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Aula - ELETROTERAPIA

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ELETROTERAPIA 
Correntes Terapêuticas 
Prof. Eduardo Filoni 
- Corrente elétrica 
- Condutores 
- Resistores (impedância) 
COMO TUDO COMEÇOU ??? 
Galvani (1791) – a partir de experimentos em rãs 
e carneiros estudou-se a possibilidade de haver 
corrente elétrica em animais. 
 
 
Volta (1799) – experimentos mostraram que há 
possibilidade de estimular a contração muscular 
com corrente continua através do fechamento e 
abertura de circuito 
FUNDAMENTOS DA ELETROTERAPIA: 
HISTÓRICO DA ELETROTERAPIA 
 Dois Objetivos: 
 
 Analgesia 
 
 Produzir Movimentos 
 
 Dois Problemas 
 
 Equipamentos 
Inadequados 
 
 Falta de Respaldo 
Teórico (Panacéia) 
 
Douchene de Boulogne (1833) – através do uso da 
corrente alternada, descobriu os pontos de ereção (maior 
contração muscular dos músculos examinados) 
 
Von Ziemssen – utilizava Nitrato de Prata no ponto de 
ereção em pacientes moribundos, e descobriu após a 
analise por dissecção de cadáveres que há neste ponto a 
junção mioneural: PONTO MOTOR 
CLÁUDIO GALENO 
( 200 DC ) 
O uso de peixes elétricos p/ o tto de 
várias patologias 
WILLIAN GILBERT 
( 1603 ) 
Escreve o primeiro tratado de 
eletricidade médica : “ DE MAGNETE ” 
OTTO de GUERICKE ( 1654 ) 
Construiu a primeira “ Maquina 
elétrica ” 
JALLABERT ( 1748 ) 
Trabalhou com a 
estimulação elétrica de 
soldados hemiplégicos 
DESHEAIS ( 1749 ) 
Descreveu esses ttos 
em “ De hemiplegia 
Eletricitaten Curanda ” 
J. WESLEY ( 1759 ) 
“ Desideratum 
Eletricity Made Pain ” 
LUIGI GALVANI 
( 1780 ) 
Observou o efeito da eletricidade 
sobre a musculatura esquelética de 
rãs . 
ALESSANDRO VOLTA ( 1800 ) 
Criou a primeira bateria para fins 
práticos ; O gerador GALVÂNICO . 
FUNDAMENTOS DA ELETROTERAPIA: 
HISTÓRICO DA ELETROTERAPIA 
Lapicque (1826) – define CRONAXIA = tempo mínimo 
de duração do pulso para produzir uma contração 
 
Du Bois Reymond (1843) – define o princípio de 
acomodação: Se o estimulo aumenta rapidamente de 
intensidade o músculo responde imediatamente. Se o 
tempo for alto, o nervo se acomoda com o estímulo e eleva 
o limiar de excitação 
Corrente Contínua/Direta 
Corrente Unidirecional Pulsada / Monofásica Pulsada 
Corrente Bidirecional Pulsada / Bifásica Pulsada 
Corrente Bidirecional Contínua / ALTERNADA 
EFEITOS BIOTÉRMICOS 
EFEITOS BIOQUÍMICOS 
EFEITOS BIOFÍSICOS 
Princípios Biotérmicos 
• Enquanto a indução eletromagnética causa 
uma agitação dos elétrons das últimas 
camadas do átomo, provocando “choque de 
maneira aleatória e produzindo calor como 
resultado desta agitação, a indução elétrica de 
força eletromotriz (Volt) orienta essa agitação 
de maneira uniforme, produzindo movimento 
elétrico em direção da força aplicada (corrente 
elétrica). 
 
Princípios Bioquímicos 
Ânodo 
+ + + + + + 
Cátodo 
- - - - - - - - 
PELE 
ANAFORESE 
 pH 
COAGULAÇÃO 
CATAFORESE 
 pH 
LIQUEFAÇÃO 
OH - H+ I 
ACIDOSE LOCAL ALCALOSE LOCAL 
ÂNIONS ( - ) 
alto PM 
CÁTIONS ( + ) 
baixo PM 
Eletroendesmose desenvolvida pela aplicação da voltagem(V) 
contínua 
V 
~ 
 
[OH -] [ H+] 
Princípios Bioquímicos 
 É a partir da investigação das reações 
químicas, ocasionadas pela passagem 
de corrente contínua no tecido biológico 
que poderemos extrapolar os conceitos 
com outros tipos de correntes, seja no 
seu efeito terapêutico, seja na 
queimadura eletrolítica. 
Repele íons + 
Atrai íons – 
Vasoconstritor 
Analgésico 
Endurece tecidos 
Provoca coagulação 
Anti-inflamatório 
Repele íons – 
Atrai íons + 
Vasodilatador 
Amolece tecidos 
Hidrata os tecidos 
Fluidifica 
 
Princípios Biofísicos 
 Limiar sensitivo 
 Limiar motor 
 Limiar nócico 
 Princípio de Acomodação 
 Contração muscular = despolarização da 
Fibra Nervosa Motora 
 Tetanização 
 
Níveis Clínicos de Resposta à E.E. Transcutânea 
de Nervos e Músculos 
1-SENSORIAL 2-MOTOR  3-DOLOROSO 
 
Num sistema nervoso íntegro: 
Amplitude Baixa = Estimulação Sensorial 
Amplitude Aumenta = Estimulação Motora 
Amplitude + Alta = Estimulação Dolorosa 
 
Os diferentes tipos de fibras nervosas vão sendo 
recrutadas em função da amplitude do 
estímulo. 
Efeitos do choque elétrico de 60Hz 
Intensidade de 
corrente 
Efeito 
1 mA 
Limiar de percepção 
5 mA 
Máxima intensidade de corrente aceita com inofensiva 
10 a 20 mA 
Limiar de corrente de manter a contração muscular 
50 mA 
Dores, exaustão, possibilidade de ferimento 
Função respiratória e cardíaca se mantém 
100 a 300 mA 
Poderá ocorrer fibrilação ventricular, porém o centro 
respiratório se mantém intacto 
6 amperes 
Paralisação temporária da respiração 
Queimaduras se a densidade da corrente for alta 
Classificação quanto ao fluxo iônico 
Amplitude de Corrente 
 Tempo de duração de pulso 
Pulso 
Intervalo interpulso 
Frequência 
Classificação do pulso quanto a forma 
Classificação do pulso quanto a simetria 
Classificação do pulso quanto a distribuição de carga 
APLICAÇÕES 
• MONOPOLAR 
Alvo – eletrodo ativo 
Fora do alvo – eletrodo 
indiferente 
 
• BIPOLAR 
 
• TETRAPOLAR 
 
 
Eletrodos 
 Comunicação aparelho/paciente 
 
 Importância da colocação e disposição 
 
 Eletrodos para pulsos unidirecionais 
 
 Eletrodos para pulsos bidirecionais 
 
 Higiene/vida útil/formas de aplicação 
Material dos Eletrodos 
e Agentes Acopladores 
Meios de acoplamento 
• Objetivo: fornecer a menor resistência 
possível a passagem de corrente para o tecido 
biológico. 
• Borracha gel 
• Polímero auto-adesivo (carbono) 
• Metal e esponja embebido com água 
 
Esponja com placas metálicas 
• Pressão mais uniforme, não permitindo 
pontos de maior pressão 
• Metal permite pontos de maior pressão, 
favorecendo a ilhas de condução devido a 
distribuição pouco uniforme. 
Resistência dos eletrodos 
• Metal/água – resistência de 10-100 ohms 
• Borracha/Gel – 1000 ohms 
• Auto-adesivo – milhares de ohms 
• Considerar as vantagens e desvantagens 
 
NÃO COLOCAR EM PROEMINÊNCIAS ÓSSEAS 
 
QUANTO MAIS PRÓXIMO MAIS SUPERFICIAL 
HIPEREMIA: Em parte pela pressão dos eletrodos; em 
parte pelo efeito intrínseco da corrente. 
Comportamento da impedância elétrica dos tecidos 
biológicos durante a EE 
2007 – Revista Brasileira de Fisioterapia BOLFE V.J et al 
• A impedância é alterada pela localização e 
distância entre os eletrodos, bem como 
frequência da corrente. 
• A distância foi responsável por 50% da 
variabilidade da impedância. 
• Aumento da temperatura da pele eleva a 
impedância cutânea. 
NOME DOS PRODUTOS PARA ESTERILIZAR ELETRODOS 
INTRAVAGINAL OU INTRAANAL 
 
 - Germe kill J&J®: 20’ de assepsia + 12 de 
esterilização 
- Gutaraldeido: não é biodegradavel; 
tóxico e teratogênico 
- Acido peracético: caro 
 
O dedo do terapeuta como eletrodo 
Para localizar pontos de 
acupuntura e gatilho, ou para 
estimular crianças. 
Técnica: um eletrodo no 
paciente, outro na mão do 
terapeuta. Terapeuta passa 
um pouco de gel na ponta do 
dedo, que é familiar para 
uma criança que pode estar 
nervosa numa primeira 
sessão de tratamento. 
Para a localização de pontos, o 
gel na ponta do dedo é 
desnecessário. 
a) Equipamento: verificar o fusível comutador 
de voltagem 110/220 adequado à rede elétrica. 
b) Paciente: Controles de dosagem elétrica 
zerados . 
c) Paciente: não deve tocar do aparelho, na 
parede, no solo ou qualquer parte metálica da 
maca durante a aplicação, devido ao perigo de 
CHOQUE ELÉTRICO. 
d) Paciente: informá-lo sobre o que será feito e 
qual a sensação durante a aplicação. 
e) Paciente: examinar e limpar a pele. 
f) Equipamento: molhar esponjas 
(Correntes Unidirecionais) e aplicar gel nas 
placas de silicone (Correntes Bidirecionais 
simétricas). 
g) Aplicação: não estabelecer nenhum ponto 
de contato direto do eletrodo placa (correntes 
unidirecionais)com a pele do paciente. Pode 
cauterizar. 
h) Aplicação: não estabelecer nenhum 
contato entre os eletrodos durante a 
sessão. 
i) Aplicação: aumentar a dose de corrente 
elétrica paulatinamente e observar a reação 
do paciente na aplicação. 
j) Paciente: não exceder a tolerância sensitiva 
do paciente. Este deve manter o terapeuta 
informado sobre sensações desagradáveis. 
l) Aplicação: evitar interrupção de contato 
eletrodo-pele durante a sessão. 
m) Aplicação: nunca desligar o aparelho 
sem antes voltar a dose a zero . 
n) Paciente: reexaminar a pele do 
paciente. 
- Paciente com implante de marca-passo sem 
avaliação médica. 
-Endoprótese: absoluta para correntes unidirecionais 
e relativa para bidirecionais simétrica. 
- Estimulação específica para as seguintes regiões: 
carótidas, glossofaríngea e sobre as pálpebras. 
- Lesões de pele. 
- Útero gravídico. 
- Dores não diagnosticadas, pois a analgesia pode 
mascaras o valor diagnóstico. 
- Regiões com parestesia e anestesia. 
-As correntes diadinâmicas são correntes 
galvanofarádicas alternadas, retificadas em 
semiondas ou ondas completas e moduladas em 
composição dupla ou tripla. 
 
