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ELETROTERAPIA Correntes Terapêuticas Prof. Eduardo Filoni - Corrente elétrica - Condutores - Resistores (impedância) COMO TUDO COMEÇOU ??? Galvani (1791) – a partir de experimentos em rãs e carneiros estudou-se a possibilidade de haver corrente elétrica em animais. Volta (1799) – experimentos mostraram que há possibilidade de estimular a contração muscular com corrente continua através do fechamento e abertura de circuito FUNDAMENTOS DA ELETROTERAPIA: HISTÓRICO DA ELETROTERAPIA Dois Objetivos: Analgesia Produzir Movimentos Dois Problemas Equipamentos Inadequados Falta de Respaldo Teórico (Panacéia) Douchene de Boulogne (1833) – através do uso da corrente alternada, descobriu os pontos de ereção (maior contração muscular dos músculos examinados) Von Ziemssen – utilizava Nitrato de Prata no ponto de ereção em pacientes moribundos, e descobriu após a analise por dissecção de cadáveres que há neste ponto a junção mioneural: PONTO MOTOR CLÁUDIO GALENO ( 200 DC ) O uso de peixes elétricos p/ o tto de várias patologias WILLIAN GILBERT ( 1603 ) Escreve o primeiro tratado de eletricidade médica : “ DE MAGNETE ” OTTO de GUERICKE ( 1654 ) Construiu a primeira “ Maquina elétrica ” JALLABERT ( 1748 ) Trabalhou com a estimulação elétrica de soldados hemiplégicos DESHEAIS ( 1749 ) Descreveu esses ttos em “ De hemiplegia Eletricitaten Curanda ” J. WESLEY ( 1759 ) “ Desideratum Eletricity Made Pain ” LUIGI GALVANI ( 1780 ) Observou o efeito da eletricidade sobre a musculatura esquelética de rãs . ALESSANDRO VOLTA ( 1800 ) Criou a primeira bateria para fins práticos ; O gerador GALVÂNICO . FUNDAMENTOS DA ELETROTERAPIA: HISTÓRICO DA ELETROTERAPIA Lapicque (1826) – define CRONAXIA = tempo mínimo de duração do pulso para produzir uma contração Du Bois Reymond (1843) – define o princípio de acomodação: Se o estimulo aumenta rapidamente de intensidade o músculo responde imediatamente. Se o tempo for alto, o nervo se acomoda com o estímulo e eleva o limiar de excitação Corrente Contínua/Direta Corrente Unidirecional Pulsada / Monofásica Pulsada Corrente Bidirecional Pulsada / Bifásica Pulsada Corrente Bidirecional Contínua / ALTERNADA EFEITOS BIOTÉRMICOS EFEITOS BIOQUÍMICOS EFEITOS BIOFÍSICOS Princípios Biotérmicos • Enquanto a indução eletromagnética causa uma agitação dos elétrons das últimas camadas do átomo, provocando “choque de maneira aleatória e produzindo calor como resultado desta agitação, a indução elétrica de força eletromotriz (Volt) orienta essa agitação de maneira uniforme, produzindo movimento elétrico em direção da força aplicada (corrente elétrica). Princípios Bioquímicos Ânodo + + + + + + Cátodo - - - - - - - - PELE ANAFORESE pH COAGULAÇÃO CATAFORESE pH LIQUEFAÇÃO OH - H+ I ACIDOSE LOCAL ALCALOSE LOCAL ÂNIONS ( - ) alto PM CÁTIONS ( + ) baixo PM Eletroendesmose desenvolvida pela aplicação da voltagem(V) contínua V ~ [OH -] [ H+] Princípios Bioquímicos É a partir da investigação das reações químicas, ocasionadas pela passagem de corrente contínua no tecido biológico que poderemos extrapolar os conceitos com outros tipos de correntes, seja no seu efeito terapêutico, seja na queimadura eletrolítica. Repele íons + Atrai íons – Vasoconstritor Analgésico Endurece tecidos Provoca coagulação Anti-inflamatório Repele íons – Atrai íons + Vasodilatador Amolece tecidos Hidrata os tecidos Fluidifica Princípios Biofísicos Limiar sensitivo Limiar motor Limiar nócico Princípio de Acomodação Contração muscular = despolarização da Fibra Nervosa Motora Tetanização Níveis Clínicos de Resposta à E.E. Transcutânea de Nervos e Músculos 1-SENSORIAL 2-MOTOR 3-DOLOROSO Num sistema nervoso íntegro: Amplitude Baixa = Estimulação Sensorial Amplitude Aumenta = Estimulação Motora Amplitude + Alta = Estimulação Dolorosa Os diferentes tipos de fibras nervosas vão sendo recrutadas em função da amplitude do estímulo. Efeitos do choque elétrico de 60Hz Intensidade de corrente Efeito 1 mA Limiar de percepção 5 mA Máxima intensidade de corrente aceita com inofensiva 10 a 20 mA Limiar de corrente de manter a contração muscular 50 mA Dores, exaustão, possibilidade de ferimento Função respiratória e cardíaca se mantém 100 a 300 mA Poderá ocorrer fibrilação ventricular, porém o centro respiratório se mantém intacto 6 amperes Paralisação temporária da respiração Queimaduras se a densidade da corrente for alta Classificação quanto ao fluxo iônico Amplitude de Corrente Tempo de duração de pulso Pulso Intervalo interpulso Frequência Classificação do pulso quanto a forma Classificação do pulso quanto a simetria Classificação do pulso quanto a distribuição de carga APLICAÇÕES • MONOPOLAR Alvo – eletrodo ativo Fora do alvo – eletrodo indiferente • BIPOLAR • TETRAPOLAR Eletrodos Comunicação aparelho/paciente Importância da colocação e disposição Eletrodos para pulsos unidirecionais Eletrodos para pulsos bidirecionais Higiene/vida útil/formas de aplicação Material dos Eletrodos e Agentes Acopladores Meios de acoplamento • Objetivo: fornecer a menor resistência possível a passagem de corrente para o tecido biológico. • Borracha gel • Polímero auto-adesivo (carbono) • Metal e esponja embebido com água Esponja com placas metálicas • Pressão mais uniforme, não permitindo pontos de maior pressão • Metal permite pontos de maior pressão, favorecendo a ilhas de condução devido a distribuição pouco uniforme. Resistência dos eletrodos • Metal/água – resistência de 10-100 ohms • Borracha/Gel – 1000 ohms • Auto-adesivo – milhares de ohms • Considerar as vantagens e desvantagens NÃO COLOCAR EM PROEMINÊNCIAS ÓSSEAS QUANTO MAIS PRÓXIMO MAIS SUPERFICIAL HIPEREMIA: Em parte pela pressão dos eletrodos; em parte pelo efeito intrínseco da corrente. Comportamento da impedância elétrica dos tecidos biológicos durante a EE 2007 – Revista Brasileira de Fisioterapia BOLFE V.J et al • A impedância é alterada pela localização e distância entre os eletrodos, bem como frequência da corrente. • A distância foi responsável por 50% da variabilidade da impedância. • Aumento da temperatura da pele eleva a impedância cutânea. NOME DOS PRODUTOS PARA ESTERILIZAR ELETRODOS INTRAVAGINAL OU INTRAANAL - Germe kill J&J®: 20’ de assepsia + 12 de esterilização - Gutaraldeido: não é biodegradavel; tóxico e teratogênico - Acido peracético: caro O dedo do terapeuta como eletrodo Para localizar pontos de acupuntura e gatilho, ou para estimular crianças. Técnica: um eletrodo no paciente, outro na mão do terapeuta. Terapeuta passa um pouco de gel na ponta do dedo, que é familiar para uma criança que pode estar nervosa numa primeira sessão de tratamento. Para a localização de pontos, o gel na ponta do dedo é desnecessário. a) Equipamento: verificar o fusível comutador de voltagem 110/220 adequado à rede elétrica. b) Paciente: Controles de dosagem elétrica zerados . c) Paciente: não deve tocar do aparelho, na parede, no solo ou qualquer parte metálica da maca durante a aplicação, devido ao perigo de CHOQUE ELÉTRICO. d) Paciente: informá-lo sobre o que será feito e qual a sensação durante a aplicação. e) Paciente: examinar e limpar a pele. f) Equipamento: molhar esponjas (Correntes Unidirecionais) e aplicar gel nas placas de silicone (Correntes Bidirecionais simétricas). g) Aplicação: não estabelecer nenhum ponto de contato direto do eletrodo placa (correntes unidirecionais)com a pele do paciente. Pode cauterizar. h) Aplicação: não estabelecer nenhum contato entre os eletrodos