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Questão 1. Violência: conflitos rurais. Leia o texto a seguir, publicado no site G1 da Globo em abril de 2013. Tentativas de homicídio em conflitos rurais sobem no Norte e NE, diz CPT Número cresceu 490% nos estados do Norte entre 2011 e 2012. Conflitos por terra quase dobraram no país nos últimos cinco anos. Tentativas de homicídio por conflitos no campo Região 2012 2011 Norte 59 10 Nordeste 16 10 Sudeste 2 6 Sul 0 2 Centro-Oeste 0 10 Total 77 38 O número de tentativas de homicídio em conflitos rurais nas Regiões Norte e Nordeste subiu entre 2011 e 2012, segundo estimativa divulgada na segunda-feira (22) pela Comissão Pastoral da Terra (CPT). Só nos estados do Norte, a quantidade mais do que quintuplicou: passou de 10 casos, em 2011, para 59 em 2012, crescimento de 490%. O Nordeste teve aumento menor, de 60% - foram 10 tentativas de homicídio por conflitos agrários em 2011, contra 16 em 2012. Para José Batista Afonso, advogado da CPT no Pará, o número de tentativas de homicídio no Norte está ligado às pressões sobre a Amazônia Legal e às comunidades tradicionais que habitam a região, como ribeirinhos, indígenas, posseiros e quilombolas. Ativistas e integrantes desses grupos tradicionais passaram a ser alvos em conflitos devido à pressão exercida pela expansão do agronegócio, pelo aumento da exploração de minérios e pelos efeitos de grandes obras de infraestrutura, como a construção de ferrovias e hidrelétricas. A expansão da fronteira agrícola na Amazônia e o crescimento de atividades mineradoras no Pará, por exemplo, fazem surgir conflitos com populações que habitavam a região primeiro, diz Afonso. Já obras como as hidrelétricas estão causando migração massiva para cidades como Altamira, no Pará. A chegada desordenada de um grande número de pessoas, atraídas pela chance de trabalhar em obras na região, causa conflitos com comunidades que vivem no entorno de pequenos e médios municípios do Norte, principalmente no Pará, segundo o advogado. O estado teve um salto no número de tentativas de homicídio em regiões rurais, de acordo com a CPT: foram 6 casos registrados em 2011, contra 52 no ano passado. Norte e Nordeste também são líderes no número de assassinatos decorrentes de conflito rural: foram 17 ocorridos no Norte e 11 no Nordeste, em 2012. Os números, no entanto, não mudaram tanto com relação ao ano anterior, quando 16 pessoas morreram nos estados do Norte e 11 no Nordeste. Disponível em <http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/04/tentativas-de-homicidio-em-conflitos-rurais-sobem-no-norte-e-ne-diz- cpt.html>. Acesso em 24 abr. 2013. Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas a seguir. I. No Brasil, os conflitos rurais têm causado crescimento nas tentativas de homicídios, porém as tensões relativas ao campo são antigas e mostram fragilidade do país em lidar com a questão de distribuição de terra, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. II. Os dados sobre as tentativas de homicídio apresentados na tabela permitem afirmar que há uma relação direta entre os conflitos de terra e a quantidade de pessoas que vivem nas regiões Norte e Nordeste, caracterizadas por densidade populacional muito alta. III. De 2011 para 2012, o estado do Pará teve mais de 700% de aumento no número de tentativas de homicídios em regiões rurais. Esse fato está relacionado, também, com a expansão da fronteira agrícola na Amazônia, o crescimento de atividades mineradoras no Pará e a 2 execução de obras de grande porte, como a construção de hidrelétricas, que causam migração para cidades paraenses. IV. O maior problema da Amazônia Legal é que houve a invasão dessas terras por comunidades tradicionais que habitam a região, como ribeirinhos, indígenas, posseiros e quilombolas. O governo não consegue efetuar a retirada dessas comunidades, o que impede o desenvolvimento e o crescimento da região Norte. Está correto o que se afirma em a) I, II, III e IV. b) I e III, somente. c) II e III, somente. d) nenhuma. e) II, III e IV, somente. Justificativa. I - A tabela mostra o aumento no numero de tentativas de homicídio nas regiões norte e nordeste Que reflete por conta da questão de distribuição de terras. III – Conforme tabela a taxa de homicídio no Para quase que quintuplicou, um aumento de 500% Questão 2. População: número de idosos. Leia o texto e o gráfico a seguir. A teenagização da cultura ocidental Maria Rita Kehl ''O Brasil de 1920 era uma paisagem de velhos'', escreveu Nelson Rodrigues em uma crônica sobre sua infância na rua Alegre. ''Os moços não tinham função, nem destino. A época não suportava a mocidade'' (1). O escritor estava se referindo aos sinais de respeitabilidade e seriedade que todo moço tinha pressa em ostentar. Um homem de 25 anos já portava o bigode, a roupa escura e o guarda-chuva necessário para identificá-lo entre os homens de 50, e não entre os rapazes de 18. Já um futuro escritor do ano 2030, quando escrever sobre a infância nos anos 90, poderá afirmar: ''No meu tempo, todo mundo era jovem''. Ou melhor: há 30 anos somos todos jovens. No ''nosso'' tempo, essa história de ser jovem começou a sair de uma certa obscuridade culposa e obediente à qual discursos médicos e morais haviam relegado. De início (não preciso repetir o que já se escreveu sobre os anos 60 no Ocidente), o fenômeno tinha o vigor e a beleza caótica típicos do retorno do recalcado. ''Jovem'' era o significante para tudo o que até então vivia nos porões da civilização. Jovem era a inteligência quando se aventurava a pensar para além dos cânones universitários. (...) Mas também não preciso repetir que forças bem mais poderosas do que os anseios de uma ou duas gerações de filhos, logo entraram em jogo. Que as forças de capital - as mesmas que, inadvertidamente, contribuíram para evocar espíritos juvenis adormecidos -, com seu senso imbatível de oportunidade, souberam reorganizar o caos em torno da chamada lógica do mercado. Ser jovem virou slogan, virou clichê publicitário, virou imperativo categórico - condição para se pertencer a uma certa elite atualizada e vitoriosa. Ao mesmo tempo, a ''juventude'' se revelava um poderosíssimo exército de consumidores, livres dos freios morais e religiosos que regulavam a relação do corpo com os prazeres, e desligados de qualquer discurso tradicional que pudesse fornecer critérios quanto ao valor e à consistência, digamos, existencial, de uma enxurrada de mercadorias tornadas, da noite para o dia, essenciais para a nossa felicidade. (...) 3 O que importa agora é pensar os efeitos disto que estamos chamando de ''teenagização'' da cultura ocidental. O primeiro que me ocorre é o seguinte: todo adulto (biologicamente falando, digo, sem querer ofender ninguém) sente uma certa má consciência diante de sua experiência de vida. Se a regra é viver com a disponibilidade, a esperança e os anseios de quem tem 13, 15 ou 17 anos, que fazer da seletividade, da desconfiança e até mesmo da consolidação de certo perfil existencial mais definido, inevitáveis para quem viveu 40 ou 50 anos? (...) O adulto que se espelha em ideais teen se sente desconfortável ante a responsabilidade de tirar suas conclusões sobre a vida e passá-las a seus descendentes. Isso significa que a vaga de ''adulto'', na nossa cultura, está desocupada. Ninguém quer estar ''do lado de lá'', o lado careta, do conflito de gerações, de modo que o tal conflito, bem ou mal, se dissipou. Mães e pais dançam rock, funk e reggae como seus filhos, fazem comentários cúmplices sobre sexo e drogas, frequentemente posicionam-se do lado da transgressão nos conflitos com a escola e com as instituições. Esta liberdade cobra seu preço em desamparo: os adolescentes parecem viver num mundo cujas regras são feitas por eles e para eles, já que os próprios pais e educadores estão comprometidos com uma leveza e uma ''nonchalance'' jovem. Não que os pais ''de antigamente'' soubessem comoos filhos deveriam enfrentar a vida, mas pensavam que sabiam, e isso era suficiente para delinear um horizonte, constituir um código de referência - ainda que fosse para ser desobedecido. Quando os pais dizem: ''Sei lá, cara, faz o que você estiver a fim'', a rede de proteção imaginária constituída pelo que o Outro sabe se desfaz, e a própria experiência perde significação. E, como nenhum lugar de produção de discurso fica vazio muito tempo sem que algum aventureiro lance mão, o Estado autoritário, puro e simples, pode vir fazer as vezes dos adultos que se pretendem teen. Neste caso, em vez da elaboração da experiência, teremos ''razões de Estado'' (ou pior, razões do Banco Mundial) ditando o que fazer de nossas vidas. A desvalorização da experiência esvazia o sentido da vida. Não falo da experiência como argumento de autoridade - ''eu sei porque vivi''. Sobretudo numa cultura plástica e veloz como a contemporânea, pouco podemos ensinar aos outros partindo da