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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE GOVERNADOR VALADARES - MG FACULDADE DE ENGENHARIA - FAENG Estruturas Metálicas I – Dimensionamento de vigas de alma cheia a flexão simples e ao esforço cortante Aço e Tipos de Aço Perfis Classificação quanto ao modo de fabricação: a) laminados: obtidos por laminação a quente b) soldados: obtidos por soldagem de chapas c) formados a frio: obtidos por conformação mecânica de chapas em perfiladeiras ou em dobradeiras perfiladeira laminador soldagem Especificações dos Produtos (medidas em mm) Aço e Tipos de Aço Perfis www.gerdau.com.br/perfisgerdauacominas www.arcelormittal.com/br/belgo Perfis Laminados Especificações dos Produtos (medidas em mm) Aço e Tipos de Aço Perfis Perfis Laminados Padrão Americano Padrão Europeu Especificações dos Produtos (medidas em mm) Aço e Tipos de Aço Perfis Perfis Laminados – padrão americano L a x t Cantoneiras de Abas Iguais a: aba t: espessura L a x b x t Cantoneiras de Abas Desiguais a, b: abas t: espessura Especificações dos Produtos (medidas em mm) Aço e Tipos de Aço Perfis Perfis Laminados – padrão americano Perfis I e H I d x M e H d x M d: altura M: massa em kg/m Perfil U (ou C) U d x M d: altura M: massa em kg/m Especificações dos Produtos (medidas em mm) Aço e Tipos de Aço Perfis Perfis Laminados I e H – padrão europeu Séries Gerdau Açominas W d* x M e HP d* x M d*: classe M: massa em kg/m Séries Belgo ArcelorMittal A ArcelorMittal importa perfis de várias séries europeias, britânicas, americanas, russas e japonesas – ver Catálogo. Especificações dos Produtos (medidas em mm) Aço e Tipos de Aço Perfis Perfis Soldados I ou H duplamente simétrico Caixão I ou H monossimétrico – eixo de simetria em torno de y. Não há simetria em torno de x. Especificações dos Produtos (medidas em mm) IX Iy Aço e Tipos de Aço Perfis Perfis Soldados Normalizados Série CS CS d x M bf: largura da mesa M: massa em kg/m P er fi s H : d /b f = 1 Série CVS P er fi s I: 1 < d /b f ≤ 1 ,5 CVS d x M Série VS VS d x M P er fi s I: 1 ,5 < d /b f ≤ 4 d: altura Especificações dos Produtos (medidas em mm) Aço e Tipos de Aço Perfis Perfis Soldados Não Normalizados PS d x M tfs: espessura da mesa superior h: largura da alma bfs: largura da mesa superior CH bfs x tfs CH h x tw CH bfi x tfi tfi: espessura da mesa inferior bfi: largura da mesa inferior ou d: altura M: massa em kg/m Perfil I ou H ou Caixão Especificações dos Produtos (medidas em mm) Aço e Tipos de Aço Perfis Perfis Formados a Frio Perfil U simples U bw x bf x tn tn: espessura nominal Perfil U enrijecido U bw x bf x D x tn tn: espessura nominal bw bf bw bf D Especificações dos Produtos (medidas em mm) Aço e Tipos de Aço Perfis Perfis Formados a Frio Perfil Z simples Z bw x bf x tn Perfil Z enrijecido Z90 bw x bf x D x tn tn: espessura nominal bw bf Z45 bw x bf x D x tn bw bf D tn: espessura nominal Especificações dos Produtos (medidas em mm) Aço e Tipos de Aço Perfis Perfis Formados a Frio Perfil Cartola Cr bw x bf x D x tn Perfil Cantoneira L bf x tn tn: espessura nominal tn: espessura nominal bw bf D bf bf Especificações dos Produtos (medidas em mm) Aço e Tipos de Aço Perfis Perfis Formados a Frio Perfis Compostos 2U bw x bf x tn Perfil I Simples I bw x bf x tnou 2Ue bw x bf x D x tn I bw x bf x D x tnou Perfil I Enrijecido Especificações