durante a sessão. i) Aplicação: aumentar a dose de corrente elétrica paulatinamente e observar a reação do paciente na aplicação. j) Paciente: não exceder a tolerância sensitiva do paciente. Este deve manter o terapeuta informado sobre sensações desagradáveis. l) Aplicação: evitar interrupção de contato eletrodo-pele durante a sessão. m) Aplicação: nunca desligar o aparelho sem antes voltar a dose a zero . n) Paciente: reexaminar a pele do paciente. - Paciente com implante de marca-passo sem avaliação médica. -Endoprótese: absoluta para correntes unidirecionais e relativa para bidirecionais simétrica. - Estimulação específica para as seguintes regiões: carótidas, glossofaríngea e sobre as pálpebras. - Lesões de pele. - Útero gravídico. - Dores não diagnosticadas, pois a analgesia pode mascaras o valor diagnóstico. - Regiões com parestesia e anestesia. -As correntes diadinâmicas são correntes galvanofarádicas alternadas, retificadas em semiondas ou ondas completas e moduladas em composição dupla ou tripla. - PIERRE BERNARD - Paciente experimenta uma fraca sensação de formigamento e contrações com intensidade alta. - Paciente experimenta uma sensação de vibração e aumenta a intensidade de contrações. - Paciente percebe uma alternância rápida entre as fases DF e MF. Sobre a fase MF pode-se produzir contrações. - Paciente percebe, com clareza, a troca lenta das sensações descritas por DF e MF, sendo que a durante a fase MF, sente-se contrações. - É o mesmo que CP, entretanto, a intensidade da corrente é sentida com mais clareza, durante a fase DF. - Tem uma ação similar a modulação CP pois, devido ao aumento de 10% da intensidade durante a fase de 100 Hz é mais vigorosa. TÉCNICA TRONCULAR TÉCNICA TRONCULAR TÉCNICA MIOENERGÉTICA TÉCNICA MIOENERGÉTICA TÉCNICA DO PONTO DOLOROSO TÉCNICA GANGLIOTRÓPICA APLICAÇÃO SUB-AQUÁTICA “BANHO GALVÂNICO” INTENSIDADE DA CORRENTE Depende do tamanho e técnica dos eletrodos A dosificação é individual - sensação clara e tolerável da corrente TEMPO DE APLICAÇÃO Deve-se limitar a poucos minutos Acomodação Habituação Efeito Eletrolítico Tecidual Total de 10 - 12 minutos com o uso de 3 correntes distintas no mesmo local Protocolos - DIADINÂMICAS • DF 1’ + CP 5’ • DF 1’ + LP 5’ FREQUÊNCIA: 50 A 100 Hz DURAÇÃO DO PULSO: 0,1 A 10 MS TEMPO Corrente contínua (direta) – fluxo contínuo e unidirecional de elétrons indo do pólo negativo para o pólo positivo, criando duas áreas com dois pólos bem distintos. Efeitos da corrente galvânica • Estimulação sensorial • Hiperemia • Eletrotônus • IONTOFORESE Teste de Polaridade Mergulhe os 2 cabos de conecção num copo d'água, aumente a amplitude da corrente e observe: se corrente polarizada (monofásica) = atividade eletrolítica na água (no terminal negativo vão se formar bolhas de íons hidrogênio); se corrente não-polarizada (bifásica), não haverá nenhuma atividade nos terminais. É o uso da corrente elétrica para auxiliar a administração transcutânea de substâncias ionizáveis com fins medicamentosos. CORRENTE GALVÂNICA Vantagens da iontoforese • Auxilia a transmissão da medicação para a área alvo. • Útil principalmente para locais com pobre irrigação sanguínea. • Menos efeitos colaterais “ A passagem real de correntes e portanto de íons ocorre sobretudo por meio de dutos das glândulas sudoríparas e em menor extensão por meio de folículos pilosos e glândulas sebáceas” Transferência de íon • Produto (pólo definido e solúvel em água) • Dissociação iônica • Repulsão eletrostática • Eletrodo ativo (eletrodo de distribuição) • Eletrodo dispersivo (eletrodo de retorno) Outras correntes utilizadas T = 2ms e R = 5ms 28,5% de componente galvânico T = 10ms e R = 0ms 66% de componente galvânico T = 10ms e R = 10ms 50% de componente galvânico Diminuir risco de queimadura Adicionar efeito analgésico TEMPO DE APLICAÇÃO (DOSAGEM DE CORRENTE) O tempo de aplicação depende da amplitude de corrente. Outros fatores: tolerância do paciente e polaridade do eletrodo ativo. “O tempo de aplicação é inversamente proporcional a intensidade de corrente”. Sugestões!!! • Intensidade – 0,01 a 5mA • Tempo – de 5 minutos a várias horas • Sempre – Evidências!!! • Qualquer dosagem de corrente pode ser atingida por um número infinito de combinações de amplitude e tempo Dosagem de correntes favoráveis durante a iontoforese • Dosagem indicadas para dor e inflamação 40 a 80 mA/min Autor, data N Dosagem de corrente Bertolucci (1982) 30 65 mA.min Braun (1987) 1 76 mA.min Delacerda (1982) 8 85 mA.min Harris (1982) 50 100 mA.min Hasson (1992) 1 65 mA.min MÉDIA 78 mA.min Food and drugs administration (FDA) sugere 80 mA.min Eletrodos Particularidades da iontoforese Confronto de dois achados: • Eletrodos mais próximos – menor resistência na periferia – fluxo de corrente mais superficial • Eletrodos mais separados – menor resistência na profundidade – fluxo de corrente mais profundo Cummings - 1991 • Distância mínima de 18 polegadas (46cm) entre os eletrodos. 1. Não há evidência de que isso aumentará a aplicação da droga. 2. Evidências de diminuir o risco de irritação e queimadura. Penetração de íons Fatores que influenciam na penetração: • Tipo de medicação • Dosagem • Tecido adiposo subcutâneo • Diâmetro muscular Os efeitos eletroquímicos são locais e raramente ultrapassam 1mm da superfície dos eletrodos. A absorção ocorre em camadas mais profundas: via circulação capilar e transporte de membrana Procedimentos clínicos 1. A corrente é aumentada lentamente (rampa ascendente) - Parte inicial do tratamento (5 a 10 minutos) - Restante do tratamento: 3 a 5mA de acordo com a tolerância do paciente 2. A corrente é diminuída lentamente (rampa descendente) 3. A pele é inspecionada e pode-se aplicar algum creme para aliviar qualquer irritação da mesma. Uso de agentes físicos associados a iontoforese • Exercícios, massagem, ultra-som e diatermia Objetivo: aplicação sobre o local após a iontoforese para aumentar a dispersão e penetração da droga. “Se a intenção da iontoforese for manter a droga localizada na área alvo o aumento do fluxo sanguíneo provocado pelos agentes físicos pode acelerar a dispersão da mesma”. Complicações - iontoforese Queimadura química: • Causa: excesso de intensidade ou densidade de corrente • Geralmente ocorre sob o cátodo (excesso de Na OH- ação esclerolítica) • Lesão rósea Queimadura pelo calor: • Causa: excesso de calor produzido em áreas de alta resistência • Áreas de alta resistência: falta de umidade nos eletrodos, eletrodos formando pregas; eletrodos rígidos (ar entre o eletrodo e a pele) e áreas isquêmicas devido a compressão excessiva dos eletrodos Complicações - iontoforese Reações alérgicas ou de sensibilidade (SUGESTÕES): • Não usar iodo em pacientes alérgicos a frutos do mar. • Se o paciente já apresentou uma reação ruim a um pyelogram intravenous, não usar iodo. • Alguns pacientes com asma podem reagir mal ao odor de metiolil. Pedir para o paciente respirar grão de café ou ar fresco. • Pacientes com úlceras de estômago ou gastrite podem reagir mal à administração de hidrocortisona, apesar de pouquíssimas quantidades da droga alcançarem o estômago. • Pacientes que tem problemas com aspirina podem reagir mal à administração de salicilatos. • Pacientes sensíveis à metal podem ter reações ao cobre e zinco. APRESENTAÇÃO • Século XVII – uso da eletricidade para melhorar a cura dos tecidos.