calcular os custos e, por fim, usaremos esses resultados dos 
custos tanto para verificar a viabilidade de um negócio quanto para definir o preço de venda de um produto. 
Antes de iniciarmos nossos estudos, assista a este vídeo no qual o professor Antônio Carlos Magalhães da Silva fala 
sobre os conceitos que serão apresentados ao longo do módulo 1. 
http://atreus.uoledtech.com.br/estacio/video/196661 
CONCEITO DE CUSTO, DESPESA E INVESTIMENTO 
A teoria de formação de preços vem de uma parte da Contabilidade que é chamada de Contabilidade de Custos. 
DICA 
Você já deve ter ouvido falar que a “Contabilidade é a língua dos negócios” e, como qualquer língua, se você não souber 
as principais palavras, termos e estruturas, não vai conseguir usá-la para se comunicar eficientemente. Assim é com a 
Contabilidade de Custos: para aplicá-la de forma eficaz e eficiente à sua tomada de decisão, você precisa conhecer seus 
principais termos. 
 
Toda vez que compramos algo (na Contabilidade, isso é chamado de dispêndio de caixa) estamos pagando um custo, 
realizando uma despesa ou fazendo um investimento. Essas três palavras têm conceitos específicos e são importantes 
para identificar quais os tipos de gastos (dispêndios de caixa ) que estamos realizando. 
 
javascript:void(0);
http://atreus.uoledtech.com.br/estacio/video/196661
https://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/te0035/index.html
Investimento 
Vamos começar abordando o conceito de investimento: 
Investimentos podem ser entendidos como a aquisição de bens ou serviços que irão gerar mais riqueza para os 
sócios da empresa no futuro. 
ATENÇÃO 
Podemos diferenciar o investimento dos outros tipos de gastos, pelo fato de o investimento sempre resultar na aquisição 
de um ativo (bem ou direito) que a empresa pode utilizar para realizar a sua operação. 
Veja, a seguir, dois exemplos de investimentos, levando em conta um contexto de oferta de produto e outro de oferta de 
serviço: 
Padaria do Sr. José 
O Sr. José é proprietário de uma pequena padaria na qual ele também trabalha como padeiro. 
Devido ao aumento da demanda, ele precisou ir até uma loja comprar um forno industrial para 
assar a quantidade de pães necessária para atender a todos os seus fregueses. Esse tipo de 
gasto que o Sr. José realizou foi um investimento. 
 
Consultório da Dra. Marcela 
Marcela é recém-formada em Medicina e decidiu abrir seu próprio consultório com alguns 
colegas. O investimento para o consultório seria a compra de material para atendimento, tais 
como estetoscópios, cama médica, mesas e cadeiras, entre outros, pois tudo isso seria usado 
na atividade-fim da empresa (prestar o serviço de atendimento médico), o que, no final, geraria 
mais riqueza. Outro exemplo de investimento para uma empresa seria a compra de um imóvel, 
um veículo ou um computador. Em todos esses casos, a empresa está recebendo um bem como 
contrapartida de seu gasto. 
 
SAIBA MAIS 
Agora, vamos supor que uma empresa compre uma patente de outra, a fim de desenvolver um produto. Esse é um tipo 
de investimento? Sim! Lembre-se de que o investimento é a aquisição de um bem ou de um direito. Assim sendo, tanto a 
compra de um ativo físico quanto a de um ativo intangível (como o caso de uma marca, patente, direito de exploração, 
concessão etc.) são investimentos. 
 
Custo 
Custos são todas as saídas de dinheiro que são necessárias para que a empresa possa produzir um bem ou 
prestar um serviço. 
Como será que o custo pode ser classificado levando em consideração a padaria do Sr. José e o consultório da doutora 
Marcela? 
Padaria do Sr. José 
Para fabricar os pães, o Sr. José precisa comprar farinha para servir de matéria-prima. Diferentemente do 
fogão, que pode permanecer durante anos sendo usado pela padaria, esse ativo será consumido 
rapidamente na produção do seu produto. Isto é, a farinha será utilizada de forma bem mais rápida para 
se fabricar os pães. Logo, esse tipo de gasto difere do investimento, pois a farinha faz parte do pão 
(produto final). Portanto, tal gasto é classificado como custo. 
Consultório da Dra. Marcela 
Como o consultório presta serviço de atendimento clínico através de médicos, o salário dos médicos é um 
custo. Além disso, como é necessário um imóvel para que as consultas ocorram, o aluguel do imóvel 
também será um custo, bem como o álcool usado para se limpar um paciente, entre outros. 
Posteriormente, nós entraremos em mais detalhes sobre as tipologias de custos. Por enquanto, o importante é que você 
entenda a diferença entre investimento e custo. 
 
 
Despesa 
As despesas são todos os gastos que não estão diretamente ligados à atividade-fim da empresa. 
Será que existe diferença no conceito de despesa quando se oferece produto ou serviço? Vamos ver, a seguir, o que é 
considerado despesa para a padaria e para o consultório. 
Padaria do Sr. José 
O Sr. José deseja reformar a sua padaria e consegue um empréstimo bancário para poder 
realizar essa reforma. O valor que ele pagará pelo empréstimo é chamado de despesa 
financeira, pois este é um valor que não se transformou em um ativo (portanto, não é 
investimento) e nem pode ser alocado no produto, porque o gasto não foi utilizado na produção 
do produto (logo, não é custo). 
Se o Sr. José contratasse um caixa para atender aos seus clientes, o valor do salário 
pago seria também um tipo de despesa. 
 
Consultório da Dra. Marcela 
No caso do consultório da doutora Marcela, a atividade-fim é prestar serviço médico. Sendo assim, são 
classificados como despesas o salário da recepcionista do seu consultório, a TV a cabo que está 
disponível na recepção, para que seus pacientes possam se entreter enquanto aguardam, a água do 
filtro que é fornecida, entre outras. 
 
