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TEORIA GERAL DA SEGURANÇA FÍSICA 
E CRIMINALÍSTICA APLICADA 
 
 
 
 
 
APOSTILA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O domínio de uma profissão não exclui o seu aperfeiçoamento. Ao contrário, será 
mestre quem continuar aprendendo”. 
Pierre Furter 
 
1.0 - Introdução 
A atividade desenvolvida pelo homem visando proteger sua vida, a vida de seus familiares e seu patrimônio não é nova. 
Para não sofrer o dano o ser humano criou com sua inteligência elementos de proteção e defesa. Antes as cidades eram cercadas 
por muralhas e os castelos por fossos ou construídos em locais de difícil acesso. Com o tempo foram organizadas guarnições 
compostas por seres humanos para a segurança da comunidade. Os elementos de proteção e defesa foram se diversificando e 
acompanhando a evolução da sociedade e hoje em dia a gama de opções para a defesa do patrimônio e da vida é imensa. 
Com a diversidade de técnicas e de elementos de proteção por fim surgiu a sua utilização organizada e de forma 
profissional. 
 
2.0 - Base Teórica 
 
2.1 - Princípios 
Há certo número de conceitos que possuem valor empírico e que devem ser aplicados com intensidades diferentes de acordo com 
cada situação. Delinearam 14 conceitos de segurança, calcados na visão feudal dos castelos europeus medievais, os quais tinham 
barreiras sucessivas de proteção em torno do seu ponto mais valioso, a torre principal. 
 
1° - Um sistema de segurança compreende um conjunto de medidas que se sobrepõem. 
Qualquer subsistema de segurança examinado isoladamente será considerado falho. Não há uma segurança perfeita. O agressor 
sempre poderá encontrar uma falha, seja ela causada por negligência, esquecimento, hábito, vício ou circunstâncias. Se outras 
medidas de segurança estiverem ativas e sobrepondo-se à primeira, haverá menor possibilidade de sucesso do agressor. 
 
2° - A importância de um sistema de segurança é função das ameaças que pesam sobre o que ele protege. 
Ao se planejar um sistema de segurança deve-se considerar o valor do que ele se propõe a proteger. Um custoso sistema de 
segurança protegendo algo de valor (material ou simbólico) bem menor não tem sentido prático. 
 
3° - A fraqueza de um sistema de segurança mede-se por seu ponto mais fraco. 
Sempre haverá pontos mais fracos em um sistema defensivo, e eles definem o sistema como um todo. Sendo assim, ao se planejar 
um sistema de segurança ou examinar um já existente, os seus pontos mais fracos devem ser levantados e deverão receber a maior 
parte da atenção do planejador. Um modo de identificá-los consiste em tomarmos o lugar do agressor e imaginarmos como ele 
agiria. Identificando os pontos mais fracos, podemos então criar outras medidas de segurança que se sobreponham à primeira, de 
forma a suprir eventuais falhas. 
 
4° - Um sistema de segurança deve reduzir ao máximo a demora de intervenção da defesa e retardar ao máximo a 
possibilidade de agressão. 
Segundo os autores, “...quanto mais rápida for a intervenção quando de uma agressão, mais fácil será controlá-la e reduzir seu 
dano...”. 
A chave da defesa reside na rapidez da reação do serviço de segurança interna quando de uma agressão. Seguindo a idéia medieval 
de barreiras sucessivas para proteção, os sistemas de segurança devem buscar o retardo da ação do agressor, para que aumentem as 
possibilidades de ser barrado antes de chegar ao seu objetivo, o torreão central. 
 
5° - O acesso às informações sigilosas é limitado unicamente às pessoas que têm necessidade de conhecê-las em razão de 
suas funções. 
Esse conceito, também conhecido entre nós como “necessidade de conhecer”, estabelece que devemos restringir ao máximo o 
número de pessoas que têm acesso às informações restritas. Podemos guardar um bem em um cofre, mas precisamos saber quem 
tem acesso ao cofre, sua chave e seu segredo, e o número dessas pessoas deve ser limitado ao máximo. 
 
6° - As pessoas vulneráveis não devem ter acesso às informações sigilosas. 
São pessoas vulneráveis os alcoólatras, jogadores, gabolas (aqueles que exaltam a si mesmos), mexeriqueiros, conquistadores ou 
viciados. Há também aqueles cuja vulnerabilidade vem de circunstâncias tais como ciúmes, dificuldades familiares ou financeiras, 
má adaptação ao meio social etc. Esse conceito, que complementa o anterior, estabelece que mesmo as pessoas que têm 
necessidade de conhecer aspectos sigilosos pela função que exercem devem ser analisadas pelo pessoal de segurança e, caso se 
enquadrem nos casos citados, isso representará uma vulnerabilidade no sistema de segurança como um todo e que pode 
eventualmente vir a torná-lo muito fraco (3º conceito). Deverão ser tomadas medidas adicionais de segurança em torno dessa 
pessoa para diminuir essa vulnerabilidade (1º conceito). Cabe ressaltar que esse conceito deve permanecer sempre dentro dos 
limites da ética e da legalidade, como será visto mais adiante (13º conceito). 
 
7° - Os riscos devem ser agrupados e segredos divididos. 
Ainda lembrando os castelos medievais, agrupar-se os riscos permite uma segurança única como a que se fazia que em torno do 
torreão. Porém, da mesma forma que o senhor feudal guardava parte de seu tesouro escondido fora do castelo para evitar um 
desastre total no caso da chegada do agressor ao torreão, aquilo que pretendemos proteger deve ser fracionado, sendo decompostos 
em partes que, por si só, não tenham significado, e cada parte protegida por diferentes medidas de segurança. Dessa forma, caso 
um agressor tenha sucesso em quebrar sucessivas barreiras e tenha acesso ao que queremos proteger, terá acesso somente à parte 
do segredo. Para consegui-lo completo terá que quebrar outra seqüência de barreiras de segurança, o que diminui suas chances de 
sucesso. 
 
8° - Trancados ou não, os bens a serem protegidos devem estar sempre colocados sob uma responsabilidade bem definida. 
 
A melhor pessoa para proteger um bem é seu proprietário. Na falta de uma propriedade individual, deve haver uma 
responsabilidade individual pelo bem claramente definida perante a coletividade. Este conceito, juntamente com o 11º e 14º, 
remete ao gerenciamento de RH. Pessoas se tornam mais responsáveis quando recebem tarefas importantes e de confiança. 
 
9° - Tudo que serve para proteger um segredo é secreto. 
Um segredo deixa de ser segredo quando um potencial agressor toma conhecimento de que há um segredo, sendo atraído apenas 
por esse conhecimento. Deve-se, portanto, manter segredo de tudo que protege um segredo, de forma que outros não saibam nem 
mesmo que existe algo sendo protegido. Esse interessante conceito estabelece que a primeira opção da segurança será sempre não 
fazê-la de forma ostensiva para que agressores não saibam que algo está sendo protegido, o que significa que a primeira opção do 
profissional de segurança deve ser sempre atuar na área da segurança da informação, que por natureza é não-ostensiva. A 
segurança ostensiva, da qual a segurança física é parte, é sempre uma segunda opção e, mesmo esta, se deve buscar minimizar a 
aparência agressiva das barreiras aplicando-se primeiramente, por exemplo, a teoria de CPTED “Prevenção de Crimes por meio de 
Projetos”, que será vista mais adiante. Exceções à regra são os casos em que pela própria natureza da atividade, não há como 
esconder a existência de algo valioso. Exemplificando, caso um profissional de segurança seja chamado para garantir a proteção 
de algo esteja sendo criado na empresa, a primeira opção é sempre protegê-lo pelo segredo. 
 
10°- Todo sistema de segurança deve comportar, no mínimo, um elemento de surpresa para o agressor. 
Esse conceito complementa o 4º. Guardando-se o segredo de parte das defesas, o agressor será surpreendido por fatores 
desconhecidos e inesperados. As surpresas mais eficientes são aquelas que causam nervosismo, que fazem o agressor hesitar e 
perder tempo. Por exemplo, pode-se ostentar rondas de vigilantes e cães junto ao perímetrodefensivo, como forma de 
desencorajar possíveis agressores. Mas pode-se fazer segredo sobre um segundo sistema mais interiorizado de sensores de 
intrusão, que acionarão sirenes se ultrapassados e que causarão susto e hesitação ao agressor que tenha se planejado para passar 
apenas por vigias e cães. Como será visto mais adiante, esse conceito de elemento surpresa se aplica bem à segurança eletrônica. 
 
11°- As medidas de segurança jamais devem atrapalhar a marcha da empresa. 
Conforme o 1º conceito, não há proteção total. Mas é possível conseguir-se altos graus de proteção com medidas que se 
sobreponham. Porém, se tais medidas se tornam um entrave para o trabalho das pessoas, estas se sentirão saturadas e haverá a 
tendência de negligenciar a segurança, o que trará prejuízos à empresa. Esse é, como foi visto, o segundo conceito que se refere à 
RH. 
 
12°- A segurança deve ser compreendida, admitida e aprovada por todos. 
Ao contrário do senso geral, a segurança não é encargo apenas de especialistas. Para ser eficaz, deve contar com a cooperação de 
todos, pois é função do empenho e discrição de cada um individualmente e interage com o trabalho cotidiano. Esse conceito 
estabelece a importância do profissional de segurança dominar as técnicas de marketing e atuar agressivamente em endomarketing 
(“antes de vender um produto para seus clientes, precisa-se convencer os funcionários a comprá-lo”). 
 
13°- A defesa é sempre moral. 
A proteção só se justifica se for implementada respeitando-se a liberdade e dignidade da pessoa humana. Esse conceito envolve 
todos os outros. Não há segurança se ela não for moral e legal. Os prejuízos a médio e longo prazo causados por ações ilegais ou 
amorais sobrepujam em muito os ganhos de curto prazo que tais medidas podem trazer. Esse conceito nos remete também ao 
assunto “Ética Profissional”. 
 
14°- A segurança exige um entendimento harmonioso no interior da empresa. 
Esse é o terceiro conceito que remete à RH. Empresas com empregados descontentes são alvo fácil para aliciamento por parte de 
agressores. Um empregado descontente constitui um perigo em potencial para a segurança da empresa, e o profissional de 
segurança deve estar atento a isso. 
 