• Situações: - Suprimento vascular – Fase proliferativa - Iontoforese - Controle do edema (2 mecanismos) Fases do Processo Inflamatório Fase Inflamatória Fase Proliferativa Fase de Remodelagem/Maturação Corrente Galvânica • Wolcott e col. (1969); Carley e Wainapel (1985) Foram realizados com ferimentos de pele em humanos, utilizando CC (< 1mA) e colocando o ânodo (+) sobre a ferida. Resultado: a taxa de reparação nas lesões eletricamente estimuladas foi significativamente maior que nas lesões controle. Corrente Galvânica Efeito Bactericida • Rowley, (1972) e Rowley e col. (1974) EE com CC e o cátodo ( - ) na ferida infectada: morte e retardo no crescimento de microorganismos gram positivo e gram negativo. Forma de Onda High Volt Kilcaid e Lavoie (1989) – efeito bactericida Brown e Gogia (1987) – reparação de feridas – intensidade no nível motor Kloth e Feedar (1988) – reparação de feridas a nível submotor Griffin e col. (1991) – melhora significativa em úlceras de pressão na região pélvica com o cátodo próximo da ferida. – EFEITO BACTERICIDA ??? Brown e Gogia (1987) – efeitos na reparação de feridas cirurgicamente induzidas em ratos: catódo ( - ) sobre a ferida – melhora do grupo controle ânodo (+) sobre a ferida – melhora do grupo tratado. Estimulação Elétrica e Circulação Mecanismos: • Reflexamente, por ativação dos nervos autonômicos (diminui a ação simpática causando VD) • Pela contração muscular Estimulação Elétrica e Circulação EVIDÊNCIAS • Heckler e col. (1985) – HV • Currier, Petrilli e Threlkeld (1986) – Corrente Russa • Dooley e Kasprak (1976) – TENS sensorial • Owens e col. (1979) – TENS motor • Raynoud, Polineuropatia diabética, úlceras crônicas • Termografia, Plestimografia elétrica Dor !!! Desafio clínico!!! Quer curar ??? Trata a causa !!! Controle da dor não cura Steinbach classificou a dor como um conceito abstrato, que o paciente descreve como sensação pessoal de ferimento que pode significar lesão tecidual, com o propósito de proteger o organismo de malefícios. “Uma experiência sensorial e emocional desagradável associada ou descrita em termos de lesão tecidual ou potencial”. Associação Internacional de Estudos da Dor ( 1986 ) TIPOS DE DOR DOR POR NOCICEPÇÃO Decorrente da estimulação dos nociceptores, provoca manifestações sensitivo-descritivas. (Emocionais) DOR POR DEAFERENTAÇÃO Quando há um trauma tecidual os nociceptores vão se modificando e mantendo o quadro álgico. Geralmente é chamada dor crônica quando sua duração é maior que 3 meses • Existem certos tipos de dor que são gerados no próprio SNC como a dor do membro fantasma. Para que o fenômenos álgicos seja identificado pelo organismo são necessárias várias estruturas em diferentes níveis do organismo para que possa haver a identificação, interpretação, modulação e efetivação. NOCICEPTORES Nociceptores Específicos Mecanonoceptores Termonoceptores Nociceptores polimodais Para ativá-los são necessárias substâncias especificas para desencadear a dor. NEUROTRANSMISSORES Bradicininas: Estimulação direta da fibra nervosa que transporta os estímulos nocivos Prostaglandina: Sensibilização das fibras nervosas de forma que outros mediadores possam iniciar a nocicepção. Substância P: Extravasamento de subst. que podem causar nocicepção. NEUROMODULADORES ENCEFALINAS DINORFINA BETA-ENDORFINA Serotonina, Noradrenalina, Neurotensina Aspectos Periféricos da Dor Os nociceptores dão origem a dois tipos de fibra nervosa aferentes: Fibras A: Delta – fibras finas mielinizadas, rápidas, adaptação lenta. ( dor aguda ) Fibras C: Fibras finas amielinizadas, lentas, adaptação lenta. ( dor crônica ) Terminações Nervosas Sensitivas Receptores Especiais Receptores Gerais Livres Encapsulados Meissner Ruffini Vater - Paccini TIPOS DE FIBRAS NERVOSAS Fibras A-delta (δ): pequeno diâmetro, mielinizadas. Estímulos térmicos e mecânicos de alta intensidade Velocidade de condução: 5 a 30 m/s Dor Aguda ou Rápida TIPOS DE FIBRAS NERVOSAS Fibras Tipo C: pequeno diâmetro, não- mielinizadas. Estímulos mecânicos, térmicos e químicos (polimodais) Velocidade de condução: 0,5 a 2 m/s Dor Crônica ou Lenta TIPOS DE FIBRAS NERVOSAS Fibras A-beta ( ): grande diâmetro, mielinizadas. Estímulos mecânicos: tato, pressão, vibração Velocidade de condução: 30 a 75 m/s Importância na modulação da dor INFORMAÇÃO DE DOR FIBRAS AFERENTES SUBSTÂNCIA GELATINOSA CELULAS TRANSMISSORAS NÚCLEO ESPINOTALAMICO CENTROS SUPERIORES Vias de Dor e Temperatura Via Neospino-Talâmica Tracto Espino-Talâmico- Lat. Neurônio I Neurônio II ( I REXED) -comissura branca -funículo lateral -tracto ETL -Lemnisco espinhal Neurônio III -núcleo ventral póstero-lateral -cápsula interna -giro pós-central ( 3,2,1) Vias de Dor e Temperatura Via Paleoespino-Talâmica Neurônio I Neurônio II ( V REXED) -funículo lat. Homolateral e Contralateral -tracto espino-reticular -sinapse na formação reticular Neurônio III -fibras retículo-talâmicas -núcleos intra-laminares ( consciência) Neurônio IV -territórios amplos do córtex Via de pressão e Tato Protopático •Neurônio I •Neurônio II - comissura branca - funículo anterior ( contra-lateral) - Tracto espino-talâmico anterior - Lemnisco espinhal • Neurônio III - núcleo ventral póstero-lateral - cápsula interna - área somestésica do córtex * consciência talâmica Vias de propriocepção consciente,Tato Epicrítico e Sensibilidade vibratória • Neurônio I - Fascículo grácil e cuneiforme • Neurônio II - núcleos grácil e cuneiforme -fibras arqueadas internas -lemnisco medial ( contra-lateral) • Neurônio III -núcleo ventral póstero-lateral -cápsula interna -área somestésica * cinestesia, estereognosia * Consciência em nível cortical INFORMAÇÕES EXCITATÓRIAS NOCICEPTORIAS INFORMAÇÕES INIBITÓRIAS MECANOSSENSÍVEIS VIAS DESCENDENTES – OPIÁTOS “Analgesia do campo de batalha” SISTEMA DE COMPORTAS Melzack e Wall, 1965 Fibras C e A - delta Fibras A - beta Mecanismo Inibitório Nócico Difuso • Justificativa fisiológica do breve-intenso • Obtenção rápida e momentânea de analgesia Inibição por Opiáceos endógenos B-endorfina : • cadeia de 31 aminoácidos • Meia vida de 4 horas • Como é encontrada na hipófise, e é de longa duração, ela está envolvida no conjunto de respostas animais associadas ao estresse severo PEPTÍDEOS OPIÁCEOS Existem 3 famílias destes peptídeos: Encefalinas Tonsila do cerebelo, hipotálamo, SCPA, bulbo e CPME Beta-Endorfina Hipotálamo, SCPA, bulbo e medula espinal Dinorfinas (distribuição semelhante às encefalinas) NOBACK, STROMINGER, DEMAREST, 1999 Mecanismo da Dor Modulação da Dor Endorfinas T.E.N.S Opiátos Antidepressivos Comporta Estímulo Doloroso Nociceptores Via Aferente Corno posterior Núcleo Espinotalamico Centros Superiores Outros mecanismos neurofisiológicos de inibição da dor pela eletroanalgesia • Analgesia por estresse • Reduz a atividade simpática • Quebra do ciclo dor – espasmo – isquêmia • Aumenta limiar de nociceptores • Quebra do mecanismo de memória em dor crônica • Efeito placebo • A dificuldade da avaliação dos efeitos do TENS, ocorre pela dificuldade de avaliar a dor • Objetivo do TENS: controle da dor, e não da causa da mesma ESCALAS VISUAIS ANALÓGICAS ESCALA VERBAL- NUMÉRICA: O doente é informado sobre a necessidade dele classificar sua dor em notas que variam de 0 a 10, de acordo com a intensidade da sensação. Nota zero corresponderia a ausência de dor, enquanto nota 10 a maior intensidade imaginável. Na prática, a nota 10 seria virtual. • Escala de Classificação Verbal de 5 pontos: ( ) Leve ( ) Desconfortável ( ) Que perturba ( ) Horrível ( ) Insuportável Nota zero Dor ausente