- PIERRE BERNARD 
- Paciente experimenta uma fraca sensação de 
formigamento e contrações com intensidade alta. 
- Paciente experimenta uma sensação de vibração e 
aumenta a intensidade de contrações. 
- Paciente percebe uma alternância rápida entre as 
fases DF e MF. Sobre a fase MF pode-se produzir 
contrações. 
- Paciente percebe, com clareza, a troca lenta das 
sensações descritas por DF e MF, sendo que a 
durante a fase MF, sente-se contrações. 
- É o mesmo que CP, entretanto, a intensidade da 
corrente é sentida com mais clareza, durante a fase 
DF. 
 
- Tem uma ação similar a modulação CP pois, 
devido ao aumento de 10% da intensidade durante 
a fase de 100 Hz é mais vigorosa. 
TÉCNICA TRONCULAR 
TÉCNICA TRONCULAR 
TÉCNICA MIOENERGÉTICA 
TÉCNICA MIOENERGÉTICA 
TÉCNICA DO PONTO DOLOROSO 
TÉCNICA GANGLIOTRÓPICA 
APLICAÇÃO SUB-AQUÁTICA 
“BANHO GALVÂNICO” 
INTENSIDADE DA CORRENTE 
 
 Depende do tamanho e técnica dos eletrodos 
 
 
 A dosificação é individual - sensação clara e tolerável 
da corrente 
TEMPO DE APLICAÇÃO 
 
 Deve-se limitar a poucos minutos 
 Acomodação 
 Habituação 
 Efeito Eletrolítico Tecidual 
 
 Total de 10 - 12 minutos com o uso de 3 correntes 
distintas no mesmo local 
Protocolos - DIADINÂMICAS 
• DF 1’ + CP 5’ 
• DF 1’ + LP 5’ 
FREQUÊNCIA: 50 A 100 Hz 
DURAÇÃO DO PULSO: 0,1 A 10 MS 
TEMPO 
Corrente contínua (direta) – fluxo contínuo e unidirecional 
de elétrons indo do pólo negativo para o pólo positivo, 
criando duas áreas com dois pólos bem distintos. 
Efeitos da corrente galvânica 
• Estimulação sensorial 
• Hiperemia 
• Eletrotônus 
• IONTOFORESE 
Teste de Polaridade 
Mergulhe os 2 cabos de conecção num copo d'água, aumente a 
amplitude da corrente e observe: 
se corrente polarizada (monofásica) = atividade eletrolítica na água (no 
terminal negativo vão se formar bolhas de íons hidrogênio); 
se corrente não-polarizada (bifásica), não haverá nenhuma atividade nos 
terminais. 
É o uso da corrente elétrica para auxiliar a administração 
transcutânea de substâncias ionizáveis com fins 
medicamentosos. 
CORRENTE GALVÂNICA 
Vantagens da iontoforese 
• Auxilia a transmissão da medicação para a área alvo. 
• Útil principalmente para locais com pobre irrigação 
sanguínea. 
• Menos efeitos colaterais 
 
“ A passagem real de correntes e portanto de íons 
ocorre sobretudo por meio de dutos das glândulas 
sudoríparas e em menor extensão por meio de 
folículos pilosos e glândulas sebáceas” 
Transferência de íon 
• Produto (pólo definido e 
solúvel em água) 
• Dissociação iônica 
• Repulsão eletrostática 
• Eletrodo ativo (eletrodo de 
distribuição) 
• Eletrodo dispersivo (eletrodo 
de retorno) 
Outras correntes utilizadas 
T = 2ms e R = 5ms 
28,5% de componente galvânico 
T = 10ms e R = 0ms 
66% de componente galvânico 
T = 10ms e R = 10ms 
50% de componente galvânico 
Diminuir risco de queimadura 
Adicionar efeito analgésico 
TEMPO DE APLICAÇÃO 
(DOSAGEM DE CORRENTE) 
O tempo de aplicação depende da amplitude de corrente. 
 
Outros fatores: tolerância do paciente e polaridade do 
eletrodo ativo. 
“O tempo de aplicação é inversamente proporcional a 
intensidade de corrente”. 
Sugestões!!! 
• Intensidade – 0,01 a 5mA 
• Tempo – de 5 minutos a várias horas 
• Sempre – Evidências!!! 
• Qualquer dosagem de corrente pode ser 
atingida por um número infinito de 
combinações de amplitude e tempo 
Dosagem de correntes favoráveis 
durante a iontoforese 
• Dosagem indicadas para dor e inflamação 40 a 80 mA/min 
 
Autor, data N Dosagem de 
corrente 
Bertolucci (1982) 30 65 mA.min 
Braun (1987) 1 76 mA.min 
Delacerda (1982) 8 85 mA.min 
Harris (1982) 50 100 mA.min 
Hasson (1992) 1 65 mA.min 
MÉDIA 78 mA.min 
Food and drugs administration (FDA) sugere 80 mA.min 
Eletrodos 
Particularidades da iontoforese 
Confronto de dois achados: 
 
• Eletrodos mais próximos – menor resistência 
na periferia – fluxo de corrente mais 
superficial 
 
• Eletrodos mais separados – menor resistência 
na profundidade – fluxo de corrente mais 
profundo 
Cummings - 1991 
• Distância mínima de 18 polegadas (46cm) 
entre os eletrodos. 
 
1. Não há evidência de que isso aumentará a 
aplicação da droga. 
2. Evidências de diminuir o risco de irritação e 
queimadura. 
Penetração de íons 
Fatores que influenciam na penetração: 
• Tipo de medicação 
• Dosagem 
• Tecido adiposo subcutâneo 
• Diâmetro muscular 
 Os efeitos eletroquímicos são locais e 
raramente ultrapassam 1mm da superfície dos 
eletrodos. 
 A absorção ocorre em camadas mais profundas: 
via circulação capilar e transporte de membrana 
 
 
Procedimentos clínicos 
1. A corrente é aumentada lentamente (rampa 
ascendente) 
- Parte inicial do tratamento (5 a 10 minutos) 
- Restante do tratamento: 3 a 5mA de acordo com a 
tolerância do paciente 
2. A corrente é diminuída lentamente (rampa 
descendente) 
3. A pele é inspecionada e pode-se aplicar algum creme 
para aliviar qualquer irritação da mesma. 
Uso de agentes físicos associados a 
iontoforese 
• Exercícios, massagem, ultra-som e diatermia 
Objetivo: aplicação sobre o local após a 
iontoforese para aumentar a dispersão e 
penetração da droga. 
 
 “Se a intenção da iontoforese for manter a 
droga localizada na área alvo o aumento do 
fluxo sanguíneo provocado pelos agentes 
físicos pode acelerar a dispersão da mesma”. 
Complicações - iontoforese 
Queimadura química: 
• Causa: excesso de intensidade ou densidade de corrente 
• Geralmente ocorre sob o cátodo (excesso de Na OH- ação 
esclerolítica) 
• Lesão rósea 
 
Queimadura pelo calor: 
• Causa: excesso de calor produzido em áreas de alta 
resistência 
• Áreas de alta resistência: falta de umidade nos eletrodos, 
eletrodos formando pregas; eletrodos rígidos (ar entre o 
eletrodo e a pele) e áreas isquêmicas devido a compressão 
excessiva dos eletrodos 
 
Complicações - iontoforese 
Reações alérgicas ou de sensibilidade (SUGESTÕES): 
 
• Não usar iodo em pacientes alérgicos a frutos do mar. 
• Se o paciente já apresentou uma reação ruim a um pyelogram 
intravenous, não usar iodo. 
• Alguns pacientes com asma podem reagir mal ao odor de 
metiolil. Pedir para o paciente respirar grão de café ou ar 
fresco. 
• Pacientes com úlceras de estômago ou gastrite podem reagir 
mal à administração de hidrocortisona, apesar de 
pouquíssimas quantidades da droga alcançarem o estômago. 
• Pacientes que tem problemas com aspirina podem reagir mal 
à administração de salicilatos. 
• Pacientes sensíveis à metal podem ter reações ao cobre e 
zinco. 
APRESENTAÇÃO 
• Século XVII – uso da eletricidade para 
melhorar a cura dos tecidos.• Situações: 
- Suprimento vascular – Fase proliferativa 
- Iontoforese 
- Controle do edema (2 mecanismos) 
Fases do Processo Inflamatório 
 Fase Inflamatória 
 Fase Proliferativa 
 Fase de Remodelagem/Maturação 
Corrente Galvânica 
• Wolcott e col. (1969); Carley e Wainapel (1985) 
 
 Foram realizados com ferimentos de pele em 
humanos, utilizando CC (< 1mA) e colocando o 
ânodo (+) sobre a ferida. 
 