nossa experiência. No máximo, que a alteridade existe. Mas a experiência, assim como a memória, produz consistência subjetiva. Eu sou o que vivi. Descartado o passado, em nome de uma eterna juventude, produz-se um vazio difícil de suportar. Parece contraditório supor que uma cultura teen possa ser depressiva, sobretudo quando se aposta no império das sensações - adrenalina, orgasmo, cocaína - para agitar a moçada. Mas às vezes me preocupa, desligados a tevê e o walk-man, este enorme silêncio à nossa volta. (1) Nota. Nelson Rodrigues, ''Só os idiotas respeitam Shakespeare'', em ''O óbvio ululante''. Companhia das Letras, 1993. Disponível em <http://www.mariaritakehl.psc.br/resultado.php?id=7>. Acesso em 03 abr. 2013 (com adaptações). Disponível em <http://www.sedh.gov.br/clientes/sedh/sedh/pessoa_idosa>. Acesso em 03 abr. 2013. Com base na leitura, analise as afirmativas a seguir. I. O texto e o gráfico estão em contradição, pois a autora afirma que hoje há mais jovens do que nos anos anteriores e o gráfico mostra a tendência de crescimento dos idosos no Brasil. II. De acordo com o gráfico, em 10 anos, a população idosa teve aumento da ordem de 3%. 4 III. De acordo com o texto, o espírito jovem que hoje se observa é fruto exclusivo da vontade e da determinação dos adultos em não cederem aos padrões sociais tradicionalmente estabelecidos. IV. De acordo com o texto, a teenagização é estimulada pela propaganda e traz consequências essencialmente positivas para as relações entre pais e filhos, que não vivem mais em conflito. Está correto o que se afirma em a) nenhuma. b) I e II, apenas. c) III e IV, apenas. d) II e III, apenas. e) II e IV, apenas. Justificativa. O Crescimento foi de 9 a 12%, ou seja, a população idosa teve o aumento da ordem de 3% aprox. a teenagização é estimulada pela propaganda e traz consequências essencialmente positivas para as relações entre pais e filhos Questão 3. Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA): resultados. O texto a seguir mostra os desempenhos de alunos da elite do Brasil e da elite de outros países na edição de 2012 do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ ult305u15686.shtml>. Acesso em 05 abr. 2013 (com adaptações). Com base na leitura, analise as afirmativas que seguem. I. Para a faixa de renda considerada, o número de alunos de Portugal nos dois níveis mais baixos de desempenho no Pisa é o quádruplo do número de alunos da Coreia do Sul nos dois níveis mais baixos de desempenho no Pisa. 5 II. Na França, para a faixa de renda considerada, de cada 60 alunos participantes do Pisa, 57 têm desempenhos nos níveis mais altos. III. O Brasil, comparado aos outros países mostrados no texto, para a faixa de renda considerada, tem distribuição mais homogênea de desempenhos baixos e altos no Pisa. Está correto o que se afirma em a) III, somente. b) I, somente. c) I e II, somente. d) I e III, somente. e) II, somente. Justificativa. I - os níveis baixo da coreia do sul é 1 e França 4, então afirmação está correta. III – o brasil tem a distribuição mais homogênea no desempenhos baixo e alto em relação aos outros. Questão 4. Saúde: número de fumantes. Leia o texto a seguir, publicado em maio de 2013 no jornal Folha de S. Paulo. Taxa de fumantes cai pela metade em São Paulo em 27 anos Mariana Versolato A fatia de moradores de São Paulo que fuma caiu pela metade em 27 anos, segundo aponta pesquisa Datafolha com 1.120 pessoas. Hoje, 21% da população em São Paulo fumam, contra 24% em 2008 e 40% em 1986. Já os ex- fumantes agora são 24%, contra 21% em 2008, superando o número de fumantes. Mas a cidade ainda tem proporção de tabagistas maior do que a taxa nacional, que é de 14,8%, de acordo com a pesquisa Vigitel (inquérito telefônico anual do Ministério da Saúde). As causas para a queda são as medidas de controle nas últimas décadas, segundo a cardiologista Jaqueline Issa, responsável pelo programa de tratamento de tabagismo do InCor (Instituto do Coração da USP). Ela cita a Lei Antifumo adotada no Estado de São Paulo em 2009, a proibição da publicidade de cigarros, a contrapropaganda nos maços, alertando para os malefícios do fumo, e a maior divulgação desses efeitos nocivos. 6 "A população foi se educando. Os próprios fumantes sabem que faz mal e muitos passam a pensar em largar o cigarro por pressão social." Para Paula Johns, diretora-executiva da ONG ACT (Aliança de Controle do Tabagismo), porém, é preciso continuar avançando, principalmente em âmbito federal. "Se não forem adotadas novas políticas, as antigas começam a ficar estagnadas. A lei nacional que proíbe o fumo em locais fechados foi aprovada em 2011, mas não foi regulamentada." Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2013/05/1273221-taxa-de-fumantes-cai-pela-metade-em-sao-paulo-em-27- anos.shtml>. Acesso em 8 mai. 2013 (com adaptações). Com base na leitura do texto, analise as afirmativas a seguir. I. As quedas percentuais médias anuais de fumantes em São Paulo nos períodos de 1993 a 2008 e de 2008 a 2013 foram similares. II. Medidas como a Lei Antifumo, a proibição da publicidade de cigarros, a contrapropaganda nos maços, alertando para os malefícios do fumo, e a divulgação desses efeitos nocivos têm caráter educativo e garantem a contínua queda do número de fumantes em São Paulo. III. Visto que a população de São Paulo é menor do que a do Brasil, é incoerente afirmar que a proporção de fumantes em São Paulo é maior do que a média nacional brasileira. Está correto o que se afirma em a) I, II e III. b) I, somente. c) II, somente. d) III, somente. e) I e II, somente. Justificativa. As quedas percentuais médias anuais de fumantes em são Paulo nos períodos de 1993 e 2008 A 2013 foram similares Questão 5. Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb): desempenho. O texto a seguir mostra os desempenhos, em língua portuguesa e em matemática, dos concluintes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio na edição de 2012 do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). 7 Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ ult305u15686.shtml>. Acesso em 05 abr. 2013 (com adaptações). Com base no texto, analise as afirmativas que seguem. I. Conforme mostrado nos gráficos relativos ao “desempenho no Saeb de todas as séries, por rede de ensino”, na rede particular, um aluno que tenha desempenho adequado em língua portuguesa também tem desempenho adequado em matemática. Essa conclusão não é válida para um aluno da rede pública. II. Segundo os gráficos referentes ao “desempenho no Saeb de todas as séries, por rede de ensino”, em matemática, o número de alunos da rede particular com desempenhos adequados é aproximadamente igual ao triplo do número de alunos da rede pública com desempenhos muito críticos. III. Independentementedo nível de ensino, tanto os alunos da rede particular quanto os alunos da rede pública têm melhores desempenhos em língua portuguesa do que em matemática. Está correto o que se afirma em a) I, II e III. b) I e III, somente. c) I e II, somente. d) II, somente. e) nenhuma. 8 Justificativa. III – está incorreta, pois na 3ª série na escola particular os alunos estão melhores em matematica Do que em portugues Questão 6. Produto Interno Bruto (PIB): PIB per capita, comparação entre o PIB per capita de estados brasileiros e países. O mapa a seguir, publicado no The Economist, mostra a equivalência do PIB (Produto Interno Bruto) per capita dos estados brasileiros com alguns países. O PIB é um dos indicadores da atividade econômica. O PIB per capita é calculado dividindo-se o valor do PIB pelo número de habitantes e é um indicador também usado para quantificar a qualidade de vida no país. País PIB per capita (US$) Itália 36,18 Eslováquia 17,76 Estônia 16,89 Barbados 15,50 Chile 14,51 Hungria 13,78 Polônia 13,38 Brasil 12,58 Seicheles 12,29 Cazaquistão 11,36 Venezuela 10,73 Turquia 10,61 Costa Rica 8,66 Granada 7,77 Botsuana 7,70 Santa Lúcia 7,02 Dominica 6,78 Maldivas 6,49 Sérvia 5,96 República Dominicana 5,49 Angola 5,16 Jordânia 4,67 Mapa. Disponível em <http://www.economist.com/blogs/graphicdetail/2014/06/comparing-brazilian-states-countries>. Acesso em 16 jun. 2014 (com adaptações). Tabela. Disponível em <http://data.worldbank.org/indicator/>. Acesso em 18 jun. 2014 (com adaptações). Com base nos dados, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta. I. A atividade econômica do Rio Grande do Sul é igual à do Chile. 