Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CURSO DE MEDICINA TUTORIA UNIDADE II SITUAÇÃO PROBLEMA 2: “A dengue veio para ficar?” MINEIROS/GO 2020 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MINEIROS CURSO DE MEDICINA TUTORIA II SITUAÇÃO PROBLEMA 2: “A dengue veio para ficar?” Maria Clara Trettel de Oliveira Mariana Oliveira Fernandes Matheus Fleury Alves Mydian Gabriela dos Santos Fernandes Natália Hugueney Hidalgo Nathalia Martins Carneiro (relatora) Rafaella Ciconello Dal Molin Sara Leite Lira Santos Tamillis Martins Barbosa Vinícius de Moraes Laabs Vinícius Souza Fernandes Vieira Willy Johnny Araújo Docente: Dr. Severino Correia do Prado Neto MINEIROS/GO 2020 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................4 2. OBJETIVOS..................................................................................................................5 2.1.OBJETIVO GERAL.................................................................................................5 2.2.OBJETIVOS ESPECÍFICOS....................................................................................5 3. DESENVOLVIMENTO...............................................................................................6 3.1.Elucidar a biologia viral (classificação, replicação, morfologia, composição), formas de transmissão e mecanismos patogênicos de uma infecção viral...............6 3.2.Identificar os diversos tropismos virais por determinados tecidos.........................13 3.3.Caracterizar as respostas imunes (inata e adquirida)..............................................13 3.4.Definir e caracterizar as respostas antígeno-anticorpos, sua origem, os diversos tipos de imunoglobulinas e funções........................................................................16 3.5.Compreender o agente etiológico, o agente transmissor (epidemiologia) e o ciclo do vírus da Dengue..................................................................................................21 3.6.Compreender a história natural, as manifestações clínicas, classificação (hemorrágica ou clássica), critérios de gravidade (grupos de risco) da Dengue.....22 3.7.Discutir os principais marcadores laboratoriais no diagnóstico da Dengue e suas complicações (Sorologia, Antígeno NS-1, TGO, TGP, Hemograma)....................24 3.8.Evidenciar as principais medidas preventivas em relação a Dengue......................26 3.9.Entender o papel do estudante de Medicina na sociedade e quanto a orientação dos pacientes..................................................................................................................26 4. CONCLUSÃO.............................................................................................................28 REFERÊNCIAS..........................................................................................................29 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo elucidar através de objetivos, a importância da estrutura e comportamento dos vírus, já que são organismos que não possuem metabolismo próprio, logo precisarão de uma fonte de energia para que possam se replicar e sobreviver parasitando em outros organismos vivos. Além disso, este trabalho demonstra as formas de contágio pelos vírus, como o organismo humano vai trabalhar para responder à essas agressões com suas respostas inata e adquirida e como funciona os mecanismos de defesa das imunoglobulinas presentes nos seres humanos. Paralelo a isso, vale destacar que apresentamos com enfoque o estudo do vírus da Dengue, bem como seus tipos, o agente que transmite aos humanos, a epidemiologia centrada no Brasil, e como funciona seu ciclo de manifestação. Ademais, foi explicado as ocorrências clinicas que acometem as pessoas que são contaminadas, os grupos que possuem propensão para um risco maior, os marcadores laboratoriais que podem ser encontrados e analisados na decorrência da contaminação e por fim, citou-se as formas de prevenção para combater a disseminação dos contágios na sociedade. 2. OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Compreender os mecanismos de agressão viral e defesas do organismo. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Elucidar a biologia viral (classificação, replicação, morfologia, composição), formas de transmissão e mecanismos patogênicos de uma infecção viral; Identificar os diversos tropismos virais por determinados tecidos; Caracterizar as respostas imunes (inata e adquirida); Definir e caracterizar as respostas antígeno-anticorpos, sua origem, os diversos tipos de imunoglobulinas e funções; Compreender o agente etiológico, o agente transmissor (epidemiologia) e o ciclo do vírus da Dengue; Compreender a história natural, as manifestações clínicas, classificação (hemorrágica ou clássica), critérios de gravidade (grupos de risco) da Dengue; Discutir os principais marcadores laboratoriais no diagnóstico da Dengue e suas complicações (Sorologia, Antígeno NS-1, TGO, TGP, Hemograma); Evidenciar as principais medidas preventivas em relação a Dengue; Entender o papel do estudante de Medicina na sociedade e quanto a orientação dos pacientes. 3. DESENVOLVIMENTO 3.1 Elucidar a biologia viral (classificação, replicação, morfologia, composição), formas de transmissão e mecanismos patogênicos de uma infecção viral. Os vírus acompanham a história humana desde o início, ocasionam inúmeras doenças e fatalidades, portanto a Ciência passou a estudá-los, este é o papel da Virologia, que objetiva uma maior compreensão do que eles são, os mecanismos que detêm e como se é possível enfrentá-los (SANTOS; ROMANOS & WIGG, 2015). Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, com isso duas afirmações são possíveis, serem subcelulares e que fora de uma célula hospedeira não se há replicação devido ao seu metabolismo estar inativo. A constituição viral é composta por proteínas ou glicoproteínas, ácido nucleico (DNA ou RNA, apenas um desses) como código genético e em alguns casos, pode haver lipídeos, tais componentes formam as seguintes estruturas (SANTOS; ROMANOS & WIGG, 2015): Core ou cerne – ácido nucleico viral e associação de proteínas participantes do processo de replicação; Capsídeo – revestimento proteico que envolve diretamente o ácido nucleico; Capsômeros – unidades morfológicas, formadas pelos protômeros (estruturas proteicas), que interagem entre si, simetricamente, com objetivo de originar o capsídeo; Envelope – presente em alguns vírus, é uma camada bilípidica que envolve o capsídeo, tais lipídeos são provenientes da membrana plasmática da célula hospedeira. Pode apresentar espículas virais, projeções glicoproteicas que auxiliam na adesão às células. Os vírus detêm certas classificações: I. A presença de envelope, se presente são denominados envelopados, do contrário, não envelopados. II. Quanto à forma, neste caso é considerada a simetria com que os capsômeros se organizam para formar o capsídeo. Vírus helicoidais – apresenta aspecto cilíndrico Vírus poliédricos – simetria icosaédrica, assemelha-se de a uma esfera Vírus complexos – alguns apresentam união das simetrias helicoidal e poliédrica, já outros são bem distintos e únicos. III. Há a classificação de Baltimore, que avalia o ácido nucleico presente. Classe Ácido Nucleico I DNA de fita dupla II DNA de fita simples III RNA de fita dupla IV RNA de fita simples polaridade positiva V RNA de fita simples polaridade