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APS - 2º semestre farmácia UNIP

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2
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
BIANCA PEREIRA - RA: D844BI-1
FLÁVIA DE SOUZA OLIVEIRA - RA: N370AE-2
LETÍCIA CARISSO KLAVA - RA: N3722B-1
CAUSAS, TRATAMENTOS E PRINCIPAIS FENÓTIPOS DA HIPERTENSÃO ARTERIAL RESISTENTE (HAR).
RIBEIRÃO PRETO
2018
1. Resumo
	A hipertensão arterial resistente é uma doença crônica que pode ser exemplificada como consequência da não efetividade do tratamento da hipertensão arterial. Seu diagnóstico acontece após serem iniciados os tratamentos da pressão alta, que mesmo usando um certo número de medicamentos, estes não são suficientes para controlar e estabilizar a pressão do paciente. Para tentar mudar esse caso então, são necessárias muitas outras tentativas, que na maioria das vezes são mais agressivas. Essas medidas, são sempre administradas por médicos, visando o bem-estar do paciente e sua melhora significante da hipertensão.
2. Introdução
	As causas da hipertensão arterial resistente são bem indefinidas e não seguem um padrão mundial. Muitos médicos acreditam que suas causas são derivadas da hipertensão arterial secundária, enquanto muitos outros acreditam que são por fatores ambientais e dos seus hábitos de vida. No entanto, os pacientes que possuem HAR, tem alguns fatores em comum que dificultam o tratamento da doença. São eles: 
[...] idade mais avançada, afrodescendentes, obesidade, hipertrofia ventricular esquerda, diabete melito, nefropatia crônica, síndrome metabólica, aumento da ingestão de sal e menor atividade física (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2012).
	Por isso, é necessário que as pessoas que tenham pressão alta, procurem além de cuidar de sua hipertensão, médicos que tratem também de outras doenças e fatores que podem estar associados ao aumento da pressão arterial. E então, depois do diagnóstico, cada paciente deve receber um tratamento específico para seu tipo de hipertensão, que pode ser de forma farmacológica ou não, com mudanças de hábitos dentro de seus limites pessoais.
3. Desenvolvimento
3.1 Resumo sobre hipertensão arterial.
	Hipertensão arterial é uma doença crônica em que a pressão sanguínea nas artérias se encontra elevada. Ela é expressa em duas medidas, a pressão sistólica (pressão máxima, que ocorre no momento de contração do coração) e a pressão diastólica (pressão mínima, que ocorre no momento de relaxamento do coração).
	Os valores da pressão arterial seguem a seguinte classificação:
· Pressão arterial normal: valores menores ou iguais a 120/80mmHg.
· Pré-hipertensão: valores entre 121/81mmHg até 139/89mmHg.
· Hipertensão grau I: valores entre 140/90mmHg até 159/99mmHg.
· Hipertensão grau II: valores entre 160/100mmHg até 179/109mmHg.
· Hipertensão grau III: valores maiores ou iguais a 180/110mmHg.
	A pressão arterial, quando atinge valores muito elevados, pode causar danos ao coração, aos rins, ao cérebro e aos vasos sanguíneos (artérias). As artérias, que são na maior parte das vezes, as mais prejudicadas por conta da hipertensão, possuem uma camada de revestimento interna que é altamente afetada com a alta pressão do sangue circulante. Isso pode ocasionar no endurecimento, no estreitamento, no entupimento ou até mesmo no rompimento dessas artérias, que são essenciais para a vida.
	A hipertensão geralmente não causa sintomas a curto prazo, no entanto, a longo prazo, é um dos principais fatores de risco para uma série de doenças graves, como a doença arterial coronária, doença arterial periférica, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, incapacidade visual, doença renal crônica e demência.
	Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, a pressão alta acomete 1 em cada 4 pessoas adultas no Brasil e está presente em torno de 5% das crianças brasileiras. De acordo com pesquisas, estima-se que após os 60 anos, mais de 50% da população brasileira possua pressão alta. Ela é responsável atualmente por 40% dos casos de infarto, 80% dos casos de derrame e 25% dos casos de insuficiência renal terminal.
	Existem diversos tipos de hipertensão arterial, sendo os mais conhecidos a primária (essencial) e a secundária. A primária é forma mais comum de hipertensão, contabilizando certa de 95% dos casos. Ela é consequência de fatores genéticos, ambientais e/ou devido a maus hábitos, como consumo excessivo de sal, stress, consumo de cafeína ou até mesmo por falta de vitamina D no sangue. Já a hipertensão arterial secundária não possui causas identificáveis, mas estima-se que sejam por conta de outras doenças já existentes no organismo, como problemas renais, obesidade, apneia do sono e transtornos endócrinos.
	Atualmente, se tem conhecimento de um outro tipo de hipertensão arterial, conhecida como resistente. Ela recebe esse nome por ser resistente ao tratamento de pressão alta com o uso de três ou mais agentes anti-hipertensivos. Ela pode ser associada com causas secundárias de hipertensão, já que não possui uma causa bem definida e por conta de seu difícil controle.
