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Anestesiologia 1 1 TÉCNICAS ANESTÉSICAS MANDIBULARES Técnicas 1. Bloqueio do nervo alveolar inferior 2. Bloqueio do nervo bucal 3. Bloqueio do nervo mentual 4. Bloqueio do nervo incisivo 1. BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR INFERIOR (BNAI) • É a 2˚ técnica de injeção mais usada (depois da infiltração) e a mais importante na odontologia. • Maior porcentagem de insucessos clínicos, mesmo quando administrada de maneira correta • Um bloqueio suplementar (do nervo bucal) é necessário somente em casos em que é exigida a anestesia dos tecidos moles na Região bucal posterior. • A anestesia intraóssea (IO) é uma técnica suplementar empregada, geralmente em molares, quando o BNAI se mostra ineficaz, principalmente quando o dente apresenta um envolvimento pulpar. • A administração de BNAI bilaterais raramente é indicada em outros tratamentos dentários que não cirurgias mandibulares bilaterais. • Quando possível, é preferível tratar todo o lado direito ou esquerdo da cavidade oral (maxilar e mandibular) de um paciente numa consulta, em vez de administrar-se um BNAI bilateral. Outros Nomes Comuns: Bloqueio mandibular Nervos Anestesiados: NAI, Mentoniano, Incisivo e Lingual Áreas Anestesiadas: Dentes até a linha média Corpo da mandíbula, parte inferior do ramo da mandíbula Regiões ósseas de interesse: Forame mandibular Ponto de injeção: Rafe pterigomandibular Indicações 1. Procedimentos em múltiplos dentes mandibulares num quadrante 2. Casos em que é necessária a anestesia dos tecidos moles bucais 3. Casos em que é necessária a anestesia dos tecidos moles linguais Contraindicações 1. Infecção ou inflamação aguda na área de injeção (rara) 2. Pacientes que tenham maior probabilidade de morder o lábio ou a língua, como uma criança muito pequena ou um adulto ou criança portador de deficiência física ou mental Vantagens Uma injeção proporciona uma ampla área anestesia (útil para a odontologia de quadrantes) Desvantagens 1. Ampla área de anestesia (não indicada para procedimentos localizados) 2. Frequência de anestesia inadequada (31% a 81%) 3. Marcos intraorais não consistentemente confiáveis 4. Aspiração positiva (10% a 15%,a mais alta de todas as técnicas de injeção intraoral) 5. Anestesia da língua e do lábio inferior 6. Anestesia parcial possível em casos em que estão presentes um nervo alveolar inferior bífido e canais mandibulares bífidos; inervação cruzada na Região anteroinferior Aspiração Positiva: 10% a 15%. Precauções 1. Não depositar o anestésico local se não houver o contato com o osso, pois a ponta da agulha pode estar situada no interior da glândula parótida, próximo ao nervo facial 2. Evitar a dor não fazendo o contato com o osso com muita força. Técnica Uma agulha dentária longa é recomendada em pacientes adultos. Dá-se preferência a uma agulha longa de calibre 25; uma agulha longa de calibre 27 é aceitável. Área de inserção: membrana mucosa do lado medial (lingual) do ramo da mandíbula, na interseção de duas linhas Área alvo: nervo alveolar inferior ao descer em direção ao forame mandibular, porém antes de ele entrar no forame Marcos : Incisura coronóide, Rafe pterigomandibular, Plano oclusal dos dentes mandibulares posteriores Orientação do bisel da agulha: importância menor do que em outros bloqueios nervosos, porque a agulha se aproxima do nervo alveolar inferior aproximadamente em ângulo reto Procedimento 1. Assumir a posição correta. 2. Para um BNAI direito, um administrador destro deve se sentar na posição de 8 horas de frente para o paciente. Para um BNAI esquerdo, um administrador destro deve se sentar na posição de 10 horas voltado para a mesma direção do paciente 3. Posicionar o paciente em decúbito dorsal (recomendado) ou em semidecúbito (caso necessário). A boca deve estar bem aberta para possibilitar maior visibilidade e acesso ao local de injeção. 