ou sem dor Nota três Dor presente, havendo períodos em que é esquecida Nota seis A dor não é esquecida, mas não impede exercer atividades da vida diária Nota oito A dor não é esquecida, e atrapalha todas as atividades da vida diária, exceto alimentação e higiene Nota dez A dor persiste mesmo em repouso, está presente e não pode ser ignorada, sendo o repouso imperativo ESCALA COMPORTAMENTAL ESCALA DE FACE PARA AVALIAÇÃO DA DOR EM CRIANÇAS É uma corrente bifásica, balanceada proporcionando nível de corrente contínua igual a zero. Esta corrente é composta por estímulos de freqüências variáveis de 8 à 170/200 Hz, os quais podem ser agrupados em trens de pulso onde se pode variar também a largura dos pulsos de 50 a 355 micro segundos. TENS – Estimulação Elétrica Transcutânea Nervosa Estimulação antalgica por inibição sensitiva segmentar F = 75 a 150 Hz – esgota neurotransmissores I = limiar sensitivo / estímulo tátil, (10 a 30 mA ) T = em torno de 2 a 50 microsegundos Analgesia imediata – em torno de 20 minutos Indicado em dores agudas e incapacitantes curta duração do alívio – de 1 a 2 horas Sensação – formigamento ( parestesia ) sem contração muscular Mecanismo – Teoria das comportas Fuirini Jr. e P. Carvalho ( 2000 ) Excitomotora por fibrilações elementares Antalgica por liberação de endorfinas F = 2 a 8 Hz (baixa freqüência ) I = limiar sensitivo-motor - fibrilações ( 30 a 80 mA ), no limite do suportável T = 75 microsengundos - duração do pulso é > Analgesia não imediata – 30’ a 1 hora Duração longa do efeito – de 2 a 6 horas Indicado em dores crônicas com contraturas e espasmos Mecanismo – neuro-humoral serotoninérgico Fuirini Jr. e P. Carvalho ( 2000 ) Antalgica por estimulação nociceptiva / nocivo Largura de pulso: 200 microsegundos / p. largos F = 150 Hz – pode ser a mais alta do aparelho I = alta, no limiar álgico suportável ( 30 a 80 mA ) Ocasiona contração musculares tetanizantes Período de estimulação: 30 seg. a 1 minuto Início do alívio de 10 a 15 minutos Indicado para alívio rápido da dor e para inibição de pontos gatilho Mecanismo – bloqueio da condução química, teoria de envolvimento cortical inibitório Fuirini Jr. e P. Carvalho ( 2000 ) F = 100 Hz I = alta no limite suportável ( 30 a 60 mA ) P = maior regulagem ( 200 – 25O s) Sensação - contrações musculares ritmadas ou pulsáteis acompanhadas de parestesia Início do alívio de 10 à 30 minutos Mecanismo – neuro-humoral serotoninérgico / rompimento do padrão talâmico de dor Obs : alguns aparelhos dispõe desse recurso de fábrica Fuirini Jr. e P. Carvalho ( 2000 ) V.I.F Variação de Intensidade e Freqüência Retardar o principio de acomodação Modalidade do T.E.N.S Colocação dos eletrodos • Ajuda a assegurar o sucesso da terapia • Diferentes técnicas • Grandes variações individuais (tentativas) Em relação ao ponto de dor Inervação sensorial dermátomo do nervo periférico Inervação sensorial dermátomo das raizes nervosas Em relação ao trajeto do nervo periférico N. FEMORAL N. OBTURATÓRIO N. GLÚTEO SUPERIOR E INFERIOR N. ISQUIÁTICO N. FIBULAR COMUM N. TIBIAL N. PLANTAR LATERAL E MEDIAL Ramos principais do plexo braquial N. mediano N. músculo-cutâneo N. ulnar N. axilar N. radial n. axilar n. radial Vista posterior mse, mostrando o trajeto dos nn.axilar e radial, o ramo cutâneo do n.radial não está ilustrado. n.radial e sua divisão em ramos superficial e profundo n.musculocutâneo N. MEDIANO Tipos de Estudos • Modelos animais • Dor experimental em humanos • Estudos clínicos • Preferência do paciente • O papel do acaso Sluka e col (1998) “Inflamação articular induzida por carregenina e kaolina em joelhos de ratos” • TENS (4 Hz e 100 Hz) aplicadas por 20 minutos após indução da inflamação, reduzem a dor referida e diminuem a hiperalgesia secundária, evidênciada por latência da retirada da pata ao calor radiante. • Não alteram o comportamento de proteção ao membro • Não alteram a inflamação articular (não diminuiu o edema induzido) • Pós-efeito: 4 Hz = 12 hs (??) 100 Hz = 24 hs Han e col. (1991) “Primeiro estudo em humanos a mostrar liberação diferencial de peptídeos analgésicos em função da frequência” TENS 2 Hz e 100 Hz, por 30 minutos Avaliação: fluído cerebro-espinhal antes e após a EE Resultados: - 100 Hz libera dinorfinas - 2 Hz libera meta-encefalinas Walsh e col. (1995) “Sugere que o efeito hipoalgésico da TENS em dores isquêmicas experimentais é F - dependente” 32 mulheres saudáveis submetidas a teste do torniquete por 12 minutos. Dor avaliada com VAS e MPQ TENS AF (110 Hz) ou BF (4 Hz) nos músculos escalenos (ponto de Erb) instalada 10 minutos antes do torniquete e mantida até o final Resultados: - Comparado com os grupos controle e placebo, só o TENS BF produziu efeito hipoalgésico. • TENS AF/BI reduz a dor experimental produzida por calor irradiante • Reduz a avaliação sobre o estímulo de calor como sendo doloroso (43oC – 51oC) • Aumenta o limiar de dor de 46,7 para 47,9oC • Compara a efetividade de 5 frequências (10, 20, 40 e 80 Hz) sobre a dor isquêmica experimental induzida pelo frio • 20 e 80 Hz produziram maior analgesia • Não houve diferenças em função de diferente intensidades Marchand e col. (1991) Johnson e col. (1989) CALOR E FRIO Leandri et al. (1990) “Compara os efeitos de diversas intensidades de EE no alivio da dor do ombro hemiplégico” TENS (100 Hz): AI (3x o limiar sensorial) BI (limiar sensorial) Protocolo: 12 sessões, 3x semana, 1 mês Resultados: - Somente o TENS AI aumentou a ADM passiva. “O uso do TENS no trabalho de parto” Método seguro, não invasivo Eletrodos do tipo cirúrgicos (2,5x1,5cm) para que as raizes nervosas sejam cobertas Aparelho ligado durante o trabalho de parto: F: 80-120 Hz; T: 150 us; I: confortável (limiar sensitivo) Outro par de eletrodo em S1 e abaixo. “O uso do TENS pós parto” PARÂMETROS IGUAIS DURAÇÃO 1 HORA – 4X AO DIA Johnson e col. (1991) Preferência de modalidade dos pacientes n Média (faixa) Idade (em anos) Mulheres – 82 Homens – 97 Total - 179 55,7 (24 - 82) 54,8 (30 - 85) 55,2 (24 - 85) Tempo de uso (em anos) 179 4,0 (0,25 – 9) Grau de alivio da dor (0=nenhum 10=total) 168 5,1 (0 – 10) Duração do tratamento 152 39,7 (0,75 – 63) Tempo para inicio da analgesia (minutos) 150 30 (0 – 2 h) Duração do pós efeito (minutos) 150 51 (0 – 2 h) Johnson e col. (1991) Preferência de modalidade dos pacientes n Pcts(%) Preferência - padrão de pulso convencional burst ambos 128 72 (56) 29 (23) 27 (21) Preferência - frequência rápida lenta nenhuma 48 28 (58) 15 (31) 05 (11) Mudanças na efetividade com o tempo aumentam sem alterações diminuem 129 13 (10) 75 (58) 41 (32) Uso da TENS fora de casa regularmente ocasionalmente nunca 162 85 (53) 31 (19) 46 (28) Usa droga analgésica 147 110 (75) Reações cutâneas 143 45 (31) Tulgar e col. (1991) “Avaliar a preferência e comparar aefetividade de 4 modos de EE” TENS convencional (70 Hz) Burst (90 e 2 Hz) VFA (60 – 20 Hz em 1.3s) VFB (90 – 55 Hz em 1.3s) Protocolo: 4 sessões de teste cada um com um modo, para determinar o mais efetivo. Pcte utiliza o mais efetivo por 3 meses Resultados: maioria preferiu VFA; 66% responderam melhor ao tto VF > Burst > Convencional Smith, D. (1990) “Várias frequências de TENS foram usadas em pacientes odontológico” Efeito sobre a sensibilidade da polpa dentária Efeito durante a preparação de cavidades: elimina ou minimiza ador em 67% dos ttos. Resultados: TENS AF (100 Hz) sensação de aquecimento e relaxamento Correntes Excitomotoras Geram Contração Muscular