dos Produtos (medidas em mm) Aço e Tipos de Aço Perfis Perfis Formados a Frio Perfis Compostos 2U bw x bf x tn Caixa Simples Cx bw x bf x tnou 2Ue bw x bf x D x tn Cx bw x bf x D x tnou Caixa Enrijecido Especificações dos Produtos (medidas em mm) Aço e Tipos de Aço Tipos de Aço e Propriedades Mecânicas Gráfico Tensão x Deformação do Aço: fy fp fu q : limite de proporcionalidadefp : limite de escoamentofy fp = fy – fr : tensão residual aparentefr : limite de resistência à traçãofu De acordo com a NBR8800, fr = 0,3fy Aço e Tipos de Aço Tipos de Aço e Propriedades Mecânicas Gráfico Tensão x Deformação do Aço: fy fp fu q Módulo de Deformação: Coeficiente de Poisson: E = tg q = 200000 MPa n = T/ = 0,3 Aço e Tipos de Aço Tipos de Aço e Propriedades Mecânicas Principais Tipos de Aço: Aço Estrutural fy (MPa) fu (MPa) ASTM A-36 250 400 ASTM A-572 G50 345 450 ASTM A-588 (AR-COR) 345 485 ASTM A-570 G33 230 360 Aço e Tipos de Aço Tipos de Aço e Propriedades Mecânicas Principais Tipos de Aço: Aço para Parafusos fy (MPa) fu (MPa) ASTM A-307 - 415 ASTM A-325 (12,7 25,4) 635 825 ASTM A-325 (25,4 38,1) 560 725 Aço para Soldas fw (MPa) E60XX 415 (60 ksi) E70XX 485 (70 ksi) Classificação de seções transversais Classe Significado Momento nominal 1 Seções compactas: são as que permitem que seja atingido o momento de plastificação (Mpl), mas não necessariamente subsequente redistribuição de momentos fletores. Mpl = Zx . fy 2 Seções semi-compactas: são as que permitem que seja atingido o momento correspondente ao inicio do escoamento (My), incluindo ou não tensões residuais. Interpolação linear entre Mpl e Mr 3 Seções esbeltas: são aquelas que estão sujeitas à Flambagem local de um se seus elementos comprimidos. Mcr = W.fcr Nota: fcr – tensão de flexão determinada pela Flambagem local da mesa ou da alma do perfil. Mr – momento resistente nominal para situação entre as classes 3 e 4. CL1 CL2 CL3 Classificação de seções transversais As expressões para cálculo dos valores limites da relação largura/espessura () dos elementos que compõem as seções transversais para efeito de definição das classes são dados pela Tabela G.1 do Anexo G da NBR 8800:2008. Os parâmetros de esbeltez , p e r dependem das condições de apoio das chapas que compõem as seções transversais. Em função destes parâmetros de esbeltez se definem as classes das seções transversais: Classe I – seções compactas e super-compactas 0 < ≤ p Classe 2 – Seções semi-compactas p ≤ ≤ r Classe 3 – Seções esbeltas > ≤ r Deve-se verificar o estado limite de Flambagem local de vigas em duas etapas distintas: a) Flambagem local da mesa comprimida (FLM); b) Flambagem local da alma (FLA). Vigas I esbeltas são aquelas nas quais > r para o estado limite último de Flambagem local da alma (FLA). Segundo a NBR 8800:2008, estas vigas devem ser verificadas de acordo com as prescrições do Anexo H. Classificação de seções transversais Estado Limite Parâmetro de esbeltez () p r FLM 𝑏 𝑡 = 𝑏𝑓/2 𝑡𝑓 0,38 𝐸 𝑓𝑦 0,83 𝐸 𝑓𝑦−𝜎𝑟 para perfis laminados 0,95 𝐸 𝑓𝑦−𝜎𝑟 /𝐾𝑐 para perfis soldados FLA ℎ 𝑡𝑤 3,76 𝐸 𝑓𝑦 5,70 𝐸 𝑓𝑦 Parâmetros de esbeltez para seções tipo I ou H com dois eixos de simetria. Dimensionamento à Flexão Simples • Os tipos de seções transversais mais adequados para o trabalho à flexão são aqueles com maior inércia no plano de flexão, ou seja, áreas mais afastadas do eixo neutro. • Ideal