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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 MORFOLOGIA: - O E. vermicularis apresenta nítido dimorfismo sexual, mas alguns caracteres são comuns aos 2 sexos: Cor branca Filiformes Na extremidade anterior, lateralmente à boca notam-se expansões vesiculosas muito típicas, chamadas “asas cefálicas” Boca pequena seguida de um esôfago típoco: claviforme, terminando em um bulbo cardíaco FÊMEA: - Mede cerca de 1cm de comprimento - Cauda pontiaguda e longa MACHO: - Mede cerca de 5mm de comprimento - Cauda recurvada em sentido ventral, com um espículo presente - Apresenta um único testículo OVO: - Mede cerda de 50µm de comprimento - Apresenta o aspecto de um D, pois um dos lados é sensivelmente achatado e o outro é convexo - Possui membrana dupla, lisa e transparente - Quando sai da fêmea, já apresenta em seu interior uma larva HÁBITAT: - Machos e fêmeas vivem no ceco e apêndice - As fêmeas repletas de ovos são encontradas na região perianal - Em mulheres pode-se encontrar esse parasito na vagina, útero e bexiga CICLO BIOLÓGICO: - É monoxênico - Após a cópula, os machos são eliminados com as fezes e morrem - As fêmeas, repletas de ovos, se desprendem do ceco e se dirigem para o ânus, principalmente a noite - Os ovos eliminados, já embrionados, se tornam infectantes em poucas horas e são ingeridos pelo hospedeiro - No intestino delgado, as larvas rabditoides eclodem e sofrem 2 mudas no trajeto intestinal até o ceco - Quando chegam no ceco se transformam em vermes adultos - 1 a 2 meses depois as fêmeas são encontradas na região perianal - Não havendo reinfecção, o parisitismo extingue-se aí NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 TRANSMISSÃO: - Os mecanismos de transmissão que podem ocorrer são: Heteroinfecção quando ovos presentes na poeira ou alimentos atingem novo hospedeiro Indireta quando ovos presentes na poeira ou alimentos atingem o mesmo hospedeiro que os eliminou Auto-infecção externa ou direta o indivíduo leva os ovos da região perianal à boca. É o principal mecanismo responsável pela cronicidade dessa verminose Auto-infecção interna as larvas eclodem ainda dentro do reto e depois migram até o ceco, se transformando em vermes adultos Retroinfecção as larvas eclodem na região perianal (externamente), penetram pelo ânus e migram pelo intestino grosso chegando até o ceco, onde se transformam em vermes adultos PATOGENIA: - Na maioria das vezes o parasitismo passa desapercebido pelo paciente - Ele só nota que alberga o verme quando sente um prurido anal, principalmente à noite, ou quando vê o verme nas fezes - Em infecções maiores, pode provocar enterite catarral por ação mecânica e irritativa - O ceco se apresenta inflamado e as vezes o apêndice também é atingido - A alteração mais intensa e mais frequente é o prurido anal. O ato de coçar a região anal pode lesar ainda mais o local, possibilitando uma infecção bacteriana secundária. O prurido provoca perda de sono, nervosismo e, devido à proximidade dos órgãos genitais, pode levar à masturbação e erotismo, principalmente em meninas - A presença de vermes nos órgãos genitais femininos podem levar a: Vaginite Metrite Salpingite Ovarite DIAGNÓSTICO: CLÍNICO: - O prurido anal noturno pode levar a uma suspeita clínica de enterobiose LABORATORIAL: - O exame de fezes não funciona para essa verminose intestinal - O melhor método é o da fita adesiva ou método de Graham: Corta-se um pedaço de 9 a 10cm de fita adesiva transparente Coloca-se a mesma com a parte adesiva para fora, sobre um tubo de ensaio ou dedo indicador Apõe-se várias vezes a fina na região perianal Coloca-se a fita sobre uma lâmina de vidro Leva-se ao microscópio e examina-se com aumento de 10 e 40x - Essa técnica deve ser feita ao amanhecer, antes da pessoa tomar banho, e repetida em dias sucessivos, caso dê negativo - Se a lâmina não possa ser examinada no mesmo dia, deve ser conservada na geladeira, embalada em papel alumínio NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 EPIDEMIOLOGIA: - Tem alta prevalência em crianças de idade escolar - É de transmissão doméstica ou de ambientes coletivos fechados, como creches, asilos, enfermarias infantis, etc - Os fatores responsáveis por essas situações são: Somente a espécie humana alberga o E. vermicularis; Fêmeas eliminam grande quantidade de ovcis na região perianal; Os ovos em poucas horas se tornam infectantes, podendo atingir os hospedeiros por vários mecanismos (direto, indireto, retroinfecção); Os ovos podem resistir até três semanas em ambiente domésticos, contaminando alimentos e "poeira"; O hábito de, pela manhâ, se sacudir roupas de cama ou de dormir pode disseminar os ovos no domicílio PROFILAXIA: A roupa de dormir e de cama usada pelo hospedeiro não deve ser "sacudida" pela manhã, e sim enrolada e lavada em água fervente, diariamente; Tratamento de todas as pessoas parasitadas da família (ou outra coletividade) e repetir o medicamento duas ou três vezes, com intervalo de 20 dias, até que nenhuma pessoa se apresente parasitada; Corte rente das unhas, aplicação de pomada mercurial na região perianal ao deitar-se, banho de chuveiro ao levantar-se e limpeza doméstica com aspirador de pós, são medidas complementares de utilidade. TRATAMENTO: - Os medicamentos mais utilizados são os mesmos empregados contra o A. lumbricoides - A OMS recomenta 4 drogas para o tratamento e controle de helmintos transmitidos pelo solo: Albendazol componente dos benzimidazóis com amplo espectro antiparasitário. A droga é encontrada sob a forma de comprimidos de 200 e 400mg, e de suspensão oral de 100mg/5ml. A dose única de 400mg é altamente eficaz contra a ascaridíase, mostrando níveis de cura se de redução de ovos de até 100% Mebendazol derivado dos benzimidazóis com ampla e efetiva atividade anti-helmíntica. É encontrada sob a forma de comprimidos de 100 e 500mg e também em suspensão oral de 100mg/5ml. O mecanismo de ação é o mesmo do Albendazol. A dose única de 500mg mostrou alta efetividade contra a ascaridíase e outras parasitoses. O tratamento com mebendazol alcança níveis de cura entre 93,8% e 100% e taxas de redução de ovos de 97,9% a 99,5% Levamisol é um isômero levogiro do tetramisol e tem boa eficácia contra áscaris. Encontrado em comprimidos de 40mg e administrado em dose única de 2,5mg/kg. Ele inibe os receptores de acetilcolina, causando contração espásmica seguida de paralisia muscular e consequente eliminação dos vermes. Não apresenta capacidade ovicida. Pamoato de pirantel droga derivada da primidina, sendo efetiva contra a ascaridíase e a ancilostomíase. Encontrada em forma de comprimidos de 250mg, sendo administrada em dose única oral de 10mg/kg. Vários artigos demonstraram níveis de cura, para a ascaridíase, de 81 % a 100% e taxas de redução do número de ovos entre 82% a 100%.
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