 Resultado: a taxa de reparação nas lesões 
eletricamente estimuladas foi significativamente 
maior que nas lesões controle. 
Corrente Galvânica 
 Efeito Bactericida 
• Rowley, (1972) e Rowley e col. (1974) 
 
 EE com CC e o cátodo ( - ) na ferida infectada: 
morte e retardo no crescimento de microorganismos 
gram positivo e gram negativo. 
 
Forma de Onda High Volt 
Kilcaid e Lavoie (1989) – efeito bactericida 
Brown e Gogia (1987) – reparação de feridas – intensidade no nível motor 
Kloth e Feedar (1988) – reparação de feridas a nível submotor 
Griffin e col. (1991) – melhora significativa em úlceras de pressão na região 
pélvica com o cátodo próximo da ferida. – EFEITO BACTERICIDA ??? 
Brown e Gogia (1987) – efeitos na reparação de feridas cirurgicamente 
induzidas em ratos: catódo ( - ) sobre a ferida – melhora do grupo controle 
ânodo (+) sobre a ferida – melhora do grupo tratado. 
Estimulação Elétrica e Circulação 
Mecanismos: 
 
• Reflexamente, por ativação dos nervos 
autonômicos (diminui a ação simpática 
causando VD) 
 
• Pela contração muscular 
Estimulação Elétrica e Circulação 
EVIDÊNCIAS 
• Heckler e col. (1985) – HV 
• Currier, Petrilli e Threlkeld (1986) – Corrente Russa 
• Dooley e Kasprak (1976) – TENS sensorial 
• Owens e col. (1979) – TENS motor 
 
• Raynoud, Polineuropatia diabética, úlceras crônicas 
 
• Termografia, Plestimografia elétrica 
 
 
 
 Dor !!! Desafio clínico!!! 
 Quer curar ??? Trata a 
causa !!! 
 Controle da dor não cura 
 
 
 Steinbach classificou a dor como um conceito 
abstrato, que o paciente descreve como sensação 
pessoal de ferimento que pode significar lesão 
tecidual, com o propósito de proteger o organismo 
de malefícios. 
 “Uma experiência sensorial e emocional 
desagradável associada ou descrita em termos de 
lesão tecidual ou potencial”. 
Associação Internacional de Estudos da Dor ( 1986 ) 
TIPOS DE DOR 
 DOR POR NOCICEPÇÃO 
 Decorrente da estimulação dos nociceptores, 
provoca manifestações sensitivo-descritivas. 
(Emocionais) 
 DOR POR DEAFERENTAÇÃO 
 Quando há um trauma tecidual os nociceptores 
vão se modificando e mantendo o quadro álgico. 
Geralmente é chamada dor crônica quando sua duração é maior que 3 meses 
• Existem certos tipos de dor que são gerados 
no próprio SNC como a dor do membro 
fantasma. 
 Para que o fenômenos álgicos seja identificado pelo 
organismo são necessárias várias estruturas em diferentes 
níveis do organismo para que possa haver a identificação, 
interpretação, modulação e efetivação. 
 
NOCICEPTORES 
 Nociceptores Específicos 
 Mecanonoceptores 
 Termonoceptores 
 Nociceptores polimodais 
Para ativá-los são necessárias substâncias especificas 
para desencadear a dor. 
NEUROTRANSMISSORES 
 Bradicininas: 
 Estimulação direta da fibra nervosa que transporta os 
estímulos nocivos 
 Prostaglandina: 
 Sensibilização das fibras nervosas de forma que outros 
mediadores possam iniciar a nocicepção. 
 Substância P: 
 Extravasamento de subst. que podem causar 
nocicepção. 
NEUROMODULADORES 
 ENCEFALINAS 
 DINORFINA 
 BETA-ENDORFINA 
Serotonina, Noradrenalina, Neurotensina 
Aspectos Periféricos da Dor 
 Os nociceptores dão origem a dois tipos de 
fibra nervosa aferentes: 
 Fibras A: 
 Delta – fibras finas mielinizadas, rápidas, 
adaptação lenta. ( dor aguda ) 
 Fibras C: 
 Fibras finas amielinizadas, lentas, adaptação 
lenta. ( dor crônica ) 
Terminações Nervosas 
Sensitivas 
 Receptores Especiais 
 
 Receptores Gerais 
Livres 
 
Encapsulados 
Meissner 
Ruffini 
Vater - Paccini 
TIPOS DE FIBRAS 
NERVOSAS 
 Fibras A-delta (δ): pequeno diâmetro, 
mielinizadas. 
 Estímulos térmicos e mecânicos de alta 
intensidade 
 Velocidade de condução: 5 a 30 m/s 
 Dor Aguda ou Rápida 
TIPOS DE FIBRAS 
NERVOSAS 
Fibras Tipo C: pequeno diâmetro, não-
mielinizadas. 
Estímulos mecânicos, térmicos e 
químicos (polimodais) 
Velocidade de condução: 0,5 a 2 m/s 
Dor Crônica ou Lenta 
TIPOS DE FIBRAS 
NERVOSAS 
Fibras A-beta ( ): grande diâmetro, 
mielinizadas. 
Estímulos mecânicos: tato, pressão, 
vibração 
Velocidade de condução: 30 a 75 m/s 
Importância na modulação da dor 
 INFORMAÇÃO DE DOR 
 FIBRAS AFERENTES 
 SUBSTÂNCIA GELATINOSA 
 CELULAS TRANSMISSORAS 
 NÚCLEO ESPINOTALAMICO 
 CENTROS SUPERIORES 
Vias de Dor e 
 Temperatura 
 Via Neospino-Talâmica 
 Tracto Espino-Talâmico- Lat. 
 Neurônio I 
 Neurônio II ( I REXED) 
 -comissura branca 
 -funículo lateral 
 -tracto ETL 
 -Lemnisco espinhal 
 Neurônio III 
 -núcleo ventral póstero-lateral 
 -cápsula interna 
 -giro pós-central ( 3,2,1) 
 
Vias de Dor e Temperatura 
 Via Paleoespino-Talâmica 
 Neurônio I 
 Neurônio II ( V REXED) 
 -funículo lat. Homolateral e Contralateral 
 -tracto espino-reticular 
 -sinapse na formação reticular 
 Neurônio III 
 -fibras retículo-talâmicas 
 -núcleos intra-laminares ( consciência) 
 Neurônio IV 
 -territórios amplos do córtex 
 
Via de pressão e 
Tato Protopático 
•Neurônio I 
•Neurônio II 
 - comissura branca 
 - funículo anterior ( contra-lateral) 
 - Tracto espino-talâmico anterior 
 - Lemnisco espinhal 
• Neurônio III 
 - núcleo ventral póstero-lateral 
 - cápsula interna 
 - área somestésica do córtex 
 
* consciência talâmica 
Vias de propriocepção 
consciente,Tato Epicrítico e 
Sensibilidade vibratória 
• Neurônio I 
 - Fascículo grácil e cuneiforme 
 
• Neurônio II 
 - núcleos grácil e cuneiforme 
 -fibras arqueadas internas 
 -lemnisco medial ( contra-lateral) 
 
• Neurônio III 
 -núcleo ventral póstero-lateral 
 -cápsula interna 
 -área somestésica 
 
 * cinestesia, estereognosia 
 * Consciência em nível cortical 
INFORMAÇÕES EXCITATÓRIAS NOCICEPTORIAS 
INFORMAÇÕES INIBITÓRIAS MECANOSSENSÍVEIS 
VIAS DESCENDENTES – OPIÁTOS 
 “Analgesia do campo de batalha” 
SISTEMA DE COMPORTAS 
Melzack e Wall, 1965 
Fibras C e A - delta 
Fibras A - beta 
Mecanismo Inibitório Nócico Difuso 
• Justificativa fisiológica do breve-intenso 
• Obtenção rápida e momentânea de analgesia 
Inibição por Opiáceos endógenos 
B-endorfina : 
• cadeia de 31 aminoácidos 
• Meia vida de 4 horas 
• Como é encontrada na hipófise, e é de longa 
duração, ela está envolvida no conjunto de 
respostas animais associadas ao estresse 
severo 
PEPTÍDEOS OPIÁCEOS 
 Existem 3 famílias destes peptídeos: 
 Encefalinas 
 Tonsila do cerebelo, hipotálamo, SCPA, 
bulbo e CPME 
 Beta-Endorfina 
 Hipotálamo, SCPA, bulbo e medula 
espinal 
 Dinorfinas (distribuição semelhante às 
encefalinas) 
NOBACK, STROMINGER, DEMAREST, 1999 
Mecanismo 
da Dor 
Modulação da 
Dor 
Endorfinas 
T.E.N.S 
Opiátos 
Antidepressivos 
Comporta 
Estímulo Doloroso 
Nociceptores 
Via Aferente 
Corno posterior 
Núcleo 
Espinotalamico 
Centros 
Superiores 
Outros mecanismos neurofisiológicos 
de inibição da dor pela eletroanalgesia 
• Analgesia por estresse 
• Reduz a atividade simpática 
• Quebra do ciclo dor – espasmo – isquêmia 
• Aumenta limiar de nociceptores 
• Quebra do mecanismo de memória em dor 
crônica 
• Efeito placebo 
• A dificuldade da avaliação dos efeitos do 
TENS, ocorre pela dificuldade de avaliar a dor 
• Objetivo do TENS: controle da dor, e não da 
causa da mesma 
ESCALAS VISUAIS ANALÓGICAS 
 ESCALA VERBAL- NUMÉRICA: 
 