concentrar áreas em duas chapas, uma inferior e uma superior, ligando-as por uma chapa fina. • Formas de I(i) são as mais funcionais, devendo, entretanto, seu emprego obedecer às limitações de flambagem. • As vigas com muita área próxima ao eixo neutro, como peças maciças de seção quadrada ou circular, trabalham com menor eficiência na flexão. Ou seja, para o mesmo peso da viga, têm menor capacidade de carga. Dimensionamento à Flexão Simples • VIGAS DE ALMA CHEIA Enrijecedores transversais. Flambagem local: perda de estabilidade das chapas comprimidas componentes do perfil. Flambagem lateral: a viga perde seu equilíbrio no plano principal de flexão e passa a apresentar deslocamentos laterais e rotações de torção. Para evitar flambagem de uma viga I, cuja rigidez à torção é muito pequena, é preciso prover contenção lateral à viga. Dimensionamento à Flexão Simples Conceitos PreliminaresTipos de Flambagem: Flambagem Local por Momento Fletor: Flambagem por Flexão da Alma – FLA e/ou Flambagem por Flexão da Mesa Comprimida – FLM Comportamento da Barra Fletida Dimensionamento à Flexão Simples Conceitos Preliminares Tipos de Flambagem: Flambagem Global: Flambagem por Flexão Lateral com Torção – FLT Comportamento da Barra Fletida Dimensionamento à Flexão Simples Conceitos Preliminares Tipos de Flambagem: Flambagem Local por Esforço Cortante: Comportamento da Barra Fletida Dimensionamento à Flexão Simples Conceitos Preliminares Dimensionamento à Flexão Simples Conceitos Preliminares • Pode-se evitar o fenômeno da flambagem através de contenções. • Para se evitar a flambagem lateral, pode-se realizar a contenção lateral do perfil, de modo que haja o impedimento de giros e translações laterais. • A contenção pode ser do tipo contínua ou discreta. Contenção lateral contínua da mesa superior. Contenção lateral discreta de uma viga. Dimensionamento à Flexão Simples (NBR 8800:2008) Restrições de aplicação • 5.4.1.2 O carregamento transversal deve sempre estar em um plano de simetria, exceto no caso de perfis U fletidos em relação ao eixo perpendicular à alma, quando a resultante do carregamento transversal deve passar pelo centro de cisalhamento transversal ou a torção deve ser impedida. Critério de resistência 𝑀𝑆𝑑 ≤ 𝑀𝑅𝑑 1,1 5,1 miny R Wf M d onde Wmin é o módulo resistente elástico mínimo da seção transversal da barra fletida em relação ao eixo de flexão. 5.4.2.1 O momento fletor resistente de cálculo, MRd, deve ser determinado de acordo com os Anexos G ou H, o que for aplicável, obedecendo ao disposto em 5.4.2.2 a 5.4.2.5. Devem ser considerados, conforme o caso, os estados-limites últimos de Flambagem lateral com torção (FLT), Flambagem local da mesa comprimida (FLM), Flambagem local da alma (FLA), Flambagem local da aba, Flambagem local da parede do tudo e escoamento da mesa tracionada. 5.4.2.2 Para assegurar a validade da análise elástica, o momento fletor resistente não pode ser tomado maior que 1,50 W.fy / a1, sendo W o módulo de resistência elástico mínimo da seção transversal da barra em relação ao eixo de flexão. 