ATENÇÃO 
Perceba que, por mais que esses gastos sejam, muitas vezes, importantes, em nada influenciam de forma direta a 
atividade-fim da padaria que é vender pães ou do consultório, que é atender aos pacientes. E é por esse simples detalhe 
que esses gastos são classificados como despesa nos dois tipos de negócio. 
Vamos, então, entender os conceitos de forma resumida: 
- Investimento: Caso você gaste um valor para comprar um ativo, este é um investimento. 
- Custo: Se você gasta um valor para comprar matérias-primas ou outros tipos de insumos para produção (ou, ainda, se 
você compra diretamente um produto acabado para revenda), este gasto é um custo. 
- Despesa: Agora, caso você gaste com outras finalidades que não compõem o custo do produto nem se encaixam 
como aquisição de ativo, então você incorreu em uma despesa. 
Por que eles são tão especiais para merecerem toda uma subdivisão da Contabilidade para eles? 
Justamente porque eles são essenciais para uma boa tomada dedecisão com relação à fabricação de produtos e na 
decisão de quais produtos são mais rentáveis, tendo em vista que são gastos diretamente relacionados com a operação 
da empresa, pois são ligados aos produtos. 
CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS 
 
EXEMPLO 
No caso da padaria do Sr. José, podem ser considerados custos diretos o valor da farinha utilizada nos pães e o valor que 
o Sr. José paga a si mesmo por atuar como padeiro. Já quando se trata do consultório, o valor gasto com a impressão das 
fichas dos pacientes, atestados e receitas médicas são considerados custos diretos, da mesma forma que a compra de 
insumos como algodão, seringa e outros materiais utilizados no cuidado dos pacientes. 
Entretanto, a energia elétrica e o valor do salário da balconista/recepcionista são exemplos de custos indiretos tanto da 
padaria quanto do consultório. 
Definir custos diretos e indiretos pode ser mais complexo do que imaginamos... 
Nos exemplos anteriores, citamos que a energia elétrica é um tipo de custo indireto. Entretanto, se uma fábrica instalar 
diferentes medidores de energia e conseguir alocar o valor da conta de eletricidade entre os variados processos de 
produção, então este poderá ser um exemplo de custo direto. 
Outro caso que mostra a dificuldade de se atribuir um custo como direto ou indireto é o da remuneração do Sr. José. Ele 
trabalha como padeiro, mas, como também é o dono da padaria, tem que administrar o negócio. Em vista disso, na sua 
remuneração estão inclusos tanto os valores de custos diretos (a mão de obra direta do seu trabalho como padeiro) quanto 
os indiretos (a mão de obra indireta do seu trabalho como administrador). Assim, é preciso segregar os dois valores, pois 
cada parcela se refere a um tipo de custo. 
Uma dúvida que pode surgir na cabeça do administrador ou do dono do negócio é: 
Por que eu tenho que ter todo esse trabalho em segregar os meus custos entre diretos e indiretos? 
A contabilidade não existe como um fim em si mesma, mas, sim, como um meio de ilustrar e auxiliar a tomada de 
decisão. Assim sendo, saber quais são seus custos diretos e indiretos auxilia na tomada de decisão de uma empresa. 
Vamos ver como isso ocorre? 
ATENÇÃO 
Já que os custos diretos podem ser diretamente alocados nos produtos, não é necessário um rateio geral. Porém, os 
custos indiretos precisam ser rateados entre todos os produtos. 
No caso da padaria do Sr. José, ele trabalha 6 horas por dia fazendo pães e 2 horas por dia fazendo bolos, portanto é fácil 
alocar o custo do salário de padeiro dele nos dois tipos de produtos: 2/3 são alocados nos pães e 1/3 nos bolos. 
Todavia, o salário do caixa não tem como ser diretamente alocado nos pães e nos bolos, então o rateio pode ser feito de 
forma igual para a quantidade de produtos. Se são produzidos 1.000 pães e 50 bolos por dia, uma forma de rateio seria 
dividir o valor do salário diário do caixa por 1.050 (1.000 pães mais 50 bolos) e, assim, alocar o valor individualmente em 
cada produto. 
Mas, esta não é a única forma de se alocar os custos nos produtos/serviços. Veremos em seguida a diferença entre custos 
variáveis e fixos, e como funciona a alocação entre eles. 
CUSTOS VARIÁVEIS E FIXOS 
Uma forma adicional de se medir os custos de um produto pode ser posta em prática, caso a nossa análise seja pautada 
no comportamento do custo, quando alteramos a produção e fazemos a separação entre os custos que variam, de acordo 
com a produção, e os que não variam. Por exemplo, caso você aumente ou diminua a sua produção, os custos das 
matérias-primas irão aumentar ou diminuir conforme a sua produção. 
Porém, você deve estar se perguntando: 
Todos os custos no fim não variam de acordo com a produção? 
 
A resposta é sim! 
Por exemplo, o valor que uma empresa paga para alugar um prédio para utilizá-lo como fábrica vai aumentar se ela 
aumentar a sua produção e precisar alugar um espaço maior. Contudo, quando falamos do valor para o custo variar 
estamos falando na variação de curto prazo e de alterações não muito grandes na produção. Assim, caso uma empresa 
varie um pouco sua produção, o custo do aluguel não mudará. 
Esses tipos de custos que não variam são chamados de fixos, enquanto os outros custos são chamados de 
variáveis. 
Custos variáveis e fixos na padaria 
 
Custo Variável: No caso da padaria do Sr. José, a farinha que ele utilizou para fazer seus pães é um tipo de custo variável, 
assim como a água que ele usou para misturar na farinha e fazer a massa, todos os demais ingredientes e também o gás 
do fogão. Todos esses tipos de custos vão aumentar se a produção aumentar, e diminuir caso ela diminua. 
Custo Fixo: Um exemplo de custo fixo seria o valor pago para o salário do caixa. Não importa a produção de pães do Sr. 
José, o salário do funcionário que trabalha no caixa permanecerá o mesmo. 
 