 O doente é informado sobre a necessidade 
dele classificar sua dor em notas que variam 
de 0 a 10, de acordo com a intensidade da 
sensação. Nota zero corresponderia a ausência 
de dor, enquanto nota 10 a maior intensidade 
imaginável. Na prática, a nota 10 seria virtual. 
• Escala de Classificação Verbal de 5 pontos: 
( ) Leve 
( ) Desconfortável 
( ) Que perturba 
( ) Horrível 
( ) Insuportável 
Nota 
zero 
Dor ausente ou sem dor 
Nota 
três 
Dor presente, havendo períodos em que é 
esquecida 
Nota 
seis 
A dor não é esquecida, mas não impede exercer 
atividades da vida diária 
Nota 
oito 
A dor não é esquecida, e atrapalha todas as 
atividades da vida diária, exceto alimentação e 
higiene 
Nota 
dez 
A dor persiste mesmo em repouso, está 
presente e não pode ser ignorada, sendo o 
repouso imperativo 
 
 
 
ESCALA COMPORTAMENTAL 
ESCALA DE FACE PARA AVALIAÇÃO DA 
DOR EM CRIANÇAS 
 É uma corrente bifásica, balanceada 
proporcionando nível de corrente contínua igual 
a zero. Esta corrente é composta por estímulos 
de freqüências variáveis de 8 à 170/200 Hz, os 
quais podem ser agrupados em trens de pulso 
onde se pode variar também a largura dos 
pulsos de 50 a 355 micro segundos. 
TENS – Estimulação Elétrica 
Transcutânea Nervosa 
 Estimulação antalgica por inibição sensitiva segmentar 
 F = 75 a 150 Hz – esgota neurotransmissores 
 I = limiar sensitivo / estímulo tátil, (10 a 30 mA ) 
 T = em torno de 2 a 50 microsegundos 
 Analgesia imediata – em torno de 20 minutos 
 Indicado em dores agudas e incapacitantes 
 curta duração do alívio – de 1 a 2 horas 
 Sensação – formigamento ( parestesia ) sem contração 
muscular 
 Mecanismo – Teoria das comportas 
 
 
Fuirini Jr. e P. Carvalho ( 2000 ) 
 Excitomotora por fibrilações elementares 
 Antalgica por liberação de endorfinas 
 F = 2 a 8 Hz (baixa freqüência ) 
 I = limiar sensitivo-motor - fibrilações ( 30 a 80 mA ), no 
limite do suportável 
 T = 75 microsengundos - duração do pulso é > 
 Analgesia não imediata – 30’ a 1 hora 
 Duração longa do efeito – de 2 a 6 horas 
 Indicado em dores crônicas com contraturas e espasmos 
 Mecanismo – neuro-humoral serotoninérgico 
Fuirini Jr. e P. Carvalho ( 2000 ) 
 Antalgica por estimulação nociceptiva / nocivo 
 Largura de pulso: 200 microsegundos / p. largos 
 F = 150 Hz – pode ser a mais alta do aparelho 
 I = alta, no limiar álgico suportável ( 30 a 80 mA ) 
 Ocasiona contração musculares tetanizantes 
 Período de estimulação: 30 seg. a 1 minuto 
 Início do alívio de 10 a 15 minutos 
 Indicado para alívio rápido da dor e para inibição de 
pontos gatilho 
 Mecanismo – bloqueio da condução química, teoria de 
envolvimento cortical inibitório 
 
Fuirini Jr. e P. Carvalho ( 2000 ) 
 F = 100 Hz 
 I = alta no limite suportável ( 30 a 60 mA ) 
 P = maior regulagem ( 200 – 25O s) 
 Sensação - contrações musculares ritmadas ou pulsáteis 
acompanhadas de parestesia 
 Início do alívio de 10 à 30 minutos 
 Mecanismo – neuro-humoral serotoninérgico / 
rompimento do padrão talâmico de dor 
 Obs : alguns aparelhos dispõe desse recurso de fábrica 
Fuirini Jr. e P. Carvalho ( 2000 ) 
V.I.F 
Variação de 
Intensidade e 
Freqüência 
 Retardar o principio de acomodação 
 Modalidade do T.E.N.S 
Colocação dos eletrodos 
• Ajuda a assegurar o sucesso da terapia 
• Diferentes técnicas 
• Grandes variações individuais (tentativas) 
Em relação ao ponto de dor 
 
Inervação sensorial 
dermátomo do nervo periférico 
Inervação sensorial 
dermátomo das raizes nervosas 
Em relação ao trajeto do nervo 
periférico 
N. FEMORAL 
N. OBTURATÓRIO 
N. GLÚTEO 
SUPERIOR E 
INFERIOR 
N. ISQUIÁTICO 
N. FIBULAR 
COMUM N. TIBIAL 
N. PLANTAR 
LATERAL E MEDIAL 
Ramos principais do plexo braquial 
N. mediano 
N. músculo-cutâneo 
N. ulnar 
N. axilar 
N. radial 
n. axilar 
n. radial 
 Vista posterior mse, 
mostrando o trajeto dos 
nn.axilar e radial, o ramo 
cutâneo do n.radial não 
está ilustrado. 
n.radial e sua divisão em 
ramos superficial e 
profundo n.musculocutâneo 
N. MEDIANO 
Tipos de Estudos 
• Modelos animais 
• Dor experimental em humanos 
• Estudos clínicos 
• Preferência do paciente 
• O papel do acaso 
Sluka e col (1998) 
“Inflamação articular induzida por carregenina e kaolina em 
joelhos de ratos” 
 
• TENS (4 Hz e 100 Hz) aplicadas por 20 minutos após indução da 
inflamação, reduzem a dor referida e diminuem a hiperalgesia 
secundária, evidênciada por latência da retirada da pata ao calor 
radiante. 
• Não alteram o comportamento de proteção ao membro 
• Não alteram a inflamação articular (não diminuiu o edema 
induzido) 
 
• Pós-efeito: 4 Hz = 12 hs (??) 100 Hz = 24 hs 
Han e col. (1991) 
“Primeiro estudo em humanos a mostrar liberação diferencial 
de peptídeos analgésicos em função da frequência” 
 
 TENS 2 Hz e 100 Hz, por 30 minutos 
 
 Avaliação: fluído cerebro-espinhal antes e após a EE 
 
 Resultados: 
- 100 Hz libera dinorfinas 
- 2 Hz libera meta-encefalinas 
Walsh e col. (1995) 
“Sugere que o efeito hipoalgésico da TENS em dores 
isquêmicas experimentais é F - dependente” 
 
 32 mulheres saudáveis submetidas a teste do torniquete por 12 minutos. 
 
 Dor avaliada com VAS e MPQ 
 
 TENS AF (110 Hz) ou BF (4 Hz) nos músculos escalenos (ponto de 
Erb) instalada 10 minutos antes do torniquete e mantida até o final 
 
 Resultados: 
- Comparado com os grupos controle e placebo, só o TENS BF produziu 
efeito hipoalgésico. 
• TENS AF/BI reduz a dor 
experimental produzida por 
calor irradiante 
 
• Reduz a avaliação sobre o 
estímulo de calor como 
sendo doloroso (43oC – 
51oC) 
 
• Aumenta o limiar de dor de 
46,7 para 47,9oC 
• Compara a efetividade de 5 
frequências (10, 20, 40 e 80 
Hz) sobre a dor isquêmica 
experimental induzida pelo 
frio 
 
• 20 e 80 Hz produziram 
maior analgesia 
 
• Não houve diferenças em 
função de diferente 
intensidades 
Marchand e col. (1991) Johnson e col. (1989) 
CALOR E FRIO 
Leandri et al. (1990) 
“Compara os efeitos de diversas intensidades de EE no alivio 
da dor do ombro hemiplégico” 
 
 TENS (100 Hz): AI (3x o limiar sensorial) 
 BI (limiar sensorial) 
 
 Protocolo: 12 sessões, 3x semana, 1 mês 
 
 Resultados: 
- Somente o TENS AI aumentou a ADM passiva. 
“O uso do TENS no trabalho de parto” 
 
 Método seguro, não invasivo 
 
 Eletrodos do tipo cirúrgicos (2,5x1,5cm) para que as raizes nervosas 
sejam cobertas 
 
 Aparelho ligado durante o trabalho de parto: 
F: 80-120 Hz; T: 150 us; I: confortável (limiar sensitivo) 
 
 Outro par de eletrodo em S1 e abaixo. 
 
“O uso do TENS pós parto” 
 
PARÂMETROS IGUAIS 
DURAÇÃO 1 HORA – 4X AO DIA 
Johnson e col. (1991) 
Preferência de modalidade dos pacientes 
n Média (faixa) 
Idade 
(em anos) 
Mulheres – 82 
Homens – 97 
Total - 179 
55,7 (24 - 82) 
54,8 (30 - 85) 
55,2 (24 - 85) 
Tempo de uso 
(em anos) 
179 
4,0 (0,25 – 9) 
 
Grau de alivio da dor 
(0=nenhum 10=total) 
168 
5,1 (0 – 10) 
Duração do tratamento 
152 
39,7 (0,75 – 63) 
Tempo para inicio da analgesia 
(minutos) 
150 
30 (0 – 2 h) 
Duração do pós efeito 
(minutos) 
150 
51 (0 – 2 h) 
Johnson e col. (1991) 
Preferência de modalidade dos pacientes 
n Pcts(%) 
Preferência - padrão de 
pulso 
convencional 
burst 
ambos 
128 
72 (56) 
29 (23) 
27 (21) 
Preferência - frequência rápida 
lenta 
nenhuma 
48 
28 (58) 
15 (31) 
05 (11) 
Mudanças na efetividade 
com o tempo 
aumentam 
sem alterações 
diminuem 
129 
13 (10) 
75 (58) 
41 (32) 
Uso da TENS fora de casa regularmente 
ocasionalmente 
nunca 
162 
85 (53) 
31 (19) 
46 (28) 
Usa droga analgésica 147 110 (75) 
Reações cutâneas 143 45 (31) 
Tulgar e col. (1991) 
“Avaliar a preferência e comparar aefetividade de 4 modos 
de EE” 
 
 TENS convencional (70 Hz) 
 Burst (90 e 2 Hz) 
 VFA (60 – 20 Hz em 1.3s) 
 VFB (90 – 55 Hz em 1.3s) 
 
 Protocolo: 4 sessões de teste cada um com um modo, para determinar o 
mais efetivo. 
 Pcte utiliza o mais efetivo por 3 meses 
 
 Resultados: maioria preferiu VFA; 66% responderam melhor ao tto 
 VF > Burst > Convencional 
Smith, D. (1990) 
“Várias frequências de TENS foram usadas em pacientes 
odontológico” 
 
 Efeito sobre a sensibilidade da polpa dentária 
 
 Efeito durante a preparação de cavidades: elimina ou minimiza ador em 
67% dos ttos. 
 
