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Linguagem Vetorial - 1° ano - Parte 2

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A linguagem 
vetorial
Módulo: 1
Capítulo: 3
Página: 6 a 14
Grandezas escalares e grandezas vetoriais
• valor numérico
• unidadeGrandezas 
Escalares
• Valor numérico e 
unidade
• Direção
• Sentido
Grandezas 
Vetoriais
Vetores
Vetor é o ente matemático caracterizado pelo
que há de comum ao conjunto dos segmentos
orientados ao lado descrito: o mesmo
comprimento, a mesma direção e o mesmo
sentido. O comprimento comum dos
segmentos orientados é chamado módulo do
vetor. Assim, um vetor possui módulo, direção
e sentido.
Representa-se o vetor por um segmento orientado, como o segmento
orientado AB da figura 4: A é a origem e B é a extremidade. O
comprimento de A até B representa o módulo do vetor, de acordo com a
escala adotada para a representação gráfica.
Dois vetores são iguais quando têm mesmo módulo, mesma direção e
mesmo sentido. Portanto, nas figuras 3 e 4, AB representa um único vetor.
Dois vetores são diferentes quando têm ao menos um desses
elementos diferente. A grandeza física vetorial representada
graficamente na figura 5 em três instantes distintos está variando
porque os vetores têm direções diferentes, ainda que tenham o mesmo
módulo.
Assim, uma grandeza vetorial varia quando variar ao menos um dos
três elementos do vetor que a representa: o módulo, o sentido ou a
direção (fig. 6).
Operações com vetores
Considere os vetores 𝑉1 e 𝑉2
representados respectivamente pelos
segmentos orientados 𝐴𝐵 e 𝐵𝐶 , com o
ponto B em comum (fig. 7). O vetor 𝑉𝑆,
representado pelo segmento orientado
𝐴𝐶, cuja origem A é a origem do primeiro
e a extremidade C é a extremidade do
segundo, é denominado vetor soma dos
vetores 𝑉1 e 𝑉2 e se indica por:
Essa regra gráfica de operação se aplica quando os segmentos orientados
que representam os vetores que se deseja somar são consecutivos (ponto
B em comum). Quando não o forem, os vetores devem ser deslocados por
translação até que se tornem consecutivos, aplicando-se então a regra (fig.
8). A ordem de colocação não altera o resultado final.
Essa regra vale para dois ou mais vetores (fig. 9). Os vetores podem ter a
mesma direção (fig. 10) ou direções diferentes formando uma linha
poligonal (figs. 7, 8 e 9).
Note, na figura 11B, que o vetor soma 𝑉𝑆 = 𝑉1 + 𝑉2 é representado pela
diagonal de um paralelogramo, cujos lados são representações dos
vetores 𝑉1 e 𝑉2. Temos assim a chamada regra do paralelogramo da
adição de vetores, equivalente à regra gráfica de torná-los consecutivos
(fig. 11A).
Vetor oposto
Chama-se vetor oposto de um vetor 𝑉
o vetor – 𝑉 que possui o mesmo
módulo, a mesma direção e sentido
oposto ao de 𝑉 (fig. 12).
Subtração vetorial
Considere os vetores 𝑉1 e 𝑉2 e a operação 𝑉𝐷 = 𝑉2 – 𝑉1 = 𝑉2 + (– 𝑉1). O 
vetor VD é a diferença entre os vetores 𝑉2 e 𝑉1, nessa ordem. Portanto, 
para subtrair 𝑉1 de 𝑉2 , deve-se adicionar 𝑉2 ao oposto de V1 (fig. 13).
O vetor diferença 𝑉𝐷 = 𝑉2 – 𝑉1 pode ser obtido diretamente, ligando-se
as extremidades dos segmentos orientados que representam 𝑉1 e 𝑉2
no sentido de 𝑉1 para 𝑉2 (fig. 14).