ATENÇÃO 
Lembre-se sempre de que estamos falando de custos de curto prazo. Pode ser que, caso o Sr. José aumente a sua 
padaria e abra uma filial, ele precise contratar um novo caixa. Porém, isso não significa que tal custo é classificado como 
variável, pois ele é fixo em curto prazo. 
Custos variáveis e fixos no consultório 
Custo Variável: Quando o valor se altera conforme a quantidade de bens produzidos ou serviços prestados, esse custo 
deve ser classificado como custo variável. Então, o papel usado para forrar a cama médica toda vez que se atende um 
novo paciente, os palitos de madeira usados para se analisar a garganta de cada paciente, entre outros custos que variam 
conforme se atende a um paciente, são classificados como custo variável. 
Custo Fixo: São todas as despesas para a prestação do serviço de atendimento médico que não se alteram conforme a 
quantidade de pacientes que são atendidos. Logo, é possível exemplificar como custo fixo o aluguel do imóvel, pois 
independente do fato de eles decidirem trabalhar 8 horas por dia e atender x pacientes ou trabalhar 24 horas por dia, 
alternando em escalas, e atender 3x pacientes, o aluguel do consultório permanecerá o mesmo. 
Relação entre os tipos de custo 
Notamos aí que existe uma relação entre os dois tipos de custos que vimos até agora: direto/indireto e fixo/variável. 
Normalmente, custos diretos, por serem diretamente e facilmente relacionados ao produto, tendem a variar com a 
produção, sendo, assim, variáveis. O mesmo vale para os custos indiretos: por eles não serem tão associados com a 
produção, tendem a ser considerados fixos. 
 
ATENÇÃO 
Isso é uma tendência geral, e não uma regra! Um exemplo é a energia elétrica, que é um custo indireto, porém variável: 
quanto maior a produção, normalmente maior é a utilização de energia elétrica. Outro exemplo é a mão de obra direta. Ela 
é um custo direto, porém fixo em curto prazo para pequenas variações na produção. 
Tais reconhecimentos variam de área para área. Na padaria do Sr. José, caso sejam produzidos 500, 800 ou 1.000 pães 
por dia, apenas um padeiro irá trabalhar, o Sr. José. Portanto, para essa empresa, a mão de obra direta é um custo fixo. 
Já no consultório, onde cada médico possui uma especialidade, caso se queira aumentar a oferta de consultas, deverão 
ser contratados novos profissionais, tornando esse custo variável. 
O rateio dos custos segue um padrão parecido com o exemplo que vimos dos custos diretos e indiretos. Os custos 
fixos são rateados entre todos os produtos, enquanto os variáveis não precisam ser rateados, porque já se sabe 
o valor para cada unidade do produto. 
Uma vantagem da análise através do custeio variável/fixo é que os valores dos custos fixos alocados na unidade do 
produto, como não tendem a mudar muito com a escalada da produção, tendem a diminuir conforme a produção aumenta. 
Assim, se uma empresa tem custos fixos de R$100.000,00 na produção de 200.000 produtos, a parcela do custo fixo em 
cada produto é de R$0,50, mas se ela produzir 250.000 produtos, o custo fixo cai para R$0,40 a unidade. Isso também 
pode ser uma armadilha, tão sutil e devastadora, que temo nome em inglês de death spiral (espiral da morte). Vamos 
saber mais informações sobre isso em seguida. 
Death spiral (espiral da morte) 
Imagine que uma empresa, que tem lucro, produz quatro tipos de produtos: A, B, C e D. 
 
Ao analisar a produção do produto D, o empresário percebeu que a receita de vendas desse produto é menor do que a 
soma do custo variável e do custo fixo alocados para o produto D. “Não vale a pena, portanto, continuar fabricando o 
produto D, já que estou tendo prejuízo nele”, pensa o administrador e, assim, a linha de produção do produto D é 
encerrada. 
 
Embora isso acabe com os custos variáveis associados ao produto D, os custos fixos associados a ele não desaparecem 
(são fixos!) e, portanto, devem ser alocados agora aos outros produtos. Devido ao aumento dos custos fixos alocados aos 
produtos A, B e C, o produto C tem seus custos (variáveis e fixos alocados a ele) maiores que a receita de vendas dele. 
 
Já percebeu para onde isso está indo? Usando a mesma justificativa, o gestor decide eliminar os produtos, C, B e A, 
respectivamente, pois os custos fixos que iam sendo alocados a eles aumentavam, devido a outra linha de montagem ser 
descontinuada. 
 
Agora, a empresa, que antes era lucrativa, acaba indo à falência, mesmo tomando decisões que pareciam fazer sentido. 
Essa é a armadilha da espiral da morte! 
Qual a moral da história? Os custos fixos são fixos! Quando fazemos um rateio dos custos fixos é para tomada 
de apenas algumas decisões gerenciais. Entretanto, existem decisões em que somente os custos variáveis devem 
ser considerados. 
ATIVIDADE 
1. (Técnico em Contabilidade da Prefeitura de Indaiatuba ‒ 2018) Um gasto relativo a um bem ou serviço utilizado na 
produção de outros bens ou serviços é considerado, na terminologia da matéria, como: 
a) Custo 
b) Investimento 
c) Desembolso 
d) Despesa 
 
2. (Auditor de Controladoria da Prefeitura de Jataí ‒ 2019) Segundo a terminologia aplicada à Contabilidade de 
Custos, denomina‐se despesa o: 
a) Bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária. 
b) Pagamento resultante da aquisição de bem ou serviço, que pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da 
utilidade comprada, portanto defasada ou não desde o momento do gasto. 
c) Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. 
d) Bem ou serviço consumido, direta ou indiretamente, para a obtenção de receitas. 
 
 
Antes de iniciarmos, assista a este vídeo no qual o professor Antônio Carlos Magalhães da Silva introduz os tópicos que 
serão trabalhados neste módulo. http://atreus.uoledtech.com.br/estacio/video/196539 
ANÁLISE DO CUSTO X VOLUME X LUCRO 
A análise de custo-volume-lucro (também chamada de CVL) é fundamental para se verificar a sustentabilidade do 
negócio e o quanto ele é factível. 
Utilizando o exemplo da padaria do Sr. José, quantos pães ele precisa produzir e vender para o seu negócio ser 
sustentável? Essa quantidade é factível? A fim de realizar essa análise, nós faremos a divisão dos custos dessa padaria 
entre fixos e variáveis. 
Abaixo, estão os custos que o Sr. José apurou: 
 