4. Localizar o ponto de penetração da agulha (injeção). Três parâmetros devem ser considerados durante a administração do BNAI. Altura da injeção: colocar o dedo indicador ou o polegar de sua mão esquerda na incisura coronóide. Local antero posterior de injeção: A penetração da agulha se dá na interseção de dois pontos. Profundidade de penetração: deve haver o contato com o osso. Avançar a agulha devagar até poder sentir que ela encontra uma resistência óssea. 2. Introduzir a agulha. Ao fazer contato com o osso, retrair aproximadamente 1 mm para evitar a injeção subperiosteal e Aspirar em dois planos. Caso a aspiração seja negativa, depositar lentamente 1,5 ml de anestésico num período mínimo de 60 segundos. 3. Retirar lentamente a seringa e aspirar novamente quando aproximadamente metade de seu comprimento permanecer nos tecidos. Caso a aspiração seja negativa, depositar parte da solução restante (0,2 ml) para anestesiar o nervo lingual. 4. Retirar a seringa lentamente e tornar a agulha segura. 5. Depois de aproximadamente 20 segundos, fazer o paciente retornar à posição ereta ou semiereta. 6. Aguardar de 3 a 5 minutos antes de testar quanto à anestesia pulpar. Anestesiologia 2 2 2. BLOQUEIO DO NERVO BUCAL • O nervo bucal não é anestesiado durante o BNAI e também não é necessária para muitos procedimentos restaurativos dentários. • O nervo bucal proporciona inervação sensorial aos tecidos moles bucais adjacentes somente aos molares mandibulares. • A única indicação da administração de um bloqueio do nervo bucal, portanto, é nos casos em que se considera a manipulação desses tecidos: § raspagens ou curetagens § colocação de grampos em dique de borracha § remoção de cáries subgengivais § preparação subgengival do dente § colocação de fio retrator gengival § colocação de faixas matriz • É comum que o bloqueio do nervo bucal seja administrado de rotina após o BNAI, mesmo que a anestesia dos tecidos moles bucais na Região molar não seja necessária. Não há absolutamente nenhuma razão para essa injeção numa situação dessas. • O bloqueio do nervo bucal, designado comumente como bloqueio do nervo bucal longo, tem uma frequência de sucesso próxima dos 100%. A razão disso é que o nervo bucal é facilmente acessível ao anestésico local, por se situar imediatamente abaixo da membrana mucosa, e não enterrado no osso. Outros Nomes Comuns: Bloqueio do nervo bucal longo, blo- queiodonervobucinador. Nervo Anestesiado: Bucal (um ramo da divisão anterior de V3) Área Anestesiada: Tecidos moles e periósteo bucal dos dentes molares mandibulares Indicação Casos em que a anestesia dos tecidos moles bucais é necessária para procedimentos dentários na Região molar mandibular. Contraindicação Infecção ou inflamação na área da injeção. Vantagens 1. Elevada frequência de sucesso 2. Tecnicamente fácil Desvantagens Potencial de dor se a agulha entrar em contato com o periósteo durante a injeção. Aspiração Positiva: 0,7%. Alternativas 1.Infiltração bucal 2. Bloqueio do nervo mandibular de Gow-Gates 3. Bloqueio do nervo mandibular de Vazirani-Akinosi 4. Injeção LPD 5. Injeção intraóssea 6. Injeção intrasseptal Sinais e Sintomas 1. Devido à localização e ao tamanho pequeno da área anestesiada, o paciente raramente apresenta algum sintoma subjetivo. Aspectos de Segurança 1. A agulha faz contato com o osso, impedindo assim a inserção excessiva. 2. Frequência mínima de aspiração positiva Precauções 1. Dor à inserção pelo contato com o periósteo não anestesiado. Isso pode ser evitado depositando-se algumas gotas do anestésico local antes de se tocar o periósteo. 2. Solução anestésica local não sendo retida no local da injeção. Isso significa geralmente que a penetração da agulha não foi bastante profunda, o bisel da agulha está apenas parcialmente nos tecidos e a solução está escapando durante a injeção. Técnica É recomenda da uma agulha longa de calibre 25 ou 27. A agulha