F.E.S N.M.E.S E.E.N.M ELETROTERAPIA DE BAIXA FREQUÊNCIA PROPRIEDADES DO MÚSCULO ELASTICIDADE CONTRATILIDADE PLASTICIDADE TONICIDADE Principais efeitos da EENM • Despolarização do tecido nervosos • Despolarização do tecido muscular • Influência na polaridade tecidual Fisiologia da Contração Muscular Período Refratário Período Absoluto Lei do Tudo ou Nada: intensidade suficiente para despolarizar e gerar o impulso elétrico. Contração muscular fisiológica • Dispersão de um potencial de ação através das fibras musculares • Este potencial e transferido para o músculo através do nervo periférico Potencial de ação Nervo Motor Placa Neural Na/K/Ca Sinapse Membrana Muscular Superficial Profunda TRÍADES ADP + P ATP Contração muscular pela EENM 1. Estimulação do motoneurônio alfa Contração (maneira mais rápida e fácil) 2. Estimulação direta na membrana muscular Contração usada para músculos denervados Requer parâmetros especiais Depende do tempo de lesão Indicações da EENM • Reestabelecer a força e resistência muscular • Reeducação do movimento • Reabsorver edema • Adequar a espasticidade • Uso funcional (FES) • Reestabelecer extensibilidade muscular (???) Alongamento (???) Precauções e contra-indicação • Intensidade alta sobre área cardíaca • Diretamente sobre os seios carotídeos • Sobre áreas neoplásicas e infectadas • Em pacientes com dificuldade de comunicação • Região abdominal de gestantes • Sobre áreas de doenças vasculares periféricas ou tromboflebites • Portadores de marca passo cardíaco ou outros eletrodos implantados • Sobre áreas de tecido adiposo em excesso • Cuidado em áreas anestesiadas • Quando o movimento ativo é contra-indicado • Sobre feridas abertas Outros cuidados • Posicionamento dos eletrodos . • Rupturas musculo-tendíneas. • Fraturas não consolidadas. • Não exceder os limites de fadiga do paciente. • Respeitar os limites de tolerabilidade à corrente. PROPRIEDADES TIPO I TIPO IIb TIPO IIa VELOCIDADE DE CONTRAÇÃO LENTA INTERMEDIÁRIA ELEVADA DIÂMETRO PEQUENO MÉDIO GRANDE SISTEMA ENERGÉTICO PRED. AERÓBICO MISTO ANAERÓBICO RESISTÊNCIA À FADIGA ELEVADA ALTA / MODERADA BAIXA CONTEÚDO DE MITOCÔNDRIAS ELEVADO ALTO / MODERADO BAIXO CONTEÚDO DE GLICOGÊNIO BAIXO MODERADO ALTO COR VERMELHA VERMELHA BRANCA TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES COMPOSIÇÃO TÍPICA DA FIBRA MUSCULAR ENTRE ATLETAS DE DIFERENTES MODALIDADES E NÃO ATLETAS ESPORTE % DE FIBRAS TIPO I - LENTAS % DE FIBRAS TIPO II - RÁPIDAS Corredores de Longa Distância 70-80 20-30 Corredores de Curta Distância 25-30 70-75 Halterofilistas 45-55 45-55 Não Atletas 47-53 47-53 Recrutamento de fibras musculares através da contração muscular voluntária • Fibras musculares do tipo I são recrutadas primeiramente • Fibras musculares do tipo II são recrutadas enquanto o esforço aumenta • Exercícios típicos de rotina beneficiam primeiramente as fibras do tipo I • As fibras do tipo II só serão beneficiadas quando os exercícios específicos as recrutarem Recrutamento de fibras musculares através da eletroestimulação neuromuscular Fibras musculares do tipo II são as primeiras a contrair Fibras do tipo I são contraídas mais facilmente quando o tempo de pulso e a intensidade são elevadas acima de um certo limiar Resultado: treinamento afeta preferencialmente as fibras do tipo II Padrão de contração (voluntária e EENM) PADRÃO DE DISPARO VOLUNTÁRIA EENM Despolarização assincrônica Despolarização sincrônica Graduação fina da tensão muscular (ajuste automático às alterações do meio ambiente) Não há graduação fina da tensão muscular ajuste manual (aumenta ou diminui a intensidade da corrente) Para aumentar a força da contração muscular VOLUNTÁRIA EENM Aumentando a taxa de disparo dos potenciais de ação Aumentando a intensidade: ativação de unidades motoras mais profundas Aumentando o número de unidades motoras ativadas Aumentando o tempo de pulso: ativação de unidades motoras menores Aumentando a frequência: despolarização mais rápidas das unidades motoras Padrão de contração (voluntária e EENM) RECRUTAMENTO VOLUNTÁRIA EENM Pode recrutar 100% das fibras de acordo com o esforço Não recruta as fibras mais profundas Despolarização primária das unidades motoras pequenas (fibras do tipo I) Despolarização primária das unidades motoras grandes (fibras do tipo II) Intensidade • Determina a profundidade de penetração. Limiar motor tetanizante Tolerável O paciente precisa dar o “feedback” se está doendo ou cansado. A intensidade determina a força real da contração (numero de fibras nervosas estimuladas) ou a força sensorial FADIGA EXAUSTÃO Fadiga: diminuição da resposta do músculo ao estímulo Exaustão: ausência de resposta de um músculo a um estímulo LESÕES MÚSCULO-ESQUELÉTICAS TEMPO DE PULSO • Afeta a quantidade de intensidade necessária para haver uma resposta motora. • Influencia a efetividade e o conforto durante a estimulação elétrica • Determina o diâmetro do neurônio que será acionado Tempo de Pulso 200 a 400us – maior conforto 300 a 700us (em condições normais) No caso de analgesia determina se local ou difuso. (ANALOGIA COM O TIPO DE DOR) A largura de pulso deve ser igual ao valor da cronaxia do músculo à ser estimulado. FREQUÊNCIA é a relação entre o tempo de estimulação e o tempo total de tratamento Usado para evitar a fadiga muscular e progredir o tratamento Relação expressa em ON:OFF Comuns: 1:2 e 1:3 A relação pode ser alterada de acordo com o objetivo de tratamento Tempo de Subida ou Fase Concêntrica Tempo de Sustentação ou Fase Isométrica Tempo de Descida ou Fase Excêntrica CICLO ON Tempo de Repouso CICLO OFF Obrigatoriamente o tempo de sustentação deve ser no mínimo igual ao tempo de repouso. 1x 2x 3x o tempo de sustentação 2`` 2`` 5`` 5``;10``;15`` Músculos Grau I 2`` 2`` 5`` 15`` Músculos Grau II 2`` 2`` 5`` 10`` Músculos Grau III 2`` 2`` 5`` 5`` Músculos Parcialmente Denervados 5`` 5`` 8`` 24`` • Rampagem maior • Rampagem baixa somente as fibras não lesadas serão beneficiadas Espasmo 1” x 1” x 1” 1`` 1`` 1`` 1`` 1`` 1`` 1`` 1`` Drenagem de Edema 2” x 2” x 2” 2`` 2`` 2`` 2`` 2`` 2`` 2`` 2`` Alongamento Inibição Ativa 2`` 2`` 10`` 20`` EENM para o condicionamento muscular • Força: mensurada pelo esforço de contração máxima Protocolo para força caracteriza-se por poucas contrações máximas • Resistência: mensurada por contrações repetitivas Protocolo para resistência caracteriza-se por grande número de contrações sub-máximas repetitivas Quando a EENM é particularmente benéfica? ATROFIA MUSCULAR POR DIMINUIÇÃO DA ATIVIDADE Diminuição da força: perda da área seccional do músculo Diminuição da resistência: diminuição do nível de enzimasoxidativas Atrofia inicial (6 a 8 semanas) fibras do tipo I Atrofia tardia (18 meses) fibras do tipo II Efeitos no treinamento de força Mais fibras musculares por unidade motora Mais proteínas contráteis Mais enzimas utilizadas na cadeia aeróbica (melhor capacidade aeróbica) Mitocôndrias maiores e em maior número (melhor suprimento energético) Aumento da densidade capilar (maior capacidade aeróbica e melhor reparo) Objetivos das Correntes Excitomotoras Qualquer treinamento muscular para que tenha ganho de trofismo e força há necessidade de atingir pelo menos 66% das unidades motoras Objetivos das Correntes Excitomotoras Eletroestimuladores portáteis: não fornece condições de 66% de recrutamento. (no máximo 30%) Eletroestimulador + Contração Ativa ATINGE 66% Objetivos das Correntes Excitomotoras “A eletroestimulação é capaz de fazer um