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Fundamentos de Controladoria

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FUNDAMENTOS DE
CONTROLADORIA
Vaniza Pereira
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
P436f Pereira, Vaniza.
Fundamentos de controladoria / Vaniza Pereira, Cláudia
dos Santos Farias. – Porto Alegre : SAGAH, 2017.
215 p. : il. ; 22,5 cm.
ISBN 978-85-9502-036-8
1. Controladoria - Administração. I. Farias, Cláudia dos
Santos. II. Título.
CDU 658
Fundamentos_de_Controladoria_Iniciais_Impressa.indd 2 13/01/2017 11:54:04
Processo decisório
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
n Defi nir custos para a tomada de decisão.
n Analisar custo, volume e lucro.
n Identifi car a melhor decisão.
Introdução
A gestão de custos é um dos elementos principais para a tomada de 
decisão empresarial. Saber quanto se gasta é importante, afinal, é a partir 
dessa noção que as organizações identificam quanto ganham. Muitas 
empresas não fazem ideia de seus resultados reais obtidos com suas 
atividades principais. Neste texto, você vai ver os principais aspectos da 
controladoria no processo de gestão, a questão dos custos, os principais 
métodos de custeio e as possíveis alternativas que esses métodos forne-
cem em auxílio ao processo decisório empresarial.
Gestão de custos: conceitos iniciais
A gestão de custos é um dos elementos principais para a o processo decisório 
dentro de uma empresa. Ela é responsável por gerenciar, de modo efi caz, os 
gastos de uma empresa, para que se saiba o percurso que o dinheiro faz todo 
o mês quais são os ganhos reais da empresa.
Uma gestão de custos eficaz permite ao empreendedor identificar opor-
tunidades de investimento, aumentar a margem de lucro e tomar decisões 
estratégicas de modo mais consciente. Além disso, dá mais segurança no 
desempenho da empresa. 
Para você ter uma ideia, muitas empresas não têm a menor noção dos 
resultados reais obtidos com suas atividades principais. Por isso, a importância 
de você entender algumas terminologias utilizadas em contabilidade de custos. 
Veja algumas definições importantes a seguir. 
Fundamentos_de_Controladoria_U2_C02.indd 71 13/01/2017 11:56:50
Desembolso
Saída de dinheiro do caixa ou do saldo bancário da empresa. Tal desembolso 
pode estar relacionado a: 
n Compras feitas à vista – aquelas referentes a materiais, por exemplo.
n Compras feitas a prazo – financiamentos e empréstimos bancários,
por exemplo.
n Liquidação de obrigações financeiras – os salários dos funcionários,
por exemplo.
Trata-se, portanto, de qualquer situação que requeira um desencaixe 
financeiro. 
Gasto
Gasto é um sacrifício fi nanceiro mais genérico relacionado a produtos, 
bens ou serviços, que ocorre a qualquer momento e em todos os setores de 
uma entidade. Cuidado apenas para não confundir os conceitos de gasto e 
desembolso. 
O gasto não é necessariamente pago, ou seja, desembolsado. Da mesma 
forma, um desembolso pode ser feito sem qualquer gasto ter sido realizado 
naquele momento – quando você apenas liquida uma obrigação assumida em 
tempo passado, por exemplo. 
Dependendo de como ocorre, o gasto pode ser classificado em: 
n Custo.
n Despesa.
n Perda.
n Investimento.
n Desperdício.
Classificação dos gastos
Para a classifi cação dos gastos em fi xos e variáveis pelo sistema de custeio 
direto, considere a seguinte situação:
Se os trabalhadores de uma fábrica de camisetas entram em férias coletivas, 
ainda assim, os gastos com o aluguel do estabelecimento ou com o seguro 
Fundamentos de controladoria72
Fundamentos_de_Controladoria_U2_C02.indd 72 13/01/2017 11:56:50
predial – além dos gastos com depreciação – continuarão a ser incorridos, 
mesmo que os funcionários não estejam trabalhando. Portanto, esses gastos 
são fixos. 