9 II. Somando-se os PIBs do Amazonas e do Amapá, temos o PIB de São Paulo. III. Se assumirmos que a população do Amazonas é 3,5 milhões, o PIB desse estado é aproximadamente igual a US$ 37 milhões. a) Todas as afirmativas estão corretas. b) Apenas as afirmativas I e II estão corretas. c) Apenas as afirmativas I e III estão corretas. d) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. e) Apenas a afirmativa III está correta. Justificativa. Todas afirmativas estão corretas I – Rio grande do Sul está sendo representado pelo Chile II – Amazonas e Amapa somados é 17 o mesmo PIB de São Paulo III – o PIB de Amazonas é 10,73, este valor multiplicado por 3,5 da aproximadamente 37 milhoes. Questão 7. Tributos: índice de retorno. Considere a reportagem a seguir, publicada no jornal Folha de São Paulo, em 3 de abril de 2014, sobre o retorno de valores arrecadados com tributos no Brasil. Brasil é o pior em retorno de imposto à população, aponta estudo Pela quinta vez consecutiva, o Brasil é o país que proporciona o pior retorno de valores arrecadados com tributos em qualidade de vida para a sua população. A conclusão consta de estudo do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) que compara 30 países com maior carga tributária em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) e verifica se o que é arrecadado por essas nações volta aos contribuintes em serviços de qualidade. Estados Unidos, Austrália e Coreia do Sul ocupam respectivamente as primeiras posições do ranking. O Brasil está em 30º lugar, atrás da Argentina (24º) e do Uruguai (13º), quando se analisa o retorno de tributos em qualidade de vida para a sociedade. Para medir esse retorno, o instituto criou em 2009 o Irbes (Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade). No Brasil, ele é de 135,34 pontos; nos EUA, 165,78. O indicador de retorno é resultado da soma de dois outros parâmetros usados pelo IBPT: a carga tributária em relação ao PIB (soma das riquezas de um país), com ponderação de 15% na composição do índice, e o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), calculado com base em dados sobre educação, renda e saúde e que serve para medir o grau de desenvolvimento econômico. Esse indicador tem peso de 85% na composição do Irbes. Para a carga tributária, o estudo considera as informações da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico). Os dados de IDH usados são da ONU (Organização das Nações Unidas). Ambos são de 2012, último dado disponível. No Brasil, a carga fiscal em 2012 foi de 36,27%, segundo mostra o levantamento do instituto, que atua no setor. FISCO A Receita Federal informou que não comentaria o assunto. Para o Fisco, a carga tributária do Brasil em 2012 foi de 35,85%. O resultado de 2013 ainda não foi divulgado. Os percentuais do IBPT e da Receita são diferentes porque o instituto considera no cálculo os valores pagos com multas, juros e correção, contribuições e custas judiciais. Para o presidente do IBPT, João Eloi Olenike, o estudo reforça e mostra a necessidade de cobrar dos governos de todas as esferas - federal, estadual e municipal - a melhor aplicação dos recursos pagos pelos contribuintes. 10 "Os brasileiros foram às ruas recentemente em protestos em que as faixas também mostravam a insatisfação com a elevada carga tributária e o pouco retorno em qualidade de vida", diz. RANKING Na edição anterior do levantamento, o Japão ocupava a quarta posição. Neste ano, passou para sexta. Já a Bélgica estava em 25º lugar e passou para a 8ª colocação. Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/04/1434959-brasil-e-o-pior-em-retorno-de-imposto-a-populacao-aponta- estudo.shtml>. Acesso em 09 jun. 2014 (com adaptações). Com base no texto e na tabela, analise as afirmativas que seguem e assinale a alternativa correta. I. O maior índice de retorno de tributos pressupõe melhor qualidade de vida para a população. II. O fato de o Brasil ter se mantido na mesma posição em 2012 e em 2013 indica que o valor arrecadado em impostos nos dois anos foi o mesmo. III. Quanto maior a taxa de impostos, menor o PIB do país. IV. De 2012 para 2013, a Bélgica apresentou crescimento expressivo no índice de retorno de tributos. a) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. b) Apenas a afirmativas I e IV estão corretas. c) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas. d) Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas. e) Todas as afirmativas estão corretas. Justificativa. I – correta, conforme a tabela os países com melhor qualidade de vida são os mesmo que possuem O maior índice de retorno. IV – A Bélgica apresentou um avanço, avançando de 25º para 8º posição. 