2.2 - Classificação Geral 
Vários autores classificam de várias formas a segurança física. Normalmente, tais classificações enfatizam os meios 
utilizados (humanos, animais ou técnicos) ou o modo como esses meios atuam. 
Os meios humanos são os denominados vigilantes. São caros em comparação com outros elementos de segurança e por 
isso já há algum tempo vem ocorrendo a gradual substituição de parte dos recursos humanos utilizados por equipamentos. Os 
animais, são utilizados principalmente cães de guarda treinados para o serviço de vigilância. Eles representam uma das formas 
mais econômicas de proteção física, pois um vigilante e um cão de guarda treinado podem substituir entre cinco e dez postos de 
vigilância, especialmente em locais espaçosos 
 
Classificação Geral 
 
Atualmente são utilizados principalmente cães de guarda treinados para o serviço de vigilância. Eles representam uma das 
formas mais econômicas de proteção física, pois um vigilante e um cão de guarda treinado podem substituir entre cinco e dez 
postos de vigilância, especialmente em locais espaçosos. 
Dentro da área tecnológica se encontram enquadrados os chamados Meios Técnicos de Segurança, que são todos os 
materiais, dispositivos e sistemas que podemos empregar ou implementar especificamente para a prevenção e proteção contra 
riscos e ameaças. Como a denominação abrange uma série extensa de artefatos inanimados, os autores dividem-na normalmente 
em meios eletrônicos e meios mecânicos. 
Meios eletrônicos são materiais, elementos, dispositivos e sistemas que utilizam as propriedades da elétrica ou da 
eletrônica – ou ambas – para prover proteção (Operados por energia elétrica). Já meios mecânicos são materiais, elementos, 
dispositivos e sistemas que utilizam as propriedades da mecânica para prover proteção (Operados manualmente). 
 
As defesas passivas são aquelas estáticas, que permanecem constantes haja ou não agressão. Um muro, por exemplo, 
estará sempre lá, haja risco ou não. E mesmo que uma agressão ocorra, o muro continuará lá, não alterando seu comportamento. 
As defesas ativas são aquelas móveis, que alteram sua configuração reagindo a uma agressão. Um portão que se feche 
automaticamente quando acionado o alarme de invasão é um exemplo de defesa ativa. Por fim, as defesas de inteligência são 
aquelas que possuem comportamento proativo, visando antecipar-se ao risco e evitar uma agressão. Normalmente atuam à 
distância, antes que o problema atinja a empresa Note-se que o termo “distância” aqui é utilizado em seu conceito mais amplo, não 
significando apenas distância física. Pode ser também distância temporal. Sendo assim, quando colocamos um empregado dentro 
da linha de produção com a tarefa de levantar uma possível ação futura de fraude, estamos atuando com uma defesa de inteligência 
na distância temporal, mesmo sendo fisicamente dentro da empresa. 
Quanto aos meios: 
1. Humanos 
2. Animais 
3. Técnicos: 
3.1 Eletroeletrônicos: Operados por energia elétrica 
3.2 Mecânicos: (Operados manualmente) 
 
Quanto à atuação: 
1. Passivos 
2. Ativos 
3. De inteligência 
 
2.3 - Teoria dos Círculos Concêntricos 
 
Calcada no princípio feudal europeu das sucessivas cinturas de proteção em torno de uma torre principal, essa teoria determina que 
um sistema de segurança deve estabelecer zonas 
(círculos de proteção) ao redor do objetivo. 
Ela não discrimina na verdade quantos 
círculos serão estabelecidos, mas sim qual o objetivo 
de cada um deles.Tem evoluído nos últimos tempos 
para uma “Teoria das Esferas Concêntricas” que, 
diferente dos círculos que consideram os perigos 
somente ao nível do solo ou próximos a ele, as 
esferas consideram também os perigos advindos do 
subsolo e do espaço. Isso significa que além de 
considerar possíveis ataques de ladrões que tentem 
ultrapassar as cercas de proteção, considera também 
a possibilidade de infiltrações por bueiros ou túneis 
escavados intencionalmente, bem como a 
possibilidade de invasão pelo ar, por pára-quedas, 
ultraleves ou asa delta, além da espionagem por 
satélite. 
 
 
2.4 – Compartimentação 
Caso as instalações que precisem ser protegidas cubram uma área física muito extensa, sua segurança como um todo pode 
não ser possível por questão de custos. Os custos podem ser diminuídos se a área for dividida em partes e as partes mais 
importantes e sensíveis possuírem proteção adequada. Essa técnica é conhecida como “compartimentação” e consiste em proteger 
várias áreas menores dentro de uma área maior. 
A partir desse conceito se pode também classificar as áreas segundo um critério de criticidade (neologismo que tem 
sentido de determinar quão crítica é uma determinada situação), ou seja, o quanto a violação dessa área interfere no negócio da 
empresa. Uma classificação muito usada hoje em dia utiliza cores para definir as áreas, conforme o quadro seguinte: 
 
COR CRITICIDADE ACESSO 
Branca Inexistente Livre acesso aos empregados e visitantes, sem muita necessidade de acompanhamento 
específico. 
Verde Baixa Acesso controlado. Poderá haver acompanhamento por CFTV ou pessoal dos 
transeuntes. 
Amarela Média Acesso restrito e controlado. Há algumas restrições sobre quem poderá acessar a área 
e sua permanência poderá ser acompanhada por CFTV ou pessoal. 
Vermelha Alta Acesso restrito. Há muitas restrições sobre quem poderá acessar a área e sua 
permanência deverá ser acompanhada por CFTV ou pessoal. 
 
2.5 – Acesso não autorizado 
2.5.1 - Entrada forçada 
A entrada forçada é o método mais comum para entradas não autorizadas. Portões, janelas e portas são especialmente 
vulneráveis a entradas forçadas, mas também podem ser realizadas através de paredes (especialmente as finas),pisos, telhados, 
clarabóias ou dutos de serviço ou ventilação. 
 
Mesmo quando uma invasão não tem sucesso, sempre haverá prejuízos. Se o agressor estiver convencido de que há 
tamanha segurança a ponto de se tornar um obstáculo desencorajador, o número de tentativas de invasão diminuirá. Pode-se 
conseguir este efeito por meio de avisos bem visíveis informando às pessoas sobre os sistemas de segurança – “CUIDADO COM 
O CÃO”, “PERIGO, CERCA ELÉTRICA” etc. 
 
2.5.2 - Entrada consentida 
O acesso não autorizado pode ser conseguido também sem o uso da força. Cadeados deixados desbloqueados, portas ou 
janelas deixadas destrancadas ou uso de chaves roubadas são os métodos mais comuns, normalmente com ajuda interna. 
 
2.6 - Controle de acesso de segurança 
É um dos pontos mais importantes na prevenção e proteção contra os riscos derivados das atividades anti-sociais. É hoje 
uma das áreas de segurança com maior índice de crescimento com uma oferta e uma demanda absolutamente crescentes. 
A maior parte dos problemas de controle de acesso vem de nossa cultura. Por exemplo, uma pessoa de terno bem 
alinhado e carregando uma pasta tipo 007 possivelmente poderá entrar na maioria das empresas sem muitos obstáculos, mesmo 
sendo um desconhecido. 
O primeiro passo para controlar quem entra na área da companhia ou sai dela, e aonde vão internamente ou de onde 
vieram e os motivos é criar um sistema efetivo que identifique as pessoas, mantenha o controle de seus passos internamente e que 
possa ser facilmente conhecido por todos – e reconhecido pelo pessoal da segurança em particular. Isso normalmente é conseguido 
por um sistema de crachás. 
 
2.7 – Crachás 
Há atualmente vários tipos de crachás, desde os mais simples e baratos de papel aos mais sofisticados e caros com 
microprocessadores. O que garante o sucesso do controle não é a sofisticação dos crachás, mas a capacidade do gestor de criar um 
processo simples de identificação que consiga a participação de todos os empregados, caso contrário qualquer que seja o tipo de 
crachá utilizado, e qualquer que seja seu custo, provavelmente não funcionará. 
Um sistema de crachás deve se apoiar na compartimentação (reunir ou separar em compartimento ou em compartimentos) 
das áreas. Sendo assim, qualquer que adentre a empresa, funcionário ou não, receberá um crachá que lhe garantirá o acesso à 
algumas áreas da empresa e a outras não. Uma forma simples e com algum uso atual é colorir os crachás nas mesmas cores das 
áreas de acesso. Se combinado com a pintura das portas de acesso e das paredes (ou pelo menos de faixas nas portas e paredes) 
com as mesmas cores, isso permite ao usuário do crachá a reconhecer as áreas em que pode entrar e a todo o pessoal da empresa – 
e a segurança em particular – identificar e informar sobre entradas não autorizadas. Crachás de visitantes e prestadores de serviço 
devem ser devolvidos na saída, bem como os dos empregados que deixem de trabalhar na empresa. Os crachás que dão acesso às 
áreas mais críticas devem receber maior atenção, principalmente visando evitar duplicações. 
Crachás eletrônicos apenas facilitam o trabalho, pois se houver, por exemplo, sensores de passagem nos portais da 
empresa, o controle de presença torna-se mais fácil. O uso da eletrônica não resolverá o problema de um sistema de controle mal 
desenhado. Pelo contrário, se o controle de crachás simples estiver ruim, a sua substituição por crachás eletrônicos possivelmente 
aprofundará o problema. 
 
2.8 – CPTED 
CPTED é um acrônimo, na língua inglesa, para Crime Prevention Through Environmental Design, “Prevenção de Crimes 
por meio de Projetos”. É uma abordagem multidisciplinar que busca reduzir o crime e a insegurança colocando lado a lado 
planejadores, projetistas, arquitetos e profissionais de segurança que trabalham para criar um clima seguro em de um ambiente, 
com projetos que eliminem ou reduzam o comportamento criminal e ao mesmo tempo encorajem as pessoas a manterem-se 
alertas, provendo segurança uns aos outros. 
 
