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Aap2 Literaturas de Língua Portuguesa I

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Aap2 - Literaturas de Língua Portuguesa I
Corrigido pelo AVA
1)
"Vou desapontar decerto o leitor benévolo: vou perder, pela minha fatal sinceridade, quanto em seu conceito tinha adquirido nos dois primeiros capítulos desta interessante viagem.
Pois que esperava ele de mim agora, de mim que ousei declarar-me escritor nestas eras de romantismo, século das fortes sensações, das descrições e traços largos e incisivos que se entalham n’alma e entram com sangue no coração?
No fim do capítulo precedente paramos à porta de uma estalagem: que estalagem deve ser esta, hoje, no ano de 1843, às barbas de Vitor Hugo, com o Doutro Fausto a trotar na cabeça da gente, com os Mistérios de Paris nas mãos de todo o mundo?"
(GARRETT, Almeida. Viagens na minha terra. Europa- América, [s.d.])
O trecho apresentado, do romance Viagens na minha terra, de Almeida Garrett, apresenta as seguintes características:
Alternativas:
· a) Narração em terceira pessoa e metalinguagem.
· b) Metalinguagem e interpelação do leitor. Alternativa assinalada
· c) Narração em terceira pessoa e interpelação do leitor.
· d) Interpelação do leitor e imparcialidade.
· e) Narração em primeira pessoa e imparcialidade.
2)
"De manhã veio a bordo um facultativo, por convite do capitão. Examinando o condenado, disse que era febre maligna a doença, e bem podia ser que ele achasse a sepultura no caminho da Índia.
Mariana ouviu o prognóstico, e não chorou.
As onze horas saiu barra fora a nau. As ânsias da doença acresceram as do enjoo. A pedido do comandante, Simão bebia remédios, que bolsava logo, revoltos pelas contrações do vômito.
Ao segundo dia de viagem, Mariana disse a Simão:
- Se o meu irmão morrer, que hei de eu fazer àquelas cartas que vão na caixa?
Pasmosa serenidade a desta pergunta!
- Se eu morrer no mar - disse ele - Mariana, atire ao mar todos os meus papéis, todos; e estas cartas que estão debaixo do meu travesseiro também.
Passada uma ânsia, que lhe embargava a voz, Simão continuou:
- Se eu morrer, que tenciona fazer, Mariana?
- Morrerei, senhor Simão."
(CASTELO BRANCO, Camilo. Amor de Perdição. 2. ed. São Paulo: Scipione, 1997)
Camilo Castelo Branco é autor da segunda fase do romantismo português. Uma característica de várias de suas obras que também está presente no trecho apresentado é:
Alternativas:
· a) O materialismo despreocupado.
· b) O amor interesseiro.
· c) O amor comedido.
· d) O amor exagerado. Alternativa assinalada
· e) A indiferença.
3)
"Mas, em todo esse tempo, e apesar de todas as ocorrências, continuava dormindo as suas noites placidamente e de um sono só, dando assim uma excelente lição a esses amantes wertherianos que, por as mais pequenas coisas, perdem o sono e o apetite. Ele não. Os seus arrufos, as suas contrariedades não chegavam a esses excessos. Com o amor dá-se o mesmo que com o vinho — Perdoem-me as leitoras o pouco delicado da confrontação; mas bem vêem que ambos eles embriagam. É portanto lícito compará-los. Diz de certas pessoas — que têm o vinho alegre — de outras que — o têm triste — estúpido — bulhento — conforme dá a alguns a embriaguez para a hilaridade.; a outros para os sentimentalismo, a outros para a modorra ou para brigas. Pois com o amor é o mesmo. Amantes há que celebram os seus amores, e até suas infelicidades amorosas sempre em estilo de anacreôntica – esses têm o amor alegre; outros que, quando amam, embora sejam ardentemente correspondidos, suspiram, procuram os bosques solitários, que enchem de lamentos, e as praias desertas, onde carpem com o alcião penas imaginárias — têm estes o amor sombrio; a outros serve-lhes o amor de pretexto para espancarem ou esfaquearem quantas pessoas imaginam que podem ser-lhes rivais ou estorvos, e, nesses acessos de fúria, chegam a espancar e esfaquear o objeto amado — são os do amor bulhento e intratável; há-os que emudecem e embasbacam diante da mulher dos seus afetos, que em tudo lhe obedecem, que a seguem como o rafeiro segue o dono, e experimentam um prazer indefinível de adormecer-lhe aos pés — pertencem aos do amor impertinente e estúpido. Poderia ir muito longe essa classificação, se fosse aqui o lugar próprio para ela."
(DINIS, Júlio. As Pupilas do Senhor Reitor. Porto – PT: Companhia Editora do Minho Barcelos, 1979)
O trecho de As Pupilas do Senhor Reitor descreve, no início, a atitude de um personagem diante do amor. Em seguida, o narrador discorre sobre os diferentes tipos de amor existentes. De acordo com tal descrição, qual seria o tipo de amor que permite ao personagem citado inicialmente dormir placidamente e amar sem excessos?
Alternativas:
· a) Amor bulhento, intratável.
· b) Amor sombrio, ainda que sem motivo.
· c) Amor alegre, em estilo de anacreôntica. Alternativa assinalada
· d) Amor impertinente e estúpido.
· e) Amor incondicional.
4)
"AI JESUS!
Ai Jesus! não vês que gemo,
Que desmaio de paixão
Pelos teus olhos azuis?
Que empalideço, que tremo,
Que me expira o coração?
Ai Jesus!
Que por um olhar, donzela,
Eu poderia morrer
Dos teus olhos pela luz?
Que morte! que morte bela!
Antes seria viver!
Ai Jesus!
Que por um beijo perdido
Eu de gozo morreria
Em teus níveos seios nus?
Que no oceano dum gemido
Minh’alma se afogaria?
Ai Jesus!"
(AZEVEDO, Álvares. Ai Jesus. Escritas .org. Disponível em: https://bit.ly/3kqtjdg. Acesso em: 22 out.2020)
A respeito do poema acima, de Álvares de Azevedo, é correto afirmar que
Alternativas:
· a) é um poema otimista, utilizando-se da religião como esperança.
· b) é um poema que trata exclusivamente do amor carnal do eu lírico por uma mulher.
· c) é um poema subjetivo que traz o sentimento de uma forma extremada. Alternativa assinalada
· d) é um poema pessimista, se utilizando da religião como redenção.
· e) é um poema sobre as formas atingidas por Deus.

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