Agora, para analisarmos esses números, nós temos que, em primeiro lugar, entender o conceito de lucro contábil. Na 
contabilidade, o lucro é a diferença entre as receitas e as despesas se essa diferença for positiva (e prejuízo se negativa). 
javascript:void(0);
http://atreus.uoledtech.com.br/estacio/video/196539
Portanto, temos a seguinte relação: 
 
A receita é o valor de quanto a empresa conseguiu vender por mês, ou seja, é a quantidade vendida vezes o preço unitário. 
Já a despesa tem a parte que varia de acordo com as unidades vendidas (custos variáveis) e a que não varia (custos 
fixos). Assim, temos a seguinte relação que deriva da primeira: 
Lucro = Preço x Quant. Vendida ‒ Custo Variável x Quant. Vendida ‒ Custo Fixo 
Note que a quantidade vendida está multiplicando tanto o preço quanto o custo variável na equação anterior. 
Consequentemente, podemos colocar em evidência esse valor, assim como mostrado abaixo: 
Lucro = (Preço ‒ Custo Variável) x Quant. Vendida ‒ Custo Fixo 
Esse termo descrito acima como a diferença entre o preço e o custo variável unitário é chamado na contabilidade 
de Margem de Contribuição Unitária (MCU). 
Portanto, podemos escrever a relação acima como: 
Lucro =MCU x Quant. Vendida ‒ Custo Fixo 
PONTO DE EQUILÍBRIO 
Ponto de equilíbrio é a quantidade mínima que deve ser vendida para que um resultado seja alcançado. 
Nesta seção, iremos utilizar dois tipos de pontos de equilíbrio: o contábil e o financeiro. 
Assista a este vídeo no qual o professor Antônio Carlos Magalhães da Silva apresenta o assunto Ponto de equilíbrio. 
http://atreus.uoledtech.com.br/estacio/video/196676 
Ponto de equilíbrio contábil (PEC) 
O ponto de equilíbrio contábil (PEC) acontece quando o lucro é igual a zero, ou seja, é a quantidade mínima para se 
vender sem ter prejuízo. Temos assim: 
0 = MCU x Quant. Vendida ‒ Custo Fixo 
Como queremos achar a quantidade vendida, temos que isolar esse termo. A fórmula fica então: 
Quantidade Vendida (PEC) = Custo Fixo/MCU 
 
Ponto de equilíbrio contábil para a padaria 
No caso do exemplo da padaria do Sr. José, podemos calcular o valor do ponto de equilíbrio contábil da seguinte forma: 
javascript:void(0);
http://atreus.uoledtech.com.br/estacio/video/196676
= 0,15 (preço) ‒ 0,06 (matéria-prima) ‒ 0,04 (gás) ‒ 0,02 (energia) = 0,03 
 
CF = 4.000 + 2.000 + 4.500 + 300 = 10.800 
 
PEC = 10.800/0,03 = 360.000 pães por mês (12.000 pães por dia) 
Note que a quantidade de pães diária que o Sr. José tem que produzir e vender é altíssima, 12.000 pães! Ao verificar isso, 
o Sr. José percebeu que, para conseguir manter a sua padaria ativa, ele teria que diminuir a sua remuneração. Se ele não 
fizesse isso, não teria como atingir o PEC. 
Ele decidiu que, nesse início de operação, iria se pagar apenas R$2.000 (antes eram R$4.500, portanto, uma redução de 
R$2.500 na remuneração) por mês e que ele só aumentaria a sua remuneração quando o negócio já estivesse se 
expandindo o suficiente. 
Agora, os CF ficam com o 10.800 — 2.500 = 8.300, e o novo PEC fica em 8.300/0,03 = 276.667 pães por mês, ou 
9.222 pães por dia, o que é uma meta bem menor do que os anteriores 12.000 pães diários. 
 
Ponto de equilíbrio contábil para o consultório 
No caso do consultório da Dra. Marcela, o ponto de equilíbrio é a quantidade mínima de atendimentos que os médicos 
devem fazer por mês para que a empresa não dê prejuízo. Isto é, dados todos os gastos mensais do consultório e o preço 
da consulta, quantos atendimentos serão necessários para que o consultório saia no zero a zero? 
Para se calcular o ponto de equilíbrio do consultório, basta usar a fórmula do lucro e substituir o lucro por zero, conforme 
abaixo: 
0 = (MCU x Quant. de Atendimento) ‒ Custos e Despesas Fixas 
E depois de isolar o termo quant. de atendimentos, temos: 
 
O ponto de equilíbrio do consultório é composto pelos seguintes valores: 
 
Isto é, os médicos precisam realizar, no mínimo, 71,42 atendimentos por mês para que o consultório pague todos 
os seus custos e despesas. 
Ponto de equilíbrio: o ponto de equilíbrio financeiro (PEF) 
Nós iremos analisar outro ponto de equilíbrio: o ponto de equilíbrio financeiro (PEF). Na contabilidade, existem certos 
tipos de despesas que são puramente contábeis: depreciação, amortização e exaustão. Essas despesas estão 
relacionadas com o uso do ativo, mas não geram saída de recursos financeiros da empresa. 
Assim, para se verificar o ponto de equilíbrio financeiro, elas são desconsideradas, pois nesta análise não se quer verificar 
se o lucro é zero, mas se a empresa está gerando receita suficiente para custear as suas despesas financeiras (retirando 
da conta as despesas puramente contábeis). 
 
Portanto, o PEF é um ajuste do PEC e pode ser calculado como: 
PEF = (Custos Fixos ‒ Depreciação, Amortização e Exaustão)/MCU 
No caso do Sr. José,o PEF para quando ele se paga R$2.000 por mês ao invés dos R$4.500 fica em: 
(8300-300)/0,03 = 266.667 pães por mês, ou 8.889 pães por dia 
Note que esse valor é menor do que os 9.222 pães anteriores que o Sr. José tinha que vender. Isso acontece porque no 
PEF o Sr. José não precisa cobrir os R$300 de depreciação do fogão que acontece todo mês, assim, a quantidade 
necessária para se alcançar o ponto de equilíbrio é menor. 
Ainda existe mais um tipo de ponto de equilíbrio: o econômico. Mas, para calcularmos esse índice, necessitamos 
de um novo conceito: o custo de oportunidade, que estudaremos a seguir. 
CUSTO DE OPORTUNIDADE 
“Nada na vida é de graça”, você já deve ter ouvido essa expressão. Ela reflete que cada escolha é uma perda. Ao fazermos 
uma escolha, renunciamos a todas as escolhas possíveis que poderíamos ter feito. Desta forma, a Contabilidade de Custos 
também incorpora esse fato ao ajudar na tomada de decisão. 
 