"O próprio projeto e uso efetivo do ambiente construído podem conduzir a uma 
redução no medo e incidência de crimes, e a uma melhoria da qualidade de 
vida”. 
National Crime Prevention Institute – EUA 
 
A abordagem do CPTED torna a segurança menos agressiva para as pessoas, evitando o sentimento de "estar prisioneiro" 
naqueles que se pretende proteger. Além disso, é totalmente transparente aos usuários, permitindo que se consiga maiores graus de 
segurança sem que mostre que se está preocupado com a segurança, o que pode ser uma vantagem. 
Os princípios do CPTED podem ser aplicados de forma fácil e barata no construir ou remodelar. Em algumas 
comunidades que aplicaram os princípios de CPTED nos EUA a atividade criminal diminuiu em até 40 por cento. 
Historicamente, a ênfase da prevenção de crimes esteve na abordagem da dificultação (ato de dificultar) do acesso ao bem 
que se queria proteger por meio de dispositivos (fechaduras, sistemas de segurança, alarmes, equipamentos de monitoração etc) e 
processos (patrulhamento, legislação etc), estratégias de prevenção de crime que pretendem tornar o acesso ao objetivo do 
criminoso mais difícil, mas que podem também criar um sentimento de "estar prisioneiro". Esta abordagem tradicional tende a 
negligenciar a oportunidade para controle de acesso e vigilância natural. O CPTED coloca sua ênfase no "natural". 
 
2.8.1 – Origens 
1968, Jane Jacobs discutiu a interação do ambiente físico com seus habitantes e quão importante isto era para a vida e 
vitalidade de uma rua ou bairro no livro The Death and Life of Great American Cities. 
1969, o arquiteto Oscar Newman cunhou a expressão "espaço defensável" quando iniciou seu estudo sobre planejamento 
de moradias, associando a ele a percepção das pessoas que ali residiriam sobre segurança. O foco era de como aquelas pessoas se 
sentiriam em relação ao senso de propriedade - ou à sua falta (reforço territorial), e a relação disso com a atividade criminal. Parte 
de seu trabalho relacionou-se desde então ao projeto de uso de ruas residenciais como um fator impeditivo para o crime. 
 
1971, Clarence Ray Jeffery, criminologista norte-americano cunhou o termo Crime Prevention Through Environmental 
Design após estudar a relação entre o ambiente físico e incidência de crimes. 
 
2.8.2 - Princípios gerais 
a. Vigilância natural 
Considera a combinação de características físicas, atividades que serão desenvolvidas e as pessoas que as desenvolverão 
no local de tal modo sobre que maximize a visibilidade. O desenho da planta deve permitir que estranhos sejam facilmente 
observados por todos. Deve-se buscar a visibilidade sobre as pessoas, estacionamentos, entradas dos prédios (portas e janelas 
faceando ruas e estacionamentos), passeios de pedestres e iluminação adequada à noite. 
 
b. Reforço territorial 
Encoraja o uso de itens físicos – primordialmente barreiras naturais mas, se necessário, incluindo barreiras artificiais- que 
expressem propriedade. O desenho da planta pode criar ou estender a esfera de influência das pessoas. Os utilizadores 
desenvolvem então um senso de controle territorial que, quando percebidos por potenciais agressores, serve de fator de dissuasão. 
Devem ser definidos os limites da propriedade e tornar bem clara a distinção entre espaço público e privado, utilizando-se 
cercas-vivas ou outros métodos. 
 
c. Controle de acesso natural 
Busca a orientação física das pessoas indo e vindo em um espaço pela colocação judicial de entradas, saídas, cercaduras, 
ajardinados e iluminação. Nega-se o acesso aos locais que possivelmente poderão ser alvos de agressões e cria-se nos agressores 
uma sensação de risco. 
Consegue-se por meio de rotas, passeios e elementos estruturais que indiquem claramente a direção que as pessoas em 
geral devem seguir, desencorajando o acesso indevido a áreas privadas. 
 
d. Manutenção 
Deve permitir o uso continuadode um espaço para seu propósito planejado e servir como uma expressão de propriedade. 
Não se deve permitir qualquer redução da visibilidade de todos sobre o local ou obstrução na iluminação noturna. 
Alguns autores incluem o CPTED com parte integrante da teoria da Segurança Física, outros o consideram como um 
planejamento separado, que se insere após a análise do risco e antes do planejamento da segurança física propriamente dito. 
Porém, mais importante que discutir se CPTED pertence ou não à segurança física é compreendermos que sempre haverá estreita 
ligação entre a arquitetura do projeto e a segurança. 
 
2.9 - Triângulo do Roubo (Crime) 
 
É a teoria segundo a qual um ato ilícito somente ocorre 
se três fatores estiverem presentes, quais sejam: 
 
DESEJO = Está ligado a características culturais ou a efeitos da 
propaganda atuando no subconsciente do indivíduo; 
MOTIVAÇÃO = Está ligada ao raciocínio, à capacidade de 
planejar a ação; 
OPORTUNIDADE = Está ligada ao ambiente, à maneira como 
as coisas estão dispostas. 
 
Os dois primeiros fatores atuam internamente no ser humano e 
modificá-los torna-se uma tarefa difícil, pois lidamos com 
aspectos da psicologia humana. O terceiro fator é externo, 
ligado ao ambiente. Até bem pouco tempo considerava-se que 
o profissional de segurança atuaria somente sobre a 
OPORTUNIDADE. Atualmente, ea abordagem 
multidisciplinar, o profissional de segurança atua, em conjunto 
com outros profissionais de outras áreas tais como psicólogos e 
pedagogos, também sobre a MOTIVAÇÃO e, em uma escala 
menor, sobre o DESEJO. 
 
 
3.0 – Meios de segurança física. 
3.1 – Barreiras 
A segurança física utiliza um combinado de barreiras, cada uma com um propósito específico, o que inclui barreiras 
naturais e estruturais. 
- Barreiras naturais: São acidentes do terreno que por sua disposição natural impedem ou dificultam o acesso ou o trânsito na 
área da empresa. Podem ser um rio, montanha, alagadiço, encosta ou outro acidente geográfico que seja de difícil transposição. 
Observações: 
- Rios e fossos 
Seu valor como barreira está no grau de agravamento de suas margens e na violência de sua correnteza, impedindo que sejam 
transpostos com facilidade. 
- Alagadiços 
Seu valor reside no solo pouco firme, que dificulta e por vezes impede o movimento a pé. 
 
- Montanhas 
Podem ser visualizadas como barreiras dependendo da altura e do ângulo de inclinação de suas encostas. 
- Barreiras estruturais: São obras, permanentes ou temporárias, realizadas na empresa, não necessariamente com a única 
finalidade de prover segurança. Podem ser cercaduras, portas, janelas ou a parede ou uma outra construção que sirva à função de 
deter a entrada não autorizada. 
A criação de barreiras de proteção serve para: 
1°) Prevenir a entrada de pessoas e veículos de forma indesejada. 
2°) Prevenir saídas indesejadas. 
3°) Definir zonas de isolamento para áreas sensíveis. 
4°) Prevenir o acesso de pessoas a áreas restritas internas. 
Instalar barreiras não significa que sempre será necessário instalar cercas ou outros obstáculos, uma vez que por vezes a 
natureza nos provê barreiras mais eficientes. Por exemplo, uma barreira natural poderá ser um rio, montanha ou outro terreno 
difícil de ser atravessado por pessoas ou veículos. Construções também devem ser consideradas, como por exemplo, uma parede 
externa de um prédio. É importante notar que barreiras raramente por si só impedem a intrusão. A segurança se dá com o seu uso 
integrado. 
3.2 - Benefícios do uso de barreiras 
São quatro os benefícios do uso de barreiras: 
1°) Benefício psicológico. Uma barreira visível e que não seja fácil de ser transposta serve para desestimular entrada indesejada. 
Poucas pessoas sobem cercas altas e que tenham arame farpado no topo, principalmente sabendo que a área é patrulhada por cães 
ou seguranças. Normalmente, pessoas com intenção de roubar ou causar danos desistem frente a barreiras de proteção, 
reconhecendo que, mesmo que entrem, talvez não possam escapar. 
2°) Diminui a necessidade de pessoal de segurança e permite seu uso em atividades mais importantes. 
3°) Canaliza o fluxo de pessoas que entram e saem da empresa, uma vez que só poderão fazê-lo através de pontos estabelecidos e 
controlados pela segurança. 
4°) Causam confusão no invasor. Uma vez dentro da área da empresa, ele pode ser confundido por suas barreiras de proteção 
internas. Quando seu sistema de barreiras possui complexidade suficiente para causar confusão, a chance de um intruso sair da 
área sem ser visto torna-se baixa. 
 
3.3 - Cercaduras 
É o tipo de barreira estrutural mais utilizado. Normalmente são construídas em uma única linha, mas, quando for 
essencial o estabelecimento de maior grau de segurança, duas linhas de cercaduras podem ser instaladas no perímetro. Estas 
cercaduras devem ser separadas por distância não inferior a 4,5 metros e não mais de 45 metros para melhor proteção e controle. 
As cercaduras devem permitir passagens para execução de serviços, que terão no mínimo 25 cm de diâmetro, devendo ser 
protegidas para prevenir abertura não autorizada. A escolha da melhor cercadura depende da situação dos riscos que cada empresa 
está sujeita, bem como do orçamento da segurança. Sugere-se um estudo conforme o quadro abaixo: 
 
 
Tipo de cercadura 
Tempo de 
Instalação por m² 
Custo de 
Instalação por m² 
Manutenção 
periódica 
Facilidade de transposição 
por seres humanos 
Durabilidade 
no tempo 
Tela de arame Média Média Média 
Arame farpado Alta Alta Baixa 
Concertina Média Baixa Baixa 
Fio cortante Média Baixa Baixa 
Muro de alvenaria Baixa Baixa Alta 
Grade de ferro Baixa Média Alta 
Cerca viva Alta Alta Baixa 
 
Para melhorar a segurança de uma cercadura, os seguintes pontos devem ser considerados: 
1) Postes, árvores, caixas ou quaisquer outros objetos junto à cercadura podem ser utilizados pelo agressor para escalá-la. 
2) Escadas deixadas junto à cercadura são um convite aos invasores. Escadas fixas devem ter seu início protegido dentro de uma 
gaiola de metal, com porta fechada. 
3) Cercaduras conjugadas com a de outra propriedade, ou que se toquem em pontos específicos, representam perigo extra. Um 
invasor pode entrar na propriedade vizinha e depois invadir a propriedade que se quer proteger escalando ou abrindo a outra 
cercadura. 
4) Deve-se ter especial atenção quando a cercadura toca em outras edificações, pois poderá ser transposta a partir dos telhados 
vizinhos ou mesmo utilizando-se as janelas e outras saliências da edificação como apoio para a transposição. 
Os tipos mais encontrados são: 
 
Fio cortante. 
Enrolados com clipes de segurança. São tiras galvanizadas (chapas de aço inoxidável) combinadas com fio do núcleo, 
formando espirais contínuos de vários diâmetros, que são então cortados em conjunto com os grampos pesados. São utilizados em 
paredes ou muros, ou mesmo instalado com uma barreira sobre a própria para criar um perímetro de segurança eficaz. 
 