Agora, analisando o caso do ponto de vista de consumo de matéria-prima, 
se os colaboradores estão de férias nesse período, não há qualquer gasto com 
esse consumo. Por isso, caracterizamos esse gasto como variável. 
Logo, se considerarmos que os custos de produção demandam, normal-
mente, controles mensais, e que os gastos associados a custos devem ser os que, 
de fato, incorrem e são registrados na contabilidade, as entidades necessitam, 
então, de um sistema de controle de gastos. 
Os custos variáveis se alteram conforme o nível de produção aumenta 
ou diminui, gerando totais diferentes de acordo com o nível alcançado em 
determinado período.
Assim, se analisarmos sua evolução por unidade, eles são fixos. Já os 
custos variáveis totais são variáveis, e os custos variáveis unitários são 
fixos. 
Para entender os custos fixos, você vai ver agora um exemplo. Imagine 
que o valor da conta de energia elétrica de um galpão industrial sempre venha 
em torno de R$ 800 mensais. Se uma empresa fabricar, em determinado 
período, 100 produtos, cada um deles vai absorver uma parcela relativa a R$ 
8 de energia elétrica. 
Em um período futuro, porém, se o valor dessa conta for mantido e a 
produção aumentar para 400 unidades, cada produto absorverá apenas R$ 2 
de energia elétrica. 
Isso nos permite entender que os custos fixos totais são fixos. Porém, os 
custos fixos unitários sempre diminuem, quando o nível de produção aumenta 
no decorrer de períodos sequenciais, e quando não há qualquer problema de 
restrição.
Influência dos custos para tomada de decisões 
No Brasil, a legislação fi scal não permite a utilização do custeio direto 
ou variável para a apuração dos impostos e das contribuições incidentes 
sobre o resultado do período. No entanto, esse custeio pode ser utilizado, 
sem problema algum, nas estratégias empresariais de forma gerencial. Tal 
uso, portanto, se restringe à diretoria e aos níveis hierárquicos mais altos 
de uma entidade. 
73Processo decisório
Fundamentos_de_Controladoria_U2_C02.indd 73 13/01/2017 11:56:50
O custeio direto ou variável não pode ser aplicado como base para o cálculo e para 
a provisão de impostos.
Custeio direto x custeio por absorção 
É necessário entender os dois custos dentro da controladoria, para que você 
possa utilizar a fonte que fornece as informações fi nanceiras mais apuradas. 
Muitas vezes, porém, explicar esses sistemas somente através da teoria 
não é suficiente. Por isso, aqui, você vai ver algumas situações hipotéticas 
que permite compará-los. 
Exemplo:
Considere a produção de determinada empresa em períodos específicos, 
com base na Tabela 1:
Tabela 1. Custeio direto.
Suponha que essa empresa tenha os seguintes gastos: 
 n Componentes variáveis = R$ 10 por unidade. 
 n Custo fixo total = R$ 10.000 por período. 
 n Venda de produtos = R$ 45 a unidade.
A Tabela 2 apresenta os dois resultados alcançados para o período de janeiro.
Fundamentos de controladoria74
Fundamentos_de_Controladoria_U2_C02.indd 74 13/01/2017 11:56:51
Tabela 2. Custeio por absorção.
Veja que o valor total das receitas não se altera em qualquer um dos dois 
sistemas de custeio. No entanto, quando você compara os custos totais, estes 
sim possuem diferença. Vamos ver se você entendeu. 
Retomando os dados anteriores e a Tabela 2, a parcela fixa de R$ 10.000 
está tanto no valor de R$ 22.000 do custeio por absorção quanto no custeio 
variável. A diferença então está na parcela dos custos variáveis. 
O custeio variável, por sua vez, não obedece aos princípios de contabili-
dade – o que o custeio por absorção faz. Isso ocorre na apropriação correta 
dos custos às unidades produzidas. 
