Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO Definição de Berlim: Lesão pulmonar inflamatória aguda e difusa que aumenta a permeabilidade vascular, aumentado o peso do pulmão e diminuindo o tecido pulmonar aerado. ETIOLOGIA São classificados como pulmonares e extrapulmonares FISIOPATOLOGIA 1° ocorre um insulto inflamatório que atrai macrófagos e neutrófilos para dentro do alvéolo e aumento da permeabilidade capilar que resulta em uma inundação alveolar Esse edema prova a destruição do alvéolo e do surfactante que é responsável pela redução da tensão superficial da água dentro do alvéolo e impedir o colapso. Quando ocorre todo esses processos de inflamação e edema a consequência são a destruição e o colapso alveolar que resulta na hipoxemia. PROGRESSÃO DA DOENÇA 1° Fase Exudativa – É caracterizada por edema intersticial e alveolar, e também pela formação de membranas hialinas que ocorre na 1° semana de evolução do quadro. 2° Fase Proliferativa – É caracterizada pela resolução do edema pulmonar, pela proliferação do pneumócitos tipo II, infiltração intersticial por miofibroblastos e deposição de colágeno. 3° Fase Fibrótica – Ocorre em pacientes com a doença prolongada, caracterizada por alteração da estrutura pulmonar, fibrose difusa e formação de cistos. OBS: Essas 3 fases de lesão e reparo não ocorrem obrigatoriamente em todos os pacientes com SARA. QUADRO CLÍNICO Dispinéia e taquipnéia; Cianose e tosse; A.P: E.C CRITÉRIOS DE BERLIM RX- Apresenta opacidades bilaterais. TERAPIA MEDICAMENTOSA Corticóides – um potente anti-inflamatório. Bloqueadores neuromusculares – atua interferindo na transmissão do impulso nervoso, é um potente para melhorar a sincronia do paciente-ventilador reduzindo os esforços respiratórios espontâneos. Muito utilizados em pacientes que necessitam de uma ventilação mais agressiva com valores altos de PEEP. Diuréticos – são utilizados em pacientes congestos para manter o balanço hídrico negativo. O.N inalatório – é um tratamento de resgate em casos de hipoxemia grave que não respondem às terapias convencionais. ESTRATÉGIAS VENTILATÓRIAS Recomendam-se nas primeiras 48/72 horas de ajuste de V.M em modo controlado. Volume Corrente Baixo – para evitar volutrauma. SARA Leve – V.C deve ser ajustado em até 6 ml/kg. SARA Moderada/Grave – V.C deve ser ajustado entre 3-6ml/kg. Usar a menor FiO2 possível para garantir a saturação maior que 92%. Buscar manter a pPlatô igual ou menor que 30 cmH2O. Frequência Respiratória – iniciar com 20rpm e caso necessário até 35rpm desde que não gere auto-PEEP. PEEP – nos pacientes com SARA pode-se utilizar a tabela que possui os valores de FiO2 e a PEEP ideal. VENTILAÇÃO EM POSIÇÃO PRONA É indicado o uso da posição prona de pelo menos 16 horas por dia em pacientes com SARA moderada e grave. Deve-se prona o paciente precocemente com a relação de no mínimo 150. MANOBRA DE RECRUTAMENTO ALVEOLAR É realizado elevações progressivas das pressões ventilatórias, com intuito de abrir os alvéolos colapsados e aumentar a área pulmonar disponível para a troca gasosa. Maneiras de se realizar: - Inflação sustentada – CPAP em 30/40 cmH20 por 30/40 segundos; - Aumento gradual da pressão de pico e/ou PEEP. OBS: Após a manobra é recomendado que a PEEP seja aumentada para manter abertos os alvéolos que foram recrutados. ECMO É uma manobra de resgate, que é recomendado o uso veno-venosa em casos de hipoxemia refratária, com uma relação PaO2/FiO2 <80 com FiO2 maior que 80% após a realização de manobras adjuvantes e de resgate por pelo menos 3 horas.
Compartilhar