músculo atrofiado, patológico e trazer a uma condição normal. Não é capaz de fazer um músculo normal ter uma condição especial.” Currier e col. (1991) “Intensidade durante a EENM está diretamente relacionada ao ganho de força muscular voluntária” Contrações estimuladas com 60% ou mais da CIVM produziu melhora significativa na força voluntária após 6 – 10 sessões de EENM. É necessário um mínimo de 8 contrações por tratamento com 60% da CIVM como nível de EENM para que o tratamento seja efetivo. Achado Geral: Diferenças entre indivíduos normais e atletas parece estar mais relacionada a intensidade de estimulação alcançada do que as diferenças fisiológicas !!! ATLETA TOLERA MAIS A INTENSIDADE !!! ENDORFINA??? Lake (1992) Será que a EENM em indivíduos sem lesão realmente adiciona algo que não pode ser alcançado por outros meios??? RESPOSTA 1: com intensidades baixas são similares RESPOSTA 2: com intensidades mais altas (75 a 100% dos níveis normais) existem diferenças nos resultados Selkowitz (1985) Será que a adição de EENM ao programa de fortalecimento voluntário para indivíduos saudáveis altera o perfil de fortalecimento muscular??? RESPOSTA: Não ATÉ O MOMENTO NÃO EXISTEM RELATOS DE QUE A EENM SERIA UM SUBSTITUTO NOS EXERCÍCIOS VOLUNTÁRIOS NESSES PACIENTES QUE POSSAM EXERCITAR-SE ATIVAMENTE !!! Delitto e col. (1998) “EENM mais exercício voluntário no quadríceps de pacientes em reabilitação após cirurgia de LCA” EENM + EV – tensão máxima adquirida no membro envolvido foi de 79% daquela encontrada no membro não envolvido. EV – tensão máxima de 52 % Porque existe resultados diversos entre pacientes e indivíduos saudáveis com programas similares ? 1. Dor e atrofia por desuso diminui o recrutamento voluntário de motoneurônio – diminuição da força. 2. Os pacientes não são capazes de fazer plenamente o EV e não suportam contrações estimuladas a 60% de CIVM (suportam apenas 20 – 50% da CIVM) Outra hipótese: o ganho de força pela EENM parece ser explicado pela reeducação, facilitação, recrutamento de unidades motoras e analgesia. Comparação no ganho de força sujeitos saudáveis • EENM aumenta a força em relação ao controle não tratado. • Não existe diferença no ganho de força quando se compara grupos de EENM e exercícios voluntários tratados com os mesmos parâmetros. • Não há ganho adicional quando há sobreposição da contração voluntária e a EENM. SNYDER-MACKLER & ROBINSON (1995) Comparação no ganho de força músculos enfraquecidos Existe evidências que certos regimes de EENM promovem maior ganho de força que o exercício voluntário. (???) Parece existir correlação entre a intensidade da corrente e o ganho de força. Parece existir correlação entre as cargas das fases e a capacidade de gerar torque. SNYDER-MACKLER & ROBINSON (1995) Estudo - UFSCAR • Houve ganho adicional na força com a sobreposição de EENM + CV. • A razão parece ser devido ao fato do individuo tolerar mais a dose quando contrai voluntariamente. Duas teorias para explicar o aumento de força pela EENM 1. Aumento de força similar ao ganho no exercício voluntário: carga nos tendões maior que a encontrada no cotidiano. 2. Atinge e treina o tipo II de fibra muscular mais efetivamente que o exercício voluntário. DELITTO & SNYDER-MACKLER (1990) Ativação das fibras tipo II com EENM • Biopsia pré-estimulação • EENM, m. quadríceps a 80% CIVM • Biopsia pós-estimulação imediata • Método de depleção do glicogênio ATIVAÇÃO SELETIVA DAS FIBRAS DO TIPO II SINACORE et al (1990) Inicio 1970 – primeiros programas de EENM designadas para melhorar tanto a força quanto a resistência dos músculos severamente atrofiados. Os primeiros programas eram muito agressivos quanto a duração do tratamento (4-6 horas). Força – 60% da contração voluntárias Resistência – 30 a 60 minutos de sessão. Programas recentes Duração do tratamento: 30 a 60 minutos de contração estimulada. Intensidade – contração forte dentro dos níveis de conforto. Frequência das aplicações – 2 sessões por dia Associação da EENM a contração voluntária isotônica, isométrica ou isocinética (em cadeia cinética aberta ou fechada). Associação da EENM a atividades funcionais: transferência e marcha Gould e col. (1993), Zablotny (1987) “Músculos normais de indivíduos saudáveis foram submetidas a um período de inatividade por imobilização (atrofia por desuso)” EENM pode retardar o processo de atrofia e aumentar a força e resistência em músculos já atrofiados. Ainda não está claro quanto a EENM pode impedir a atrofia por desuso. A fadiga muscular que acompanha a atrofia por desuso pode ser mais amena se um programa de EENM para treinamento de resistência for utilizado. Baker (2000) – Programa de condicionamento muscular Surgiu pela necessidade de se recuperar tanto a força como a resistência muscular. Indivíduos que precisam ser imobilizados por um determinado período mas que possuem músculos fortes. Pacientes com atrofia por desuso que tenham suportado contrações estimuladas mais fortes que 3+/5 MMT Pontos chaves: - Tempo longo de estimulação - Força de contração estimulada máxima>60% da CIVM TON curto PROTEÇÃO ARTICULAR: devido as fortes contrações determinadas pelo protocolo, deve-se ter cuidado com as possíveis lesões articulares. PONTOS MOTORES • Tabelas de referências (mapas padronizados) • Eletrodo do tipo caneta • Gambiarras !!! • Ponto ideal para colocação dos eletrodos Pontos Motores Chegada da raiz nervosa no músculo, é o ponto de entrada da raiz nervosa no músculo. O ponto motor é a região que possui menor impedância a passagem de corrente. • Apenas para músculos totalmente cicatrizados. • Principio: aumentar a carga em tecido conjuntivo intramuscular. • Aplicar apenas até que a ADM desejada seja obtida. Protocolo – Alongamento Chattanooga, 2003 • Forma de onda: bifásica • Eletrodo: bipolar em cada lado do ventre • Frequência: 50 Hz • Tempo de pulso: largo • Intensidade: motora submáxima • Tempo: alonga – estimula – alonga – estimula – alonga PARA CICATRIZ: contração trêmula – cisalhamento da cicatriz • Uso do bombeamento muscular para reduzir o edema • Posicionar os eletrodos nos grandes grupos musculares proximais • Pode ser sobre agonista e antagonista alternando a contração • Protocolo 1 – Contração tetânica de 20 a 60% da MMT na relação TON: TOFF de 1:1 ou 1:2 • Protocolo 2 – Contração trêmula de 20 a 40% da MMT contínua. Protocolo – Edema Chattanooga, 2003 Forma de onda: bifásica Eletrodo: bipolar em cada lado do ventre Frequência: 5 Hz Tempo de pulso: estreito Intensidade: motora submáxima Tempo: 15-20 minutos T=200us F=50HzTON=5 a 6 segundos Repouso=10 segundos Apresentação - Espasticidade • Condição associada à hiperreflexia, incluindo resistência ao movimento passivo, diminuição do limiar dos reflexos tendíneos profundos e clônus. • Interfere na recuperação da função • Interfere na boa postura • Interfere na estabilidade proximal • Interfere na realização de movimentos coordenados Levine, Knott e Kabat. (1952) 1. Estimulação do músculo antagonista – NÃO ESPÁSTICO Mais usada em traumas centrais 2. Estimulação do músculo agonista – ESPÁSTICO Mais usadas para lesões da medula espinal 3. Estimulação rítmica de músculos agonista e antagonista Duchenne (1871) Relato de efeitos positivos quando realizou-se ativação de músculos antagonistas aos espásticos. Levine et al. (1952) Estimulação farádica na musculatura antagonista à espástica em pacientes com várias desordens do SNC. Pacientes hemiplégicos 0,5 ms/pulso quadrado/F=50Hz/2:2/10 