Custo de oportunidade para Dra. Marcela 
Quando decidiram montar um consultório médico, Marcela e seus sócios renunciaram 
usar esse dinheiro para outras atividades, tais como investir na bolsa de valores, em 
um fundo de investimentos, aplicar o dinheiro na poupança etc. 
Essa renúncia, referente ao quanto se poderia ganhar aplicando o dinheiro em outro área, é chamada de custo de 
oportunidade e deveria ser levada em consideração pelos médicos, pois ela é importantíssima na tomada de decisão, já 
que é o custo de oportunidade que norteia os médicos para definir se eles devem ou não abrir o consultório, pois, caso 
eles recebam no final do mês de trabalho apenas R$10 cada, talvez optem por não abrir o consultório e trabalhar em um 
hospital. 
Para se calcular o PEE, utilizamos o custo de oportunidade como o nosso objetivo de lucro. Sendo assim, temos a fórmula 
abaixo: 
 
Vamos supor que a Dra. Marcela e seus sócios decidam que apenas compense trabalhar em um consultório caso eles 
lucrem R$1.000 no final do mês, e considerando a tabela de custos a seguir: 
 
Levando esses dados em conta, o cálculo do custo de oportunidade pode ser realizado como: 
 
Dessa forma, é necessário que Marcela e seus sócios atendam no mínimo 214 pacientes por mês para que seja favorável 
a eles trabalharem em um consultório. 
Custo de oportunidade para o Sr. José 
O Sr. José calcula que, além dos R$4.500 que ele gostaria de receber de salário fixo no futuro, 
também gostaria que o negócio desse um lucro mensal de R$5.000, a fim de que ele pudesse 
usar esse dinheiro para expandir a sua padaria para outras localidades no bairro. 
Esses R$5.000 também são os valores mínimos que o Sr. José acredita que precisa ter de 
lucro para compensar o fato do risco que é ter a sua própria padaria, ao invés de trabalhar como padeiro em outro local 
(como empresário, ele não tem acesso a férias, décimo terceiro, FGTS e seguro-desemprego, além do risco que é ter seu 
próprio negócio). Portanto, este valor é o custo de oportunidade do Sr. José. 
Conforme você já sabe, para o cálculo do ponto de equilíbrio econômico (PEE), utilizamos o custo de oportunidade como 
o nosso objetivo de lucro. Assim: 
Custo de Oportunidade = MCU x Quant. Vendida ‒ Custo Fixo 
Ou seja, podemos calcular a quantidade necessária para se chegar ao PEE da seguinte maneira: 
Quantidade Vendida (PEE) = (Custo Fixo + Custo de Oportunidade)/MCU 
Para o caso da padaria do Sr. José. temos que: 
PEE = (10.800 + 5.000)/0,03 
PEE = 15.800/0,03 = 526.667 pães por mês ou 17.556 pães por dia 
Isto é, para compensar o custo de oportunidade do Sr. José, ele teria que vender 17.556 pães por dia. Assim, seu 
salário seria de R$4.500 e teria um lucro de R$5.000 para reinvestir no negócio. 
O Sr. José, ao analisar os números, verificou que eles estão muito altos e que não está sendo compensatória a venda dos 
pães a R$0,15 a unidade. Ele decidiu, então, verificar se a política de preços da sua padaria está adequada. No próximo 
módulo, iremos discutir a formação de preços e como isso pode ajudar o Sr. José na sua jornada de empreendedor. 
 
 
ESTRATÉGIAS PARA FORMAÇÃO DE PREÇO 
No vídeo a seguir o professor Antônio Carlos Magalhães da Silva fala sobre os tópicos a serem trabalhados neste 
módulo. Assista: http://atreus.uoledtech.com.br/estacio/video/196585 
Existem diversas formas de se determinar o preço de um produto, mas o importante é ter em mente que o preço está 
intimamente relacionado com a demanda que o seu produto pode ofertar. Por exemplo, se você dá um desconto no seu 
produto, a tendência é que você venda mais unidades, porém, caso você aumente o valor do produto, venderá menos. 
Na contabilidade, isso é chamado de dilema da margem versus giro. Caso você aumente seu preço de venda (e, em 
consequência, a sua margem), você vai diminuir a sua quantidade vendida (o seu giro). Agora, caso você diminua o seu 
preço, a margem cai, mas o seu giro aumenta. O importante é que você saiba em que tipo de setor você está localizado. 
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http://atreus.uoledtech.com.br/estacio/video/196585
SAIBA MAIS 
Existem setores que normalmente ganham através da margem, enquanto outros ganham através do giro. Por exemplo, 
um supermercado ganha no giro (isto é, tem uma margem pequena na revenda dos produtos, mas vende uma quantidade 
muito grande deles), enquanto uma joalheria ganha na margem (vende poucos produtos, mas com uma margem de lucro 
grande). 
Sempre leve em consideração que não se pode aumentar o preço indiscriminadamente. 
Porém, como se pode saber qual o preço que as pessoas estariam dispostas a pagar? Uma das formas é perguntar 
a elas! 
Esse tipo de método é chamado de método survey e consiste em fazer uma pesquisa para saber se as pessoas 
comprariam um determinado produto com diferentes níveis de preços. 
MÉTODO SURVEY (MÉTODO DA PESQUISA) 
 