Tela de arame ou rede laminada. 
É o tipo de cercadura mais usado para propósitos de segurança. Provê o sistema permanente de melhor custo-benefício e 
sua eficiência aumenta com a introdução de arame farpado no seu topo. 
 
Uma vantagem deste tipo de cercadura é permitir a observação de ambos os lados. Sendo assim, folhagem ou outros 
materiais decorativos devem ser evitados, pois reduzem a visibilidade e auxiliam o invasor que, uma vez dentro, estará fora das 
vistas dos transeuntes. 
Devem ser construídas com no mínimo 2 m de altura e, no caso de cerca dupla, a segunda deve ter no mínimo 1,80 m. 
Sua trama não deve ter mais que 2,5 cm de abertura. 
De preferência, o arame de suas bordas superior e inferior não deve ser protegido, permanecendo pontiagudo e retorcido, 
criando o efeito de arame farpado, pois o risco de alguém inadvertidamente se cortar nas pontas é menor que o risco de permitir 
que algum agressorescale a cerca e ultrapasse-a com facilidade (pode-se também lançar arame farpado no seu topo como guarda 
superior, criando-se o mesmo efeito). 
Considera-se sempre a possibilidade de alguém lançar sobre a cerca uma lona, de forma a permitir escalá-la sem se ferir 
nas pontas dos arames do topo. 
Deve ser suportada por posteamento de metal ou concreto armado, preso em sapatas com 6 a 8 cm de profundidade e a 
tela deve ser rigidamente presa no posteamento. Para impedir que pequenos animais ou pessoas passem por baixo da cerca, a tela 
não deve estar a mais de 5 cm do solo, quando este for consistente e não possa ser cavado (cimento, pedra etc). Caso seja sobre 
terra ou outro solo não consistente, deve estar enterrada no mínimo 5 cm no solo. 
Deve ser pintada com alguma tinta não reflexiva, de forma a não permitir o reflexo da luz do sol. Em dias ensolarados, o 
reflexo do metal da cerca – principalmente cercas novas – podem cegar momentaneamente a vigilância, permitindo que um 
agressor não seja visto. 
Deve ser feita manutenção periódica, procurando pontos de ferrugem e locais onde a cerca se desprendeu do posteamento. 
O posteamento também deve ser testado para certificação de que continua firme, pois caso se solte a cerca cairá com ele. 
A distância entre postes deve ser de no máximo 2 m. 
 
Cerca de arame farpado 
Permitem a passagem de pessoas e podem ser facilmente cortadas. São efetivas quando a ameaça se resume a animais de 
grande porte. No Brasil não existe normatização versando sobre o assunto. 
Cerca de concertina 
A concertina foi desenvolvida pelas forças armadas norte-americanas buscando uma barreira de lançamento rápido. 
Lançada com estaqueamento em X, cria uma barreira de 90 cm, podendo ser lançada em duas camadas, uma sobre a outra, criando 
uma barreira de 1,80 m. Sua efetividade aumenta grandemente caso seja feito um lançamento triplo, com um estaqueamento sobre 
outros dois em paralelo, assumindo uma forma piramidal, conseguindo-se assim uma barreira de 1,80 m de altura por 1,80 m de 
largura, muito difícil de ser transposta. Cercaduras de concertina são muito úteis para uso temporário, como apoio enquanto se 
repara a cercadura original danificada. 
O arame farpado padrão para concertina é um rolo de arame farpado fabricado com aço muito forte, unidos intervalos 
regulares de maneira a formar um cilindro. Aberta, a concertina de arame deve ter 15 m de comprimento e 1 m de diâmetro. 
 
Cerca de fita farpada 
Muito parecidas com a concertina, possuem o mesmo uso. Por seu baixo custo, estão se tornando populares atualmente. A 
fita farpada é fabricada em uma tira de aço com uma resistência à quebra de no mínimo 230 Kg, a largura geral é 3/4" e tem farpas 
de 7/16” espaçadas a intervalos de 1/2" ao longo de cada lado. 
 
Muro de alvenaria. 
Tem grande uso. Possui a vantagem da durabilidade, além de poder acompanhar o estilo arquitetônico de todo o 
complexo, tornando-se menos agressivo às vistas. Pode ser feitos de tijolos, concreto armado, pedra ou similar e aumenta seu grau 
de segurança se possuir arame farpado, pregos ou vidro quebrado no seu topo. 
Não permite a visibilidade de dentro para fora e nem de fora para centro, o que pode ser uma vantagem ou uma 
desvantagem dependendo do que se pretende, pois sem visibilidade se ganha privacidade, mas uma vez que o agressor tenha 
transposto o muro não poderá ser observado por transeuntes nem por patrulhas policiais. 
Muros sempre apresentam aparência agressiva e o uso da hera (plantas trepadeiras) tem servido para torná-los mais 
sociais. 
 
Grades de ferro 
Também são duráveis, podem acompanhar o estilo arquitetônico do complexo e são devassáveis, isto é, permitem que se 
observe de fora para dentro e de dentro para fora. Normalmente são de alto custo. 
 
Cercas-vivas 
São utilizadas como cercadura, principalmente em casas, por sua beleza estética. O uso de plantas espinhosas pode 
desestimular o agressor. Há a necessidade de ser cuidada por jardineiro. 
 
3.4 - Material utilizado nas cercaduras 
Em geral são: 
- Aço, com fabricação básica de alta resistência em vários perfis. 
- Ligas ligeiras, com fabricação especial de alta resistência em vários perfis. 
- Concretos, com fabricação básica ou de alta resistência em perfis ou módulos de específico desenho e construção. 
- Madeiras, com fabricação especial em perfis reforçados de desenho e construção específicos. 
 
3.5 - Construção das cercaduras 
- Industrializada, com construção mediante o emprego de materiais ou perfis de caráter industrial, geralmente não específica. 
 
- Pré-fabricada, com construção mediante o emprego de materiais ou peças selecionados e preparados para obter módulos 
completos enlaçados. 
 
3.6 - Composição das cercaduras 
- Alicerce (ou base). Elemento estrutural, geralmente de concreto armado, que serve de base para colocação do posteamento. 
- Posteamento. Elementos estruturais, geralmente de perfis metálicos, que servem de sustentação e fixação das malhas e painéis. 
- Trama ou painéis. Elemento estrutural, geralmente de aço, que constitui a base de fechamento ou configuração da cercadura. 
- Elementos de fecho. Dispositivos de segurança que garantirão o ajuste e sustentação dos elementos e painéis fixos ou móveis. 
-Elementos praticáveis. Painéis, portas e dispositivos móveis ou fraturáveis que permitam a passagem através da cercadura. 
- Acabamento. Determinação do material e seu tratamento final de proteção. Pode ser: Galvanizado; Pintado; Plastificado e 
Inoxidáveis. 
 
3.7 - A guarda superior 
Uma guarda superior é uma projeção de arame farpado ou fita farpada ao longo do topo da cerca ou do muro, apontando 
para fora (ofensiva) ou para dentro (defensiva) e para cima em um ângulo de aproximadamente 45º. Os braços de suporte para a 
guarda superior devem ser fixados permanentemente no topo dos postes para aumentar a altura global da cerca em menos 30 cm, e 
três fios de arame farpado espaçados 15 cm devem ser colocados apoiados nos braços. 
Atualmente está ganhando força o uso da guarda superior com cercadura elétrica. 
 
3.8 - BDV 
Barreiras de detenção de veículos (BDV) são dispositivos de proteção que formam uma barreira compacta mediante 
barras ou fileiras de elementos e se dispõe para a detenção de veículos diante de invasão agressiva ou não autorizada. Este tipo de 
elemento pode ser utilizado tanto como um sistema de segurança que impeça invasões de veículos quanto como apoio ao controle 
de acesso. 
 
Tipos 
- Fixas ou fundeadas. Passivas, não acionáveis, de caráter estacionário e permanente. 
- Basculantes. Acionáveis que giram em um movimento de básculo sobre um eixo horizontal. 
- Ascendentes. Elementos verticais ou horizontais acionáveis que se elevam sobre o solo. 
- Extensíveis. Elementos pulsantes acionáveis manualmente que se estendem sobre o solo. 
Construção 
- Tradicional. Construção ou fabricação básica e generalizada. 
-Industrializada. Construção ou fabricação empregando equipamentos e sistemas de fechos de caráter industrializado. 
- Específica. Construção ou fabricação de caráter específico e diferenciado. 
Operacionalidade 
- Manual. Funcionamento mediante o acionamento pela força manual. 
- Semi-automática. Funcionamento mediante sistemas de acionamento de caráter elétrico ou pneumático controlados pela ação 
humana. 
- Automática. Funcionamento mediante sistemas de acionamento de caráter elétrico ou pneumático controlados sem a ação 
humana. 
Grau de segurança 
Determinado pelos seguintes parâmetros: 
- Tipo de veículo. Características técnicas, dimensões e funcionamento dos veículos que devem ser detidos. 
- Peso do veículo. Dimensionamento em toneladas do veículo mais a sua carga. 
- Velocidade de impacto. Dimensionamento em Km/h no ponto de impacto do veículo. 
- Conteúdo do veículo. Definição da carga passiva ou ativa do veículo. 
Espaço posterior percorrido 
É a limitação em metros do possível deslocamento do veículo depoisdo impacto na barreira. 
As barreiras de detenção de veículos têm uma dupla função. São empregadas contra a intenção de invasão não autorizada 
e como sistema de controle de acesso de veículos. Seu desenho e implantação permitem utilizá-la ostensivamente como um 
sistema de segurança dissuasório ou oculta como elemento de surpresa para o agressor. 
 