negativa VI RNA de fita simples com intermediário DNA VII DNA de fita dupla com intermediário RNA IV. A classificação internacional definida pelo Comitê Internacional deTaxonomia de vírus considera muitos fatores, entre eles há a morfologia, as propriedades físico-químicas, hospedeiro natural, o modo de transmissão, além da replicação viral e organização gênica (SANTOS; ROMANOS & WIGG, 2015). É dada a nomenclatura oficial e também divisão em ordem, família, subfamília, gênero e espécie; as terminações adequadas para cada excluindo-se espécie, são respectivamente, – virales, -viridae, -virinae, -virus (SANTOS; ROMANOS & WIGG, 2015). O vírus, como já mencionado, é um parasita intracelular obrigatório, necessita da célula hospedeira para ativar o metabolismo e que se realize o processo de replicação (biossíntese viral), o qual acarretará consequências ao organismo infestado tanto ao nível micro, quanto macroscópico (SANTOS; ROMANOS & WIGG, 2015). Replicação viral A. Adsorção Primeira etapa da biossíntese, na qual ocorre ligação de proteínas virais (em vírus envelopados esse contato é mais efetivo, pois é feito pelas espículas) com proteínas presentes na superfície celular (denominadas como receptores), a presença ou ausência destas determina o tropismo viral, ou seja, a suscetibilidade de algumas células/tecidos serem infectadas por determinados vírus, cabe salientar que por ser suscetível não necessariamente ocorrerá a replicação, podem não serem capazes de produzir progênie viral, este fato é caracterizado como permissividade. A ligação é irreversível, exclui-se disto os ortomixovírus e alguns paramixovírus que por meio da enzima viral neuraminidase podem revertê-la. Fatores como temperatura, pH, envoltórios glicoproteicos vão interferir nesse acoplamento (SANTOS; ROMANOS & WIGG, 2015). B. Penetração Entrada do vírus na célula. Os processos para tal fase podem decorrer de alterações provocadas durante a adsorção, como no caso dos vírus envelopados, que por meio de proteínas catalisa a fusão do envelope com a membrana plasmática da célula (fusão direta), a fim de promover a entrada do código genético viral no citosol. Outro processo é a viropexia, na qual vírus envelopados ou não, são endocitados pela própria célula mediante influência dos receptores virais. Fatores como pH e temperatura podem interferir nesta etapa (SANTOS; ROMANOS & WIGG, 2015). C. Desnudamento Série de eventos que ocorrem após a penetração, há a remoção do capsídeo e consequentemente exposição do genoma viral para iniciar o processo de tradução/transcrição, a depender do ácido nucleico possuído, este fato também influência no direcionamento deste genoma, o DNA irá para o núcleo enquanto o RNA permanece no citosol, há excludentes desta questão (SANTOS; ROMANOS & WIGG, 2015). D. Síntese viral É a replicação propriamente dita, ocorre a formação das proteínas que irão compor novos vírus. O genoma viral irá codificar genes e sinais, através das organelas celulares da célula infectada, para regular a replicação e o restante do clico, além de modular as respostas defensivas; ademais para tal fase ser bem-sucedida é necessária a codificação de enzimas especificas para superar as barreiras fisiológicas e adaptar ações (SANTOS; ROMANOS & WIGG, 2015). A forma deste processo dependerá do tipo da ácido nucleico, assim, a classificação de Baltimore se faz útil para distinguir adequadamente cada um: Classe I (DNA de fita dupla) – ocorre no núcleo, o DNA é copiado e transcrito em RNAm para então codificar num primeiro momento, proteínas não estruturais regulatórias e também aquelas relacionadas com a replicação em si, posteriormente codifica-se as estruturais envolvidas na montagem das partículas virais (SANTOS; ROMANOS & WIGG, 2015). Classe II (DNA de fita simples) – ocorre no núcleo, o DNA é complementado com uma outra fita a fim de que se possa realizar a duplicação, isto ocorrerá conjuntamente a síntese de DNA da própria célula já que esses vírus não apresentam a enzima DNA polimerase e utilizam a do hospedeiro (SANTOS; ROMANOS & WIGG, 2015). Classe III (RNA de fita dupla) – ocorre no citoplasma, os vírus “carregam” RNA- polimerase viral para que se possa realizar a síntese necessária de RNAm (SANTOS; ROMANOS & WIGG, 2015). Classe IV (RNA de fita simples de polaridade positiva) – ocorre no citoplasma, utiliza da enzima RNA-polimerase viral para replicar o próprio RNA em uma fita complementar intermediária negativa que por ação da polimerase viral se torna positiva (SANTOS; ROMANOS & WIGG, 2015). Classe V (RNA de fita simples de polaridade negativa) – ocorre no citosol, necessita da enzima RNA – polimerase viral para sintetizar uma fita complementar positiva que servirá como RNAm, então será traduzido (SANTOS; ROMANOS & WIGG, 2015). Classe VI (RNA de fita simples com intermediário DNA) – processo de replicação ocorre no citoplasma e no núcleo. Tal classe compreende os retrovírus; assim denominados devido sintetizarem DNA intermediário por meio da ação da enzima Transcriptase reversa, tal DNA será incluído no genoma celular para então produzir RNAm viral (SANTOS; ROMANOS & WIGG, 2015). Classe VII (DNA de fita dupla com intermediário RNA) – assemelha-se ao processo presente no vírus de classe VI na questão de também utilizar a Transcriptase reversa, contudo se há como intermediário RNA ao invés de DNA (SANTOS; ROMANOS & WIGG, 2015). E. Morfogênese (automontagem, maturação e libertação) A automontagem pode ocorrer no citoplasma ou no núcleo, utiliza das proteínas e ácidos nucleicos para formar novas partículas víricas, já a maturação consiste em tornar estas partículas em vírions, entidade viral completa e infecciosa (SANTOS; ROMANOS & WIGG, 2015). A libertação pode ser por lise celular ou brotamentamente, o primeiro modo é mais comum em vírus não envelopados, há tantos novos vírions que a célula acaba por se romper e consequentemente, os libera. Já durante o brotamento, comum aos vírus envelopados, há aquisição do envelope, por ocorrer interação entre proteínas do vírus com algumas proteínas virais já presentes na membrana celular (as espículas) que foram direcionadas para lá. A liberação se dá por exocitose de vesículas com vírus completos, esse evento pode ou não culminar em lise celular (SANTOS; ROMANOS & WIGG, 2015). Transmissão e mecanismos patogênicos de uma infecção viral Por serem parasitas celulares obrigatórios, os vírus só são mantidos e transmitidos na natureza se possuírem hospedeiros, sendo intermediários e definitivos. A transmissão pode ocorrer de maneira horizontal (de um indivíduo para outro, sendo da mesma espécie ou não) e de maneira vertical (que ocorre de mãe para embrião. É importante destacar que a transmissão vertical pode ocorrer durante a gestação ou no momento do nascimento (Brooks, 2009). Em seu livro “Introducão a virologia humanda”, Santos, Romanos e Wigg (2015) destacam que os principais meios de transmissão horizontal são: Contato: contato sexual, troca de saliva, contato direto com pele infectada, indiretamente por fômites (objetos) ou perdigotos (aerossóis de secreções respiratórias ou saliva); Veículo: água ou alimentos contaminados; Vetores: animais vertebrados ou invertebrados. Os vetores podem ser classificados como vetores biológicos (onde tem-se replicação do vírus) e vetores mecânicos (apenas carreia o vírus). Mecanismos patogênicos de uma infecção viral Brooks (2009) afirma que para