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Movimento vertical Módulo: 1 Capítulo: 2 Página: 40 a 47 Queda livre O movimento vertical de um corpo próximo ao solo é chamado de queda livre quando o corpo é abandonado no vácuo ou se considera desprezível a ação do ar. Seu estudo é idêntico ao de um lançamento na vertical, o qual difere da queda livre somente por apresentar uma velocidade inicial vertical. Esses movimentos são descritos pelas mesmas funções horárias. A aceleração do movimento vertical de um corpo no vácuo é denominada aceleração da gravidade e indicada por g. Como o movimento se realiza nas proximidades da superfície terrestre, a aceleração da gravidade é considerada constante. Assim, a queda livre e o lançamento na vertical são movimentos uniformemente variados (MUV). O valor da aceleração da gravidade, tomado ao nível do mar e a uma latitude de 45°, é: g = 9,80665 m/s2 Esse valor é chamado aceleração normal da gravidade. Na resolução de exercícios, para efeito de cálculo, arredondamos para 10 m/s2. Descrição matemática Na queda, o módulo da velocidade escalar do corpo aumenta: o movimento é acelerado. Lançado verticalmente para cima, o módulo da velocidade escalar diminui na subida: o movimento é retardado (fig. 1). À medida que o corpo lançado verticalmente para cima sobe (fig. 2A), sua velocidade escalar decresce em módulo até se anular na altura máxima (fig. 2B). Nesse instante ocorre mudança do sentido do movimento e o móvel passa a descer em movimento acelerado (fig. 2C). Estudemos os sinais da velocidade escalar e da aceleração escalar segundo convenções algébricas. Para isso, orientemos a trajetória para cima (fig. 3A). Segundo essa orientação, a velocidade escalar é positiva na subida e negativa na descida (fig. 3B). Na subida, o movimento é retardado e a aceleração escalar é negativa, pois v e a devem ter sinais contrários (fig. 3C). Na descida, o movimento é acelerado e a aceleração escalar continua negativa, pois a e v devem ter o mesmo sinal (fig. 3D). Desse modo, orientando-se a trajetória para cima no percurso subida- descida, apenas o sinal da velocidade escalar muda. A aceleração escalar é negativa, independentemente de o corpo subir ou descer (a = – g ). Baseando-nos na figura 4 e utilizando o mesmo raciocínio, concluímos: orientando-se a trajetória para baixo, a velocidade escalar muda de sinal, mas a aceleração escalar é positiva, independentemente de o corpo subir ou descer (a = +g). Assim, num lançamento vertical e numa queda livre, o sinal da aceleração escalar é determinado somente pela orientação da trajetória e não depende do fato de o corpo estar subindo ou descendo. Subir ou descer está associado apenas ao sinal da velocidade escalar. As funções do MUV descrevem o lançamento na vertical e a queda livre: Equacionando o lançamento vertical Função horária da velocidade -------------------> v = vo – gt Função horária da posição -------------------> y = h0 + vot –gt 2/2 Equação de Torricelli -------------------> v2 = v0 2 – 2g∆𝑦 Altura máxima -------------------> hmáx = v0 2 / 2g Tempo de subida -------------------> tsub = v0 / g 17. Um jogador de vôlei treina seu fundamento de toque, que nada mais é do que lançar a bola verticalmente para cima. Nesse momento, a bola sobe 5 m em relação ao solo. Considerando que g = 10 m/s2, determine: a) a velocidade inicial da bola. b) o tempo de subida. c) a velocidade com que a bola retorna às mãos do jogador. d) as características do movimento durante a subida e descida da bola. Exercícios do livro didático a) Considerando a equação de Torricelli, temos: v2 = v0 2 + 2a∆𝑠 0 = v0 2 – 2 · 10 · 5 v0 2 = 100 vo = 100 vo = 10 m/s b) Considerando a equação horária da velocidade, temos: v = vo – gt 0 = 10 – 10t tsub = 1 s c) O tempo total (subida e descida) é 2 s. Usando a equação horária da velocidade, temos: v = vo – gt v = 10 – 10 · 2 v = - 10 m/s d) Subida: movimento uniformemente retardado ( v > 0 e a < 0) Descida: movimento uniformemente acelerado (v < 0 e a > 0) 18. Quando começa a chover não nos preocupamos com o impacto das gotas, pois a resistência do ar acaba nos protegendo, ou seja, atenuando o impacto com a superfície. Imagine agora que, em determinado dia do ano, essa resistência ficasse interrompida. Com base nessas informações, responda: a) Se chovesse nesse dia, o que aconteceria com as gotas de água da chuva? b) Calcule qual seria a velocidade, em km/h, de uma gota de chuva que se desprendesse de uma nuvem a 2 km de altura. Considere g = 10 m/s2. a) As gotas cairiam em queda livre: a velocidade, inicialmente menor, aumentaria uniformemente por causa da aceleração da gravidade. Conforme elas se aproximassem do solo, poderiam atingir as pessoas com maior impacto. b) Utilizando a equação de queda livre y = gt2 / 2 2000 = 10t2 / 2 t2 = 400 t = 400 t = ±20 𝑠 Com isso, por meio da função horária da velocidade: v = vo + at v = 0 + 10 · 20 v = 200 m/s, ou aproximadamente 55,5 km/h. 19. Ao abandonar um objeto de qualquer altura, pode-se dizer que ele cairá com aceleração de 10 m/s2. se, em vez de abandonar esse objeto, você o atirasse com certa velocidade para baixo, como se comportaria a aceleração? Ela seria maior, menor ou igual a 10 m/s2? Justifique sua resposta. A aceleração é a mesma, pois ela independente de o objeto ser atirado ou abandonado. O que sofre alteração é o tempo de queda, além das velocidades inicial e final. 20. (Cefet - MG) Uma garota lança uma pedra verticalmente para cima. Sendo a, o módulo da aceleração e v, o módulo da velocidade da mesma, no ponto mais alto de sua trajetória, é correto afirmar que v é ___________ a (de) zero, se a for ___________ a (de) zero. Os termos que completam de forma correta e, respectivamente, as lacunas são: a) igual, igual b) igual, diferente c) diferente, igual d) diferente, diferente Até a próxima aula!
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