 Resultados: TENS AF (100 Hz) sensação de aquecimento e relaxamento 
Correntes Excitomotoras 
Geram Contração Muscular 
F.E.S N.M.E.S E.E.N.M 
ELETROTERAPIA DE BAIXA FREQUÊNCIA 
PROPRIEDADES 
DO MÚSCULO 
ELASTICIDADE 
CONTRATILIDADE PLASTICIDADE 
TONICIDADE 
Principais efeitos da EENM 
• Despolarização do tecido nervosos 
• Despolarização do tecido muscular 
• Influência na polaridade tecidual 
Fisiologia da Contração Muscular 
 Período Refratário 
 Período Absoluto 
 Lei do Tudo ou Nada: intensidade suficiente 
para despolarizar e gerar o impulso elétrico. 
 
 
Contração muscular fisiológica 
• Dispersão de um potencial de ação através das 
fibras musculares 
• Este potencial e transferido para o músculo 
através do nervo periférico 
Potencial 
de ação 
Nervo Motor Placa 
Neural 
Na/K/Ca 
Sinapse 
Membrana 
Muscular 
Superficial 
Profunda 
TRÍADES 
ADP 
+ P 
ATP 
Contração muscular pela EENM 
1. Estimulação do motoneurônio alfa 
Contração (maneira mais rápida e fácil) 
 
2. Estimulação direta na membrana muscular 
Contração usada para músculos denervados 
Requer parâmetros especiais 
Depende do tempo de lesão 
 
Indicações da EENM 
• Reestabelecer a força e resistência muscular 
• Reeducação do movimento 
• Reabsorver edema 
• Adequar a espasticidade 
• Uso funcional (FES) 
• Reestabelecer extensibilidade muscular (???) 
Alongamento (???) 
Precauções e contra-indicação 
• Intensidade alta sobre área cardíaca 
• Diretamente sobre os seios carotídeos 
• Sobre áreas neoplásicas e infectadas 
• Em pacientes com dificuldade de comunicação 
• Região abdominal de gestantes 
• Sobre áreas de doenças vasculares periféricas ou 
tromboflebites 
• Portadores de marca passo cardíaco ou outros eletrodos 
implantados 
• Sobre áreas de tecido adiposo em excesso 
• Cuidado em áreas anestesiadas 
• Quando o movimento ativo é contra-indicado 
• Sobre feridas abertas 
 
 
Outros cuidados 
• Posicionamento dos eletrodos . 
• Rupturas musculo-tendíneas. 
• Fraturas não consolidadas. 
• Não exceder os limites de fadiga do paciente. 
• Respeitar os limites de tolerabilidade à 
corrente. 
PROPRIEDADES TIPO I TIPO IIb TIPO IIa 
VELOCIDADE DE 
CONTRAÇÃO 
LENTA INTERMEDIÁRIA ELEVADA 
DIÂMETRO PEQUENO MÉDIO GRANDE 
SISTEMA ENERGÉTICO 
PRED. 
AERÓBICO MISTO ANAERÓBICO 
RESISTÊNCIA À FADIGA ELEVADA ALTA / MODERADA BAIXA 
CONTEÚDO DE 
MITOCÔNDRIAS 
ELEVADO ALTO / MODERADO BAIXO 
CONTEÚDO DE 
GLICOGÊNIO 
BAIXO MODERADO ALTO 
COR VERMELHA VERMELHA BRANCA 
TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES 
COMPOSIÇÃO TÍPICA DA FIBRA MUSCULAR ENTRE 
ATLETAS DE DIFERENTES MODALIDADES E NÃO ATLETAS 
ESPORTE % DE FIBRAS 
TIPO I - LENTAS 
% DE FIBRAS 
TIPO II - RÁPIDAS 
Corredores de Longa 
Distância 
70-80 20-30 
Corredores de Curta 
Distância 
25-30 70-75 
Halterofilistas 45-55 45-55 
Não Atletas 47-53 47-53 
Recrutamento de fibras musculares através da 
contração muscular voluntária 
• Fibras musculares do tipo I são recrutadas 
primeiramente 
• Fibras musculares do tipo II são recrutadas enquanto 
o esforço aumenta 
 
• Exercícios típicos de rotina beneficiam 
primeiramente as fibras do tipo I 
• As fibras do tipo II só serão beneficiadas quando os 
exercícios específicos as recrutarem 
Recrutamento de fibras musculares através da 
eletroestimulação neuromuscular 
 Fibras musculares do tipo II são as primeiras a contrair 
 Fibras do tipo I são contraídas mais facilmente quando 
o tempo de pulso e a intensidade são elevadas acima de 
um certo limiar 
 
 Resultado: treinamento afeta preferencialmente as 
fibras do tipo II 
Padrão de contração 
(voluntária e EENM) 
PADRÃO DE DISPARO 
VOLUNTÁRIA EENM 
Despolarização assincrônica Despolarização sincrônica 
 
Graduação fina da tensão 
muscular (ajuste automático às 
alterações do meio ambiente) 
Não há graduação fina da tensão 
muscular ajuste manual 
(aumenta ou diminui a 
intensidade da corrente) 
Para aumentar a força da contração muscular 
VOLUNTÁRIA EENM 
Aumentando a taxa de disparo 
dos potenciais de ação 
Aumentando a intensidade: 
ativação de unidades motoras 
mais profundas 
 
Aumentando o número de 
unidades motoras ativadas 
Aumentando o tempo de pulso: 
ativação de unidades motoras 
menores 
 
Aumentando a frequência: 
despolarização mais rápidas das 
unidades motoras 
Padrão de contração 
(voluntária e EENM) 
RECRUTAMENTO 
VOLUNTÁRIA EENM 
Pode recrutar 100% das fibras 
de acordo com o esforço 
Não recruta as fibras mais 
profundas 
 
Despolarização primária das 
unidades motoras pequenas 
(fibras do tipo I) 
Despolarização primária das 
unidades motoras grandes 
(fibras do tipo II) 
Intensidade 
• Determina a profundidade de penetração. 
 Limiar motor tetanizante 
 Tolerável 
 O paciente precisa dar o “feedback” se está 
doendo ou cansado. 
 A intensidade determina a força real da 
contração (numero de fibras nervosas 
estimuladas) ou a força sensorial 
FADIGA EXAUSTÃO 
Fadiga: diminuição da resposta do músculo ao 
estímulo 
Exaustão: ausência de resposta de um músculo a 
um estímulo 
LESÕES MÚSCULO-ESQUELÉTICAS 
TEMPO DE PULSO 
• Afeta a quantidade de intensidade necessária 
para haver uma resposta motora. 
• Influencia a efetividade e o conforto durante a 
estimulação elétrica 
• Determina o diâmetro do neurônio que será 
acionado 
 
Tempo de Pulso 
 
 200 a 400us – maior conforto 
 300 a 700us 
(em condições normais) 
 
 No caso de analgesia determina se local ou 
difuso. (ANALOGIA COM O TIPO DE DOR) 
 A largura de pulso deve ser igual ao valor da 
cronaxia do músculo à ser estimulado. 
FREQUÊNCIA 
 é a relação entre o tempo de estimulação e o tempo 
total de tratamento 
 Usado para evitar a fadiga muscular e progredir o 
tratamento 
 Relação expressa em ON:OFF 
 Comuns: 1:2 e 1:3 
 A relação pode ser alterada de acordo com o 
objetivo de tratamento 
 
 
 
 
 
 Tempo de Subida ou Fase Concêntrica 
 Tempo de Sustentação ou Fase Isométrica 
 Tempo de Descida ou Fase Excêntrica 
 
CICLO 
ON 
Tempo de Repouso CICLO 
OFF 
 Obrigatoriamente o tempo de sustentação deve ser no 
mínimo igual ao tempo de repouso. 
1x 
2x 
3x 
o tempo de 
sustentação 
2`` 2`` 
5`` 
5``;10``;15`` 
Músculos Grau I 
2`` 2`` 
5`` 
15`` 
Músculos Grau II 
2`` 2`` 
5`` 
10`` 
Músculos Grau III 
2`` 2`` 
5`` 
5`` 
Músculos Parcialmente Denervados 
5`` 5`` 
8`` 
24`` 
• Rampagem maior 
• Rampagem baixa somente as fibras não lesadas 
serão beneficiadas 
Espasmo 1” x 1” x 1” 
1`` 1`` 
1`` 
1`` 
1`` 
1`` 
1`` 
1`` 
Drenagem de Edema 
2” x 2” x 2” 
2`` 2`` 
2`` 
2`` 
2`` 
2`` 
2`` 
2`` 
Alongamento Inibição Ativa 
2`` 2`` 
10`` 
20`` 
EENM para o condicionamento muscular 
• Força: mensurada pelo esforço de contração máxima 
Protocolo para força caracteriza-se por poucas contrações 
máximas 
 
• Resistência: mensurada por contrações repetitivas 
Protocolo para resistência caracteriza-se por grande número de 
contrações sub-máximas repetitivas 
Quando a EENM é particularmente benéfica? 
ATROFIA MUSCULAR POR DIMINUIÇÃO DA ATIVIDADE 
 
 
 Diminuição da força: perda da área seccional do músculo 
 Diminuição da resistência: diminuição do nível de enzimasoxidativas 
 
 Atrofia inicial (6 a 8 semanas) fibras do tipo I 
 Atrofia tardia (18 meses) fibras do tipo II 
Efeitos no treinamento de força 
 Mais fibras musculares por unidade motora 
 Mais proteínas contráteis 
 Mais enzimas utilizadas na cadeia aeróbica 
(melhor capacidade aeróbica) 
 Mitocôndrias maiores e em maior número 
(melhor suprimento energético) 
 Aumento da densidade capilar 
(maior capacidade aeróbica e melhor reparo) 
 
Objetivos das Correntes Excitomotoras 
 Qualquer treinamento muscular para que 
tenha ganho de trofismo e força há 
necessidade de atingir pelo menos 66% das 
unidades motoras 
Objetivos das Correntes Excitomotoras 
 Eletroestimuladores portáteis: não fornece 
condições de 66% de recrutamento. (no 
máximo 30%) 
 
 Eletroestimulador + Contração Ativa 
 ATINGE 66% 
Objetivos das Correntes Excitomotoras 
 “A eletroestimulação é capaz de fazer um 
músculo atrofiado, patológico e trazer a uma 
condição normal. Não é capaz de fazer um 
músculo normal ter uma condição especial.” 
 