entender se uma infecção viral ser bem-sucedida (vencer o sistema imunológico) é necessário atender pelo menos 3 requisitos básicos, sendo: Inóculo viral suficiente para iniciar a infecção; Células acessíveis e permissivas ao vírus Mecanismos de defesa local do hospedeiro ausentes ou ineficientes. Inóculo viral O inóculo viral cria uma barreira substancial à infecção, o que caracteriza uma fase sensível na a transmissão do vírus entre hospedeiros. Ambientes hostis promovem pressão nas partículas virais, aumentandoa diluição destas e como resultado, tem-se a diminuição da concentração. Por exemplo, vírus transmitido por água contaminada precisa se manter estável em casos de choque osmótico, alterações de pH e luz solar, e não podem se adsorver de modo irreversível a resíduos contidos na água. Já vírus transmitidos por aerossóis precisam sempre estar hidratados e se encontrarem com concentrações elevadas. Entretanto, vírus transmitidos por insetos, contato com mucosas, ou pro perfurocortantes, têm pouca exposição ao ambiente, o que os condiciona a um processo infecciono um pouco mais eficaz (SANTOS, ROMANOS & WIGG, 2015). Local de entrada A porta de entrada do vírus é outro fator extremamente importante para a ocorrência ou não da infecção. É importante que o vírus encontre acessibilidade física para que suas células entrem em contato com tecidos passíveis de suprir uma infecção viral. Além da acessibilidade, o vírus necessita que o tecido apresente uma certa suscetibilidade (presença de receptores celulares) e permissividade (presença de produtos intracelulares necessários à replicação dos vírus), de acordo com Santos, Romanos e Wigg (2015). Defesa local do hospedeiro Este é um fator determinante na resposta imunologia do corpo, pois segundo Santos, Romanos & Wigg (2015), o padrão de uma infecção viral é determinado pela cinética da replicação do vírus diante das defesas do hospedeiro. Essa interação é dinâmica e apresenta consequências diferentes para vírus que replicam mais rápido ou mais lento. A velocidade de replicação também é influenciada pela força de defesa de cada indivíduo. Disseminação dos vírus pelo organismo Uma vez em contato com o hospedeiro (temporário e definitivo), os vírus podem permanecer na região de contato inicial ou disseminar-se, caracterizando assim, infecções locais ou disseminadas. A infecção se torna generalizada quando ultrapassa as barreiras físicas e imunológicas do organismo (SANTOS, ROMANOS & WIGG, 2015). Nos diversos tecidos, geralmente, o ponto de contato inicial é o epitélio e após cruzar esse tecido, as partículas virais alcançam a membrana basal, o que resulta em comprometimento da sua integridade pela destruição das células epiteliais e pelo processo inflamatório. Abaixo dos eptélios, tem-se os tecidos subepteliais, que se tornam os próximos alvos das partículas virais. Nessas regiões, os vírus encontram fluidos teciduais, sistema linfático e fagócitos e a infecção começa a tomar maiores proporções (SANTOS, ROMANOS & WIGG, 2015). Imunopatologia Segundo Brooks et al. (2009), em muitos casos de doenças virais há possibilidade para que a resposta imunológica seja a única causa dos sintomas. A imunopatologia corresponde aos danos sentidos no organismo do hospedeiro para que o organismo consiga se livrar da infecção. No caso dos viros não citopatogênicos, é possível que a resposta imunológica seja a única causa da doença. Dentre os mecanismos conhecidos, destacam-se: I. Lesões causadas por linfócitos T citotóxicos (CTL): Embora ainda não se conheça exatamente o mecanismo através do qual essas células atacam o organismo, acredita-se que o dano tecidual ocorra em decorrência da elevada citotoxidade dos CTL. Além da citotoxidade, essas células podem liberar determinadas proteínas que são responsáveis por desencadear a cascata inflamatória, através da produção de citocinas pró- inflamatórias. II. Lesões causadas por células TCD4+: Os linfócitos do tipo TCD4+ são capazes de produzir mais citocinas que os CTL e, além disso, são responsáveis por recrutar e ativar inúmeras células efetoras não específicas. De recrutarem e ativarem muitas células efetoras não específicas. Esse recrutamento é conhecido como hipersensibilidade tardia e a maioria das células recrutadas são neutrófilos e células mononucleares, responsáveis por causar danos teciduais. O resultado da chegada dessas células é o aumento da liberação de enzimas proteolíticas, peróxido, óxido nítrico, e citocinas. III. Lesões causadas por células B: Essas lesões são características em quadros onde o corpo promove uma resposta imunológica inadequada, o que gera um acumulo de complexos vírus–anticorpo. O grande problema é que esse acúmulo acaba ocorrendo em regiões inacessíveis ao sistema imunológico e, além disso, eles não são removidos facilmente pelo sistema reticuloendotelial, permanecendo na corrente sanguínea por muito tempo. Quanto mais tempo eles circulares, maior é a chance de se depositarem em capilares e provocar lesões, que são agravadas quando o sistema complemento é ativado. IV. Imunossupressão induzida por vírus: A resposta imunológica frente a substratos virais pode variar muito, desde uma atenuação branda e específica até uma inibição drástica e global. Os principais métodos de imunossupressão induzida por vírus são: Infecção de células do sistema imunológico; Desenvolvimento de tolerância após a infecção fetal; Interrupção de liberação de citocinas; Produção de virocinas. 3.2. Identificar os diversos tropismos virais por determinados tecidos. O conceito de tropismo viral se dá pela capacidade de um determinado vírus infectar alguns tipos de tecidos do hospedeiro e não conseguir infectar outros tipos de tecidos de um mesmo hospedeiro. Isso acontece por muitos dos vírus não serem replicados em todas as células de seu hospedeiro, mas sim por alguns tecidos específicos. Assim, o tropismo acontece quando existe a suscetibilidade como os receptores celulares, permissividade quando há composições intracelulares capazes de fazer uma síntese viral e, acessibilidade quando o vírus tem uma comunicação direta com um determinado tecido. Dessa forma, temos vírus neurotrópicos quando este tem afinidade e faz replicação com o tecido nervoso, ou os vírus enterotrópicos que tem afinidade e é replicado nas células do intestino e os vírus pantrópicos que são capazes de fazer replicações em vários tipos de tecidos. Assim quando há presença de todos os requisitos para uma infecção ocorrer (permissividade, suscetibilidade e acessibilidade) é bem provável que está infecção aconteça, porem as defesas imunológicas podem proteger o organismo contra estas e impedir que a infecção se instale (SANTOS, ROMANOS, WIGG, 2015). 