5.4.2.3 Para determinação do momento fletor resistente de cálculo para o estado-limite FLT, pode ser necessário calcular um fator de modificação para diagrama de momento fletor não-uniforme (Cb), para o comprimento destravado (Lb) analisado. Esse fator, exceto para a situação prevista em 5.4.2.4, é dado por: a) Em todos os casos, excluindo o descrito na alínea b) a seguir: Dimensionamento à Flexão Simples (NBR 8800:2008) 5.4.2 Momento fletor resistente de cálculo 0,3 3435,2 5,12 max max m cBA b R MMMM M C Lb/4 MA MB Lb/4 Lb/4 Lb/4 MCMmáx DMF 225,0 yycm IIR para seções de vigas sujeitas a curvatura reversa, com um só eixo de simetria, fletidas em relação ao eixo normal ao de simetria; Iyc refere-se à mesa de menor inércia. 1mR para os demais casos. b) Em trechos em balanço entre uma seção com restrição a deslocamento lateral e à torção e a extremidade livre: 5.4.2.4 Nas vigas de seções I, H ou U, fletidas em relação ao eixo central de inércia perpendicular à alma, e seções caixão e tubulares fletidas em relação a um eixo central de inércia, simétricas em relação ao eixo de flexão, em um comprimento destravado (Lb) no qual uma das mesas encontra-se livre para se deslocar lateralmente e a outra possui contenção lateral contínua contra esse tipo de deslocamento, o fator de modificação para momento fletor não-uniforme é dado por: a) Quando a mesa com contenção lateral contínua estiver tracionada em pelo menos uma extremidade do comprimento destravado: b) Em trechos com momentos nulo nas extremidades, submetidos a uma força transversal uniformemente distribuída, com apenas a mesa tracionada contida continuamente contra deslocamento lateral: c) Em todos os outros casos. Dimensionamento à Flexão Simples (NBR 8800:2008) 5.4.2 Momento fletor resistente de cálculo 1bC 1 21 3 8 3 2 3 MM M M M C oo b Mo é o maior momento fletor solicitante de cálculo que comprime a mesa livre, nas extremidades do comprimento destravado; M1 é o momento na outra extremidade do comprimento destravado; M2 é o momento na seção central do comprimento destravado. Os momentos são considerados positivos se tracionarem a mesa livre e negativos, caso contrário. 2bC 1bC G.2.1 Para os tipos de seção e eixos de flexão indicados na Tabela G.1, para os estados-limites FLT, o momento fletor de cálculo é dado por: a) MRd = Mpl γa1 , para ≤ p. b) MRd = Cb γa1 Mpl− Mpl−Mr ∙ λ−λp λr−λp ≤ 𝑀𝑝𝑙 𝛿𝑎1 , para p< ≤ r. c) MRd = Mcr γa1 ≤ 𝑀𝑝𝑙 𝛿𝑎1 , para > r. Dimensionamento à Flexão Simples (NBR 8800:2008) G.2 Momento fletor resistente de cálculo G.2.2 Para os tipos de seção e eixos de flexão indicados na Tabela G.1, para os estados-limites FLM e FLA, o momento fletor de cálculo é dado por: a) MRd = Mpl γa1 , para ≤ p. b) MRd = 1 γa1 Mpl− Mpl−Mr ∙ λ−λp λr−λp , para p< ≤ r. c) MRd = Mcr γa1 , para > r. (não aplicável à FLA – ver anexo H). Dimensionamento à Flexão Simples (NBR 8800:2008) G.2 Momento fletor resistente de cálculo Dimensionamento à Flexão Simples (NBR 8800:2008) Tabela G.1 – Parâmetros referentes ao momento fletor resistente Dimensionamento à Flexão Simples (NBR 8800:2008) Tabela G.1 – Parâmetros referentes ao momento fletor resistente Dimensionamento à Flexão Simples (NBR 8800:2008) Notas relacionadas à Tabela G.1 são as seguintes: 1. λr = 1,38∙ Iy∙J ry∙J∙β1 ∙ 1 + 1 + 27Cw∙β1 2 Iy 𝑀𝑐𝑟 = 𝐶𝑏 ∙ 𝜋 2 ∙ 𝐸 ∙ 𝐼𝑦 𝐿𝑏 2 𝐶𝑤 𝐼𝑦 1 + 0,039 𝐽 ∙ 𝐿𝑏 2 𝐶𝑤 Onde: 𝛽1 = 𝑓𝑦 − 𝜎𝑟 ∙ 𝑊 𝐸 ∙ 𝐽 𝐶𝑤 = 𝐼𝑦 𝑑 − 𝑡𝑓 2 4 , para seções I 𝐶𝑤 = 𝑡𝑓 𝑏𝑓 − 0,5𝑡𝑤 3 𝑑 − 𝑡𝑓 2 12 3 𝑏𝑓 − 0,5𝑡𝑤 𝑡𝑓 + 2 𝑑 − 𝑡𝑓 𝑡𝑤 6 𝑏𝑓 − 0,5𝑡𝑤 𝑡𝑓 + 𝑑 − 𝑡𝑓 𝑡𝑤 , para seções U Dimensionamento à Flexão Simples (NBR 8800:2008) Notas relacionadas à Tabela G.1 são as seguintes: 2. Dimensionamento à Flexão Simples (NBR 