	A hipertensão arterial resistente é classificada como:
· Pressão alta não controlada com uso de 3 ou mais anti-hipertensivos.
· Pressão alta controlada ou não, com uso de 4 ou mais anti-hipertensivos.
3.2 Diagnóstico da doença e início do tratamento.
	Para iniciar o tratamento da hipertensão, é necessário primeiro o diagnóstico da doença. Alguns sintomas podem ajudar na identificação de hipertensão arterial, são eles: dor na nuca, mal-estar, arritmia cardíaca, tontura e doenças renais. Ao visitar um médico, ele solicita uma série de exames que mostrem se houveram variações anormais da pressão. Em um desses exames, o paciente deve aferir sua pressão várias vezes por dia em um período estipulado pelo médico.
	Também são feitos exames laboratoriais para diagnosticas outros tipos de patologias que possam causar alterações na pressão arterial, como diabetes, colesterol, fatores hormonais, fatores cardíacos e doenças renais. Se por meio desses exames for comprovado que o paciente possui hipertensão arterial, o médico inicia o tratamento de acordo as necessidades do paciente, medicando doses medicamentosas e mudanças de hábitos.
	Para cada estágio da hipertensão arterial, são estabelecidos diferentes tipos de tratamentos farmacêuticos. Para a hipertensão de grau I, fica proposto usar apenas 1 fármaco. Para a hipertensão de grau II, fica estabelecido usar 1 ou 2 fármacos, de acordo a preferencia do médico. Para a hipertensão de grau III, é estabelecido de forma urgente que o paciente use 2 ou mais fármacos por dia para que sua pressão seja controlada.
	O paciente então passa a ir periodicamente ao médico para verificar se o tratamento está sendo eficiente. Se o(s) fármaco(s) está(ão) agindo bem, causando pouco ou nenhum efeito colateral e diminuindo os níveis da pressão, o médico continua com esse tratamento, ainda pedindo para que o paciente retorne outras vezes para ter certeza da efetividade do(s) remédio(s).
	Caso a resposta ao tratamento tenha sido inadequada, o médico poderá mudar a dosagem do mesmo medicamento, ou então mudar os tipos de fármacos que estavam sendo usados anteriormente. Muitas vezes é aconselhável interagir diferentes tipos de drogas para buscar uma resposta mais efetiva e rápida.
	Além dos remédios receitados pelo médico, o paciente deve mudar seus hábitos e começar a cuidar de sua saúde. O médico então, aconselha que o paciente pratique exercícios físicos diariamente dentro de seus limites; use moderadamente o sal, que faz com que o corpo retenha menos líquidos e diminua o volume de fluidos nos vasos sanguíneos, diminuindo consequentemente a pressão; diminua o consumo de álcool, que além de poder afetar a efetividade dos medicamentos, altera o metabolismo do paciente; trate de sua saúde emocional , já que o estresse e a ansiedade podem aumentar a pressão a níveis drásticos e em muitos casos, emagreça.
3.3 Hipertensão arterial resistente
	O diagnóstico da hipertensão arterial resistente se dá depois que todos os demais tratamentos já citados acabam sendo ineficazes para que a pressão do paciente se estabilize.A ocorrência de hipertensão arterial resistente é de 10% a 30% dos casos, porém se não considerados os casos de não adesão ao tratamento e ao efeito do jaleco branco (fator emocional que faz com que a pressão de paciente fique mais alta nos hospitais e nas consultas, e normal quando se está em casa), o percentual de pessoas com esse tipo de hipertensão é bem menor, cerca de 1% a 5%.
	Em pesquisas realizadas, viu-se que os pacientes que possuem HAR, tem maior sensibilidade ao sal, maior atividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona, rigidez arterial e hiperativação do sistema nervoso simpático. Ela também está associada a doenças cardiovasculares, estresse emocional, idade avançada, obesidade, insuficiência renal, diabetes mellitus e por conta de interações medicamentosas.
	Por já tomar altas dosagens de medicamento e para tratar do paciente, a primeira medida para diminuir a pressão é retirar certas medicações que podem afetar o controle da pressão, como por exemplo anti-inflamatórios não esteroidais e diminuir o consumo de sal o máximo possível.
	Outra medida de tratamento é implementar o uso de diuréticos, que dificultam a retenção de líquidos e diminuem os níveis de fluidos no sangue, fazendo com que a pressão caia consideravelmente. Também é possível combinar inibidores da enzima conversora da angiotensina e de bloqueadores dos canais de cálcio ao regime de remédios que estão sendo usados. Essas combinações além de auxiliar no processo de equilíbrio da pressão, diminuem os riscos de acidentes cardiovasculares.
	Também podem ser associados alfa-bloqueadores, beta-bloqueadores ou vasodilatadores, que auxiliam na diminuição da atividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Esse sistema funciona aumentando a capacidade de contração vascular, juntamente com a diminuição do volume de excreção de água e sais dos rins, que é ativado quando o corpo percebe que o seu nível de pressão está muito baixo, fazendo assim a pressão subir. Por isso, é necessário diminuir a atividade desse mecanismo, para que a pressão possa ser estabilizada.