3.9 - Eclusas 
Eclusas. Como é designado o conjunto de elementos fixos e móveis (anteparas, biombos ou parede fina, divisória e portas) que 
formam um sistema de controle de acesso para pessoas, veículos ou objetos constituído por duas ou mais portas que não se abrem 
de uma só vez, não permitindo o contato direto entre duas áreas adjacentes. 
Classificam-se em função de: 
a) Manobra 
Refere-se à forma de ação ou movimento que realizam suas portas e partes móveis. 
a.1) Pivotante - O movimento de suas folhas realiza-se sobre um eixo vertical, lateral ou central. Pode ser tipo abatível ou 
giratória. 
a.2) Elevadiça - O movimento de suas folhas realiza-se em forma ascendente ou descendente. Tipo guilhotina. 
a.3) Deslizante - O movimento de suas folhas realiza-se horizontalmente para direita ou para esquerda. Tipo corredeira. 
b) Utilização 
b.1) Para pessoas - Dimensionadas para o controle de acesso de pessoas. 
b.2) Para veículos - Dimensionadas para o controle de acesso de veículos. 
b.3) Para objetos - Dimensionadas para o controle de acesso de maletas, valises, miudezas, correspondências etc. 
c) Fluxo 
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É o número de elementos que por unidade de tempo que poderão passar pela eclusa. 
d) Ordem de passagem 
É a seqüência de passagem dos elementos. 
e) Grau de segurança 
Refere-se ao nível de resistência a ataques que deve oferecer a eclusa. Sendo e eclusa um sistema, esse grau é determinado pelo 
menor grau de segurança dos elementos individuais que compõem a eclusa, os quais serão vistos mais adiante. 
f) Configuração 
Refere-se à forma arquitetônica na qual está constituída a eclusa. Pode ser: 
f.1) Linear - Forma de passagem em linha reta. Pode ser unidirecional ou bidirecional. 
f.2) Angular - Forma de passagem em linha quebrada (ou em ângulo). Também pode ser unidirecional ou bidirecional 
 
Equipamentos que compõem a eclusa 
Uma eclusa é um sistema de equipamentos que deve ser projetada para cada situação. Não há duas eclusas iguais. O 
desenho das eclusas está intimamente ligado aos diferentes parâmetros que intervém em sua definição e montagem, obtendo com 
isto diferentes tipos e modelos e sua correta adequação as necessidades de cada caso e circunstâncias. 
1) Estrutura. Elementos que constituem sua armação básica. 
2) Painéis. Elementos que constituem seu fechamento perimetral. 
3) Portas. Elementos móveis. 
4) Equipamento de vigilância. Elementos que permitem a observação da operação da eclusa (CFTV, espelhos de observação etc). 
5) Sistema de comunicação. Equipamentos de falar e escutar entre o interior e o exterior da eclusa. 
6) Sistema de detecção de presença. Equipamentos de detecção volumétrica ou detecção por passagem. 
7) Sistema de fechamento. Fechaduras para bloqueio manual ou automático de portas. 
8) Sistema de sinalização. Equipamentos de indicação do estado de portas e utilização da eclusa. 
9) Sistema de emergência. Dispositivos antipânico ou de abertura emergencial de portas ou painéis. 
10) Sistema radioscópico. Equipamentos de inspeção por raios-X para materiais, objetos, pacotes e pessoas. 
11) Compartimento de custódia. Locais seguros para objetos de passagem não autorizados. 
12) Sistema de controle de acesso. Leitoras de dispositivos para validação e autorização de passagem. 
13) Postos de controle geral. Locais com capacitação para centralizar o manejo e controle da eclusa. 
 
3.10 - Portões 
Portões são barreiras necessárias para o controle do tráfego de entrada e saída através da cercadura. São utilizados para 
impedir o acesso ou saída de veículos não autorizados. Quanto menos portões houver, maior a segurança, pois são pontos de 
vulnerabilidade na cercadura da mesma forma que portas e janelas são pontos de vulnerabilidade em paredes. Em geral são 
fechados com correntes e cadeados. O portão em uma cercadura deve ser tão alto quanto a cerca adjacente e as suas guardas 
superiores ser verticais para evitar problemas com seu movimento. 
São também exemplos de portões a cancela e o muro móvel. 
 
3.11 - Porta blindada 
Classificam-se por: 
1) Manobra 
Entendo-se como manobra a forma de ação ou movimento que realiza sua folha ou partes móveis. 
1.1) Portas pivotantes (apoiadas por pivôs). O movimento de sua folha é sobre eixo vertical, lateral ou central. 
1.1.1) Abatível (mais comum). 
1.1.2) Giratório em eixo lateral. 
1.1.3) Giratório em eixo central. 
1.2) Portas suspensas. O movimento de sua folha ou lâminas é sobre guias de deslizamento verticais 
1.2.1) Rígida. 
1.2.2) Lâmina. 
1.2.3) Guilhotina. 
1.3) Portas deslizantes. O movimento de sua folha é sobre guias de deslizamento horizontais. 
1.3.1) Reta. 
1.3.2) Tangente 
 
2) Material de defesa 
Entendo-se como material de defesa a aquele que faz parte de sua configuração ou fabricação e que se servem para sua proteção. 
2.1) Madeira – Material selecionado empregado como base estrutural e em peças maciças. A madeira deve ser dura e estratificada. 
2.2) Material metálico – Material empregado como base estrutural ou de painéis, em moldura ou lâmina. 
2.2.1) Aço tradicional. 
2.2.2) Aço de alta resistência. 
2.3) Material sintético – Material empregado como base estrutural ou de painéis e normalmente em lâminas rígidas ou flexíveis. 
2.3.1) Blindagem anti-maçarico – Material de diversas composições resistente à aplicação de calor direto. 
2.3.2) Blindagem anti-térmica – Material de diversas composições resistente à aplicação de elevadas temperaturas. 
2.4) Material combinado – Material empregado como base estrutural ou painéis onde a combinação de alguns materiais permite 
melhores graus de segurança. 
2.4.1) Concreto de resistência normal – Conglomerado à base de cimento que possui resistência característica do tipo básico, 
habitual e fácil de obter. 
2.4.2) Concreto de alta resistência – Conglomerado à base de cimento que possui resistência característica de tipo especial, pouco 
habitual e difícil de obter. 
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2.4.3) Concreto de fibras – Conglomerado à base de cimento e fibras plásticas ou metálicas que possui elevado grau de segurança 
ante o ataque. 
2.4.4) Armaduras tradicionais – Contorno de aço de resistência e formas habituais, normalmente utilizado em obras de construção 
e concretos armados estruturais. 
3) Composição. 
3.1) Batente de porta. Estrutura básica para sustentação da folha da porta e integração com a parede. 
3.2) Folha da porta. Elemento móvel que constitui a base do fechamento e alojamento dos materiais de defesa, dispositivos de 
fechamento e segurança. 
3.3) Sistema de ancoragem. Elementos ou dispositivos situados para sua adequada e eficaz integração entre os elementos da folha 
de porta e moldura e este ao batente. 
3.4) Grade interior. Elemento móvel que funciona como fechamento complementar e controle de acesso nos períodos em que a 
porta blindada permanece aberta. 
3.5) Sistema de fechos. Elementos fixos e móveis que constituem a base do fechamento e segurança das portas blindadas. 
3.6) Abertura motorizada. Mecanismo geralmente elétrico que permite o manejo do sistema de fechos em forma não manual ou 
remota. 
3.7) Fechadura. Elemento mecânico ou motorizado que constitui a base do acesso e segurança para a abertura e fechamento das 
portas. 
3.8) Retardador. Elemento mecânico ou motorizado que constitui a base do controle horário para a abertura das portas blindadas. 
3.9) Sistema de alarme. Dispositivo de segurança que, incorporado às portas blindadas, permite a detecção de ataque assim como 
transmite um sinal correspondente de alerta ou alarme. 
3.10) Sistema de bloqueio. Dispositivo de segurança que, incorporado ao sistema de fechos da porta blindada,provoca o bloqueio 
desta em caso de ataque mecânico ou térmico. 
 
3.12 - Porta interna 
Deve-se atentar para o fato de que uma porta fina e frágil, mesmo que tenha uma boa fechadura, poderá simplesmente ser 
ignorada e atravessada por um agressor. Uma porta sólida, de madeira ou de metal, é um investimento necessário. Molduras de 
madeira de pelo menos 10 cm ou de metal permitirão que haja segurança. Quando utilizando uma moldura de metal, deve-se ter o 
cuidado de que seja sólida, e não apenas o perfil, o que a tornaria frágil. Se for utilizado apenas o perfil, deve ser preenchida com 
cimento, de forma a resistir a impactos. Por fim, quando utilizando dobradiças para cadeados, as dobradiças devem ser fixadas de 
tal forma que os parafusos não fiquem expostos. 
 
