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Resumo da leitura obrigatoria 6 semestre

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Sabemos que práticas antigas sozinhas não satisfazem mais o desenvolvimento do aprendizado. Esse pensamento é reforçado pelos estudos de Moacir Gadotti, quando este afirma que “a interdisciplinaridade (...) surge na metade do século passado, em resposta a uma necessidade verificada principalmente nos campos das Ciências Humanas e da Educação: superar a fragmentação e o caráter de especialização do conhecimento, causados por uma epistemologia de tendência positivista em cujas raízes estão o empirismo, o naturalismo e o mecanicismo científico do início da modernidade”.
O estudo da epistemologia abarca a produção, reconstrução e socialização; a ciência e seus paradigmas; métodos de mediação entre sujeito e realidade. Enquanto que, o pedagógico, discute questões de ensino e aprendizagem no âmbito escolar.
A interdisciplinaridade no campo educativo vem sendo discutida por vários autores. Mas, de modo geral, a finalidade do tema é consensual a todos. “Ela busca responder à necessidade de superação da visão fragmentada nos processos de produção e socialização do conhecimento ou para um novo sistema de sua produção, difusão e transferência”. (GIBBONS, Michael 1997)
O principal ponto de reflexão é o papel da interdisciplinaridade no processo de ensinar e aprender na escolarização formal. Buscando unir as abordagens pedagógicas e epistemológicas, seus avanços, limitações, conflitos e consensos.
Para Edgar Morin (2005), “só o pensamento complexo sobre uma realidade também complexa pode fazer avançar a reforma do pensamento na direção da contextualização, da articulação e da interdisciplinaridade do conhecimento produzido pela humanidade”.
O problema da fragmentação do conhecimento foi solucionado em parte, quando colocaram a historicidade e as leis do movimento dialético e da realidade como base para todas as ciências. No início, a interdisciplinaridade foi objeto de estudo da filosofia. Posteriormente, todas as correntes de pensamento se interessaram pela interdisciplinaridade, e só mais tarde na década de 1980 que começou a ganhar lugar nas ciências humanas e na educação.
Quanto à definição de conceito para a interdisciplinaridade, seria um ato de condicionamento á disciplina; fugiria da óptica interdisciplinar. Ou, como afirma Leis(2005), “a tarefa de procurar definições finais para a interdisciplinaridade não seria algo propriamente interdisciplinar, senão disciplinar”, Pois, para esse autor, a história da interdisciplinaridade se confunde com a dinâmica viva do conhecimento.
Mais do que identificar um conceito para a interdisciplinaridade, o que os autores buscam é encontrar seus sentido epistemológico, seu papel e suas implicações sobre o processo do conhecer. Com base nas abordagens teóricas apresentadas pelos autores desse artigo, fica claro que as práticas do pensamento interdisciplinar propõe o fim da fragmentação das disciplinas, das ciências, enfim, do conhecimento.
Segundo Frigotto (1995), precisamos perceber que a interdisciplinaridade não se efetiva se não ultrapassarmos a visão fragmentada e o plano fenomênico, ambos marcados pelo paradigma empirista e positivista.
Japiassu destaca ainda: A nosso ver, foi uma filosofia das ciências, mais precisamente o positivismo, que constituiu o grande veículo e o suporte fundamental dos obstáculos epistemológicos ao conhecimento interdisciplinar, porque nenhuma outra filosofia estruturou tanto quanto ela as relações dos cientistas com suas práticas. E sabemos o quanto esta estruturação foi marcada pela compartimentação das disciplinas, em nome de uma exigência metodológica de demarcação de cada particular, constituindo a propriedade privada desta ou daquela disciplina.
Para relacionar a ciência e a interdisciplinaridade, Thiesen cita a autora Olga Pombo, ao destacar que o desenvolvimento de diferentes áreas científicas vem dependendo da relação com outras disciplinas. A título de exemplo tem se casos bem concretos vivenciados no campo da ciência contemporânea, como o da bioquímica, o da biofísica, o da engenharia e o da genética; estas duas últimas áreas – a engenharia e a genética – cuja mistura parecia impensável há 60 ou 70 anos, fato que representa a situação epistemológica atual.
Por fim destacam-se as implicações da interdisciplinaridade no processo de ensino e aprendizagem, enfatizando que a escola precisa acompanhar o ritmo das mudanças que ocorre em todos os segmentos que compõem a sociedade, pois, ainda que a temática da interdisciplinaridade seja recorrente nos debates escolares, principalmente nas discussões sobre projeto político pedagógico, os desafios para a reconstrução e socialização do conhecimento.
Encerrando a obra, destaca-se que escola deve ser, por sua natureza e função, uma instituição interdisciplinar e que apenas haverá interdisciplinaridade no trabalho e na postura do educador se ele for capaz de partilhar o domínio do saber, se tiver a coragem necessária para abandonar o conforto da linguagem estritamente técnica e aventurar-se num domínio que é de todos e de que, portanto, ninguém é proprietário exclusivo.
A obra fornece contribuições à nossa formação, à medida que trata dos principais autores e conceitos sobre a interdisciplinaridade. Destaca-se o empenho do autor em apresentar claramente as discussões da pesquisa cientifica, levando-nos a compreender as ideias básicas sobre tema, bem como ajudando a compreender mais sobre interdisciplinaridade, é um movimento importante de articulação entre o ensinar e o aprender.
O mundo conectado à internet, à rede de ideias, traz para a sala de aula a urgência da comunicação interdisciplinar. Aluno x professor x escola e família fazem parte desse aglomerado de novidades e precisam participar desse processo complexo de trabalho para aproximar a criança da realidade que vem sendo estudada hoje em dia. Para acompanhar a nova visão que surge, as escolas precisam quebrar paradigmas e unir pontos benéficos do ensino tradicional a essa ideia da construção do saber a partir da integração das partes. 
Contudo concluo que a interdisciplinaridade e uma peça fundamental no processo de ensino aprendizagem onde o aluno aprende diversos conceitos trabalhados em diversas disciplinas com um mesmo assunto sem se tornar repetitivo e cansativo, o movimento da interdisciplinaridade pode transformar profundamente a qualidade da educação escolar por intermédio do seus processos de ensino. O professor necessita ser versátil e trabalhar de diversas maneiras a fim de alcançar o melhor resultado de seus alunos.

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