3.3. Caracterizar as respostas imunes (inata e adquirida). A imunidade inata, chamada também de natural ou nativa, é a linha inicial de defesa do sistema imunológico contra microrganismos e seus principais componentes são barreiras físicas e químicas como exemplo a pele e suas substancias químicas antimicrobianas; células natural killers, dendríticas e fagocitárias e por fim proteínas citocinas. A ausência ou disfunção desses mecanismos provavelmente resultaria no aumento da frequência e da severidade das infecções (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2012). Em relação as características possui uma especificidade por moléculas produzidas pelas células lesionadas e pelo microrganismo relacionado, tem uma diversidade limitada, não possui memória e por fim possui não reatividade ao próprio organismo (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2012). Figura 01: imunidade inata e adquirida Fonte: http://www.profbio.com.br/aulas/inunologia_1_aula_02.pdf Já a imunidade adquirida é quando ocorrem exposição à agentes infecciosos de maneira crescente a cada exposição sucessiva de um mesmo microrganismo (“adquiridas por experiência”), e as suas principais características são capacidade de memória e a alta especificidade de para células distintas, e seus principais componentes são linfócitos e os antígenos. É importante ressaltar que existem dois tipos de resposta imune adquirida sendo eles: resposta imune humoral e resposta imune celular (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2012). A resposta imune humoral é realizada pelos anticorposproduzidos no linfócito B, nessa resposta os anticorpos vão impedir que os microrganismo infectem e vão promover a eliminação desses por meio de mecanismo efetores. Essa resposta imune é a principal “linha” de defesa contra toxinas e os microrganismos (agentes agressores), pois os anticorpos que são liberados se ligam aos agentes agressores e promovem a liberação de agentes inflamatórios. (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2012). Na resposta imune celular é realizada por células e linfócitos T, que vão eliminar os agentes agressores presentes nos macrófagos e eliminar as células infectadas, já que geralmente algumas bactérias e até mesmo vírus se instalam dentro dos fagócitos, o que faz com que os anticorpos circulantes não consigam acessar e eliminar estes (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2012). http://www.profbio.com.br/aulas/inunologia_1_aula_02.pdf Figura 02: imunidade humoral e celular Fonte:https://bioclassi.wordpress.com/2015/10/27/imunologia-celular-e-molecular-cap-1-abbas/ Em relação as características a resposta imune adquirida tem uma especificidade de antígenos microbianos e não microbianos, que vai acontecer por causa dos linfócitos e recebem o nome de determinantes antigênicos (que determina o repertório dos linfócitos); possui uma grande diversidade; a memória permite que a resposta secundaria de exposição seja mais rápida; na expansão clonal acontece que os linfócitos específicos se reproduzem aumentando o número de células com receptores para aquele mesmo antígeno; possui não reatividade ao próprio organismo, ou seja, reconhece e elimina esses agentes agressores sem prejudicar o indivíduo (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2012). É valido ressaltar também que há imunidade ativa e passive sendo que, é ativa quando ocorre indução de exposição ao antígeno (exemplo: vacina) e a passiva sem precisar ter essa exposição direta (exemplo: anticorpos por via vertical entre mãe e feto) (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2012). https://bioclassi.wordpress.com/2015/10/27/imunologia-celular-e-molecular-cap-1-abbas/ Figura 03: imunidade ativa e passiva Fonte: https://bioclassi.wordpress.com/2015/10/27/imunologia-celular-e-molecular-cap-1- abbas/ 3.4. Definir e caracterizar as respostas antígeno-anticorpos, sua origem, os diversos tipos de imunoglobulinas e funções. Antígenos Os antígenos executam funções necessárias na resposta do sistema imune. Eles induzem uma resposta que é altamente específica, sendo que, na imunidade humoral, ocorre a produção de anticorpos que conhecem os antígenos que os incitou, tais antígenos são do tipo imunógenos (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2008). Os antígenos são elementos que causam a produção de diversos anticorpos. Geralmente, o mecanismo de atuação dos anticorpos começa no local em que eles conseguem reconhecer e se ligar aos antígenos, chamadas de epítopos ou determinantes antigênicos. A forma como ocorre essas interações vai depender de características específicas de cada sítio de ligação dos anticorpos (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2008). Grande parte dos antígenos possui um peso molecular maior ou igual a 10 mil. Dessa forma, uma corpo estranho que possui baixo peso molecular (haptenos) é considerado antigênico, a menos que esteja associada a uma molécula carreadora. A penicilina é um bom exemplo de hapteno, pois não é antigênico por si próprio, mas algumas pessoas desenvolvem uma reação alérgica a ele. Ademias, as reações alérgicas são consideradas como resposta imune (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2008). https://bioclassi.wordpress.com/2015/10/27/imunologia-celular-e-molecular-cap-1-abbas/ https://bioclassi.wordpress.com/2015/10/27/imunologia-celular-e-molecular-cap-1-abbas/ Anticorpos Os anticorpos são compostos por proteínas globulinas, então, usa-se o termo imunoglobulinas (Ig). Eles começam a ser sintetizados em consequência da resposta a um determinado antígeno, reconhecendo e se ligando a ele (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2008). Anticorpos, moléculas do complexo maior de histocompatibilidade (MHC) e receptores de antígeno da célula T são as três classes de moléculas usadas pelo sistema imune adaptativo para se ligar aos antígenos. Destas três, os anticorpos foram os primeiros a serem descobertos, reconhecem a grande variedade de estruturas antigênicas, mostram grande habilidade em discriminar entre diferentes antígenos e se ligam a antígenos com maior força. Os anticorpos são diversos e bem específicos em suas habilidades de reconhecer estruturas moleculares estranhas e constituem os mediadores da imunidade humoral contra todas as classes de microrganismos. Os anticorpos são proteínas circulantes produzidas nos pelo organismo vivo em resposta à exposição a estruturas estranhas conhecidas como antígenos (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2008). Os anticorpos são sintetizados somente pelas células da linhagem de linfócitos B e existem em duas formas: anticorpos ligados à membrana na superfície dos linfócitos B funcionam como receptores de antígenos e anticorpos secretados neutralizam as toxinas, previnem a entrada e espalhamento dos patógenos e eliminam os microrganismos. O reconhecimento do antígeno pelos anticorpos ligados à membrana nas células B imaturas ativa esses linfócitos a iniciarem uma resposta imune humoral. As células B ativadas se diferenciam em plasmócitos que secretam anticorpos de mesma especificidade do receptor do antígeno. As formas secretadas dos anticorpos estão presentes no plasma, nas secreções mucosas e no fluido intersticial dos tecidos (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2008). A eliminação do antígeno frequentemente necessita da interação do anticorpo com outros componentes do sistema imune, incluindo moléculas tais como proteínas do complemento e células que incluem fagócitos e eosinófilos. As funções efetoras mediadas por anticorpo incluem: Neutralização dos microrganismos ou produtos microbianos tóxicos; Ativação do sistema complemento; Opsonização dos patógenos para fagocitose aumentada; Citotoxicidade mediada por célula e dependente de anticorpo, pela qual os anticorpos têm como alvo células infectadas para a lise pelas células do sistema imune inato; Ativação de mastócito mediada por anticorpo para expelir vermes parasitas. Quando o sangue ou plasma forma um coágulo, os anticorpos permanecem no fluido residual, o que