minutos 7-8 sessões Adequação da espasticidade em 90% dos pacientes com duração de 15 minutos até 2 horas Alfieri. (1982) Baker et al. (1979) “EENM nos músculos extensores do carpo e dedos com espasticidade em padrão flexor” Pulso quadrado T=200 us F=33 Hz 7,5: 10 (ON:OFF) Intensidade suficiente para eliciar a ADM 15 mituos, 2 vezes ao dia durante 4 semanas Diminuição de espaticidade, mais evidente em pacientes cujo o quadro havia iniciado a menos que 4 meses. Carstan. (1977) “EENM nos músculos dorsiflexores” Monitorização do reflexo calcâneo antes e depois da sessão Diminuição da espasticidade de flexores plantar Considerações sobre o paciente pediátrico 1. EE é uma sensação nova e incomum, portanto os parâmetros devem ser ajustados lentamente; 2. Podem ser necessárias várias sessões antes da criança aceitar os níveis de intensidade que produzem uma sensação forte; pode levar mais de uma semana para desenvolver uma contração muscular funcional. a) Na primeira sessão, coloque os eletrodos, mas não dispare o estimulador; b) Na proxima sessão, começe usando uma corrente de baixa frequência (3 a 10 Hz) e diga a criança que ela irá sentir sensações de “batidas”. Suavemente coloque os eletrodos com seus dedos para estimular antes de ligar a unidade Considerações sobre o paciente pediátrico c) Comece com uma intensidade de estimulação no nível sensorial apenas, então aumente a intensidade até visualizar ou palpar uma contração. d) Quando uma amplitude tolerada de estimulação for suficiente para produzir uma contração, aumente a frequência para produzir uma sensação tetanizante e uma sensação de “formigas”. e) Se a criança tem uma compreensão adequada e uma coordenação suficiente, ensine-a para ela controlar a amplitude. Considerações sobre o paciente pediátrico 3. Os eletrodos devem restringir-se à area muscular a ser tratada, sem “sobrefluxo” de corrente para outros músculos. Nunca cortá-los menor que 1,5cm de diâmetro, porque pode haver lesão na pele ou desconforto. O eletrodo passivo deve ser sempre maior que o eletrodo ativo quando se usa a técnica monopolar. 4. Se ocorrer “sobrefluxo” para o antagonista, mova o eletrodo passivo para uma região mais próxima do eletrodo ativo, para manter o fluxo de corrente mais superficial. 5. Comece com sessões breves (10 minutos) Considerações sobre o paciente pediátrico 6. Quando a resposta desejada for obtida e facilmente reproduzida, os membros da família podem aplicar os eletrodos e ajustar o estimulador para um tratamento domiciliar 7. Em crianças, quando a área muscular for limitada em tamanho, 2 grupos musculares que agem sinergicamente devem ser estimulados simultaneamente usando somente dois eletrodos. Cada eletrodo é colocado sobre cada ventre muscular. Por exemplo, para estimular a extensão do cotovelo e punho como reação de proteção, coloque um eletrodo na superfície dorsal do antebraço e o outro eletrodo sobre o m. triceps braquial Considerações sobre o paciente pediátrico 8. Em crianças, é particularmente importante atentar para os sinais não verbais que a estimulação pode produzir, tais como alterações na expressão facial, comportamento, respiração e frequência cárdiaca. 9. Use um trigger nas mãos ou pés do terapeuta para disparar a estimulação durante as atividades funcionais quando necessário. Por exemplo, o terapeuta pode usar um trigger no pé enquanto mantém as mãos livres para estabilizar ou guiar uma ação da criança em uma prancha de equilibrio ou bola terapêutica. É uma terapia realizada por correntes elétricas de média frequência, resultante de uma interferência de duas correntes elétricas. INTERFERENCIAL Objetivos das correntes de média freqüência: Estimulação mais confortável Alcançar tecidos mais profundos HISTÓRICO NEMEC, 1950: aplicou o fenômeno físico de interferência de ondas para desenvolver o primeiro equipamento capaz de gerar correntes interferenciais Princípios Físicos Interferência Construtiva: aumento da amplitude pela somação de duas ondas sinusoidais que estão exatamente em fase Interferência Destrutiva: ocorre quando as ondas estão fora de fase uma em relação à outra resultando em uma amplitude de onda resultante igual a zero. As correntes de média freqüência devem ser moduladas para haver tempo da fibra nervosa se repolarizar. BASES FÍSICAS Frequência de Modulação: 4000 a 4250 Hz; Frequência Resultante: 1 a 250 Hz; Varredura (Delta F): evita acomodação; Vetor rotacional: aumenta a área de tratamento. TÉCNICA TETRAPOLAR TÉCNICA TETRAPOLAR TÉCNICA TETRAPOLAR TÉCNICA TETRAPOLAR TÉCNICA BIPOLAR - Saída contínua de corrente sinusóide (~2500 Hz) - Modulada em 50 burst/seg (pulso polifásico) - Nomeação do ponto de vista eletrônico: CORRENTE ALTERNADA MODULADA EM TEMPO Raciocínio para produção de Corrente Russa ALTAS FREQUÊNCIAS TEMPO DE PULSOS PEQUENOS INTENSIDADES ALTAS CORRENTE MÉDIA ALTA 70% DA CORRENTE DE PICO MODULADA EM BURST PARA REDUZIR A SAÍDA DA CORRENTE MÉDIA MODULAÇÃO EM 50 BPS REDUÇÃO DA CORRENTE ELÉTRICA PERMITE O AUMENTO DE INTENSIDADE RESULTANDO EM ESTIMULAÇÕES MOTORAS INTENSAS Desvantagens da Corrente Russa • Corrente média alta (50 a 100 mA) em relação a corrente de pulsos bifásicos simétricos. (1/10 do valor) • Tempo de duração de pulso fixo • Duração de fase fixa (RAMPAGEM) • Devido a corrente média alta, deve-se ter cuidado com eletrodos pequenos. Corrente Aussie Corrente Alternada com freqüência de 1kHz -4kHz utilizada para estimulacao sensorial ou motora; Duracao de Bursts igual a 2ms e 4ms; Frequencia de Bursts variavel de 1 a 200Hz; Pode ser modulada em rampa Corrente Aussie Corrente Aussie IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DO ELETRODIAGNÓSTICO Aumento da incidência de lesões de nervos periféricos: Acidentes de motocicletas; Traumatismos em acidentes automobilísticos; Ferimentos por Armas Brancas (FAB); Ferimentos por Armas de Fogo (FAF). ELETRODIAGNÓSTICO Provas Qualitativas Provas Quantitativas Reação de Degeneração Reação Vermiforme Contração Lenta Reação Miastênica Reação Miotônica Teste de Excitabilidade Hipo, Hiper ou Anexcitabilidade (comparação com o lado sadio Intensidade Limiar (Reobase) Tempo Limiar (cronaxia) Acomodação CURVA i/t PROVAS QUALITATIVAS realização do teste CORRENTE I Forma da corrente Frequência Tempo de Pulso Qualquer uma Tetanizante 20 -80 Hz < = 1ms CORRENTE II Forma da corrente Tempo de Pulso Tempo de repouso Retangular Monofásica > 100 ms e < 1000 ms 2000ms PROVAS QUALITATIVAS interpretação Reação Tipo de corrente Positiva(resposta) Significado Degeneração I Sem resposta muscular independente da I Reação de degeneração do nervo periférico Vermiforme I Fibrilação ou tremor muscular Reação de degeneração parcial Contração lenta II Músculo contrai e relaxa de forma lenta Lesão nervosa periférica Miastênica I Músculo entra em fadiga após 5 ciclos Miastenia gravis Miotônica I Músculo continua contraido no ciclo OFF Miopatia miodistônica PROVAS QUALITATIVA interpretação Estado de inervação do músculo Resposta corrente I Resposta corrente II Estado clinico Inervação integra Contração lisa, suave e tetânica Contração brusca de fibras individuais Nervo e músculos integros Reação de degeneração parcial Contração trêmula fibrilação Contração normal Degeneração de partes de fibras nervosas Reação de degeneração total Sem contração Contração lenta e vermiforme Degeneração de todas as fibras nervosas; músculo retém elementos contrateis Reação de degeneração absoluta Sem contração