Componentes de um vetor
Considere o vetor 𝑉 representado pelo segmento orientado 𝐴𝐵 e o
eixo x (fig. 16). Sejam A’ e B’ as projeções ortogonais de A e B sobre o
eixo x.
O vetor representado pelo segmento orientado 𝐴′𝐵′ é denominado
vetor componente do vetor 𝑽 no eixo x.
Chamemos de 𝑉𝑋 a medida algébrica do segmento orientado 𝐴′𝐵′. O sinal de
𝑉𝑋 será:
• (+) se o sentido de 𝐴′𝐵′ for o mesmo do eixo x (fig. 16A);
• (–) se o sentido de 𝐴′𝐵′ for contrário ao sentido do eixo x (fig. 16B).
VX é denominado componente do vetor 𝑽 no eixo x, ou projeção de 𝑽 em x.
É frequente o uso de trigonometria (veja quadro na página seguinte) quando
se utilizam vetores. Na figura 17, o ângulo 𝜃 é adjacente ao cateto cujo
comprimento é 𝑉𝑋 e o módulo de 𝑉 é a medida da hipotenusa; da
definição do cosseno obtemos VX.
Na figura 18 indicamos os vetores
componentes 𝑉𝑋 e 𝑉𝑌 do vetor 𝑉 nos
eixos x e y de um plano cartesiano.
Desse modo, escrevemos: 𝑉 = 𝑉𝑋 + 𝑉𝑌
Observe nesse caso que as
componentes serão:
As grandezas vetoriais possuem direção e sentido definido,
diferentemente das grandezas escalares, que são definidas apenas por
um número e sua unidade de medida.
Exercícios do livro didático
1. Qual é a diferença entre grandezas físicas escalares e vetoriais?
2. Assinale as opções que apresentam grandezas vetoriais.
( ) Massa
( ) Tempo
( ) Velocidade média
( ) Velocidade instantânea
( ) Comprimento
( ) Distância
( ) Aceleração
( ) Volume
( ) Área
3. Considere a árvore de natal de vetores, montada conforme a figura a
seguir.
A alternativa correta que apresenta o
módulo, em cm, do vetor resultante é:
a) 4
b) 0
c) 2
d) 6
4. Um robô no formato de pequeno veículo autônomo foi montado durante as aulas de robótica, em uma
escola. O objetivo do robô é conseguir completar a trajetória de um hexágono regular ABCDEF, saindo do
vértice A e atingindo o vértice F, passando por todos os vértices sem usar a marcha ré. Para que a equipe de
estudantes seja aprovada, eles devem responder duas perguntas do seu professor de física, e o robô deve
utilizar as direções de movimento mostradas na figura a seguir:
Suponha que você é um participante dessa equipe. As perguntas do professor
foram as seguintes:
I. É possível fazer a trajetória completa sempre seguindo as direções indicadas?
II. Qual segmento identifica o deslocamento resultante desse robô?
Responda às perguntas e assinale a alternativa CORRETA.
a) I – Não; II - AF
b) I – Não; II - CB
c) I – Não; II - Nulo
d) I – Sim; II - FC
e) I – Sim; II - AF
5. Observe o esquema representado abaixo.
De acordo com os vetores representados, procure classificá-los como se pede.
a) Quais têm a mesma direção?
b) Quais apresentam o mesmo sentido?
c) Quais são iguais? 
Os vetores 𝐴, 𝐸 e 𝐹 têm direção vertical; os vetores 𝐵 e 𝐺 têm direção horizontal; e 𝐶 e 𝐷, direção inclinada.
Apresentam os mesmos sentidos os vetores: 𝐴 e 𝐹; 𝐶 e 𝐷.
Os vetores 𝐴 e 𝐹, 𝐶 e 𝐷, pois possuem mesma intensidade, mesma direção e mesmo sentido.
6. Observe a seguinte representação vetorial.
Indique qual expressão vetorial se relaciona corretamente com a linguagem 
acima.