é chamado de soro. O soro não possui os fatores de coagulação, mas contém todas as outras proteínas encontradas no plasma. Qualquer amostra de soro que apresente moléculas detectáveis de anticorpo que se ligam a um antígeno em particular é comumente chamada de antissoro. O estudo dos anticorpos e suas reações com antígenos é, portanto, classicamente chamado de sorologia (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2008). Estrutura Todas as moléculas de anticorpo compartilham as mesmas características estruturais básicas, mas apresentam marcante variabilidade nas regiões onde os antígenos se ligam. Esta variabilidade das regiões de ligação do antígeno é responsável pela capacidade de diferentes anticorpos se ligarem a um grande número de antígenos estruturalmente diversos. Em todos os indivíduos, existem milhões de diferentes clones de células B, cada uma produzindo moléculas de anticorpo com os mesmos locais de ligação do antígeno e diferentes nestes locais dos anticorpos produzidos por outros clones. As funções efetoras e propriedades físico-químicas comuns dos anticorpos estão associadas a porções de ligação de moléculas diferentes de um antígeno, que exibem relativamente poucas variações entre os diferentes anticorpos (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2008). Cada anticorpo possui pelo menos dois sítios idênticos de ligação ao antígeno que se ligam aos epítopos. Valência do anticorpo: número de sítios de ligação ao antígeno de um anticorpo. Por exemplo, a maioria dos anticorpos humanos tem dois sítios deligação, sendo, portanto, bivalentes. Como um anticorpo bivalente possui a estrutura molecular mais simples, ele é chamado de monômero. Um monômero típico de anticorpo tem quatro cadeias proteicas: duas cadeias leves idênticas e duas cadeias pesadas idênticas. (“Leve” e “pesado” referem-se aos pesos moleculares relativos.) As cadeias são unidas por ligações dissulfeto e por outras ligações, a fim de formar uma molécula em forma de Y. A molécula em forma de Y é flexível e pode assumir a forma de um T (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2008). Uma molécula de anticorpo tem uma estrutura simétrica do núcleo composta de duas cadeias leves idênticas e duas cadeias pesadas idênticas. Ambas as cadeias leve e pesada contêm uma série de unidades homólogas repetidas, cada uma com cerca de 110 resíduos de aminoácidos de comprimento, que se dobram independentemente em um motivo globular que é chamado de domínio Ig. Um domínio Ig contém duas camadas de folhas β-pregueadas, cada camada composta de três a cinco fitas de cadeia polipeptídica antiparalela. As duas camadas são mantidas unidas pela ponte dissulfeto, e faixas adjacentes de cada folha β são conectadas por pequenas alças (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2008). Ambas as cadeias leve e pesada consistem em regiões variáveis de aminoterminal (V) que participam no reconhecimento do antígeno e regiões carboxiterminais constantes (C); as regiões C das cadeias pesadas medeiam as funções efetoras. Nas cadeias pesadas, a região V é composta de um domínio Ig e a região C é composta de três ou quatro domínios Ig. Cada cadeia leve é composta de uma região V no domínio Ig e uma região C no domínio Ig. As regiões variáveis são assim chamadas por causa das suas sequências de aminoácidos variando entre os anticorpos produzidos pelos diferentes clones B. A região V de uma cadeia pesada (VH) e a região V contígua de uma cadeia leve (VL) formam um local de ligação do antígeno (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2008). Pelo fato de a unidade estrutural do núcleo de cada molécula de anticorpo conter duas cadeias pesadas e duas cadeias leves, cada molécula de anticorpo tem pelo menos dois locais de ligação do antígeno. Classes das imunoglobulinas As imunoglobulinas mais simples e mais abundantes são os monômeros, mas também podem assumir diferenças em tamanho e no modo como são organizadas. As cinco classes de imunoglobulinas são designadas IgG, IgM, IgA, IgD e IgE. Cada classe tem um papel diferente na resposta imune. As estruturas de IgD, IgG e IgE são parecidas. As moléculas de IgA e IgM são agregados de dois ou cinco monômeros, respectivamente, que estão unidos entre si em células B no centro germinativo em proliferação presente na zona escura, os genes V de Ig sofrem mutações pontuais em uma taxa extremamente elevada (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2008). IgG: é responsável por aproximadamente 80% de todos os anticorpos no soro. Em locais de inflamação, esses monômeros de anticorpos atravessam as paredes dos vasos sanguíneos e penetram no fluido tecidual. Anticorpos IgG maternos, por exemplo, podem cruzar a placenta e conferir imunidade passiva ao feto. Os anticorpos IgG protegem contra as bactérias circulantes e os vírus, neutralizam as toxinas bacterianas, ativam o sistema complemento e, quando ligados a antígenos, intensificam a eficácia das células fagocíticas (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2008). IgM: produzem até 10% dos anticorpos no soro. A IgM tem uma estrutura de pentâmero formada por cinco monômeros unidos entre si por um polipeptídio chamado de cadeia J (joining). O grande tamanho da molécula impede que a IgM se desloque livremente como faz a IgG, de modo que os anticorpos IgM geralmente permanecem nos vasos sanguíneos sem penetrar os tecidos ao seu redor. É o tipo predominante de anticorpo envolvido na resposta aos antígenos do grupo sanguíneo ABO localizados na superfície das hemácias. A IgM é muito mais eficaz que a IgG em causar o agrupamento de células e vírus. É a primeira imunoglobulina a aparecer nas respostas a uma infecção primária e é de vida relativamente curta. Se altas concentrações de IgM contra um patógeno são detectadas em um paciente, provavelmente a doença observada é causada por aquele patógeno. A detecção de IgG, que é de vida relativamente longa, deve indicar apenas que a imunidade contra um patógeno em particular foi adquirida há mais tempo (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2008). IgA: é responsável por apenas 10 a 15% dos anticorpos no soro, mas é certamente a forma mais comum nas membranas mucosas e em secreções do corpo como o muco, a saliva, as lágrimas e o leite materno. Se levarmos em consideração, então a IgA é a mais abundante no corpo. A IgA que circula no soro, a IgA sérica, geralmente é encontrada na forma de monômero. A forma mais eficaz de IgA, entretanto, consiste em dois monômeros conectados que formam um dímero chamado de IgA secretora (SIgA). Ela é produzida nessa forma pelos plasmócitos localizados nas membranas mucosas. Cada dímero então penetra e atravessa a mucosa, onde adquire um polipeptídio chamado componente secretor, que protege a IgA de degradação enzimática. A principal função da IgA secretora é provavelmente impedir a fixação de patógenos microbianos às superfícies da mucosa. Isso é importante sobretudo para os patógenos intestinais e respiratórios. Devido ao fato de a imunidade por IgA ser de vida relativamente curta, a duração da imunidade para as várias infecções respiratórias também é curta. A presença de IgA no leite materno, em especial no colostro, provavelmente ajuda a proteger os bebês das infecções gastrointestinais (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2008). IgD: Os anticorpos IgD constituem apenas 0,2% dos