Método survey no contexto da Padaria 
O Sr. José, dono da padaria do nosso exemplo, resolveu perguntar no seu bairro quantas pessoas comprariam pão com 
5 valores unitários diferentes: R$0,15 (valor atual), R$0,18, R$0,20, R$0,22 e R$0,25. 
Ao entrevistar as pessoas, ele percebeu que 85% delas comprariam a R$0,15, 80% comprariam a R$0,18, 60% 
comprariam a R$0,20, 45% comprariam a R$0,22 e 30% comprariam a R$0,25. Atualmente, ele vende 8.000 pães por dia 
cobrando R$0,15 por cada um. 
Como ele pode utilizar esses dados para verificar que preço cobrar? 
Primeiro, ele já sabe que 85% da demanda global equivale a 8.000, já que 85% das 
pessoas responderam que comprariam o pão a R$0,15. Ou seja, a demanda global 
é de 8.000/0,85 = 9.412 pães. 
Essa é a quantidade máxima de pães que ele conseguiria vender (100%). Utilizando 
os percentuais acima, temos que as demandas são de 7.530 pães a R$0,18, 5.647 
pães a R$0,20, 4.235 pães a R$0,22 e 2.824 pães a R$0,22. 
Agora, ele já pode calcular o seu lucro em cada um dos cenários usando a fórmula 
do lucro que nós já vimos: 
Lucro = (Preço ‒ Custo Variável) x Quant. Vendida ‒ Custo Fixo 
Para cada preço, temos os seguintes lucros mensais (30 dias): 
Lucro = (0,15 — 0,12) x 8.000 x 30 — 10.800 = R$3.600 
Lucro = (0,18 — 0,12) x 7.530 x 30 — 10.800 = R$2.754 
Lucro = (0,20 ‒ 0,12) x 5.647 x 30 — 10.800 = R$2.753 
Lucro = (0,22 ‒ 0,12) x 4.235 x 30 — 10.800 = R$1.905 
Lucro = (0,25 ‒ 0,12) x 2.824 x 30 — 10.800 = R$213 
ATENÇÃO 
Note que ele está cobrando muito barato pelo pão, pois está tendo um prejuízo agora. Porém, em todos os outros cenários 
testados, ele está tendo lucro!Caso ele venda a R$0,18 a unidade, o lucro esperado é de R$2.754, R$2.753 caso ele 
venda cada pão a R$0,20 a unidade, R$1.905 de lucro se for a R$0,22 e, finalmente, R$213, caso o valor de venda seja 
de R$0,25. Portanto, o Sr. José poderia escolher qualquer valor entre R$0,18 e R$0,20 para vender seu pão, já que o lucro 
para R$0,18 e para R$0,20 é virtualmente idêntico. 
 
Método survey no contexto do Consultório 
Para calcular o preço ideal de suas consultas, a doutora Marcela e seus sócios fizeram uma pesquisa 
de mercado entrevistandodiversas pessoas para saber quanto elas estariam dispostas a pagar por uma consulta médica. 
Após entrevistar diversas pessoas, descobriram que elas estariam dispostas a pagar até R$20 por consulta médica. Sendo 
assim, em um cenário com 4 médicos em que cada um pode atender até 50 pacientes (200 pacientes no final do mês), a 
receita máxima seria de R$4.000 (200 pacientes x R$20 por consulta). 
Com isso, baseado na tabela abaixo, o lucro do consultório seria: 
 
Quant. de Atendimentos = 4 médicos x 50 pacientes 
Quant. de Atendimentos = 200 
Custo de Atendimento = 200 atendimentos x R$1 
Custo de Atendimento = R$200 
Custo Médico = 4 médicos x 50 atendimentos 
Custo Médico = R$200 
Custo Variável Total = Custo de Atendimento + Custo Médico 
Custo Variável Total = 200 + 200 
Custo Variável Total = R$400 
 
Então, temos: 
Lucro = (Preço ‒ Custo Variável) x Quant. de Atendimentos ‒ Custos Fixos 
 
Lucro = (20 ‒ 2) x 200 ‒ 500 
 
Lucro = R$3.100 
O método survey é um dos mais utilizados atualmente para se definir preço, desde a introdução da internet e dos 
computadores, o que diminuiu em muito o custo de se fazer uma pesquisa e de se analisar os dados. 
Porém, você deve estar se perguntando: Eu gostaria de saber por qual preço eu devo vender meu produto, mas não 
tenho como utilizar o método survey nesse momento. Como faço para calcular o meu preço de venda ideal? 
DICA 
Uma forma alternativa é verificar os preços cobrados pelos concorrentes e fazer uma estimativa do valor de venda. 
A seguir, iremos discutir outra estratégia para formação de preço. 
MARKUP 
Quando não se tem dados reais sobre demanda e como ela se comporta com determinados níveis de preços, devemos 
utilizar métodos alternativos para se calcular o valor do preço para venda de um determinado produto. Todas essas 
fórmulas se baseiam em um certo nível que queremos alcançar, seja ele um multiplicador do custo ou um percentual de 
margem de contribuição unitária. Todas essas técnicas são chamadas de markup. 
Uma das formas de se calcular o markup é se utilizando do custo unitário para se calcular um multiplicador em 
cima do custo. 
 
 Markup no contexto da padaria 
Por exemplo, vamos supor que o Sr. José produza 8.000 pães por dia. O custo unitário de cada produto é de R$0,12 + 
R$10.300/(8.000 x 30) (rateio do custo fixo) = R$0,16 por unidade. Se ele quiser um markup de 0,25 em cima desse valor, 
ele calcula da seguinte maneira: R$0,16 x 1,25 = R$0,20 como preço de venda. Podemos generalizar isso para: 
Preço de Venda = (Custo Variável + Rateio de Custo Fixo) x (1 + Markup) 
Outra forma de se calcular é utilizar o markup não para o cálculo do preço de venda, mas como o cálculo da 
margem de contribuição unitária desejada. 
Por exemplo, se o Sr. José deseja que cada pão tenha uma margem de contribuição de R$0,06, então o valor de venda 
deve ser de R$0,12 + R$0,06 = R$0,18. 
Ou seja, nesta forma de calcular o preço, nós usamos a seguinte fórmula: 
Preço de Venda = Margem de Contribuição de Markup + Custo Variável 
Markup no contexto do consultório 
O método markup se baseia no quanto a doutora Marcela e seus sócios esperam obter de retorno por cada produto ou 
serviço vendido. Considerando que eles desejassem obter de retorno R$5,00 por cada consulta médica que eles 
realizassem, então eles deveriam calcular o preço ideal da consulta da seguinte forma, baseada na tabela abaixo: 
 