A expressão vetorial correta é a diferença entre os vetores 𝑎 - 𝑏 = 𝑐.
7. O vetor 𝑎 de módulo igual a 5, é representado abaixo.
a) Determine graficamente as projeções do vetor 𝑎 sobre as retas r e s.
b) Determine o valor das componentes encontradas no item a.
 𝑎𝑥 = 𝑎 · cos 30° → ax = 5 · 
3
2
ou ax = 2,5 3
 𝑎𝑦 = 𝑎 · sen 30° → ay = 5 · 
1
2
ou ay = 2,5
Cinemática Vetorial
• Vetor deslocamento
O vetor 𝑑, representado pelo segmento orientado de origem P1 e extremidade P2,
recebe o nome de vetor deslocamento do ponto material entre os instantes t1 e t2.
Na situação representada na
figura 1, em que a trajetória é
curvilínea, o módulo do vetor
deslocamento é menor do que o
módulo da variação do espaço
( 𝑑 < ∆𝑠 ).
No caso em que a trajetória é
retilínea (fig. 2), o módulo do
vetor deslocamento é igual ao
módulo da variação do espaço
( 𝑑 = ∆𝑠 ).
• Velocidade vetorial média
A velocidade vetorial média 𝑣m é o quociente entre o vetor deslocamento 𝑑 e o
correspondente intervalo de tempo ∆𝑠:
• Aceleração vetorial média
Seja 𝑣1 a velocidade vetorial de um ponto material num instante t1 e 𝑣2 a velocidade
vetorial no instante posterior t2 (fig. 7A). A aceleração vetorial média 𝑎𝑚 é dada por:
A aceleração vetorial média 𝑎𝑚 tem a mesma direção e o mesmo sentido de ∆v (fig. 7B).
8. Para fugir do trânsito congestionado, um motorista percorreu, num
primeiro momento, 9 quilômetros para o Norte e, em seguida, 12
quilômetros para o Oeste. Determine o módulo do vetor deslocamento.
9. Uma partícula, ao percorrer determinada trajetória circular, desloca-se
vetorialmente por 14 metros em 10 segundos. Sabendo queo tempo para dar
uma volta completa é de 40 segundos, determine a velocidade escalar média
da partícula no intervalo de tempo decorrido.
10. (Mackenzie-SP) A figura em escala mostra os vetores deslocamento de uma 
formiga, que, saindo do ponto A, chegou ao ponto B, após 3 minutos e 20 s. O 
módulo do vetor velocidade média do movimento da formiga, nesse trajeto, 
foi de:
a) 0,15 cm/s 
b) 0,20 cm/s
c) 0,25 cm/s
d) 0,30 cm/s
e) 0,40 cm/s
Composição de movimentos
Considere uma placa de madeira em cima de uma mesa e uma formiga P situada na placa.
Imagine a formiga movimentando-se em relação à placa, segundo a trajetória indicada na
figura 18A. Se a formiga estivesse em repouso em relação à placa e esta se deslocasse
para a direita, num movimento de translação uniforme, a trajetória da formiga seria a
indicada na figura 18B. Na figura 18C, representamos uma possível trajetória da formiga,
em relação a um observador na Terra, se ocorressem simultaneamente os dois
movimentos citados.
Três movimentos podem ser considerados (fig. 19):
• o movimento da formiga P em relação à placa: movimento relativo;
• o movimento que a formiga P teria se estivesse em repouso em relação à
placa e fosse arrastada por ela: movimento de arrastamento (o movimento
de arrastamento é o movimento de translação da placa em relação à Terra);
• o movimento da formiga P em relação à Terra: movimento resultante.
A velocidade vetorial da formiga P em relação à placa é denominada
velocidade relativa (vrel.).