Currier e col. (1991) 
“Intensidade durante a EENM está diretamente relacionada 
ao ganho de força muscular voluntária” 
 
 Contrações estimuladas com 60% ou mais da CIVM produziu melhora 
significativa na força voluntária após 6 – 10 sessões de EENM. 
 
 É necessário um mínimo de 8 contrações por tratamento com 60% da 
CIVM como nível de EENM para que o tratamento seja efetivo. 
Achado Geral: 
Diferenças entre indivíduos normais e atletas parece estar 
mais relacionada a intensidade de estimulação alcançada 
do que as diferenças fisiológicas !!! 
 
 ATLETA TOLERA MAIS A INTENSIDADE !!! 
 ENDORFINA??? 
 
Lake (1992) 
 Será que a EENM em indivíduos sem lesão realmente 
adiciona algo que não pode ser alcançado por outros 
meios??? 
 
RESPOSTA 1: com intensidades baixas são similares 
 
RESPOSTA 2: com intensidades mais altas (75 a 100% dos 
níveis normais) existem diferenças nos resultados 
Selkowitz (1985) 
 Será que a adição de EENM ao programa de fortalecimento 
voluntário para indivíduos saudáveis altera o perfil de 
fortalecimento muscular??? 
 
RESPOSTA: Não 
 
ATÉ O MOMENTO NÃO EXISTEM RELATOS DE QUE A EENM 
SERIA UM SUBSTITUTO NOS EXERCÍCIOS VOLUNTÁRIOS 
NESSES PACIENTES QUE POSSAM EXERCITAR-SE 
ATIVAMENTE !!! 
 
Delitto e col. (1998) 
“EENM mais exercício voluntário no quadríceps de pacientes 
em reabilitação após cirurgia de LCA” 
 
 EENM + EV – tensão máxima adquirida no membro envolvido foi de 
79% daquela encontrada no membro não envolvido. 
 
 EV – tensão máxima de 52 % 
Porque existe resultados diversos entre pacientes e 
indivíduos saudáveis com programas similares ? 
 
1. Dor e atrofia por desuso diminui o recrutamento voluntário de 
motoneurônio – diminuição da força. 
2. Os pacientes não são capazes de fazer plenamente o EV e não 
suportam contrações estimuladas a 60% de CIVM (suportam apenas 
20 – 50% da CIVM) 
 
Outra hipótese: o ganho de força pela EENM parece ser explicado pela 
reeducação, facilitação, recrutamento de unidades motoras e analgesia. 
 
 
Comparação no ganho de força 
sujeitos saudáveis 
• EENM aumenta a força em relação ao controle 
não tratado. 
 
• Não existe diferença no ganho de força quando se 
compara grupos de EENM e exercícios voluntários 
tratados com os mesmos parâmetros. 
 
• Não há ganho adicional quando há sobreposição 
da contração voluntária e a EENM. 
SNYDER-MACKLER & ROBINSON (1995) 
Comparação no ganho de força 
músculos enfraquecidos 
 Existe evidências que certos regimes de EENM 
promovem maior ganho de força que o exercício 
voluntário. (???) 
 
 Parece existir correlação entre a intensidade da corrente 
e o ganho de força. 
 
 Parece existir correlação entre as cargas das fases e a 
capacidade de gerar torque. 
SNYDER-MACKLER & ROBINSON (1995) 
Estudo - UFSCAR 
• Houve ganho adicional na força com a 
sobreposição de EENM + CV. 
• A razão parece ser devido ao fato do individuo 
tolerar mais a dose quando contrai 
voluntariamente. 
Duas teorias para explicar o aumento 
de força pela EENM 
1. Aumento de força similar ao ganho no 
exercício voluntário: carga nos tendões maior 
que a encontrada no cotidiano. 
2. Atinge e treina o tipo II de fibra muscular mais 
efetivamente que o exercício voluntário. 
DELITTO & SNYDER-MACKLER (1990) 
Ativação das fibras tipo II com EENM 
• Biopsia pré-estimulação 
• EENM, m. quadríceps a 80% CIVM 
• Biopsia pós-estimulação imediata 
• Método de depleção do glicogênio 
 
ATIVAÇÃO SELETIVA DAS FIBRAS DO TIPO II 
SINACORE et al (1990) 
Inicio 
 1970 – primeiros programas de EENM designadas para 
melhorar tanto a força quanto a resistência dos 
músculos severamente atrofiados. 
 
 Os primeiros programas eram muito agressivos quanto 
a duração do tratamento (4-6 horas). 
 Força – 60% da contração voluntárias 
 Resistência – 30 a 60 minutos de sessão. 
Programas recentes 
 Duração do tratamento: 30 a 60 minutos de contração 
estimulada. 
 Intensidade – contração forte dentro dos níveis de 
conforto. 
 Frequência das aplicações – 2 sessões por dia 
 Associação da EENM a contração voluntária isotônica, 
isométrica ou isocinética (em cadeia cinética aberta ou 
fechada). 
 Associação da EENM a atividades funcionais: 
transferência e marcha 
Gould e col. (1993), Zablotny (1987) 
“Músculos normais de indivíduos saudáveis foram 
submetidas a um período de inatividade por imobilização 
(atrofia por desuso)” 
 
 EENM pode retardar o processo de atrofia e aumentar a força e 
resistência em músculos já atrofiados. 
 
 Ainda não está claro quanto a EENM pode impedir a atrofia por desuso. 
 
 A fadiga muscular que acompanha a atrofia por desuso pode ser mais 
amena se um programa de EENM para treinamento de resistência for 
utilizado. 
Baker (2000) – Programa de condicionamento muscular 
 
 Surgiu pela necessidade de se recuperar tanto a força como a resistência 
muscular. 
 
 Indivíduos que precisam ser imobilizados por um determinado período 
mas que possuem músculos fortes. 
 
 Pacientes com atrofia por desuso que tenham suportado contrações 
estimuladas mais fortes que 3+/5 MMT 
 
 Pontos chaves: 
- Tempo longo de estimulação 
- Força de contração estimulada máxima>60% da CIVM TON curto 
 PROTEÇÃO ARTICULAR: devido as fortes contrações determinadas 
pelo protocolo, deve-se ter cuidado com as possíveis lesões articulares. 
PONTOS MOTORES 
• Tabelas de referências (mapas 
padronizados) 
• Eletrodo do tipo caneta 
• Gambiarras !!! 
• Ponto ideal para colocação dos eletrodos 
Pontos Motores 
 Chegada da raiz nervosa no músculo, é 
o ponto de entrada da raiz nervosa no 
músculo. 
 O ponto motor é a região que possui 
menor impedância a passagem de corrente. 
• Apenas para músculos totalmente 
cicatrizados. 
 
• Principio: aumentar a carga em tecido 
conjuntivo intramuscular. 
 
• Aplicar apenas até que a ADM desejada seja 
obtida. 
Protocolo – Alongamento 
Chattanooga, 2003 
• Forma de onda: bifásica 
• Eletrodo: bipolar em cada 
lado do ventre 
• Frequência: 50 Hz 
• Tempo de pulso: largo 
• Intensidade: motora 
submáxima 
• Tempo: alonga – estimula – 
alonga – estimula – alonga 
 
PARA CICATRIZ: contração trêmula – cisalhamento da cicatriz 
 
• Uso do bombeamento muscular para reduzir o 
edema 
• Posicionar os eletrodos nos grandes grupos 
musculares proximais 
• Pode ser sobre agonista e antagonista alternando a 
contração 
• Protocolo 1 – Contração tetânica de 20 a 60% da 
MMT na relação TON: TOFF de 1:1 ou 1:2 
• Protocolo 2 – Contração trêmula de 20 a 40% da 
MMT contínua. 
Protocolo – Edema 
Chattanooga, 2003 
 Forma de onda: bifásica 
 Eletrodo: bipolar em cada lado do ventre 
 Frequência: 5 Hz 
 Tempo de pulso: estreito 
 Intensidade: motora submáxima 
 Tempo: 15-20 minutos 
 
 
T=200us 
F=50HzTON=5 a 6 segundos 
Repouso=10 segundos 
 
Apresentação - Espasticidade 
• Condição associada à hiperreflexia, incluindo 
resistência ao movimento passivo, diminuição do 
limiar dos reflexos tendíneos profundos e clônus. 
• Interfere na recuperação da função 
• Interfere na boa postura 
• Interfere na estabilidade proximal 
• Interfere na realização de movimentos 
coordenados 
Levine, Knott e Kabat. (1952) 
1. Estimulação do músculo antagonista – NÃO ESPÁSTICO 
 Mais usada em traumas centrais 
 
2. Estimulação do músculo agonista – ESPÁSTICO 
 Mais usadas para lesões da medula espinal 
 
3. Estimulação rítmica de músculos agonista e antagonista 
Duchenne (1871) 
 Relato de efeitos positivos quando realizou-se ativação de 
músculos antagonistas aos espásticos. 
Levine et al. (1952) 
 Estimulação farádica na musculatura antagonista à espástica 
em pacientes com várias desordens do SNC. 
 Pacientes hemiplégicos 
 0,5 ms/pulso quadrado/F=50Hz/2:2/10 minutos 
 7-8 sessões 
 Adequação da espasticidade em 90% dos pacientes com 
duração de 15 minutos até 2 horas 
Alfieri. (1982) 
Baker et al. (1979) 
“EENM nos músculos extensores do carpo e dedos com 
espasticidade em padrão flexor” 
 