11 Questão 8. Cidades: frotas de carros e motos por região. Considere os gráficos a seguir, sobre o uso de transportes privados no país, publicados no portal G1, e a charge de Quino. Disponível em <http://g1.globo.com/brasil/noticia/2014/03/com-aumento-da-frota-pais-tem-1-automovel-para-cada-4-habitantes.html>. Acesso em 21 mai. 2014. Disponível em <http://anagam.com/wp-content/uploads/2013/01/Quino-Carretera.jpg>. Acesso em 21 mai. 2014. Com base na charge e nos gráficos, analise as afirmativas. I. A charge enaltece as soluções viárias elevadas como forma de resolver os problemas do trânsito urbano. II. O número de motos supera o de carros em apenas uma região do país. 12 III. Os dados e a charge revelam que o tráfego nas grandes cidades é intenso e propõem o uso de meios de transporte alternativos. É correto o que se afirma apenas em a) I. b) II. c) II e III. d) I e II. e) III. Justificativa. I está incorreta, pelo contrário a charge critica a situação da grande quantidade de veículos pois Podemos ver casas sendo destruídas para construção de mais vias para poder atender o fluxo Questão 9. População: número de crianças e idosos. Leia o texto a seguir. A Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad), de 2011, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou a tendência de envelhecimento da população brasileira. A pesquisa mostra que os idosos, pessoas com mais de 60 anos, somam 23,5 milhões dosbrasileiros, mais do que o dobro do registrado em 1990, quando a faixa etária contabilizava 10,7 milhões de pessoas. Na comparação com 2009 (última pesquisa divulgada), o grupo da terceira idade aumentou 7,6%, ou seja, mais 1,8 milhão de pessoas. Ao mesmo tempo em que ocorre o aumento do número de idosos, o número de crianças de até quatro anos no país caiu de 16,3 milhões, em 1999, para 13,3 milhões, em 2011. Em 2011, São Paulo era o Estado com o maior número de idosos: 5,4 milhões. Em seguida, Minas Gerais, com 2,6 milhões, seguido pelo Rio de Janeiro, com 2,4 milhões. O fato de os três Estados mais populosos da região Sudeste abrigarem o maior número de idosos também reflete uma tendência registrada entre as regiões do Brasil: enquanto a população do Sudeste envelhece, a do Norte está cada vez mais jovem em termos relativos. De acordo com a Pnad, 57,6% da população nortista têm menos de 30 anos. Disponível em <http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/09/21/numero-de-idosos-com-mais-de-60-anos-dobrou-nos- ultimos-20-anos-aponta-ibge.htm>. Acesso em 11 jun. 2014. Sobre essa situação e com base nas informações fornecidas, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta. I. Em 2011, o estado do Rio de Janeiro contava com cerca de 10% da população de idosos do Brasil. 13 II. O valor da taxa de aumento da população de idosos entre 1999 e 2011 é aproximadamente três vezes o valor da taxa de redução do número de crianças até quatro anos no mesmo período. III. Os dados revelam que houve decréscimo de cerca de 20% na taxa de natalidade da população brasileira entre 1999 e 2011. a) Apenas a afirmativa I está correta. b) Apenas as afirmativas I e II estão corretas. c) Apenas as afirmativas I e III estão corretas. d) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. e) Nenhuma afirmativa está correta. Justificativa. O número total de idosos era de 23,5 milhões em todo o Brasil, sendo que o Rio de Janeiro possuía 2,4 milhões de idosos, que em ao calcularmos e arredondarmos o resultado, é equivalente a 10%. Questão 10. Produto interno Bruto (PIB): ranking mundial. Considere o gráfico a seguir, sobre as posições dos países de maiores valores de Produto Interno Bruto (PIB) em 2008 e as projeções para 2014. Disponível em <http://www.abc.es/20100412/economia-economia/espana-pasara-novena-potencia-20100412.html>. Acesso em 13 jun. 2014 (com adaptações). 14 Com base no gráfico, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta. I. Diminuição no PIB implica queda no ranking. II. Os EUA são o país que, segundo as projeções, apresentará maior variação percentual do PIB. III. O PIB da Austrália, segundo as projeções, aumentará aproximadamente 10% no período considerado. IV. O Brasil, segundo as projeções, apresentará maior variação no PIB do que a França. a) Nenhuma afirmativa está correta. b) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas. c) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas. d) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas. e) Apenas as afirmativas I e III estão corretas. Justificativa. III, a Australia aumentou de 1013,5 para 1125,8 aproximadamente 10% IV, realmente o Brasil teve maior variação do que a França que só obteve 7% de crescimento.
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