3.13 - Janelas 
Elemento de fechamento principalmente exterior utilizado na arquitetura e na construção em geral e raras vezes é 
colocado segundo condições específicas de segurança. Seu emprego diante de invasão tem, em qualquer caso, planejamentos 
especiais. Sua função mais comum é a ocultação de vistas e a regulação da luz solar, mas pode vir a apresentar condições notáveis 
de segurança. 
Classificam-se por: 
a) Tipo de manejo 
Refere-se à forma de ação ou movimento que realiza o conjunto ou a parte móvel. 
a.1) Pregado (horizontal ou vertical). Movimento de seus painéis ou partes móveis de fechamento sobre eixos horizontais ou 
verticais agrupando-se ou pregando-se para sua abertura. 
a.2) Extensível. Movimento de seus painéis ou partes móveis de fechamento sobre eixos verticais agrupando-se para sua abertura. 
a.3) Enrolável. Movimento de seus painéis, lâminas ou partes móveis de fechamento sobre um eixo horizontal no qual se enrolam 
para sua abertura. 
a.4) Abaixável. Movimento de seus painéis ou partes móveis de fechamento sobre um eixo vertical lateral ou central sobre o qual 
giram para sua abertura ou fechamento. 
a.5) Deslizante. Movimento de seus painéis ou partes móveis de fechamento sobre guias horizontais ou verticais nas quais 
deslizam para a abertura e fechamento. 
b) Material 
b.1) Aços normais. 
b.2) Aços especiais. 
b.3) Materiais sintéticos. 
b.4) Madeiras. 
c) Acionamento 
c.1) Manual. Acionamento direto pelo ser humano sem nenhum tipo de mecanismo adicional para seu manejo. 
c.2) Mecânico. Acionamento por meio de dispositivo tipo mecânico. 
c.3) Eletromecânico ou eletromagnético. Acionamento por meio de dispositivos tipo eletromecânico ou eletromagnético. 
c.4) Pneumático. Acionamento por meio de dispositivos tipo pneumático ou ar-comprimido 
d) Funções 
São as possibilidades de uso que apresentam este tipo de fechamento. 
d.1) Proteção. Provê segurança perante diversas formas de ataque. 
d.2) Visão. Permite a vigilância ou observação direta. 
d.3) Ventilação. Permite a circulação do ar. 
d.4) Iluminação. Permite a entrada de luz natural ou artificial. 
e) Grau de segurança. 
São os níveis de segurança que podem oferecer as janelas. 
e.1) Resistente a ataque com elementos manuais. Resiste a ataques utilizando meios básicos como alavancas, pés-de-cabra, 
serras, tesouras de corte, martelos etc. 
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e.2) Resistente a ataque com equipamento mecânico. Resiste a ataques utilizando meios mecânicos ou eletromecânicos como 
talhadeiras, serras elétricas, tesouras de pressão etc. 
e.3) Resistente a ataque com projéteis ligeiros. Resiste a ataques utilizando de armas de fogo, de caça ou guerra com projéteis 
básicos ou especiais. 
e.4) Resistente a ataque com explosivos. Resiste a ataques utilizando materiais ou cargas explosivas para a abertura. 
3.14 - Fechaduras 
Quando se pensa em sistema de fechamento, é normal se esqueça das fechaduras. Fechaduras não podem ser consideradas 
como equipamentos simples que são adicionados às portas ou janelas como apêndices. Realmente, fechaduras que não sejam 
elementos definidos e desenhados para a segurança são apenas elementos decorativos e não de proteção. Porém, fechaduras devem 
ser parte de um sistema de fechamento cujo objetivo é atrasar a entrada ou a saída de um espaço por um período de tempo tal que 
permita a detecção do invasor. Esta é a função de um sistema de fechamento. 
São categorizadas como: 
Mecânicas – fechaduras com chaves, nos seus vários tipos. 
Eletromecânicas – fechaduras com cartões ou similares. 
Quase todos os tipos de fechadura operam por meio de uma chave, combinação numérica (segredo), cartões ou impulso 
elétrico. A maioria das fechaduras de chave (exceto cadeados) usa para seu funcionamento um mecanismo de travamento que se 
estende para além da fechadura, penetrando no receptáculo na moldura da porta. Para anulá-lo, pode-se utilizar uma chave que 
mova manualmente o mecanismo de volta em direção à fechadura. As lingüetas são empurradas por molas e são menos seguras 
que os mecanismos de travamento. Possuem um ângulo que permite seu deslizamento e fechamento na abertura da moldura da 
porta sempre que esta se fecha. A não ser que possua ranhura de segurança será necessário apenas um simples cartão plástico ou 
uma faca para empurrá-la de volta à porta. 
 
3.15 - Iluminação 
A iluminação permite que seu sistema de segurança continue operando durante a noite e permite que se mantenha um 
nível de proteção próximo ao nível existente durante o dia. Uma boa iluminação também funciona como um importante fator de 
dissuasão para desencorajamento de possíveis agressores. 
Não é comum a compreensão de que a iluminação de proteção sirva para outros propósitos além de dissuadir possíveis 
agressores. A falta de uma boa iluminação de proteção é causada por uma percepção falha de suas vantagens, principalmente seu 
baixo custo. Para compensar sua falta, aumenta-se o número de postos de vigilância e patrulhas móveis, o que é bem mais caro. 
A iluminação de segurança possui como características gerais: 
1º) É relativamente barato mantê-la. 
2º) Permite reduzir a necessidade de forças de segurança. 
3º) Permite proteção pessoal para a força de segurança reduzindo o elemento de surpresa para o intruso. 
4º) Requer menor intensidade que a luz de trabalho. 
O planejamento de um sistema de iluminação deve considerar a necessidade de luz a partir do perímetro externo, 
passando por áreas e benfeitorias sensíveis dentro da empresa e terminando nos locais de onde houver atividade noturna. 
Normalmente há menor necessidade de luz nas partes externas que nas partes internas da empresa, exceto nos locais onde haverá 
atividades tais como portões de entrada e locais de carga e descarga noturna. Pode também ser utilizado acoplado a um sistema de 
alarmes, gerando grande benefício para a segurança. 
A iluminação de proteção precisa justificar-se por ao menos um dos três motivos abaixo: 
1º) Desencorajar entradas não autorizadas na área da empresa. 
2º) Simplificar e garantir a detecção de intrusos que se aproximem ou tentem entrar em áreas protegidas. 
3º) Prevenir e detectar roubos internos ou outros problemas do gênero. 
O sistema de iluminação deve ter capacidade de continuar operando de forma eficiente durante períodos de baixa 
visibilidade tais como serração ou fortes chuvas. 
Há também a necessidade de luzes de emergência, iluminação reserva caso haja pane nas luzes principais, rotinas de teste 
e manutenção. 
Quando se inicia o planejamento de um sistema de iluminação de proteção ou avalia-se um sistema já existente, os 
seguintes pontos devem servir de guia: 
1º) Fazer uma lista com a descrição, características e especificações dos vários tipos de lâmpadas existentes. 
2º) Fazer uma pesquisa e levantar as características dos vários tipos de iluminação oferecidos pelo mercado. 
3º) Fazer alguns diagramas e definir quais as suas necessidades de iluminação, definindo altura, direção e espaçamento da 
iluminação. 
 
3.16 - Vigilantes 
Emprego de meios humanos. 
Podem ser próprios da empresa ou terceirizados, cada solução apresentando vantagens e desvantagens. 
Vantagens de vigilantespróprios: 
- Geralmente de melhor padrão, pois, eles recebem salários mais altos. 
- Geralmente prestam melhor serviço, pois se sentem como parte do negócio. 
- Podem ser treinados para dirigir alguns deveres de segurança mais complexos. 
- Apresenta menor rotatividade. 
- São mais familiarizados com as instalações que protegem. 
-Tendem a ser mais leais à companhia. 
Desvantagens de vigilantes próprios: 
- Custam mais caro. 
- Têm que ter substitutos disponíveis na própria empresa. 
Vantagem de vigilantes terceirizados: 
13 
- A empresa reduz seus problemas administrativos e de pessoal, reduzindo a carga sobre seu Departamento de Pessoal. 
- A empresa é aliviada das responsabilidades paralelas relacionadas à folha de pagamento. 
- A empresa transfere para a contratada a responsabilidade de programar e supervisionar o pessoal da vigilância. 
- A contratada é capaz de fornecer vigilantes extras em curto espaço de tempo quando necessário. 
- A contratada assume os riscos da responsabilidade civil. 
Desvantagens de vigilantes terceirizados: 
- A empresa perde parte de seu controle sobre a qualificação dos vigilantes. 
- Objetivando a redução de seus custos, a contratada pode dar treinamento falho aos vigilantes. 
- Também objetivando a redução de seus custos, a contratada pode utilizar empregados de baixo salário e, por conseguinte, de 
baixa qualidade profissional. 
- Os vigilantes terceirizados não apresentam lealdade para com a organização. 
- Podem apresentar elevado índice de rotatividade, o que inviabiliza qualquer programa de treinamento implementado pela 
empresa. 
- Podem não estar familiarizados com a planta. 
 
