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Gabriela de Godoy 
2020 
 
FILARIOSES LINFÁTICAS E TECIDUAIS– 
PARASITOLOGIA 
 
ELEFANTÍASE 
 Wuchereriose ou Filariose Bancrofti. 
 Wuchereria bancrofti. 
 A prevalência é elevada em áreas pobres do mundo, onde há sérios 
problemas de saúde pública. 
 No brasil, as filarias que parasitam humanos são 3 espécies: 
 Wuchereria bancrofti: filariose linfática ou elefantíase. 
 Oncocerca volvulus: oncocercose ou cegueira do rio. 
 Mansonella ozzardi: não patogênica. Comum na Amazônia. 
 Obs: nem sempre a elefantíase é sinônimo de Wuchereria bancrofti. Outros 
linfedemas também podem causar elefantíase. 
 
 A filariose linfática ou bancroftose se caracteriza por um amplo aspecto 
clinico: 
 Há uma enorme variação de infecções aparentemente assintomáticas, 
muitos indivíduos tem algum tipo de manifestação subclínica, 
assintomática e isso leva a manifestações agudas e crônicas associadas 
a localização dos vermes adultos no sistema linfático e as microfilárias no 
sangue. 
 Os vermes adultos vivem nos VS e a forma lavaria – microfilárias vivem 
na circulação sanguínea, durante o dia vivem nos grandes vasos e a noite 
migram para a circulação periférica. 
MORFOLOGIA 
 Macho = 3,5 a 4cm por 0.1mm de diâmetro. 
 Fêmea = 7,0 a 10cm por 0.3 mm de diâmetro. 
 As fêmeas após o acasalamento produzem ovos que se transformam em 
microfilárias. 
Gabriela de Godoy 
2020 
 
 Bainha se origina da transformação da casca do ovo em bainha que envolve 
a microfilária. 
VETORES 
 2 hospedeiros: humano e invertebrado. 
 Mosquitos da família Culicidae 
 Gêneros: Culex, Aedes (dengue, chicungunha e Zica), Anopheles (malária), 
Mansonia. 
CICLO BIOLOGICO 
Transmitida por inseto, individuo infectado possui casal de vermes adultos nos 
vasos linfáticos, acasalam-se, as fêmeas produzem ovos -> se transformam em 
microfilária -> não ficam nos VL, elas habitam os vasos sanguíneos. O individuo 
ao ser picado por um inseto -> hematofagia -> ingere a microfilária -> o seu tubo 
digestivo se transforma em larva L1 -> L3 -> migra para as glândulas salivares 
do mosquito e esse inseto ao fazer o hematofagismo novamente acaba 
regurgitando e eliminando as larvas L3 -> penetra no local da picada. Vai para 
os vasos linfáticos e evolui para vermes adultos. 
HABITAT 
a) Vermes adultos 
 São frequentemente encontrados no sistema linfático = região pélvica e 
região abdominal. 
 Eventualmente podem ser encontrados nas dilatações cística periférica, 
rins, epidídimo e abcessos periféricos. 
 Raramente são encontrados nos gânglios e varizes linfáticas. 
 No sexo masculino = são encontrados nos vasos linfáticos de membros 
inferiores, bolsa escrotal e pênis. 
 No sexo feminino = vasos linfáticos de MI, região vulvar e mamas. 
b) Microfilárias 
 Sistema circulatório: capilares periféricos durante a noite e capilares do 
pulmão e vasos largos do tórax durante o dia. 
 Periodicidade da microfilaremia = início no período vespertino e pico as 
22h -> 4h. 
Gabriela de Godoy 
2020 
 
 Existe um fármaco chamado dietilcarbamazina, que se administrar 
durante o dia, 30 minutos depois, o paciente irá ter uma microfilaremia 
periférica. É usado para fazer a punção venosa durante o dia e já realizar 
o diagnostico laboratorial. Esse medicamento não pode ser adm. em 
crianças, gestante e idosos. Microfilaremia periférica artificial. 
INTERACÃO PARASITA / HOSPEDEIRO 
 Verme adulto = patogênico. 
 Microfilárias = não patogênica. 
 Período de incubação = media 10 meses. 
 Período pré-patente = 1 ano ou mais. 
 
1. Mecanismo de ação Inflamatório: 
 Irritativo: causa linfangite e linfadenite. 
 Toxico: causa urticaria e edema extrafocais. 
2. Mecânico: 
 Obstrutiva: promove linfangiectasia, estase linfática e linforragia. 
 
 Devido a essa ação mecânica e irritativa, ela pode ser manifestar de forma 
intensa depois de 8 a 10 anos. 
 Sequência da doença: linfangite -> linfadenite -> linfangiectasia -> linforragia 
(começa com o aumento do volume) -> linfedema -> esclerose da derme -> 
hipertrofia da epiderme -> aumento do volume do órgão. 
 Ações patogênicas causadas pelos vermes adultos vivos e vermes adultos 
mortos: 
a) Vermes adultos vivos; 
 Desencadeiam linfangiectasia. 
 Co-fatores podem gerar: quilúria (presença de quilo na urina – são 
substâncias linfáticas que são eliminados pela urina), quiocele (distensão 
da túnica vaginal do testículo, por acumulo de quilo). 
b) Vermes adultos mortos: 
 Desencadeiam linfangite aguda. 
Gabriela de Godoy 
2020 
 
 Co-fatores: hidrocele (acumulo de liquido seroso na cavidade vaginal da 
bolsa escrotal), linfangiomatose do escroto (condição tumoral gerada por 
ramificações dos vasos linfáticos no ambiente). 
 Os vermes adultos vivos e mortos podem gerar alterações de VL, 
desencadeando ao longo dos anos um linfedema crônico -> elefantíase. 
 
 Ataque linfático ou linfandenite: 
 Ocorre em intervalos regulares = períodos menstruais e esforço físico. 
 Evolução: pode ser tornar assintomático ou pode complicar surgindo 
varizes linfáticas, linfedemas, linfocele e quilúria.

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