A velocidade vetorial que a formiga P teria, se estivesse em repouso
em relação à placa e fosse arrastada por ela, é denominada velocidade de
arrastamento (varr.). A velocidade de arrastamento é a velocidade de
translação da placa em relação à Terra.
A velocidade vetorial de P em relação à Terra é denominada
velocidade resultante (vres.).
Essas velocidades (fig. 20) relacionam-se
pela igualdade vetorial:
Em vez de uma formiga, poderíamos ter um
barco movimentando-se em relação às águas
de um rio, as quais se movimentam em relação
à Terra. Nesse caso, o movimento relativo é o
do barco em relação às águas. O movimento
das águas em relação à Terra, isto é, em relação
à margem, é o movimento de arrastamento, e o
movimento do barco em relação à Terra
(margem) é o movimento resultante (fig. 21):
Outros exemplos:
• O movimento de um avião em relação ao ar é o movimento relativo. O
movimento do ar em relação à Terra, que arrasta o avião, é o movimento de
arrastamento, e o movimento do avião em relação à Terra é o movimento
resultante (fig. 22).
• O movimento da chuva em relação a um carro é o movimento relativo. O
movimento do carro em relação à Terra é o movimento de arrastamento e
o movimento da chuva em relação à Terra é o movimento resultante (fig.
23).
Princípio da independência dos movimentos 
simultâneos (Galileu)
O estudo do movimento resultante a partir dos movimentos relativo e
de arrastamento é denominado composição de movimentos.
Estudando os problemas relativos a um movimento composto, isto é,
resultante da composição de dois ou mais movimentos, Galileu propôs o
princípio da simultaneidade ou princípio da independência dos movimentos
simultâneos.
Se um corpo apresenta um movimento composto, cada um dos movimentos 
componentes se realiza como se os demais não existissem e no mesmo 
intervalo de tempo.
Assim, por exemplo, considere um barco que se
movimenta mantendo seu eixo numa direção
perpendicular à margem de um rio. Partindo de A,
o barco não atinge a margem oposta em B, e sim
em C, devido à correnteza (fig. 24). No movimento
relativo, o barco percorre a trajetória AB com
velocidade vrel.. No movimento resultante, o barco
percorre a trajetória AC com velocidade vres. e,
devido à correnteza, o barco é arrastado de B a C
com velocidade varr.. Os dois movimentos ocorrem
ao mesmo tempo, mas um não interfere na
realização do outro.
De acordo com Galileu, o intervalo de tempo gasto no movimento relativo é
igual ao intervalo de tempo gasto no movimento resultante, que é igual ao
intervalo de tempo gasto no movimento de arrastamento.
Lançamento horizontal no vácuo
Quando um corpo é lançado horizontalmente
no vácuo, nas proximidades da superfície
terrestre, ele descreve, em relação à Terra,
uma trajetória parabólica (fig. 1).
Esse movimento pode ser considerado, de
acordo com o princípio da simultaneidade, o
resultado da composição de dois movimentos
simultâneos e independentes: queda livre e
movimento horizontal.
1 - Queda livre
É um movimento vertical, sob a ação exclusiva da gravidade. Trata-se de um movimento
uniformemente variado, pois sua aceleração se mantém constante (aceleração da
gravidade).
2 - Movimento horizontal
É um movimento uniforme, pois não existe nenhuma
aceleração na direção horizontal; o corpo o realiza por
inércia, mantendo a velocidade 𝑉0 com que foi lançado.
Em cada ponto da trajetória, a velocidade resultante 𝑉 do
corpo, cuja direção é tangente à trajetória, é dada pela soma
vetorial da velocidade horizontal 𝑉0 , que permanece
constante, e da velocidade vertical 𝑉𝑦, cujo módulo varia,
pois a aceleração da gravidade tem direção vertical (fig. 2):
Assim, no lançamento horizontal, à medida que o corpo se movimenta, o
módulo de sua velocidade 𝑉 cresce em virtude do aumento do módulo da
velocidade vertical 𝑉𝑦.