8800:2008) Notas relacionadas à Tabela G.1 são as seguintes: Dimensionamento à Flexão Simples (NBR 8800:2008) Notas relacionadas à Tabela G.1 são as seguintes: Dimensionamento à Flexão Simples (NBR 8800:2008) Anexo H: MRd para vigas de alma esbelta Momento fletor resistente de cálculo de vigas de alma esbelta Dimensionamento à Flexão Simples (NBR 8800:2008) Anexo H: MRd para vigas de alma esbelta Dimensionamento à Flexão Simples (NBR 8800:2008) Anexo H: Verificação de FLT Dimensionamento à Flexão Simples (NBR 8800:2008) Anexo H: Verificação de FLM Flambagem Local: Esforço Cortante Crítico de Flambagem: A NBR8800:2008 utiliza uma curva de flambagem similar às das flambagens global e local devidas ao momento fletor. y v p f Ek 10,1 y v r f Ek 37,1 pl p cr VV pl p cr VV 2 24,1 rp r Comportamento da Barra Fletida Dimensionamento ao esforço cortante (p. 50 da ABNT NBR 8800: 2008) Conceitos Preliminares NBR8800:2008: Flambagem Local: Esforço Cortante Crítico de Flambagem: A NBR8800:2008 utiliza uma curva de flambagem similar às das flambagens global e local devidas ao momento fletor. E sf o rç o C o rt a n te C rí ti co V c r = h/tw Curva de Flambagem rp Vpl dtAw Perfis I, H e U: ,5vk para ou3ha 2260 λha ,55 2hakv caso contrário, onde a é a distância entre enrijecedores transversais. Perfis caixão e tubulares retangulares: htAw 2 5vk Comportamento da Barra Fletida Conceitos Preliminares NBR8800:2008: Dimensionamento ao esforço cortante (p. 50 da ABNT NBR 8800: 2008) 47 Figura 1 – Plano das vigas no pavimento tipo. 48 a) Levantamento das ações atuantes na laje L01; b) O levantamento das ações ver ticais atuantes na viga V01; c) Fazer o esquema de carregamento da viga V01 e obter os esforços de calculopara a combinação última normal; d) Pré-dimensionar a viga e adotar um perfil de acordo com os critérios de altura (d) e inércia (Ix). e) Verificar e dimensionar a viga de acordo com a ABNT NBR 8800 ao momento fletor e ao esforço cortante. Dados Gerais: • Aço USI SAC – 300 – fy = 300 Mpa = 30 kN/cm²; • Paredes de tijolo-furado (espessura 20 cm); alvenaria = 13 kN/m³; • Pé-direito (cm): 300; • Considerar a espessura média do contrapiso com 4,0 cm, e executado com argamassa de cimento/areia; (argamassa = 21 kN/m³); • Considerar a espessura média do revestimento da face inferior das lajes com 2 cm, e executado com argamassa de cimento/areia e cal; (argamassa = 19 kN/m³); • Considerar a sobrecarga de uso e utilização de escritórios (2,5 kN/m²); • Considerar concreto = 25 kN/m³; • Laje unidirecional pré-moldada de concreto. 49 Materiais Peso específico aparente (kN/m3 ) Revestimentos Argamassa de cal, cimento e areia. 19 Argamassa de cimento e areia. 21 Concreto armado Densidade normal 25 (2500 kg/m³) Local Carga (kN/m2 ) 11 – Edifícios Residenciais Dormitórios, sala, copa, cozinha e banheiro 1,5 Despensa, área de serviço e lavanderia 2,0 14 - Escritórios Salas de uso geral e banheiro. 2,5 Tabela 2 – Valores mínimos das cargas verticais. Fonte: Adaptada da ABNT NBR 6120: 2019. Tabela 1 – Peso específico dos materiais de construção. Fonte: Adaptada da ABNT NBR 6120: 2019. 