3.17 - Cães de Guarda 
Seu uso vem crescendo ultimamente, pois os custos envolvidos na aquisição, alimentação e treinamento de cães são bem 
mais baixos que o custo agregado dos vigilantes que eles podem substituir. Também eliminam a necessidade de extensas cercas 
iluminadas, uma vez que cães de guarda preferem estar na penumbra, apenas com a iluminação natural da lua ou luzes refletidas à 
distância. 
Apresentam grande vantagem no uso em áreas sujeitas à serração ou fortes chuvas, que reduzem a visibilidade humana, 
mas não ofuscam os sentidos dos cães. Vale ressaltar que os cães podem distinguir entre vários tipos de ruído a uma grande 
distância, pois sua acuracidade auditiva é vinte vezes maior que a acuracidade humana e sua acuracidade visual é dez vezes maior 
que a humana, não obstante não distinguirem cores e não poderem focar em um objeto específico. 
Os cães imprimem também ao sistema de segurança um forte fator dissuasório. Para o invasor, saber que na escuridão um 
cão feroz o espreita é no mínimo inquietante. 
Os mais apropriados são os da raça Dobermann, Pastor Alemão e Rottweiler. 
- Inconvenientes 
Para que possa ser efetivo no serviço, um cão deve obedecer a somente uma pessoa, o que obriga a maior planejamento 
por parte do Departamento de Pessoal. Normalmente, a empresa deverá ter mais de uma equipe de cães, cada uma com seu 
“dono”, por assim dizer. Quando esse “dono” estiver no seu turno de vigilância, sua equipe estará com ele e as outras estarão 
descansando no canil. 
Cães não possuem a capacidade de decisão inerente aos humanos. Mas possuem grande agressividade natural e elevada 
capacidade de detectar movimento, sons e odores, mesmo na escuridão. Um bom planejamento deve prever um trabalho em 
equipe, no qual o uso desses fatores de força do animal sirva para aumentar a capacidade de detecção, decisão e reação dos seres 
humanos encarregados da vigilância. 
Por fim, cães necessitam de um grande esforço de treinamento. Mas se treinados para tal e bem posicionados, poderão 
detectar um intruso antes que ele atinja os limites externos da empresa, mesmo no escuro. 
Emprego de cães 
Antes de decidir sobre o uso de cães de guarda, o profissional de segurança deve levar em consideração alguns fatores. 
- Presença de distúrbios externos. 
A efetividade dos cães de guarda possui uma grande dependência da ausência de distúrbios externos. Cães de guarda 
detectam movimentos, sons e odores estranhos, e isso os faz alarmar a presença de invasores, ou seja, alguém que não está ali 
normalmente. Sendo assim, eles devem ser utilizados em ambientes controlados, ou seja, que não varie de forma difusa. O local 
deve ser livre de variações descontroladas de movimento, sons e odores para que o animal possa perceber que a variação vem de 
um invasor. Quando utilizados em áreas onde tais variações ocorrem, o cão notará todas elas e não saberá distinguir quando um 
invasor se aproximar. Nessa situação, seu valor como cão de guarda se limitará ao efeito psicológico de dissuasão. 
- Visibilidade reduzida e escuridão. 
Cães de guarda são mais efetivos quando utilizados à noite, em áreas escuras – não em áreas iluminadas ou durante 
períodos de visibilidade reduzida. Cães ficam especialmente alerta quando na escuridão, pois aguçam seus sentidos de audição e 
olfato, os quais são suas melhores ferramentas para a detecção de invasores. Se utilizados de dia ou em áreas iluminadas devem 
patrulhar por rotas alternativas que busquem as sombras ou permanecer em pontos escuros de onde possam vigiar a área a ser 
protegida. Por fim, caso seja necessário que se exponham em áreas iluminadas, mesmo não sendo seu uso ideal do ponto de vista 
técnico, sua exposição aumentará o efeito psicológico de dissuasão sobre potenciais invasores. 
- Vento, terreno e clima. 
De todos os elementos naturais a serem considerados, o vento é o mais importante. Saber a direção dominante e sua 
velocidade afeta sobremaneira a forma de se planejar o uso de cães de guarda, pois se deve utilizar o cão onde ele possa usar o 
vento a seu favor para aumentar sua capacidade de detecção. Isso se torna crítico, pois afeta os dois principais sentidos do animal, 
o olfato e a audição. Sendo assim, o melhor uso do fator vento consiste em planejar o uso do cão de forma que ele possa receber o 
vento vindo da área a ser vigiada. 
Da mesma forma o terreno e suas benfeitorias podem, se bem que em menor escala, interferir no olfato e audição dos 
cães, na medida em que podem desviar o sentido original dos ventos e distorcer e difundir os sons de tal forma que se tornará 
muito difícil para o cão definir o local exato da origem dos cheiros ou dos sons, dificultando que ele localize o invasor. 
As condições climáticas extremas tais como chuva torrencial, frio intenso, ou ventos muito fortes também devem ser 
consideradas, pois tendem a reduzir a capacidade de detecção dos cães. 
Em tais condições, o uso de rotas alternativas de patrulha onde o animal possa estar mais abrigado. 
É razoável considerar que os cães suportam exposição às intempéries da mesma forma que os humanos, e que também as 
mesmas conseqüências. Sendo assim, sob condições extremas, da mesma forma que o homem deve se proteger deve proteger 
14 
também os cães. Por exemplo, sob frio intenso, da mesma forma que os vigias devem se agasalhar deve-se considerar a 
necessidade de agasalho para os cães, inclusive calçados, caso tenham que caminhar sobre geadas. 
- Turno de trabalho. 
Normalmente o turno de trabalho dos cães deve ser de quatro horas por quatro de descanso. Caso se queira planejar 
turnos maiores, normalmente os cães se cansam e perdem o interesse em seis horas. Ainda assim, quando o vento, o frio ou o calor 
se torna por demais agressivo, é prudente uma redução no turno de forma a evitar animais cansados e desinteressados na ronda. 
Na figura temos um exemplo de planejamento de uso de cães de guarda. 
 
4.0 – Planejamento de Segurança Física 
Numa visão mais ampla, o planejamento da segurança física visa atingir o propósito de proteger bens e pessoas, 
prevenindo, coibindo ou neutralizando ações de agentes agressores que venham a interferir na rotina da empresa. Devemos 
arquitetar nossas ações com a finalidade impedir o avanço dos agentes agressores. 
Antes de seiniciar um planejamento de segurança física, há necessidade de se definir: 
1) Quais os ativos que vamos proteger (O que protegeremos)? 
2) A que riscos esses ativos estão sujeitos (Quanto protegeremos)? 
Há também a necessidade de se determinar o grau de risco ao qual o que deve ser protegido está exposto. Uma empresa 
localizada em área urbana de alta criminalidade e possui itens de alto custo para proteger precisará de mais segurança que uma 
empresa na área rural, onde seja baixa a criminalidade, e que produza, por exemplo, parafusos. 
Normalmente (mas não obrigatoriamente) o planejamento se faz apoiado na teoria dos círculos concêntricos. 
Consideraremos primeiramente a segurança de perímetro. Esta será a primeira linha de defesa contra as invasões. A 
segurança de perímetro é tipicamente composta fossos ou por cercaduras, apoiada em iluminação, CFTV e patrulhas. Em alguns 
casos, especialmente áreas urbanas, as paredes dos prédios são o perímetro e suas portas e janelas seus acessos. O tipo de barreira 
física que será utilizada como primeira linha de proteção dependerá do que se pretende proteger. Por exemplo, proteger um prédio 
em área urbana difere significativamente de proteger uma fábrica no campo. 
Para o planejamento de uma segurança de perímetro, os seguintes fatores devem ser considerados: 
1°) Sempre que houver um planejamento de perímetro, ele precisa estar de acordo com a visão geral do Plano Estratégico da 
empresa e do Plano Tático de Segurança. 
2°) Perímetros de segurança precisam ter uma relação custo-benefício favorável. Quando o plano for apresentado, certamente 
alguém perguntará “Que tipo de retorno teremos com esse investimento?”. 
3°) Muito embora quanto menor o número de entradas no perímetro de segurança mais segura ele fica, seu planejamento não deve 
interferir negativamente nos negócios nem na execução do Plano de Evacuação de Emergência. Fazer segurança significa 
aumentar o grau de proteção para as pessoas e equipamentos, e não aumentar o risco. 
4°) Perímetros de segurança têm efeito psicológico sobre invasores em potencial. Eles sinalizam para os de fora – e para os de 
dentro também – que há medidas para impedir invasões. 
5°) Mesmo com uma boa segurança de perímetro, a possibilidade de uma entrada não autorizada não deve ser desconsiderada. 
6°) Se são encontrados invasores dentro da propriedade, houve fragilidade do perímetro de segurança. Essa fragilidade deve ser 
encontrada e corrigida. 
7°) O perímetro de segurança deve servir como uma primeira linha de uma série de defesas. 
8°) Mercadorias sempre poderão ser atiradas por sobre cercas ou através de janelas. Uma enorme variedade de coisas sempre 
poderá ser surrupiada por pessoas a pé ou em veículos legalmente dentro da propriedade. 
9°) O perímetro externo de um prédio, principalmente em áreas urbanas, normalmente são suas paredes externas. 
10°) Zonas limpas. Para permitir vistas livres, os dois lados de uma cercadura deverão estar limpos, sem obstáculos. Deve existir 
uma zona vazia de 6 metros ou mais entre a barreira de perímetro e as estruturas de exterior, áreas de estacionamento, 
características naturais ou benfeitorias feitas pelo homem. Da mesma forma, deve existir uma zona vazia de 15 metros ou mais 
entre a barreira de perímetro e as estruturas internas. Em caso de cercas duplas, o intervalo entre elas também deve ser 
suficientemente grande que impeça que uma cerca seja utilizada como apoio para ultrapassar a outra. 
11°) Barreiras perimetrais estão todo o tempo expostas ao público externo. Deve-se cuidar bem da sua aparência, bem como da 
aparência do pessoal das patrulhas e das guaritas. 
12°) Barreiras perimetrais devem ser inspecionadas periodicamente, em períodos curtos. Não se deve esperar encontrar um invasor 
na ante-sala para saber que a cerca está rompida. 
Após considerarmos a segurança perimetral, passaremos para o segundo círculo, tipificado aqui pelo sistema de fechamento. O 
propósito básico de um sistema de fechamento é obstruir entradas não autorizadas em locais já dentro do perímetro da empresa. 
Tentativas de entrada em lugares não autorizados – protegidos – ocorrem normalmente pela porta ou pela janela, tanto externas 
quanto internas e sistemas de fechamento devem deter o acesso não autorizado de pessoas de dentro ou de fora da empresa. 
Um sistema de fechamento é composto por: 
1) A abertura em que a porta será inserida, e seus materiais adjacentes. 
2) A moldura que é inserida nesta abertura. 
3) A porta, janela, portão ou similar e o material que o constitui. 
4) As dobradiças. 
5) A maçaneta e sua lingüeta, ou outro dispositivo similar. 
6) O cilindro-mestre. 
7) O mecanismo de travamento. 
Todas as partes do sistema de fechamento devem receber a mesma atenção. 
Se em um sistema de fechamento tem um de seus itens especificado de forma tal que forneça alto grau de segurança, mas outros 
itens não o acompanham no mesmo grau, não surte o efeito esperado e perde-se trabalho e dinheiro. 
Atualmente fechaduras apresentam alto grau de sofisticação em relação à segurança oferecida, mas os outros materiais não. Sendo 
assim, erros são comuns. 
15 
Por fim, passamos à terceira linha de proteção, a proteção interna. A terceira linha de proteção é aquela que visa o controle interno 
de acesso e é composta por cofres, armários, porta interna, salas fortes e similares. 
 