Lançamento oblíquo no vácuo
Considere um corpo sendo lançado com velocidade 𝑉0 numa direção que forma com
a horizontal um ângulo 𝜃 (ângulo de tiro). Desprezada a resistência do ar, a
aceleração do corpo é a aceleração da gravidade.
A trajetória descrita, em relação à Terra, é uma parábola (fig. 3).
A distância horizontal que o corpo percorre desde o lançamento até o instante em
que retorna ao nível horizontal do lançamento é denominada alcance (A). O máximo
deslocamento do móvel na direção vertical chama-se altura máxima (H) do
lançamento.
A distância horizontal que o corpo percorre desde o lançamento até o instante
em que retorna ao nível horizontal do lançamento é denominada alcance (A).
O máximo deslocamento do móvel na direção vertical chama-se altura
máxima (H) do lançamento.
O movimento descrito pelo corpo pode ser considerado o resultado da
composição de dois movimentos simultâneos e independentes: um
movimento vertical uniformemente variado, cuja aceleração é a da gravidade,
e um movimento horizontal uniforme, pois na horizontal não há aceleração.
Vamos analisar separadamente cada um desses movimentos componentes.
1 - Movimento vertical (MUV)
Consideremos o eixo y com origem no ponto de lançamento e orientado para
cima. A aceleração escalar do movimento vertical será: a = – g. Se
projetarmos a velocidade de lançamento 𝑉0 na direção do eixo y, obteremos
a velocidade inicial vertical 𝑉0y , cujo módulo (fig. 4) é dado por:
Sob a ação da gravidade, o módulo da velocidade vertical 𝑉𝑦 diminui à medida
que o corpo sobe, anula-se no ponto mais alto e aumenta à medida que o
corpo desce. Na figura 4 representa-se a velocidade 𝑉𝑦 em várias posições do
corpo, tendo-se omitido a componente horizontal.
Como o movimento na direção vertical é uniformemente variado, valem as
funções:
Nessas funções, como a trajetória foi orientada para cima, a aceleração
escalar é a = – g.
Para calcular a altura máxima do lançamento (H), pode-se utilizar a fórmula
seguinte, cuja dedução se encontra no quadro abaixo:
2 - Movimento horizontal (MU)
Consideremos o eixo x com origem no ponto de lançamento e orientado no sentido da
velocidade horizontal 𝑉𝑥 , dada pela projeção sobre esse eixo da velocidade de lançamento
𝑉0 (fig. 5).
O módulo da velocidade horizontal 𝑉𝑥 é dado por:
A figura 5, na qual não foi representada a velocidade vertical 𝑉𝑦 , mostra que, qualquer que
seja o ponto da trajetória em que o corpo esteja, a velo cidade horizontal é sempre a
mesma:
Assim, sendo um movimento uniforme, a função horária do movimento
horizontal pode ser escrita deste modo:
No quadro da página seguinte, deduzimos a fórmulaque nos permite
determinar o alcance (A) em função da velocidade 𝑉𝑜 e do ângulo de tiro 𝜃:
Por essa fórmula, verifica-se que o alcance máximo (Amáx.) para o lançamento,
com dada velocidade 𝑉𝑜, é obtido quando:
Nessa condição (𝜃 = 45°), há uma relação simples entre o alcance (Amáx.) e a
altura máxima (H).
Substituindo 𝜃 por 45°, nas respectivas fórmulas, vem:
Comparando:
Portanto, no lançamento com 𝜃 = 45° (fig. 6),
o alcance (Amáx.) é quatro vezes maior que a
altura máxima (H) do lançamento.