Primeiro, era necessário que eles calculassem o rateio de custo fixo, isto é, que eles incorporassem o custo fixo à 
quantidade de atendimentos. Em um cenário em que os 4 médicos atendam 50 pacientes, o que resulta em 200 
atendimentos por mês, basta fazer o seguinte cálculo: 
 
Feito isso, basta completar a fórmula abaixo: 
Preço do Atendimento = (Custo Variável + Rateio de Custo Fixo) x (1 + Markup) 
 
Preço do Atendimento = (2 + 2,50) x (1 + 5) 
 
Preço do Atendimento = 4,5 x 6 
 
Preço do Atendimento = R$27 
Dessa forma, conforme o método markup, em que os médicos estipularam o valor de R$5,00 de margem por atendimento, 
o preço da consulta deve ser R$27,00. 
Esse método é mais simples que o anterior, pois não necessita do rateio do custo fixo e, por 
conseguinte, você não precisa saber quantas unidades vai vender. 
Em compensação, você não vai conseguir calcular se o valor de venda está cobrindo o rateio dos seus 
custos fixos, e pode ter prejuízo caso não consiga vender unidades suficientes para cobrir esse custo. 
Como você pode notar, essas técnicas de formação de preço não são tão precisas quanto a técnica de survey, porém elas 
exigem menos esforço e podem ser úteis para pequenos empreendedores que não conseguem ter acesso a recursos para 
fazer uma pesquisa de demanda e de preços. Além disso, ambas são melhores do que o empreendedor apenas chutar 
um valor sem conhecer direito seus custos fixos e variáveis, aumentando, assim, a sua chance de fracasso. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Ao longo dos módulos, foi possível definir o conceito de despesas, custos e investimentos. Quais as peculiaridades de 
cada um, como se classificar os diferentes gastos e como eles são usados nas tomadas de decisões estratégicas nas 
empresas. 
Adicionalmente, transmitimos a forma correta de se precificar um produto ou bem e as diferentes estratégias usadas por 
gestores para se encontrar o preço ideal. 
Dessa forma, esperamos que, ao chegar no final deste tema, o estudante tenha entendido os principais pontos referentes 
à análise de custos e seja capaz de tomar melhores decisões gerenciais, a fim de alcançar maiores eficiência e eficácia 
empresarial. 
Podcast 
CONQUISTAS 
 Identificou os custos diretos, indiretos, variáveis e fixos de um produto. 
 Analisou lucro e margem de contribuição. 
 Calculou o preço de venda de um produto. 
 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1. (Analista Financeiro Jr. EMDEC ‒ 2019) Em determinado período, a empresa XX, que fabrica e comercializa dois 
tipos de produtos (produto A e produto B), incorreu nos seguintes gastos, apresentados na tabela a seguir: 
 
Com relação aos gastos incorridos no período, assinale a alternativa que contenha informações corretas: 
a) O total de custos diretos foi R$500.000,00 e o total dos custos indiretos R$350.000,00. 
b) O total dos custos indiretos foi R$270.000,00 e o total das despesas operacionais R$130.000,00. 
c) O total dos custos diretos foi R$650.000,00 e dos custos indiretos R$120.000,00. 
d) O total das despesas operacionais foi R$400.000,00. 
2. José herdou a granja de galinhas da sua família após se formar na faculdade. Pensando em expandir os negócios para 
uma escala nacional, a primeira exigência de José foi a de analisar os custos do negócio. Ele obteve os seguintes dados: 
 
Além disso, foi explicado para José que, como a atividade-fim do negócio é a criação e venda de aviário, tudo o que as 
galinhas precisavam era de ração e água, o que variava conforme a quantidade de galinhas que ele tivesse. Dessa 
forma, após entender o negócio, José decidiu que expandir era a melhor estratégia e calculou os novos custos 
necessários para a expansão, que seriam adicionados aos custos anteriores, conforme abaixo: 
 
Com esses novos custos, como ficariam divididos os custos da granja? 
a) Custo fixo 300.000,00 e custo variável 350.000,00. 
b) Custo fixo 277.000,00 e custo variável 450.000,00. 
c) Custo fixo 277.000,00 e custo variável 700.000,00. 
d) Custo fixo 270.00,00 e custo variável 300.000,00. 
 
3) Técnico de Nível Superior da UEPA ‒ 2020) A margem de contribuição representa uma importante ferramenta da 
Contabilidade de Custos para o processo decisório. De acordo com os dados a seguir, da produção e comercialização 
dos produtos Rabeta e Canoa, as margens de contribuição de cada produto são, respectivamente: 
 
a) Rabeta = 2.500,00; Canoa = 3.000,00. 
b) Rabeta = 6.500,00; Canoa = 5.400,00. 
c) Rabeta = 5.000,00; Canoa = 4.000,00. 
d) Rabeta = 9.500,00; Canoa = 6.000,00. 
 
4. (Contador da Câmara de Feira de Santana — 2018) SegundoPadoveze (2013), a margem de contribuição e o ponto 
de equilíbrio são informações importantes que auxiliam na tomada de decisão das empresas. A empresa Controle S/A, 
que produz um único produto, no último mês vendeu um total de R$600.000,00 e teve como custos variáveis o montante 
de R$120.000,00 e despesas variáveis de R$60.000,00. Os custos fixos do período totalizaram R$350.000,00. Sabendo-
se que durante o período foram vendidas 6.000 unidades do produto, assinale a alternativa que apresenta 
respectivamente a margem de contribuição unitária em Reais e o ponto de equilíbrio contábil da empresa em unidades: 
a) R$420.000,00 e 6.000 unidades. 
b) R$70,00 e 6.000 unidades. 
c) R$70,00 e 5.000 unidades. 
d) R$80,00 e 5.125 unidades. 
 