 Pulso quadrado 
 T=200 us 
 F=33 Hz 
 7,5: 10 (ON:OFF) 
 Intensidade suficiente para eliciar a ADM 
 15 mituos, 2 vezes ao dia durante 4 semanas 
 
Diminuição de espaticidade, mais evidente em pacientes cujo o 
quadro havia iniciado a menos que 4 meses. 
Carstan. (1977) 
“EENM nos músculos dorsiflexores” 
 
 Monitorização do reflexo calcâneo antes e depois da sessão 
 
 Diminuição da espasticidade de flexores plantar 
Considerações sobre o paciente pediátrico 
1. EE é uma sensação nova e incomum, portanto os 
parâmetros devem ser ajustados lentamente; 
2. Podem ser necessárias várias sessões antes da criança 
aceitar os níveis de intensidade que produzem uma 
sensação forte; pode levar mais de uma semana para 
desenvolver uma contração muscular funcional. 
a) Na primeira sessão, coloque os eletrodos, mas não dispare 
o estimulador; 
b) Na proxima sessão, começe usando uma corrente de baixa 
frequência (3 a 10 Hz) e diga a criança que ela irá sentir 
sensações de “batidas”. Suavemente coloque os eletrodos 
com seus dedos para estimular antes de ligar a unidade 
Considerações sobre o paciente pediátrico 
c) Comece com uma intensidade de estimulação no nível 
sensorial apenas, então aumente a intensidade até visualizar ou 
palpar uma contração. 
d) Quando uma amplitude tolerada de estimulação for suficiente 
para produzir uma contração, aumente a frequência para 
produzir uma sensação tetanizante e uma sensação de 
“formigas”. 
e) Se a criança tem uma compreensão adequada e uma 
coordenação suficiente, ensine-a para ela controlar a 
amplitude. 
 
 
Considerações sobre o paciente pediátrico 
3. Os eletrodos devem restringir-se à area muscular a ser 
tratada, sem “sobrefluxo” de corrente para outros 
músculos. Nunca cortá-los menor que 1,5cm de diâmetro, 
porque pode haver lesão na pele ou desconforto. O 
eletrodo passivo deve ser sempre maior que o eletrodo 
ativo quando se usa a técnica monopolar. 
4. Se ocorrer “sobrefluxo” para o antagonista, mova o eletrodo 
passivo para uma região mais próxima do eletrodo ativo, 
para manter o fluxo de corrente mais superficial. 
5. Comece com sessões breves (10 minutos) 
Considerações sobre o paciente pediátrico 
6. Quando a resposta desejada for obtida e facilmente reproduzida, 
os membros da família podem aplicar os eletrodos e ajustar o 
estimulador para um tratamento domiciliar 
7. Em crianças, quando a área muscular for limitada em tamanho, 2 
grupos musculares que agem sinergicamente devem ser 
estimulados simultaneamente usando somente dois eletrodos. 
Cada eletrodo é colocado sobre cada ventre muscular. Por 
exemplo, para estimular a extensão do cotovelo e punho como 
reação de proteção, coloque um eletrodo na superfície dorsal 
do antebraço e o outro eletrodo sobre o m. triceps braquial 
Considerações sobre o paciente pediátrico 
8. Em crianças, é particularmente importante atentar para os 
sinais não verbais que a estimulação pode produzir, tais como 
alterações na expressão facial, comportamento, respiração e 
frequência cárdiaca. 
9. Use um trigger nas mãos ou pés do terapeuta para disparar a 
estimulação durante as atividades funcionais quando 
necessário. Por exemplo, o terapeuta pode usar um trigger no 
pé enquanto mantém as mãos livres para estabilizar ou guiar 
uma ação da criança em uma prancha de equilibrio ou bola 
terapêutica. 
 
 É uma terapia realizada por correntes elétricas de 
média frequência, resultante de uma interferência de 
duas correntes elétricas. 
 INTERFERENCIAL 
 Objetivos das correntes de média freqüência: 
 Estimulação mais confortável 
 Alcançar tecidos mais profundos 
 
 
 
 
 
 HISTÓRICO 
 NEMEC, 1950: aplicou o fenômeno físico de interferência de 
ondas para desenvolver o primeiro equipamento capaz de gerar 
correntes interferenciais 
 
 
 
 
Princípios Físicos 
 
 Interferência Construtiva: aumento da amplitude pela somação de duas 
ondas sinusoidais que estão exatamente em fase 
 
 Interferência Destrutiva: ocorre quando as ondas estão fora de fase uma 
em relação à outra resultando em uma amplitude de onda resultante 
igual a zero. 
 
 As correntes de média freqüência devem ser moduladas para haver tempo 
da fibra nervosa se repolarizar. 
BASES FÍSICAS 
 
 Frequência de Modulação: 4000 a 4250 Hz; 
 Frequência Resultante: 1 a 250 Hz; 
 Varredura (Delta F): evita acomodação; 
 Vetor rotacional: aumenta a área de tratamento. 
TÉCNICA TETRAPOLAR 
TÉCNICA TETRAPOLAR 
TÉCNICA TETRAPOLAR 
TÉCNICA TETRAPOLAR 
TÉCNICA BIPOLAR 
- Saída contínua de corrente sinusóide (~2500 Hz) 
- Modulada em 50 burst/seg (pulso polifásico) 
- Nomeação do ponto de vista eletrônico: 
CORRENTE ALTERNADA MODULADA EM TEMPO 
Raciocínio para produção de Corrente 
Russa 
ALTAS FREQUÊNCIAS 
TEMPO DE PULSOS PEQUENOS 
INTENSIDADES ALTAS 
CORRENTE MÉDIA ALTA 70% DA 
CORRENTE DE PICO 
MODULADA EM BURST PARA 
REDUZIR A SAÍDA DA CORRENTE 
MÉDIA 
MODULAÇÃO EM 50 BPS 
REDUÇÃO DA CORRENTE 
ELÉTRICA 
PERMITE O AUMENTO DE 
INTENSIDADE 
RESULTANDO EM 
ESTIMULAÇÕES MOTORAS 
INTENSAS 
Desvantagens da Corrente Russa 
• Corrente média alta (50 a 100 mA) em relação 
a corrente de pulsos bifásicos simétricos. 
(1/10 do valor) 
• Tempo de duração de pulso fixo 
• Duração de fase fixa (RAMPAGEM) 
• Devido a corrente média alta, deve-se ter 
cuidado com eletrodos pequenos. 
Corrente Aussie 
 Corrente Alternada com 
freqüência de 1kHz -4kHz 
utilizada para estimulacao 
sensorial ou motora; 
 Duracao de Bursts igual a 
2ms e 4ms; 
 Frequencia de Bursts 
variavel de 1 a 200Hz; 
 Pode ser modulada em rampa 
Corrente Aussie 
Corrente Aussie 
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DO 
ELETRODIAGNÓSTICO 
 Aumento da incidência de lesões de nervos 
periféricos: 
 Acidentes de motocicletas; 
 Traumatismos em acidentes automobilísticos; 
 Ferimentos por Armas Brancas (FAB); 
 Ferimentos por Armas de Fogo (FAF). 
ELETRODIAGNÓSTICO 
Provas Qualitativas Provas Quantitativas 
Reação de Degeneração 
Reação Vermiforme 
Contração Lenta 
Reação Miastênica 
Reação Miotônica 
Teste de Excitabilidade 
Hipo, Hiper ou Anexcitabilidade 
(comparação com o lado sadio 
Intensidade Limiar (Reobase) 
Tempo Limiar (cronaxia) 
Acomodação 
CURVA i/t 
PROVAS QUALITATIVAS 
realização do teste 
CORRENTE I 
Forma da 
corrente 
Frequência Tempo de 
Pulso 
Qualquer 
uma 
Tetanizante 
20 -80 Hz 
< = 1ms 
CORRENTE II 
Forma da 
corrente 
Tempo de 
Pulso 
Tempo de 
repouso 
Retangular 
Monofásica 
> 100 ms e 
< 1000 ms 
2000ms 
PROVAS QUALITATIVAS 
interpretação 
Reação Tipo de 
corrente 
Positiva(resposta) 
Significado 
Degeneração I Sem resposta muscular 
independente da I 
Reação de 
degeneração do 
nervo periférico 
Vermiforme I Fibrilação ou tremor 
muscular 
Reação de 
degeneração parcial 
Contração 
lenta 
II Músculo contrai e relaxa de 
forma lenta 
Lesão nervosa 
periférica 
Miastênica I Músculo entra em fadiga 
após 5 ciclos 
Miastenia gravis 
Miotônica I Músculo continua contraido 
no ciclo OFF 
Miopatia 
miodistônica 
PROVAS QUALITATIVA interpretação 
Estado de 
inervação do 
músculo 
Resposta 
corrente I 
Resposta 
corrente II 
Estado clinico 
Inervação 
integra 
Contração lisa, 
suave e tetânica 
Contração brusca 
de fibras 
individuais 
Nervo e músculos 
integros 
Reação de 
degeneração 
parcial 
Contração trêmula 
fibrilação 
Contração normal Degeneração de partes de 
fibras nervosas 
Reação de 
degeneração 
total 
Sem contração Contração lenta e 
vermiforme 
Degeneração de todas as 
fibras nervosas; músculo 
retém elementos 
contrateis 
Reação de 
degeneração 
absoluta 
Sem contração 
 
Sem contração Degeneração de todas as 
fibras nervosas; músculo 
severamente atrofiado, 
fibrótico e não contrátil 
IDENTIFICAR: 
• REOBASE 
• CRONAXIA 
• ACOMODAÇÃO 
 
