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Hipersensibilidade

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Conferência – Eduarda Miranda e George Lucas 
………………….…..Hipersensibilidade…….….……..….... 
• Os distúrbios causados por respostas imunes são chamados de hipersensibilidade. 
• Uma resposta imune a um antígeno pode resultar em sensibilidade à provocação com aquele 
antígeno e, portanto, a hipersensibilidade é um reflexo de respostas imunes excessivas ou 
aberrantes. As reações de hipersensibilidade podem ocorrer em duas situações. Primeiramente, as 
respostas a antígenos estranhos (microrganismos e antígenos ambientais não infecciosos) podem 
ser desreguladas ou descontroladas, resultando em lesão tecidual. Em segundo lugar, as respostas 
imunes podem ser direcionadas contra os antígenos próprios (autólogos), como resultado da falha 
de autotolerância. Respostas contra os antígenos próprios são denominadas autoimunidade, e os 
distúrbios de hipersensibilidade causados por elas são denominados doenças autoimunes. 
• As reações podem ser desencadeadas tanto por: 
o Agentes exógenos – ex: poeira, pólen, comida, drogas, agentes microbiológicos, químicos e 
outros. 
o Agentes endógenos ex: doenças autoimunes. 
• CAUSAS DA HIPERSENSIBILIDADE 
o Autoimunidade: reações contra antígenos próprios. A falha dos mecanismos normais de 
autotolerância resulta em reações contra as próprias células e tecidos. 
o Reações contra microrganismos: As respostas imunes contra antígenos microbianos podem 
causar doença se as reações forem excessivas ou se os microrganismos forem 
anormalmente persistentes. 
o Reações contra antígenos ambientais: A maioria dos indivíduos saudáveis não reage contra 
substâncias ambientais comuns, em geral inofensivas, mas quase 20% da população é 
anormalmente responsiva a uma ou mais destas substâncias. Esses indivíduos produzem 
anticorpos imunoglobulina E (IgE) que causam doenças alérgicas. 
• Classificação: 
o Tipo I: a resposta imune libera substâncias vasoativas e espasmogênicas, que agem nos 
vasos e nas células musculares lisas, e citocinas pró-inflamatórias que ativam as células 
inflamatórias. Ex: rinite alérgica, asma, anafilaxia sistêmica. Ex: Anemia 
Hemolítica; Trombocitopenia (penicilina e outras drogas); Doença Hemolítica do 
recémnascido (DHRN); Reações de transfusão de sangue e Doenças auto-imunes. 
o Tipo II: os anticorpos participam diretamente na injúria celular, predispondo-as à fagocitose 
ou lise (alergias a drogas). 
o Tipo III: também chamadas de doenças dos imunocomplexos, em que anticorpos se ligam 
aos antígenos e ativam o sistema complemento. As frações do complemento atraem 
neutrófilos que destroem o tecido pela liberação de enzimas lisossomais e formação de 
radicais livres. Ex: doença do soro, reação de Arthus e febre hemorrágica do Dengue. 
o Tipo IV: causa injúria tecidual pela resposta imune mediada por células, com linfócitos T 
sensibilizados. Ex: asma crônica, dermatite de contato. 
Conferência – Eduarda Miranda e George Lucas 
 
 
• Reações alérgicas mediadas por IgE: 
o Os indivíduos atópicos produzem altos níveis de IgE em resposta a alérgenos ambientais, 
enquanto os indivíduos normais geralmente produzem outros isotipos de Ig, como IgM e IgG, 
Conferência – Eduarda Miranda e George Lucas 
e apenas pequenas quantidades de IgE. A quantidade de IgE sintetizada depende da 
propensão de um indivíduo a gerar células T auxiliares específicas de alérgenos que 
produzem IL-4 e IL-13, porque estas citocinas estimulam a mudança da classe dos 
anticorpos de células B para IgE. O desenvolvimento de IL-4 e IL-13 que expressam as 
respostas das células T contra antígenos específicos pode ser influenciado por uma série de 
fatores, incluindo os genes herdados, a natureza dos antígenos e o histórico de exposição 
ao antígeno. O anticorpo IgE é responsável pela sensibilização dos mastócitos e fornece o 
reconhecimento de antígenos para as reações de hipersensibilidade imediata. A IgE é o 
isotipo de anticorpo que possui a cadeia pesada. Ele se liga aos receptores de Fc 
específicos em mastócitos e ativa estas células. 
 