anticorpos no soro total. Suas estruturas se assemelham às das moléculas de IgG. Os anticorpos IgD são encontrados no sangue, na linfa e particularmente na superfície das células B. A IgD não tem função definida (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2008). IgE: São um pouco maiores que as moléculas de IgG; constituem apenas 0,002% dos anticorpos no soro total. As moléculas de IgE se ligam avidamente por suas porções Fc (haste) aos receptores localizados nos mastócitos e basófilos, células especializadas que participam das reações alérgicas. Quando um antígeno como o pólen se liga cruzadamente com os anticorpos IgE associados a um mastócito ou basófilo, essas células liberam histamina e outros mediadores químicos. Essas substâncias químicas induzem uma resposta. Entretanto, a resposta pode ser ao mesmo tempo protetora, pois atrai o complemento e as células fagocíticas. Isso é útil sobretudo quando os anticorpos se ligam a micróbios parasitas. A concentração de é muito aumentada em algumas reações alérgicas e infecções parasitárias, o que em geral é útil do ponto de vista diagnóstico (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2008). 3.5. Compreender o agente etiológico, o agente transmissor (epidemiologia) e o ciclo do vírus da Dengue. De acordo com o Ministério da saúde, o vírus da dengue é transmitido através da picada do mosquito Aedes aegypti, classificado como um Arbovírus, ou seja, transmitido por meio de um artrópode, sendo o mesmo que transmite a zika e chikungunya. Pertence à família Flaviviridae, Classe IV, sendo RNA de fita simples positiva e possui um envelope lipoproteico ao seu redor. Esse mosquito se reproduz em ambientes com água parada e são mais agressivos durante o dia, porém, podem agir durante a noite com menos frequência. Para que esse mosquito seja infectado, ele precisa picar uma pessoa que esteja infectada, assim, o vírus poderá se replicar no interior do artrópode que o transmitirá para outros indivíduos. Ainda segundo o mesmo, o agente etiológico apresenta quatro sorotipos, denominados Den-1, Den-2, Den-3, Den-4. No Brasil, já foram registrados os quatro tipos, evidencia-se o Den-3 e o Den-2 os tipos mais virulentos, seguido peloDen-4 e Den-1. O tipo 1 é o mais explosivo dos quatro, portanto, causa grandes epidemias em curto prazo e alcança milhares de pessoas rapidamente. Em decorrência do mosquito Aedes aegypti ter picado uma pessoa infectada, inicia-se o ciclo, onde o vírus multiplica-se no intestino médio do vetor e infecta outros tecidos chegando às glândulas salivares. Uma vez infectado o mosquito é capaz de transmitir enquanto viver. Após a picada do mosquito no ser humano, é executado o processo de replicação viral nas células estriadas, lisas, fibroblastos e linfonodos locais, posteriormente, ocorre a viremia, com a disseminação do vírus no organismo do indivíduo. Os primeiros sintomas surgem após um período de incubação que pode variar de 2-10 dias. Denominado período prodrômico, em que há presença de sintomas generalizados e inespecíficos, geralmente febre, mal estar, náuseas, enjoos e mialgia. Observa-se acerca da situação epidemiológica da dengue no Brasil que o vetor, assim como os três sorotipos do vírus (DEN-1, DEN-2, DEN3) estão disseminados por todo o território nacional, entretanto, são mais recorrentes nas grandes cidades, isso ocorre devido aos centros urbanos favorecerem a elevação da densidade das populações do mosquito, além da enorme falha nas estratégias de combate, dessa forma, a circulação do vírus aumentou, o que instituiu um grave problema na saúde pública (TEIXEIRA, BARRETO & GUERRA, 1999). 3.6. Compreender a história natural, as manifestações clínicas, classificação (hemorrágica ou clássica), critérios de gravidade (grupos de risco) da Dengue. De acordo com o artigo ‘’Dengue’’ publicado na plataforma Fiocruz Minas (acessado em 11 de outubro, 2020) o Aedes aegypti surgiu na África e de lá se espalhou para Ásia e Américas, principalmente através do tráfego marítimo. No Brasil, chegou durante o século XVIII, provavelmente nas embarcações que transportavam escravos, já que os ovos do mosquito podem resistir, sem estar em contato com a água, por até um ano. Há referências de epidemias de dengue em 1916, em São Paulo, e em 1923, em Niterói, ambas sem diagnóstico laboratorial. Em 1955, uma grande campanha realizada pela Organização Pan-Americana de Saúde levou a erradicar o Aedes aegypti no Brasil e em diversos outros países americanos. No entanto, a campanha não chegou até seu final e o mosquito permaneceu presente em várias ilhas do Caribe, Guianas, Suriname, Venezuela e sul dos Estados Unidos, voltando a espalhar-se. Em 1963, foi comprovada circulação dos sorotipos DENV-2 e DENV-3 em vários países. No fim da década de 60, o Brasil novamente contava com a presença do vetor em suas principais metrópoles. Em 1974, o mosquito já infestava Salvador, chegando ao Rio de Janeiro novamente no final da década de 70. Já em 1977, o sorotipo DENV-1 foi introduzido nas Américas, inicialmente pela Jamaica, a partir de 1980 foram notificadas epidemias em diversos países. A primeira epidemia documentada clínica e laboratorialmente ocorreu em 1981 e 1982, em Boa Vista, causada pelos sorotipos DENV-1 e DENV-4. No ano de 1986, com a introdução do sorotipo DENV-1 no Rio de Janeiro, foram registradas epidemias em diversos estados. A introdução dos sorotipos DENV-2 e DENV-3 ocorreu também pelo Rio de Janeiro, em 1990 e 2000 respectivamente, o DENV-3 apresentou rápida dispersão para 24 estados do país no período de 2001 a 2003. O DENV-4 foi reintroduzido no país em 2010 no estado de Roraima, dali se espalhou para o resto do país. A doença no Brasil apresenta ciclos endêmicos e epidêmicos, com epidemias explosivas ocorrendo a cada 4 ou 5 anos. Desde a introdução do vírus no país em 1981 mais de sete milhões de casos já foram notificados. Nos últimos dez anos, têm-se observado, além do elevado número de casos, o aumento da gravidade da doença e, consequentemente, de hospitalizações. A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus pertence à família Flaviviridae, do gênero Flavivírus. O vírus da dengue apresenta quatro sorotipos, em geral, denominados DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Esses também são classificados como arbovírus, ou seja, são normalmente transmitidos por mosquitos. No Brasil, os vírus da dengue são transmitidos pela fêmea do mosquito Aedes aegypti e podem causar tanto a manifestação clássica da doença quanto à forma considerada hemorrágica. O Aedes aegypti tem se caracterizado como um inseto de comportamento estritamente urbano, sendo raro encontrar amostras de seus ovos ou larvas em reservatórios de água nas matas. Os ovos não são postos diretamente na água limpa, mas milímetros acima de sua superfície, em recipientes tais como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos de vasos de plantas ou qualquer outro que possa armazenar água de chuva. Quando chove, o nível da água sobe, entra em contato com os ovos e esses eclodem em poucos minutos. Em um período que varia entre cinco e sete dias, a larva passa por quatro fases até dar origem a um novo mosquito. A densidade natural do Aedes aegypti é maior no verão, pois nessa estação temos maior pluviosidade, que aumenta a oferta de criadouros onde a fêmea pode deixar seus ovos, e altas temperaturas, que aceleram o desenvolvimento