O valor de R$ 10 unitários se refere aos gastos por 1.500 vezes no mês de 
janeiro. Além disso, 300 unidades vão permanecer em estoque e 1.200 serão 
vendidas, tendo suas receitas incorridas. Assim, no sistema por absorção, você tem:
Tomando como base o mesmo exemplo, já no sistema de custeio variável, 
se 1.500 unidades foram produzidas, os custos pertencem ao período em 
que foram incorridos – ou seja, janeiro –, mesmo que todas as unidades não 
tenham sido vendidas. 
Neste caso, o custo total equivale a:
75Processo decisório
Fundamentos_de_Controladoria_U2_C02.indd75 13/01/2017 11:56:51
Ao comparar as duas situações, você consegue perceber que os resultados 
apurados são distintos, e o custeio por absorção apresenta o maior deles.
Além de não obedecer a princípios de contabilidade, o sistema de custeio variável gera 
o menor resultado comparado ao custeio por absorção, o que diminui a arrecadação 
governamental. Por isso, o governo se sente estimulado a não permitir sua utilização.
Custo, volume e lucro
Quando pensamos em estratégias para a tomada de decisões administrativas, 
é possível: 
 n Fixar os preços de venda. 
 n Comprar insumos ou fabricá-los. 
 n Aumentar ou diminuir o mix de produção, e assim por diante. 
Neste caso, o sistema de custeio direto ou variável é mais efetivo que o 
custeio por absorção.
Modelos de um sistema de gestão
O objetivo da controladoria é a busca da efi cácia organizacional, e, para 
alcançá-lo, é preciso que seja defi nido modelos que conduzam ao cumprimento 
de sua missão de modo efi ciente.
Fundamentos de controladoria76
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Assim, é possível observar inúmeras diferenças em relação ao enfoque 
dado ao processo de planejamento e controle e à utilização dos recursos 
organizacionais, que são:
 n Humanos.
 n Físicos e financeiros.
 n Os posicionamentos em relação às variáveis ambientais.
Como nem sempre o modelo é devidamente definido e explicitado, isso 
gera conflitos e indefinições entre os gestores. O que, muitas vezes, ocasiona 
tomadas de decisões que conduzem a ações que não estão de acordo com os 
objetivos principais da empresa.
Na definição do modelo de gestão, temos os seguintes conceitos:
 n Estilo de gestão.
 n Processo de gestão.
 n Princípios da organização.
 n Princípios de comunicação/informação.
 n Conceitos e critérios de avaliação dos gestores.
 n Avaliação de resultados (com finalidades específicas de otimização).
 n Avaliação de desempenho.
 n Conceitos de contabilidade.
O processo decisório
Processo decisório é uma sequência lógica de etapas que expressam a racionalidade 
com a qual os administradores buscam soluções para os problemas da empresa.
No entanto, para a escolha da melhor decisão a ser tomada, o gestor deve ana-
lisar a melhor estratégia proposta, seus custos, recursos e o tempo para execução.
A abordagem do processo decisório passa pelas seguintes fases:
1. Definição do problema.
2. Obtenção dos fatos.
3. Formulação das alternativas. 
4. Ponderação e decisão.
O processo decisório, portanto, termina com a escolha da ação a ser 
implementada.
77Processo decisório
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BALLESTERO-ALVAREZ, María Esmeralda. Manual de organização, sistemas e métodos. 
São Paulo: Atlas, 2006.
BATAGLIA, Walter; HIROSAWA, Adhemar H. Perdigão: o processo decisório estratégico 
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CATELLI, Armando. Controladoria: um enfoque da gestão econômica - GECON. 2. ed. 
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FIGUEIREDO, S.; CAGGIANO, P. C. Controladoria: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2004.
MOSIMANN, Clara; FISCH, Silvio. Controladoria: seu papel na administração de empresas. 
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OLVE, Nils-Göran et al. Condutores da performance: um guia prático para o uso do 
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PEREZ JÚNIOR, José H.; PESTANA, Armando O.; FRANCO, Sergio P. Controladoria de 
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79Processo decisório
Fundamentos_de_Controladoria_U2_C02.indd 79 13/01/2017 11:56:52
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