	Uma outra medida mais drástica que ainda está em experimentação, também pode ser administrada para diminuir a pressão arterial, mesmo que ainda não apresente resultados tão efetivos quando usada sozinha. Ela funciona ‘’com ablação por rádio frequência do sistema nervoso autônomo dos nervos simpáticos renais e a estimulação elétrica do seio carotídeo’’ (ANTÔNIO BRANDÃO NETO, Rodrigo. ‘’Hipertensão Arterial Resistente ao Tratamento’’. 2016. Disponível em: http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/6753/hipertensao_arterial_resistente_ao_tratamento.htm . Acesso em: 08/11/2018.).
	Essas medidas são em sua maioria, eficazes para que a pressão arterial se equilibre e o paciente consiga viver melhor, diminuindo possíveis riscos a saúde que a pressão antes alterada poderia causar.
	A indústria farmacêutica tem papel importantíssimo no controle da pressão arterial, pois tem inovado muito na área da tecnologia e da pesquisa, podendo cada vez mais ampliar os medicamentos que estão sendo feitos e a longo prazo, possibilitar que as pessoas consigam uma melhor qualidade de vida.
3.3 Ação dos fármacos para controle da pressão arterial no organismo
	Medicamento
	Ação
	Diuréticos 
	Reduz o volume de água e sais nos rins, diminuindo o inchaço e a pressão.
	Vasodilatadores 
	Dilatam artérias e veias facilitando a circulação sanguínea, reduzindo a pressão.
	Bloqueadores de canais de cálcio 
	Dilatam os vasos sanguíneos, reduzindo a pressão.
	Beta-bloqueadores e alfa-bloqueadores
	Diminuem a frequência cardíaca e o volume de excreção de água e sais dos rins, o que diminui a pressão.
	Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA)
	Inibe a enzima ECA (que faz a pressão subir), fazendo a pressão diminuir.
4. Conclusão
	Conclui-se neste trabalho que, a hipertensão arterial resistente pode causar sérios danos a saúde e por isso, é necessário que quem já faz tratamento para a doença, ou desconfia que está com pressão alta, procure um médico de confiança para continuar a se tratar ou iniciar um novo procedimento que controle a sua pressão. 
	Cada caso é um caso, e é fundamental que as pessoas procurem cuidar de sua saúde. Ir ao médico, perceber sintomas e sinais, melhorar a alimentação, realizar exercícios físicos, ingerir bastante água e realizar exames periodicamente são algumas das formas de prevenção da hipertensão e de milhares de outras doenças.
	Com esse trabalho, conseguimos aprender mais sobre uma doença que é tão comum no Brasil, mas que geralmente não é tão abordada da maneira que deveria ser. A hipertensão é uma doença séria, que precisa ser tratada o mais rápido possível, precisa de maior divulgação da mídia para que as pessoas busquem tratamento e precisa de controle pela população em geral.
	Estamos convencidas de que, com o avanço da tecnologia farmacêutica, em breve conseguiremos criar novos medicamentos para a hipertensão, possibilitando que muitas pessoas consigam ter uma vida melhor e sem tantos riscos. Essa é a nossa esperança, de que possamos cuidar da população brasileira através de novos medicamentos, que causem menos efeitos colaterais e tragam uma eficiência maior para o tratamento de diversas doenças existentes.
5. Referências
ANTÔNIO BRANDÃO NETO, Rodrigo. ‘’Hipertensão Arterial Resistente ao Tratamento’’. 2016. Disponível em: http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/6753/hipertensao_arterial_resistente_ao_tratamento.htm . Acesso em: 08/11/2018.
GISMONDI, Ronaldo. ‘’ Hipertensão resistente: o que há de novo.’’. 2017. Disponível em: https://pebmed.com.br/hipertensao-resistente-o-que-ha-de-novo/ . Acesso em: 08/11/2018.
COLUNISTA PORTAL EDUCAÇÃO. ‘’ Hipertensão arterial sistêmica: veja as causas e sintomas’’. 2016. Disponível em: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/hipertensao-arterial-sistemica-veja-as-causas-e-sintomas/71989 . Acesso em: 05/11/2018.
MÉDICO RESPONDE. ‘’Quais as causas da hipertensão arterial?’’. 2016. Disponível em: https://medicoresponde.com.br/quais-as-causas-da-hipertensao-arterial/ . Acesso em: 06/11/2018.
WIKIPÉDIA. ‘’Hipertensão arterial’’. 2016. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertens%C3%A3o_arterial . Acesso em: 05/11/2018.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. ‘’Características Fenotípicas da Hipertensão Arterial Resistente na População Brasileira’’. 2013. Acesso em 06/11/2018.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. ‘’I Posicionamento Brasileiro Sobre Hipertensão Arterial Resistente’’. 2012. Disponível em: http://www.arquivosonline.com.br/2012/9901/pdf/9901002.pdf . Acesso em: 07/11/2018

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