do mosquito entre as fases de ovo, larva e adultos. De acordo com o artigo “Dengue” publicado na plataforma Fiocruz Minas (acessado em 11 de outubro, 2020) a doença pode ser assintomática ou pode evoluir até quadros mais graves, como hemorragia e choque. Na chamada dengue clássica, que deve ser notificada, a primeira manifestação é febre alta (39° a 40°C) e de início abrupto, usualmente seguida de dor de cabeça ou nos olhos, cansaço ou dores musculares e ósseas, falta de apetite, náuseas, tonteiras, vômitos e erupções na pele. A doença tem duração de cinco a sete dias, mas o período de convalescença pode ser acompanhado de grande debilidade física, e prolongar-se por várias semanas. No que se refere à forma mais grave da enfermidade, conhecida como febre hemorrágica da dengue, os sintomas iniciais são semelhantes, porém há um agravamento do quadro no terceiro ou quarto dia de evolução, com aparecimento de manifestações hemorrágicas e colapso circulatório. Nos casos graves, o choque geralmente ocorre entre o terceiro e o sétimo dia de doença, geralmente precedido por dor abdominal. O choque é decorrente do aumento de permeabilidade vascular, seguida de hemoconcentração e falência circulatória. Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. Além disso, condições prévias ou associadas como referência de dengue anterior, idosos, hipertensão arterial, diabetes, asma brônquica e outras doenças respiratórias crônicas graves podem constituir fatores capazes de favorecer a evolução com gravidade. A dengue hemorrágica não tem relação com a baixa imunidade do organismo infectado. Diversos estudos parecem indicar o contrário, as formas mais graves poderiam estar associadas a uma excessiva resposta imunológica do organismo ao vírus, causando uma espécie de hipersensibilidade que acarretaria na produção de substâncias responsáveis pelo aumento da permeabilidade vascular. Esse processo leva a perda de líquidos, o que, por sua vez, acarreta a queda da pressão arterial e o choque, principal causa de óbito. Com relação à imunidade ao vírus, alguns estudos apontam que quando uma pessoa é infectada por um dos quatro sorotipos, torna-se imune a todos os tipos de vírus durante alguns meses e posteriormente mantém-se imune, pelo resto da vida, ao tipo pelo qual foi infectado. Caso volte a ter dengue, dessa vez um dos outros três tipos do vírus que ainda não teria contraído, poderão apresentar ou não uma forma mais grave. A maioria dos casos de dengue hemorrágica ocorrem em pessoas anteriormente infectadas por um dos quatro tipos de vírus. 3.7. Discutir os principaismarcadores laboratoriais no diagnóstico da Dengue e suas complicações (Sorologia, Antígeno NS-1, TGO, TGP, Hemograma). Sorologias Na Sorologia é possível identificar o IgM que se forma logo após a infecção e indica uma infecção recente e o IgG que demora para ser formada após a infecção e indica uma infecção antiga ou não imunização, se identifica a partir da coagulação do sangue, recomenda- se que seja feita após a 2° semana após o começo da infeção para que o diagnostico seja preciso (UFMG, 2020). A análise dos resultados do exame segue, se faz da seguinte maneira, segundo a nota do governo de Campo Novo do Parecis: IgG negativo (não reagente) e IgM negativo (não reagente): indicam que o paciente nunca entrou em contato com o agente patogênico (agente causador da doença), ou seja, nunca foi nem vacinado nem contaminado. IgG negativo (não reagente) e IgM positivo (reagente): indicam infecção aguda (ou seja, iniciada há dias ou semanas). IgG positivo (reagente) e IgM negativo (não reagente): indicam infecção antiga (com meses ou anos) ou que a pessoa foi vacinada e o organismo teve sucesso na produção de anticorpos. IgG positivo (reagente) e IgM positivo (reagente): infecção recente (semanas ou meses). Antígeno Ns1 O exame é específico, rápido e consiste em detectar a presença da proteína NS1 no soro de pacientes infectados pelo vírus da dengue. O antígeno ele estará presente em maiores concentrações nos primeiros dias, em torno de 1- 3 dias, após a contração do vírus. O resultado positivo confirma o diagnóstico da doença, porém em casos de resultados negativos não é possível confirmar a inexistência do vírus no paciente, é preciso recorrer a outros exames, como, os de sorologia, sendo o IgM e IgG, para confirmação de tal resultado (Revista Médica Ed. 2 – 2017). TGO - transaminase glutâmico oxalacética e TGP - transaminase glutâmico pirúvica. A TGO E TGP são enzimas produzidas pelo fígado e se localizam no interior das células hepáticas tendo como valores de referência 4-40 U/L e 7-56 U/L respectivamente. Essas proteínas, por meio de exames, são identificadas no sangue após o contato do organismo com bactérias ou vírus que ocasionaram lesões hepáticas e diante disso extrapolam as células em que se encontram. Nesse sentido, após o corpo contrair o vírus em questão, dengue, o TGO e o TGP aumentarão de forma a expressar uma inflamação nas células hepáticas, as quais fazem os mecanismos de síntese proteica e a limpeza de substancias (CARNEIRO, 2019). Hemograma Na dengue as alterações no hemograma são várias como hemoconcentração (concentração de sangue, caracterizado pelo aumento da densidade, da viscosidade e do número de eritrócitos por unidade de volume.), leucopenia (redução no número de leucócitos, por volume de sangue circulante.), plaquetopenia (número reduzido de plaquetas no sangue.) e alterações de hemostasia sanguínea com presença frequente de manifestações hemorerágicas, dentre essas a mais comum é a leucopenia em 68,3% dos casos. O exame normalmente é solicitado quando há indícios de dengue hemorrágica, pois pode indicar que a hemostasia (processo natural do corpo e que regula o fluxo sanguíneo) não está acontecendo conforme deveria (OLIVEIRA, et al., 2009). 3.8. Evidenciar as principais medidas preventivas em relação a Dengue. Uma das principais medidas preventivas da Dengue consiste na informação, em que os materiais informativos produzidos e divulgados em uma campanha podem ter grande relevância no que diz respeito ao esclarecimento de informações aos indivíduos, orientado assim sobre a doença e sua prevenção. É importante ressaltar que, as divulgações de informações devem ser feitas em linguagem popular, para que assim possam ser compreendidas por todos, sem exceção (LENZI, 2004). É válido ressaltar também que as informações devem ser divulgadas durante todo o ano, não apenas no período do verão, no qual muitos afirmam ser a época de maior incidência da Dengue. As medidas de prevenção devem ser de caráter permanente, sem ter a noção de que a doença ocorre apenas uma vez ao ano. Destacando que, as áreas periféricas são as mais atingidas por essas informações falsas, em que as ações preventivas são menores, ou seja, existem menos informações veiculadas nas periferias das cidades (LENZI, 2004). Essas informações que são repassadas a população, predominam nos matérias impressos, no qual reiteram que os principais cuidados que a população deve ter com a Dengue, consiste na eliminação dos reservatórios que contém as larvas do mosquito Aedes aegypti. Esses reservatórios podem ser; piscinas que não estão sendo utilizadas, garrafas vazias, pneus, calhas, vasos de plantas, vasilhas plásticas e entre outros locais que possam ter água acumulada. O líquido acumulado deve ser eliminado, visto que esse é o principal reservatório do mosquito e posteriormente o principal transmissor da doença, que se não tratada pode vir a causar a morte do indivíduo (LENZI, 2004). 