4.1 - Iniciando o plano 
Baseado em um diagnóstico e uma análise de risco, o plano tem como finalidade principal, propor soluções para a 
diminuição dos riscos levantados. 
Iremos então dimensionar os meios humanos, animais e técnicos a serem utilizados para alcançar nossos objetivos. 
O plano deve estar bem alinhado com a política e objetivos da empresa para que possamos atingir resultados não só 
eficazes e eficientes, mas também efetivos. 
É interessante iniciar apresentando o conceito à alta direção da empresa mostrando as conseqüências para a empresa caso 
o sistema produtivo seja atacado e uma visão histórica de fatos ocorridos em outras empresas – ou na própria empresa. 
Após a apresentação das medidas propostas se deve apresentar de forma honesta à direção que tipo de problemas as medidas de 
segurança poderão causar na produtividade e, comparando-se tais problemas com as conseqüências de possíveis ataques ao 
sistema produtivo, uma honesta análise do custo/benefício de tais propostas – que deve ser favorável à segurança, pois se não for 
não de deve sequer iniciar a apresentação das propostas de segurança. O plano deverá retratar todas as preocupações que o 
executivo de segurança deve ter com relação à aplicação dos recursos adequados, além da descrição das normas e procedimentos 
que as equipes de segurança desempenharão através das normas de cada posto de serviço, respeitando-se as particularidades 
existentes em cada setor. 
Para que isso aconteça, se faz necessário que todos os envolvidos com a segurança, estejam bem treinados e integrados 
com o ambiente de trabalho. 
 
4.2 - Fatores importantes na elaboração do plano 
Primeiro passo: 
- Saber atividade principal da empresa; 
- Saber as metas e condicionantes do Plano Estratégico da empresa e do Plano Tático de 
Segurança. 
- Conhecer a geografia da região; 
- Conhecer a planta da empresa; 
- Conhecer o entorno da empresa (proximidade de aeroportos, vias principais, córregos de água, fontes de distribuição de energia, 
comunidades etc); 
- Relacionar o histórico das ocorrências em outras empresas que residem na área; 
- Conhecer as benfeitorias da empresa, inclusive internamente; 
- Identificar os pontos vulneráveis (diagnóstico); 
- Levantar os riscos (análise de risco). 
Após isso: 
- Identificar as barreiras necessárias (muros, cercas, portões, controle dos acessos, iluminação etc.), considerando o 
aproveitamento das barreiras naturais; 
- Estabelecer postos de segurança (humana ou animal); 
- Estabelecer pontos e controles de acesso; 
- Estabelecer procedimentos;- Levantar efetivo necessário; 
- Levantar materiais e equipamentos a serem utilizados; 
- Calcular o custo; 
- Em função do orçamento, reajustar se for necessário. 
- Alinhar os possíveis problemas que as medidas de segurança poderão causar (por exemplo, aumento do tempo de carga ou 
descarga, aumento do tempo necessário para os empregados entrarem ou saírem da empresa etc.) 
Devemos dar especial atenção aos pontos de maior sensibilidade numa organização que são: 
- Controle de acesso, circulação e perímetros; 
- Controles internos e identificação; 
- Áreas restritas, armazéns e estacionamentos; 
- Áreas de carga e descarga. 
 
4.3 - Esboço de um Plano Operacional de Segurança Física 
 
1. Propósito. Explicita o propósito do plano de forma clara que não permita dúvidas. 
2. Área de segurança. Define as áreas, prédios e outras estruturas consideradas críticas e que mereçam proteção, bem como a 
prioridade para sua proteção. 
3. Medidas de controle. Estabelece restrições para o acesso e movimento nas áreas críticas. Essas restrições devem ser listadas 
para pessoal, veículos e carga. 
a. Controle de pessoal. 
(1) Área. Define controles referentes a cada área ou estrutura considerada individualmente 
(a) Autorização de acesso. Quem a possui e emitida por quem. 
(b) Critério de acesso para: 
i. Empregados da empresa. 
ii. Visitantes. 
iii.Vendedores. 
iv Pessoal de manutenção. 
v Pessoal contratado para trabalhos específicos. 
16 
vi Outros. 
(2) Identificação e controle. 
(a) Tipo. Descreve o sistema a ser utilizado em cada área. Se for utilizado um sistema de crachás, deve conter uma descrição 
completa sobre todo os aspectos relativos ao acesso de pessoal nas diversas áreas da empresa e como os crachás permitirão sua 
visualização rápida. 
(b) Aplicação. Deve incluir regras específicas para cada caso baixo. 
i. Empregados da empresa. 
ii. Visitantes. 
iii.Vendedores. 
iv. Pessoal de manutenção. 
v. Pessoal contratado para trabalhos específicos. 
vi. Outros. 
b. Controle de material. Deve-se ter em mente que a área de segurança não define normas na área contábil ou fiscal. A segurança 
controla se as normas definidas nessas áreas por quem de direito na empresa estão sendo seguidas para evitar perdas por 
recebimentos ou liberações indevidas. 
(1) Entrada de material. 
(a) Recebimento. Define normas de segurança a serem observadas para recebimento de material e suprimentos de modo rotineiro. 
(b) Controle. Define normas e responsabilidades a respeito da inspeção de segurança sobre o material que entra na empresa, 
incluindo toda a documentação necessária para o aceite. 
(2) Saída de material. 
(a) Carregamento. Define normas de segurança a serem observadas para o carregamento de produtos de modo rotineiro. 
(b) Controles. Define normas e responsabilidades a respeito da inspeção de segurança sobre o material que sai da empresa, 
incluindo toda a documentação necessária para a liberação. 
(3) Casos especiais. Define normas de segurança a serem observadas para o recebimento ou carregamento não usuais, em áreas 
livres ou restritas. Define também a responsabilidade a respeito da inspeção e liberação, documentação necessária e outros. 
Normatiza a procura e inspeção de material caso haja indícios de ameaça, neste caso específico sempre de acordo com a legislação 
vigente. 
c. Controle de veículos. 
(1) Frota da empresa. Define normas para o controle da utilização dos veículos da empresa. 
Note-se que as normas para a utilização em si não são definidas pela área de segurança da empresa, mas pela logística ou outra 
área equivalente. A segurança controla apenas o uso determinado para evitar perdas por utilização indevida. 
(2) Veículos particulares dos empregados. Define normas para controle de entrada, revista e saída dos veículos particulares dos 
empregados da empresa. A revista só poderá ser realizada se de acordo com a legislação vigente. 
(3) Veículos de vendedores, visitantes, contratados e outros veículos. Normas para controle de entrada, revista e saída, sendo a 
revista sempre de acordo com a legislação vigente. 
(4) Normas para o controle da entrada de veículos em áreas restritas. 
(a) Veículos particulares dos empregados. 
(b) Frota da empresa. 
(c) Veículos de emergência. 
(d) Veículos dos vendedores, visitantes, contratados e outros veículos. 
d Política e procedimentos para registro de veículos. A política de autorização de entrada de veículos de empregados da 
empresa não é, a princípio, definida pela área de segurança, mas pela área de RH. Aqui essa política é explicitada e são definidas 
normas para seu cumprimento. 
4. Implementação da segurança. Indica de que forma os seguintes itens de segurança serão implementados dentro da área da 
companhia. 
a. Barreiras de proteção. 
(1) Definições. Descrição de que barreiras estruturais serão criadas ou barreiras naturais serão aproveitadas, com o propósito de 
cada uma. Deve-se ter atenção para o fato de que barreiras de segurança incluem cercaduras, mas não somente cercaduras. Inclui 
também portas, janelas, armários, cofres e todo mais que retarde a ação do agressor que já tenha penetrado em qualquer dos 
círculos de proteção. 
(2) Zonas Limpas. 
(a) Critério. Define os critérios utilizados para a definição da largura de cada zona limpa junto às barreiras e o propósito de cada 
uma. Define também, no caso específico das cercaduras, se poderá haver ou qual o tipo de tráfego de pessoas, animais ou veículos 
permitidos ou aceitáveis, e em que situações. No caso de portas, janela e similares define se poderá haver trânsito ou aglomeração 
de pessoas nas suas proximidades. 
(b) Manutenção. Define critérios para a necessidade de manutenção de cada zona limpa tais como altura máxima que a grama 
pode alcançar, tipo de material cuja presença seja inaceitável na zona limpa (escadas ou martelos, por exemplo) etc. 
(3) Sinalização. 
(a) Visual. Define tipo de placas, avisos, faixas etc, seu tamanho, cores, dizeres, locais de colocação e em que direção. 
(b) Auditiva. Define avisos, que podem ser sistemáticos ou não, no sistema de som interno, sirene etc. 
(4) Portas, janelas e portões. 
(a) Abertura e fechamento. Inclui horário para abertura e fechamento, responsabilidade por seu fechamento, pela verificação do 
fechamento após o expediente e pela sua abertura. Possui também instruções sobre o claviculário, sua localização, seu uso e 
responsabilidade, sobre o recebimento das chaves, sua guarda e sua entrega. Deve conter instruções claras sobre quem está 
autorizado manter chaves próprias de diferentes setores da empresa consigo, sobre quem está autorizado a receber quais chaves no 
claviculário, autorizado por qual autoridade e sob quais circunstâncias (por exemplo, alguém pode estar autorizado a receber uma 
chave em dias de trabalho, mas não em feriados). 
17 
(b) Requisitos de segurança. Define o tipo e o material a ser utilizado e o motivo – sempre ligado à segurança. Portas, janelas e 
portões devem proporcionar o mesmo grau de segurança que as cercaduras, armários ou paredes nas quais eles se inserem. 
(c) Travas e fechaduras de segurança. Define também o tipo e o material a ser utilizado. 
Deve-se ter em mente que as travas e fechaduras devem proporcionar o mesmo grau de segurança que os portões, portas 
ou janelas aos quais pertençam. 
 
b. Sistema de Iluminação de Proteção. 
(1) Localização, utilização e controle. Define os locais onde será utilizada a iluminação de segurança, suas características e o que 
se pretende com sua utilização. 
(2) Inspeção. Define rotinas e responsabilidades para a inspeção da iluminação. 
(3) Ação a tomar em caso de falta de energia. 
(4) Ação a tomar em caso de falha no sistema de geração de energia de emergência. 
(5) Sistema de iluminação de emergência. 
(a) Fixo. 
(b) Portátil. 
 
c. Sistema de detecção de intrusão. 
(1) Localização, utilização e controle. Define os locais onde serão utilizados, suas características e o que se pretende com sua 
utilização.

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