50 a)Levantamento das ações atuantes na laje L01; Resolução: Primeiramente deve-se calcular o peso próprio da laje distribuído em kN/m² que atua em cima da laje L01: gpesopróprio = conc * hlaje Salienta-se que o peso específico do concreto encontram-se na tabela 1. gpp = 25 kN/m³ * 0,10 m = 2,50 kN/m². Em seguida, deve-se calcular o peso distribuído em kN/m² das cargas permanentes dos revestimentos que atuam em cima da laje L1: gpavimentos = arg * econtrapiso + arg * erevestimento laje Salienta-se que o peso específico das argamassas encontram-se na tabela 1. gpav = 21 kN/m³ * 0,04 m + 19 kN/m³ * 0,02 m = 1,22 kN/m². Como trata-se de um edifício comercial de escritórios (salas de uso geral), a sobrecarga de utilização a ser utilizada conforme a NBR 6120: 2019 que: q = 2,50 kN/m² (sobrecarga de uso e utilização) 51 b) O levantamento das ações verticais atuantes na viga V01; Resolução: A Largura de influência da viga V01 corresponde a metade do menor vão da laje L1. Assim, temos: Li = Lx / 2 (de cada vão), onde Lx é o menor vão da laje. Li (V01) = 400/2 = 200 cm = 2,00 m Li (V02) = 400/2 + 400/2 = 400 cm = 4,00 m Figura 2 – Definição de largura de influência para lajes unidirecionais. 52 b) O levantamento das ações verticais atuantes na viga V01; Resolução: Li = 400 cm / 2 = 200 cm = 2,00 m Ações: Peso próprio da laje: G laje = 2,50 kN/m² * Li * = 2,50 kN/m² * 2,00 m = 5,0 kN/m; Pavimento/revestimento da laje: G pav/ver, laje = 1,22 kN/m² * Li = 1,22 kN/m² * 2,00 m = 2,44 kN/m; Alvenaria sobre a viga: G alve = (alv.* ealv * h alv) =13 kN/m³ * 0,20 m * (3,0 – 0,35)m = 6,89 kN/m; Sobrecarga de uso e utilização: Q = 2,50 kN/m² * Li= 2,50 kN/m² * 2,00 m = 5,00 kN/m; 53 c) Combinação de ações normais últimas de cálculo; Ações: Peso Próprio da estrutura metálica: (permanente) G est = 0,40 kN/m * 1,25 = 0,50 kN/m; Peso próprio da laje: (permanente) G laje = 2,50 kN/m² * Li * = 2,50 kN/m² * 2,00 m = 5,0 kN/m x 1,35 = 6,75 kN/m; Pavimento/revestimento da laje: (permanente) G pav/ver, laje = 1,22 kN/m² * Li = 1,22 kN/m² * 2,00 m = 2,44 kN/m x 1,35 = 3,29 kN/m; Alvenaria sobre a viga: (permanente) G alve = (alv.* ealv * h alv) =13 kN/m³ * 0,20 m * (3,0 – 0,35)m = 6,89 kN/m x 1,50 = 10,34 kN/m; Sobrecarga de uso e utilização: (variável) Q = 2,50 kN/m² * Li= 2,50 kN/m² * 2,00 m = 5,00 kN/m x 1,50 = 7,5 kN/m; qtotal = 6,75 kN/m + 3,29 kN/m + 10,34 kN/m + 7,5 kN/m +0,50 kN/m = 28,38 kN/m 54 c) Fazer o esquema de carregamento da viga V01 e obter os esforços de calculo para a combinação última normal; Para a combinação normal última durante a fase de utilização da estrutura, temos: VIGA V01 Perfil W250X30 Ações Ações: a) Cargas permanentes Peso próprio da laje Laje de concreto armado – h = 10 cm: = 2,50 kN/m2 Li (2,00 m) = 5,00 kN/m * 1,50 = 7,50 kN/m Peso próprio da estrutura = 0,40 kN/m 1,25 = 0,50 kN/m Pavimentação/Revestimento laje = 1,22 kN/m2 Li (2,00 m) = 2,44 kN/m * 1,35 = 3,29 kN/m Alvenaria sobre a viga = 13 kN/m³ * 0,20 m * (3,0 – 0,35)m = 6,89 kN/m * 1,50 = 10,34 kN/m Total G = 20,88 kN/m a) Sobrecarga Sobrecarga de uso (SC1): 2,5 kN/m2 Li (2,00 m) = 5,00 kN/m * 1,50 = 7,50 kN/m 700 G= 20,88 kN/m Q= 7,50 kN/m MSd = q*l²/8 = 28,38 kN/m * 7² m² / 8 = 173,8 kN.m = 173,8 * 100 = 17380 kN.cm 55 d) Pré-dimensionar a viga e adotar um perfil de acordo com os critérios de altura (d) e inércia (Ix). 𝑀𝑆𝑑 ≤ 𝑀𝑅𝑑 d mín = 5% do vão = 0,05*700 = 35 cm = 350 mm 𝑀𝑆𝑑 ≤ 𝑓𝑦 ∙ 𝑊𝑥 1,1 − 𝑓𝑦 ∙ 𝑊𝑥 1,1 ≤ −𝑀𝑆𝑑 𝑓𝑦 ∙ 𝑊𝑥 1,1 ≥ 𝑀𝑆𝑑 𝑊𝑥 ≥ 1,1 ∗ 𝑀𝑆𝑑 𝑓𝑦 𝑊𝑥 ≥ 1,1 ∗ 17.380 𝑘𝑁. 𝑐𝑚 30𝑘𝑁 𝑐𝑚2 ≥ 𝟔𝟑𝟕, 𝟐𝟕 𝑐𝑚3 Perfil adotado W 410 x 38,8 – Wx = 640 cm³.
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