• Complexos imune: 
o Antígenos de imunocomplexos podem se ligar a receptores do complemento 
(particularmente, ao receptor do complemento do tipo 2 ou CR2) em células B da zona 
marginal, e estas células, então, podem transferir os antígenos contendo imunocomplexos 
para as células B foliculares. 
o Os imunocomplexos também podem se ligar ao receptor do complemento CR2 na 
superfície das células dendríticas foliculares e os antígenos presentes nesses complexos são 
então apresentados às células B antígeno-específicas. 
o A ativação da célula B é facilitada pelo correceptor CR2/CD21 em células B, que 
reconhece fragmentos de complemento covalentemente ligados ao antígeno ou que 
fazem parte dos imunocomplexos contendo o antígeno. 
 
 
 
Conferência – Eduarda Miranda e George Lucas 
Complexos imunes, imunocomplexo ou complexo anticorpo-antígeno 
Ativação de complemento c3b e CAM - C3e C5a (anafilotoxinas) 
Ativação de macrófagos através de Fe ou C3b - fagocitose - produção de citocinas inflamatórias 
Ativação de plaquetas e basófilos através de Fe: liberação de aminas vasoativas (ex.: histamina) 
 
• Fatores de risco para o desenvolvimento de alergia alimentar: 
o Imaturidade do sistema imune das mucosas 
o introdução precoce de alimentos sólidos 
o Aumento hereditário da permeabilidade mucosa 
o Deficiência de IgA ou produção atrasada de IgA 
o Contato inadequado do sistema imune intestinal com a flora comensal 
o Polarização geneticamente determinada para um ambiente TH2 
o Polimorfismo em genes de citocinas TH2 ou receptor de IgE 
o Sistema nervoso entérico danificado 
o Alterações imunes (ex.: baixos níveis de TGF-β) 
o Infecções gastrintestinais 
• Variantes da hipersensibilidade tardia (tipo IV): 
o A reação típica mediada pelas citocinas da célula T é a hipersensibilidade de tipo tardio 
(HTT), assim chamada porque ocorre de 24 a 48 horas após um indivíduo anteriormente 
exposto a um antígeno protéico ser desafiado com o antígeno. A reação ocorre 
tardiamente, porque leva muitas horas para os linfócitos T efetores circulantes voltarem ao 
local de teste do antígeno, responderem ao antígeno nesse local e induzirem uma reação 
detectável. Reações de HTT são manifestadas por infiltrados de células T e monócitos nos 
tecidos, edema e deposição de fibrina causada pela permeabilidade vascular aumentada 
em resposta às citocinas produzidas pelas células T CD4+ , e dano tecidual induzido por 
produtos leucocitários, sobretudo macrófagos, ativados pelas células T. Reações de HTT são 
frequentemente utilizadas para determinar se indivíduos foram expostos previamente ao 
antígeno e responderam a ele. Por exemplo, uma reação de HTT para um antígeno 
micobacteriano, PPD (derivado de proteína purificada, do inglês, purified protein 
derivative), é indicativa de uma resposta de célula T para micobactéria. 
Conferência – Eduarda Miranda e George Lucas 
 
• Dengue hemorrágica – um caso clínico de hipersensibilidade tipo III 
o Existem pelo menos quatro tipos diferentes de vírus da dengue, numerados de 1 a 4 (Den1, 
Den2, Den3 e Den4). A sensibilização por cada tipo de vírus remete a uma sorologia 
diferente, entretanto com um certo grau de intimidade uma em relação às outras. Sabe-se 
que a dengue hemorrágica é um tipo de hipersensibilidade do tipo III ou de 
imunocomplexos. 
o Porque o quadro hemorrágico dificilmente ocorre, em um indivíduo normal, no primeiro 
contato com o vírus? Por se tratar de uma hipersensibilidade do tipo III, a dengue 
hemorrágica acontece quando há super-expressão de anticorpos para os vírus, que por 
serem muito próximos uns dos outros, geram a formação de imunocomplexos. Para isso, um 
indivíduo deve ser anteriormente sensibilizado, com pelo menos dois tipos diferentes de vírus, 
para que possa ter a sobreposição dos sorotipos e gerar a formação e precipitação dos 
complexos, desencadeando a hemorragia.

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