5. (Contador do Inaz — 2019) Situação hipotética: A Indústria CABROBÓ, que produz e comercializa bonés, apresentou 
seus custos de produção: MP (matéria-prima) R$5,50; MOD (mão de obra direta) R$3,30; Os CIF (custos indiretos de 
fabricação) são apropriados com base em 200% da MP. Despesas gerais como administração, publicidade e fretes 
equivalem a R$2,00. A Indústria CABROBÓ pretende alcançar um lucro de R$2,50 por cada unidade vendida do boné. 
Diante dos dados apresentados, o preço que será praticado na venda do boné equivale a: 
a) R$21,80 
b) R$19,80 
c) R$20,80 
d) R$24,30 
 
6. (Técnico em Contabilidade da UFU — 2019) Uma fábrica de cadernos produz e vende, mensalmente, 2.500 cadernos 
ao preço de R$5,00 cada. As despesas variáveis representam 20% do preço de venda e os custos variáveis são de R$1,20 
por unidade. A fábrica tem capacidade para produzir 5.000 cadernos por mês, sem alterações no custo fixo atual de 
R$5.000,00. Uma pesquisa de mercado revelou que, ao preço de R$4,00 a unidade, haveria demanda no mercado para 
6.000 unidades por mês. Para atender à nova demanda, a despesa variável reduziria para 10% o preço de venda.Caso a 
empresa adote a redução de preço para aproveitar o aumento de demanda, mantendo a estrutura atual de custos fixos e 
a capacidade produtiva, o resultado final do período será de: 
a) R$7.000,00 
b) R$9.400,00 
c) R$5.000,00 
d) R$2.400,00 
 
Glossário 
Dispêndio de caixa: São as saídas de dinheiro do caixa, ou seja, aquilo que se paga em um negócio. 
 
REFERÊNCIAS 
COELHO, Fabiano Simões. Formação Estratégica de Precificação: Como Maximizar o Resultado das Empresas. Rio 
de Janeiro: Atlas, 2009. 
FERREIRA, Ricardo. Contabilidade de Custos: Teoria e Questões Comentadas. 11. ed. Rio de Janeiro: Ferreira, 2018. 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 11. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2018. 
MARTINS, Eliseu; ROCHA, Welington. Contabilidade de Custos: Livro de Exercícios. 11. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 
2015. 
PINTO, Alfredo Augusto Gonçalves et al. Gestão de Custos. 3. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2017. 
 
EXPLORE+ 
Para aprender mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia: 
 Contabilidade de Custos, MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. Rio de Janeiro: Atlas, 2018. 
 Formação estratégica de precificação, COELHO, Fabiano Simões. Formação Estratégica de Precificação: Como 
Maximizar o Resultado das Empresas. Rio de Janeiro: Atlas, 2009. 
 Gestão de custos, PINTO, Alfredo Augusto Gonçalves et al. Gestão de Custos. 3. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2017. 
Para aprender mais sobre os assuntos tratados neste tema, acesse: 
 Canal Finanças 101 
 Como Investir | ANBIMA; 
 Dinheirama; 
 Infomoney; 
 Portal do Investidor; 
 Portal Sebrae. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resposta das atividades: 
1) Parabéns! A alternativa A está correta. O custo é o gasto para se produzir outro produto, bem ou serviço. 
2) Parabéns! A alternativa D está correta. Despesa é todo o desembolso de dinheiro para a obtenção de receita. Dessa 
forma, a única resposta que mais se assemelha a essa definição é a letra D, uma vez que a letra A é a definição de 
perda, a letra B é a definição de desembolso de caixa e a letra C é a definição de custo. 
Respostas: VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1) Parabéns! A alternativa B está correta. Utilizando-se dos cálculos abaixo: 
Custos diretos: matéria-prima + mão de obra = 200.000 + 300.000 = 500.000 
Custos indiretos: aluguel da fábrica + salários/encargos dos supervisores = 150.000 + 120.000 = 270.000 
Despesas operacionais (despesas restantes que não são custos): comissões sobre as vendas + secretária da diretoria = 
80.000 + 50.000 = 130.000 
2) Parabéns! A alternativa C está correta. Para se resolver a questão, primeiramente é necessário classificar os novos 
custos entre fixos e variáveis. Foi explicado que os únicos custos que variavam na criação e venda de galinhas eram a 
ração e a água, que somados dão R$450.000,00. Adicionalmente, como não foi especificado que a eletricidade seria um 
custo variável, devemos assumir que é um custo fixo (pois a granja precisa de iluminação constante, independentemente 
da quantidade de galinhas que ela possua), enquanto o aluguel e o seguro não se alteram conforme a quantidade de 
galinhas. Dessa forma, os custos fixos são R$112.000,00. Como a questão explicitou que os novos custos vão ser 
adicionados aos anteriores, então deve-se somar os novos custos fixos e variáveis aos anteriores, ficando um total de 
custo fixo de R$277.000,00 e custo variável de R$700.000,00. 
 
3) Parabéns! A alternativa C está correta. A margem de contribuição pode ser calculada usando a diferença do preço 
de venda e os custos e despesas variáveis. 
Rabeta = 12.000 ‒ 3.000 ‒ 4.000 = 5.000 
Canoa = 7.000 ‒ 1.800 ‒ 1.200 = 4.000 
4) Parabéns! A alternativa C está correta. Se a empresa vendeu um total de 6.000 unidades a R$600.000,00, o valor 
unitário do produto é igual a 600.000/6.000 = 100 reais. Podemos calcular os custos e despesas variáveis unitárias da 
seguinte maneira: 
CV unit.= 120.000/6.000 = R$20,00 
DV unit.= 60.000/6.000 = R$10,00 
Assim, podemos calcular a MCU como 100 ‒ 20 ‒ 10 = 70 reais. 
O PEC é a relação entre custos fixos e a MCU, que podemos calcular como 350.000/70 = 5.000. 
5) Parabéns! A alternativa D está correta. Se os CIFs são no valor de 200% da MP, então eles são calculados 
como 2 x 5,50 = R$11,00. Se eu quero um lucro de R$2,50, então o preço final deve ser de: Preço = 5,50 (MP) + 
3,30 (MOD) + 11,00 (CIF) + 2,00 (DG) + 2,50 = 24,30 
 
6) Parabéns! A alternativa A está correta. O cálculo do lucro pode ser efetuado da seguinte maneira: 
Vendas = 5.000 x 4,00 = 20.000,00 
(-) Custos fixos............. -5.000,00 
(-) Custos variáveis...... -6.000,00 (5.000 x 1,20) 
(-) Desp. variáveis........ -2.000,00 (Vendas x 10%) 
(=) Lucro........................ 7.000,00

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