Sem contração Degeneração de todas as fibras nervosas; músculo severamente atrofiado, fibrótico e não contrátil IDENTIFICAR: • REOBASE • CRONAXIA • ACOMODAÇÃO MODOS: • MANUAL • AUTOMÁTICO PROVAS QUANTITATIVAS realização ELETRODIAGNÓSTICO Existe uma relação entre acomodação e reobase, fornecendo o diagnóstico para o caso. É o chamado coeficiente de acomodação, ou alfa, calculado dividindo-se acomodação por reobase: Os valores diagnósticos para alfa são: Normal: 2,7 a 6,0 RDP: 1,1 a 2,6 RDT: 1,0 N RDP Estrutura de um nervo Estrutura de um nervo LESÕES DE NERVOS PERIFÉRICOS (LNP) NEUROPRAXIA (neuroplaxia transitória, tipo I): Lesão menos grave; Sem descontinuidade e degeneração axonal; Bloqueio localizado da condução; Alteração local da bainha de mielina; Causada por compressão, inflamação ou estiramento; BOM PROGNÓSTICO. LESÕES DE NERVOS PERIFÉRICOS AXONOTMESE (Lesões Grau II, III ou IV): Ruptura dos axônios; Tecido conjuntivo preservado; Tubos endoneurais preservados; Degeneração distal; Déficit muscular; BONS RESULTADOS. LESÕES DE NERVOS PERIFÉRICOS NEUROTMESE (Lesão Grau V): Mais graves; Ruptura completa; Cirurgia para reparar; EVOLUÇÃO RUIM. SEDDON SUNDERLAND LESÃO Neuropraxia Grau I Disfunção (Ausência de lesão) Axonotmese Grau II axônio Axonotmese Grau III axônio + endoneuro (fibra) Axonotmese Grau IV axônio + endoneuro + perineuro (fascículo) Neurotmese Grau V axônio + endoneuro + perineuro + epineuro (nervo Classificação das Lesões Nervosas Periféricas COM A LESÃO NERVOSA PERIFÉRICA... Axônio lesionado Degeneração Walleriana; Dizemos que o músculo tornou-se desnervado; Desnervação muscular: Total todas as unidades motoras perderam seu axônio motor; Parcial algumas fibras musculares perderam seu suprimento nervoso Degeneração Walleriana – passo a passo 1. O núcleo desloca-se para periféria 2. Diminui a quantidade da substância de Nissl (proteinas) 3. A parte distal da fibra nervosa degenera com fragmentação da mielina, que é fagocitada por macrofagos 4. A proliferação das células de Schwann(mielina) dão origem a um cilindro, que é penetrado pelos axônios em crescimento. 5. A fibra musculae estriada se atrofia 6. A velocidade de crescimento axonal é de 0,5 a 3 mm/dia 7. Quando o axônio não encontra o cilindro de células de Achann, seu crescimento é desordenado, formando muitas vezes neuromas de amputação. DEGENERAÇÃO WALLERIANA NEURÔNIO REGENERADO Lesão e Regeneração A- Fibra nervosa motora normal; B- Lesão axonal; deslocamento do núcleo para a periferia; degeneração da parte distal; C- Proliferação das células de Schwann (note a atrofia muscular); D- Regeneração axonal bem-sucedida; E- Crescimento axonal desordenado - "neuroma de amputação". - Sutura epidural - Reparo fascicular - Enxerto de nervo A denervação e suas consequências Após a denervação os músculos sofrem alterações fisiológicas, morfológicas, mecânicas e elétricas, que levam a: - ATROFIA - DEGENERAÇÃO - FIBROSE MUSCULAR Atrofia das fibras musculares Processo progressivo caracterizado por: • Redução no diâmetro individual de fibras musculares • Diminuição no tamanho do músculo como um todo • Quadro clínico de fraqueza e retração Causa da atrofia muscular: • Inatividade muscular • Perda das influências neurotróficas secretadas dentro das fibras musculares pelos seus nervos motores. Perda de massa muscular • Músculos denervados perdem massa rápido, acentuadamente nos dois primeiros meses de denervação. 30% da massa perdida em 1mês; 50% a 60% em 60 dias e 60% a 80% em 120 dias, quando se estabiliza • Espécie dependente. • Animais de laboratório: perda de 50% da massa dentro de 2 semanas após denervação. • No homem essa perda é mais lenta. Degeneração muscular Causa da degeneração das fibras musculares denervadas: - Estase vascular intra-muscular prolongada: acúmulo de sangue dentro do músculo e possiveis tromboses prejudicam a nutrição das fibras que então se degeneram. - Traumas associados ou sobrepostos: as fibras denervadas não tem os recursos necessários para reparar danos, mesmos que menores. Fibrose intramuscular • Quando avançada, pode agir como barreira física a reinervação das fibras musculares remanescentes. “a degeneração muscular e a fibrose são os reais inimigos, pois um músculo atrofiado, enquanto se mantiver “músculo”, pode se hipertrofiar quando for reinervado”. Outras alterações decorrentes da denervação • Fibrilação: o músculo denervado exibe contrações espontâneas e descoordenadas das fibras musculares individuais, que representam a despolarização espontânea da fibra muscular. • Alteração das propriedades elétricas da membrana: ocorre uma despolarização parcial do sarcolema, o potencial de repouso normal diminui-se de -80mV para -65mV dentro de 24hs. (resistência transmembrana aumentada) • Hipersensibilidade à acetilcolina (Ach) não somente na junção neuromuscular, mas em todo o comprimento dosarcolema (estímulo a reinervação). O aumento da sensibilidade a Ach inicia nos primeiros 2 dias após denervação. Ainda tem mais alterações... • Degeneração das junções neuromusculares • Descaracterização da placa motora terminal: perda do ponto motor • Interrompe o surgimento de substâncias tróficas enviadas do motoneurônio ás fibras musculares alterando a integridade fisiológica das mesmas. • Aumenta o tempo de contração, enquanto que a quantidade de tensão gerada diminui. OBS: espera-se que a reinervação não ocorrer em 2 anos, todos os elementos contráteis do músculo serão substituídos por tecido conjuntivo fibroso. Avaliação – lesão nervosa periférica • Lesões associadas • Cicatriz • Dor • Edema • ADM • Sensibilidade • Força muscular • Eletrodiagnóstico • Exames complementares Considerações quanto a colocação dos eletrodos • Técnica monopolar: Eletrodo ativo (cátodo) sobre a região mais excitável eletricamente do músculo denervado (tamanho: 1a2cm2) Eletrodo dispersivo (ânodo) sobre outra parte qualquer do corpo distante do eletrodo ativo (tamanho – grande o suficiente para que o fluxo de corrente não seja percebido pelo paciente embaixo desse eletrodo) • Técnica bipolar: eletrodo ativo sobre a região mais excitável eletricamente do músculo denervado e o eletrodo dispersivo sobre o tendão. Para pensar !!! 1. A duração do pulso deve ser tão minima quanto possível, mas longa o suficiente para eliciar a contração muscular. 2. A elevação do pulso deve ser tão gradual quanto necessária para evitar a estimulação dos axônios intactos. 3. O repouso interpulso deve ser nomínimo 4 a 5X maior que a duração do pulso para ajudar evitar a fadiga muscular. 4. A intensidade do estimulo deve ser suficiente para produzir uma contração razoavelmente forte, desde que não cause desconforto para o paciente. AVALIAÇÃO CLÍNICA TESTES DE EXCITABILIDAD E ELÉTRICA ELETRODIAGNÓSTICO ELETROMIOGRGAFIA CLÁSICO: PROVA GALVÂNICA PROVA FARÁDICA CURVAS I/T: REOBASE CRONAXIA ACOMODAÇÃO LNP? R? REAVALIAÇÃO TRATAMENTO PULSOS GALVÂNICOS FARÁDICOS TRATAMENTO PULSOS LONGOS EXPONÊNCIAIS R? S N S S N N TRATAMENTO OBJETIVOS SINTOMAS CONTRAÇÃO MUSCULAR CONTROLE DA DOR INTRODUÇÃO DE MEDICAMENTOS REPARAÇÃO TECIDUAL CONTROLE ESPASTICIDADE FACILIATAÇÃO NEUROMUSCULAR FORTALECIMENTO MUSCULAR RESISTÊNCIA MUSCULAR USO COMO ÓRTESE PROCESSO INFLAMATÓRIO S N CORENTES POLARIZADAS ANALGÉSICOS / ANTINFLAMATÓRIOS CICATRIZAÇÃO CONTROLE DE EDEMA AUMENTO FLUXO SANGUÍNEO ESCLERÓTICOS FARÁDICA FES TENS GALVÂNICA DIADINÂMICAS: DF,CP,EU.MF CASTRO & CÁRNIO 2004
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