É importante ressaltar que, considerando o movimento resultante, a
velocidade v do projétil é sempre dada pela soma dos vetores componentes 𝑉𝑥
e 𝑉𝑦:
Um corpo é lançado obliquamente no vácuo com velocidade inicial v0 = 100
m/s, numa direção que forma com a horizontal um ângulo 𝜃 tal que sen 𝜃 =
0,8 e cos 𝜃 = 0,6. Adotando g = 10 m/s2, determine:
a) os módulos das componentes horizontal e vertical da velocidade no instante
de lançamento;
b) o instante em que o corpo atinge o ponto mais alto da trajetória;
c) a altura máxima atingida pelo corpo;
d) o alcance do lançamento.
Exercícios de revisão
11. Imagine que um barco atravessa um rio à velocidade de 15 m/s em relação às suas
águas. Sabe-se que a largura do rio é de 450 metros e a velocidade de sua correnteza, 5 m/s.
determine:
a) O menor tempo de travessia.
b) A distância percorrida rio abaixo durante esse intervalo de tempo.
Exercícios do livro didático
12. O motorista de um ônibus desloca o veículo para a direita à velocidade de
12 m/s. um passageiro dentro desse ônibus resolve mudar de assento e
encaminha-se de um banco para outro, situado mais à frente. Determine a
velocidade resultante do passageiro em relação ao solo, sabendo que sua
velocidade era de 9 m/s.
13. De um avião que voa horizontalmente a 80 m/s, a altitude de 500 m,
desprende-se um parafuso. Adotando-se g = 10 m/s2 e desprezando-se a
resistência do ar, a componente horizontal do deslocamento do parafuso,
desde o desprendimento até tocar o solo, é, em metros,
a) zero
b) 800
c) 400
d) 600
e) 200
14. (PUC-PR) Durante um jogo de futebol, um goleiro chuta uma bola fazendo um ângulo
de 30°com relação ao solo horizontal. Durante a trajetória, a bola alcança uma altura
máxima de 5,0 m. Considerando que o ar não interfere no movimento da bola, qual a
velocidade que a bola adquiriu logo após sair do contato do pé do goleiro?
Use g = 10 m/s2 .
a) 5 m/s
b) 10 m/s
c) 20 m/s
d) 25 m/s
e) 50 m/s
15. (UEPG – PR) Um projétil quando é lançado obliquamente, no vácuo, ele descreve uma trajetória parabólica.
Essa trajetória é resultante de uma composição de dois movimentos independentes. Analisando a figura
abaixo, que representa o movimento de um projétil lançado obliquamente, assinale o que for correto.
01) As componentes da velocidade do projétil, em qualquer instante nas direções x e y, são respectivamente
dadas por, Vx = Vo . cosθ e Vy = Vo . senθ – gt
02) As componentes do vetor posição do projétil, em qualquer instante, são dadas por, x = Vo . cosθ. t e y = Vo .
senθ – gt2/2
04) O alcance do projétil na direção horizontal depende da velocidade e do ângulo de lançamento.
08) O tempo que o projétil permanece no ar é t=(2Vo·senθ)/g
16) O projétil executa simultaneamente um movimento variado na direção vertical e um movimento uniforme
na direção horizontal.
16. (Acafe – SC) O puma é um animal que alcança velocidade de até 18 m/s e pode caçar desde roedores e
coelhos até animais maiores como alces e veados. Considere um desses animais que deseja saltar sobre sua
presa, neste caso um pequeno coelho, conforme a figura.
O puma chega ao ponto A com velocidade horizontal de 5 m/s e se lança para chegar a presa que permanece
imóvel no ponto B.
Desconsiderando a resistência do ar e adotando g = 10 m/s2, a alternativa correta é:
a) O puma não vai cair sobre a presa, pois vai tocar o solo a 20 cm antes da posição do coelho.
b) O puma cairá exatamente sobre o coelho, alcançando sua presa.
c) O puma vai chegar ao solo, no nível do coelho, após 0,5 s do início de seu salto.
d) O puma vai cair 30 cm a frente do coelho, dando possibilidade da presa escapar.
Até a próxima aula!

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