MODOS: 
• MANUAL 
• AUTOMÁTICO 
PROVAS QUANTITATIVAS 
realização 
ELETRODIAGNÓSTICO 
 Existe uma relação entre acomodação e reobase, 
fornecendo o diagnóstico para o caso. 
 É o chamado coeficiente de acomodação, ou alfa, 
calculado dividindo-se acomodação por reobase: 
 Os valores diagnósticos para alfa são: 
 Normal: 2,7 a 6,0 
 RDP: 1,1 a 2,6 
 RDT: 1,0 
N 
RDP 
Estrutura de um nervo 
Estrutura de um nervo 
LESÕES DE NERVOS PERIFÉRICOS 
(LNP) 
 NEUROPRAXIA (neuroplaxia transitória, tipo I): 
 Lesão menos grave; 
 Sem descontinuidade e degeneração axonal; 
 Bloqueio localizado da condução; 
 Alteração local da bainha de mielina; 
 Causada por compressão, inflamação ou estiramento; 
 BOM PROGNÓSTICO. 
LESÕES DE NERVOS PERIFÉRICOS 
 AXONOTMESE (Lesões Grau II, III ou IV): 
 Ruptura dos axônios; 
 Tecido conjuntivo preservado; 
 Tubos endoneurais preservados; 
 Degeneração distal; 
 Déficit muscular; 
 BONS RESULTADOS. 
LESÕES DE NERVOS PERIFÉRICOS 
 NEUROTMESE (Lesão Grau V): 
 Mais graves; 
 Ruptura completa; 
 Cirurgia para reparar; 
 EVOLUÇÃO RUIM. 
SEDDON SUNDERLAND LESÃO 
Neuropraxia Grau I Disfunção (Ausência de lesão) 
Axonotmese Grau II axônio 
Axonotmese Grau III axônio + endoneuro (fibra) 
Axonotmese Grau IV 
axônio + endoneuro + 
perineuro (fascículo) 
Neurotmese Grau V 
axônio + endoneuro + 
perineuro + epineuro (nervo 
Classificação das Lesões Nervosas Periféricas 
COM A LESÃO NERVOSA 
PERIFÉRICA... 
 Axônio lesionado  Degeneração Walleriana; 
 Dizemos que o músculo tornou-se desnervado; 
 Desnervação muscular: 
 Total  todas as unidades motoras perderam seu 
axônio motor; 
 Parcial  algumas fibras musculares perderam seu 
suprimento nervoso 
Degeneração Walleriana – passo a passo 
1. O núcleo desloca-se para periféria 
2. Diminui a quantidade da substância de Nissl (proteinas) 
3. A parte distal da fibra nervosa degenera com fragmentação da 
mielina, que é fagocitada por macrofagos 
4. A proliferação das células de Schwann(mielina) dão origem a um 
cilindro, que é penetrado pelos axônios em crescimento. 
5. A fibra musculae estriada se atrofia 
6. A velocidade de crescimento axonal é de 0,5 a 3 mm/dia 
7. Quando o axônio não encontra o cilindro de células de Achann, 
seu crescimento é desordenado, formando muitas vezes 
neuromas de amputação. 
DEGENERAÇÃO 
 
WALLERIANA 
NEURÔNIO 
 
REGENERADO 
Lesão e Regeneração A- Fibra nervosa 
motora normal; 
 
B- Lesão axonal; 
deslocamento do 
núcleo para a periferia; 
degeneração da parte 
distal; 
 
C- Proliferação das 
células de Schwann 
(note a atrofia 
muscular); 
 
D- Regeneração axonal 
bem-sucedida; 
 
E- Crescimento axonal 
desordenado - 
"neuroma de 
amputação". 
- Sutura epidural 
- Reparo fascicular 
- Enxerto de nervo 
A denervação e suas consequências 
 Após a denervação os músculos sofrem 
alterações fisiológicas, morfológicas, 
mecânicas e elétricas, que levam a: 
- ATROFIA 
- DEGENERAÇÃO 
- FIBROSE MUSCULAR 
 
Atrofia das fibras musculares 
Processo progressivo caracterizado por: 
• Redução no diâmetro individual de fibras 
musculares 
• Diminuição no tamanho do músculo como um todo 
• Quadro clínico de fraqueza e retração 
Causa da atrofia muscular: 
• Inatividade muscular 
• Perda das influências neurotróficas secretadas 
dentro das fibras musculares pelos seus nervos 
motores. 
Perda de massa muscular 
• Músculos denervados perdem massa rápido, 
acentuadamente nos dois primeiros meses de 
denervação. 
30% da massa perdida em 1mês; 
50% a 60% em 60 dias e 
60% a 80% em 120 dias, quando se estabiliza 
• Espécie dependente. 
• Animais de laboratório: perda de 50% da massa 
dentro de 2 semanas após denervação. 
• No homem essa perda é mais lenta. 
Degeneração muscular 
Causa da degeneração das fibras musculares 
denervadas: 
- Estase vascular intra-muscular prolongada: 
acúmulo de sangue dentro do músculo e 
possiveis tromboses prejudicam a nutrição das 
fibras que então se degeneram. 
- Traumas associados ou sobrepostos: as fibras 
denervadas não tem os recursos necessários 
para reparar danos, mesmos que menores. 
 
Fibrose intramuscular 
• Quando avançada, pode agir como barreira 
física a reinervação das fibras musculares 
remanescentes. 
 
“a degeneração muscular e a fibrose são os 
reais inimigos, pois um músculo atrofiado, 
enquanto se mantiver “músculo”, pode se 
hipertrofiar quando for reinervado”. 
Outras alterações decorrentes da denervação 
• Fibrilação: o músculo denervado exibe contrações 
espontâneas e descoordenadas das fibras 
musculares individuais, que representam a 
despolarização espontânea da fibra muscular. 
• Alteração das propriedades elétricas da membrana: 
ocorre uma despolarização parcial do sarcolema, o 
potencial de repouso normal diminui-se de -80mV 
para -65mV dentro de 24hs. (resistência 
transmembrana aumentada) 
• Hipersensibilidade à acetilcolina (Ach) não somente 
na junção neuromuscular, mas em todo o 
comprimento dosarcolema (estímulo a reinervação). 
O aumento da sensibilidade a Ach inicia nos 
primeiros 2 dias após denervação. 
Ainda tem mais alterações... 
• Degeneração das junções neuromusculares 
• Descaracterização da placa motora terminal: perda 
do ponto motor 
• Interrompe o surgimento de substâncias tróficas 
enviadas do motoneurônio ás fibras musculares 
alterando a integridade fisiológica das mesmas. 
• Aumenta o tempo de contração, enquanto que a 
quantidade de tensão gerada diminui. 
OBS: espera-se que a reinervação não ocorrer em 2 
anos, todos os elementos contráteis do músculo 
serão substituídos por tecido conjuntivo fibroso. 
Avaliação – lesão nervosa periférica 
• Lesões associadas 
• Cicatriz 
• Dor 
• Edema 
• ADM 
• Sensibilidade 
• Força muscular 
• Eletrodiagnóstico 
• Exames complementares 
Considerações quanto a colocação dos 
eletrodos 
• Técnica monopolar: 
Eletrodo ativo (cátodo) sobre a região mais excitável 
eletricamente do músculo denervado (tamanho: 
1a2cm2) 
Eletrodo dispersivo (ânodo) sobre outra parte qualquer 
do corpo distante do eletrodo ativo (tamanho – 
grande o suficiente para que o fluxo de corrente não 
seja percebido pelo paciente embaixo desse 
eletrodo) 
• Técnica bipolar: eletrodo ativo sobre a região mais 
excitável eletricamente do músculo denervado e o 
eletrodo dispersivo sobre o tendão. 
Para pensar !!! 
1. A duração do pulso deve ser tão minima quanto 
possível, mas longa o suficiente para eliciar a 
contração muscular. 
2. A elevação do pulso deve ser tão gradual quanto 
necessária para evitar a estimulação dos axônios 
intactos. 
3. O repouso interpulso deve ser nomínimo 4 a 5X 
maior que a duração do pulso para ajudar evitar a 
fadiga muscular. 
4. A intensidade do estimulo deve ser suficiente para 
produzir uma contração razoavelmente forte, 
desde que não cause desconforto para o paciente. 
 
AVALIAÇÃO 
CLÍNICA 
TESTES DE 
EXCITABILIDAD
E ELÉTRICA 
ELETRODIAGNÓSTICO 
ELETROMIOGRGAFIA 
CLÁSICO: 
PROVA GALVÂNICA PROVA FARÁDICA 
CURVAS I/T: 
REOBASE CRONAXIA ACOMODAÇÃO 
LNP? 
R? 
REAVALIAÇÃO 
TRATAMENTO 
PULSOS 
GALVÂNICOS 
FARÁDICOS 
TRATAMENTO 
PULSOS LONGOS 
EXPONÊNCIAIS 
R? 
S N 
S 
S 
N 
N 
TRATAMENTO 
OBJETIVOS SINTOMAS 
CONTRAÇÃO 
MUSCULAR 
CONTROLE 
DA DOR 
INTRODUÇÃO DE 
MEDICAMENTOS 
REPARAÇÃO 
TECIDUAL 
CONTROLE 
ESPASTICIDADE 
FACILIATAÇÃO 
NEUROMUSCULAR 
FORTALECIMENTO 
MUSCULAR 
RESISTÊNCIA 
MUSCULAR 
USO COMO 
ÓRTESE 
PROCESSO INFLAMATÓRIO S 
N 
CORENTES POLARIZADAS 
ANALGÉSICOS / 
ANTINFLAMATÓRIOS 
CICATRIZAÇÃO 
CONTROLE DE 
EDEMA 
AUMENTO FLUXO 
SANGUÍNEO 
ESCLERÓTICOS 
FARÁDICA 
FES 
TENS GALVÂNICA 
DIADINÂMICAS: 
DF,CP,EU.MF 
CASTRO & CÁRNIO 2004

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