3.9. Entender o papel do estudante de Medicina na sociedade e quanto a orientação dos pacientes. O estudante de Medicina encontra-se no processo de aquisição de conhecimentos, de modo que ao adquiri-los por meio de valores éticos, tende a desenvolver atitudes e comportamentos que serão bastante utilizados na sua carreira como acadêmico e como futuro médico. Os modelos de aprendizados que são oferecidos pelas inúmeras instituições de ensino do Brasil, visam utilizar ensinos de boa qualidade, que posteriormente poderão vir a serem utilizados nos atendimentos as distintas comunidades do país (MEGALE, 2008). O estudante de Medicina, além de adquirir um conjunto de práticas aplicadas ao atendimento físico do paciente necessita aprender conhecimentos aplicados à orientação dos pacientes quanto as inúmeras doenças que perpetuam o corpo humano. As orientações devem ser no sentido de como prevenir a doença, como aquele mal que o cerca pode ser evitado, as boas maneiras de higiene domiciliar que contribuem para a não proliferação de doenças e outras recomendações que podem ser eficientes na prevenção das doenças, tais como; a Dengue (MEGALE, 2008). Além disso, o estudante deve contribuir de forma enfática para toda a população de uma maneira geral. E a principal forma de repassar ideias é na realização das ações de prevenção e promoção de saúde. Essas que podem vir a ser realizadas nas distintas áreas do país, enfatizando sempre que os indivíduos podem contribuir para evitar algumas doenças que são causadas por mosquitos e parasitas. No decorres do curso, o aluno já começa a aprender boas formas de integralização da população e quando ocorre isso, os indivíduos que compõe a sociedade desenvolvem habilidades de evitar as doenças (MEGALE, 2008). Portanto, é de suma importância que o estudante de Medicina esteja sempre disposto a aprender e desenvolver habilidades de comunicação que podem vir a ser uma boa base de repasse de conhecimentos para a população, que futuramente tende a serem seus possíveis pacientes. Por isso, na faculdade de medicina, o estudante é avaliado tanto na sua prática de ações, quanto no seu desenvolvimento da relação médico paciente, seja no consultório, ou na UTI, no ambulatório e nas visitas domiciliares. Dessa maneira, é nítida a importância da empatia no atendimento e nas orientações que podem vir a evitar inúmeras complicações ao indivíduo e a população (MEGALE, 2008). 4. CONCLUSÃO Os vírus possuem diversas características e composições, cada um deles possuem tropismo para invadir determinados tecidos dos organismos vivos e desencadear, consequentemente, uma resposta à essa agressão. Dessa forma, como foi elaborado nesse trabalho, a discussão em sala foi um processo de grande enriquecimento cultural e didático para a formação profissional de cada um. Nesse sentido, foicontemplado os diferentes mecanismos de agressão viral, sua forma de contaminação, como o organismo dos seres humanos responde à essa invasão de antígenos e como destaque foi trabalhado especialmente o vírus causador da Dengue. Paralelo a isso, a Dengue é uma doença que há tempos faz-se presente na sociedade brasileira, seu agente etiológico é de difícil erradicação, visto que, há muitas políticas empregadas para a vigilância e prevenção, porém, muitas vezes não é praticada. Ademias, a população continua ainda não se aliando à práticas individuais de prevenção destacadas neste trabalho. Dessa maneira, foi estudado as consequências, manifestações do vírus da dengue e os grupos de riscos, além de mencionar como o estudante de Medicina pode orientar e ajudar à população frente à esses obstáculos. REFERÊNCIAS ABBAS, A. K; LICHTMAN, A. H; PILLAI, S. H. I. Imunologia celular e molecular, 7ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia celular e molecular, 6ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. ANDRADE, G. Q. RT-PCR ou sorológico? Entenda as diferenças entre os testes para a covid-19. UFMG, 2020. Disponível em: <https://www.medicina.ufmg.br/rt-pcr-ou-sorologico- entenda-as-diferencas-entre-os-testes-para-a-covid-19/>. Acessado em 06 out. 2020. BRITO, F. A; et al. Estratégias laboratoriais para identificação da infecção pelo novo coronavírus. UFMG. Disponível em: <https://www.medicina.ufmg.br/coronavirus/wp- content/uploads/sites/91/2020/04/Estrat%C3%A9gias-laboratoriais-para- identifica%C3%A7%C3%A3o-da-infec%C3%A7%C3%A3o-pelo-novo- coronav%C3%ADrus.pdf>. Acessado em: 06 out. 2020. BROOKS, G. F. et al. Microbiologia médica. 24.ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2009. CARNEIRO, Dr. L. Causas do TGO e TGP elevado. 2019. Disponível em: <https://profluizcarneiro.com.br/causas-do-tgo-e-tgp-elevado/>. Acesso em: 06 out. 2020. GRANATO, Dr. C. Métodos usados para a detecção do NS1. Revista Fleury Medicina e Saúde, São Paulo, v. 2, jun. 2017. INSTITUTO RENÉ RACHOU FIO CRUZ. Dengue. Disponível em: <http://www.cpqrr.fiocruz.br/pg/dengue/>. Acessado em: 11 out, 2020. LENZI, M. D. F. Prevenção da dengue: a informação em foco. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v37n4/21191.pdf > Acessado em: 2 out. 2020. MEGALE, L. Avaliação de Competência Clínica em Estudantes de Medicina pelo Miniexercício Clínico Avaliativo (Miniex). Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rbem/v33n2/02.pdf >. Acessado em: 2 out. 2020. https://www.medicina.ufmg.br/rt-pcr-ou-sorologico-entenda-as-diferencas-entre-os-testes-para-a-covid-19/ https://www.medicina.ufmg.br/rt-pcr-ou-sorologico-entenda-as-diferencas-entre-os-testes-para-a-covid-19/ https://www.medicina.ufmg.br/coronavirus/wp-content/uploads/sites/91/2020/04/Estrat%C3%A9gias-laboratoriais-para-identifica%C3%A7%C3%A3o-da-infec%C3%A7%C3%A3o-pelo-novo-coronav%C3%ADrus.pdf https://www.medicina.ufmg.br/coronavirus/wp-content/uploads/sites/91/2020/04/Estrat%C3%A9gias-laboratoriais-para-identifica%C3%A7%C3%A3o-da-infec%C3%A7%C3%A3o-pelo-novo-coronav%C3%ADrus.pdf https://www.medicina.ufmg.br/coronavirus/wp-content/uploads/sites/91/2020/04/Estrat%C3%A9gias-laboratoriais-para-identifica%C3%A7%C3%A3o-da-infec%C3%A7%C3%A3o-pelo-novo-coronav%C3%ADrus.pdf https://www.medicina.ufmg.br/coronavirus/wp-content/uploads/sites/91/2020/04/Estrat%C3%A9gias-laboratoriais-para-identifica%C3%A7%C3%A3o-da-infec%C3%A7%C3%A3o-pelo-novo-coronav%C3%ADrus.pdf http://www.cpqrr.fiocruz.br/pg/dengue/ https://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v37n4/21191.pdf https://www.scielo.br/pdf/rbem/v33n2/02.pdf Ministério da Saúde. Doenças infecciosas e parasitárias. Brasília: DF, 2010. Disponível em:<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso. pdf> Acessado em: 08 out. 2020. OLIVEIRA, E. C. L; et al. Alterações hematológicas em pacientes com dengue. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 2009. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v42n6/14.pdf>. Acessado em: 06 out. 2020. SANTOS, N. S. O.; ROMANOS, M. T. V.; WIGG, M. D. Virologia Humana. 3a edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. TEIXEIRA, M. G.; BARRETO, M. L.; GUERRA, Z. Epidemiologia e medidas de prevenção da Dengue. 8. ed. Brasília: Universidade Federal da Bahia, 1999. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf https://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v42n6/14.pdf
Compartilhar