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Alimentos Funcionais para Fins Especiais Edulcorantes Conceito → EDULCORANTE OU ADOÇANTE: são aditivos de baixa caloria que proporcionam sabor doce aos alimentos ↳ RDC Nº 18 de 24/03/2008 dispõe sobre “Regulamento Técnico que autoriza o uso de aditivos edulcorantes em alimentos, com seus respectivos limites máximos” → São utilizados para dietas com restrição de nutrientes, como monossacarídeos e/ou dissacarídeos → Segundo a ANVISA, existem dois tipos de adoçantes, um dietético e outro não dietético, no entanto, ambos são formulados para conferir sabor doce aos alimentos e bebidas: ⦁ DIETÉTICOS: possuem doçura, mas não levam sacarose na composição; feitos especialmente para pessoas com dietas especiais como restrição de carboidratos simples ou emagrecimento – exemplo: diabéticos; Possuem um poder de adoçamento muitas vezes muito maior que o açúcar de cana (açúcar comum) ↳ É produzido a partir de edulcorantes, substâncias naturais ou artificiais responsáveis pelo sabor doce ⦁ NÃO DIETÉTICOS: têm como base a sacarose (açúcar de cana) como principal elemento – exemplo: blend (o blend melhora as características sensoriais e palatabilidade, e remove o sabor residual → ADOÇANTE DE MESA: é produto formulado para conferir sabor doce aos alimentos e bebidas; não é indicado para diabéticos ↳ Podem conter em sua composição, além do edulcorante, veículos específicos como: sacarose, frutose, entre outros, previstos em regulamentos técnicos específicos → AÇÚCAR LIGHT: não é adoçante, é uma combinação do açúcar refinado com adoçantes artificiais ↳ O açúcar light tem normalmente 25% a menos das calorias do açúcar comum Características → Os edulcorantes possuem alta concentração de SÓDIO ↳ Sabe-se que não se deve ultrapassar a ingestão de 2300mg/dia, sob o risco de sofrer com problemas como retenção de líquidos, inchaço, insuficiência renal, perda de densidade óssea, desidratação, pedras nos rins e alterações na pressão arterial → O alto consumo de adoçantes pode levar a diarreia, inchaço e excesso de gases intestinais em algumas pessoas → Adicionado a este fato, substâncias que possuem CLORO em sua composição têm sido ligadas ao aumento do risco de câncer e também podem interferir no metabolismo do iodo – pessoas que possuem problemas na tireoide devem evitar o uso de Sucralose → Alguns edulcorantes possuem utilização técnica além do seu poder adoçante, por exemplo, os póliois podem ser utilizados para manter a umidade em produtos como bolos e pães Classificação dos edulcorantes → Quanto ao processo de obtenção → NATURAIS ⦁ Frutose ⦁ Esteviosídeo ⦁ Sorbitol ⦁ Manitol ⦁ Xilitol → ARTIFICIAIS OU SINTÉTICOS ⦁ Aspartame ⦁ Ciclamato ⦁ Sacarina ⦁ Sucralose ⦁ Acessulfame-K → Quanto as calorias → CALÓRICOS ⦁ Sorbitol – presente na ameixa, cereja, maçã e pêssego ⦁ Manitol – presente nos vegetais ⦁ Xilitol – extraído da celulose ⦁ Lactose – açúcar do leite ⦁ Frutose – açúcar das frutas ⦁ Maltodextrina – extraída do milho → NÃO CALÓRICOS ⦁ Ciclamato ⦁ Sacarina ⦁ Acesulfame-k ⦁ Steviosídeo ⦁ Sucralose ⦁ Aspartame – exceção à regra: apesar de calórico, na dosagem recomendada tem calorias desprezíveis, por causa do seu poder de adoçamento ↳ É importante lembrar que os edulcorantes não calóricos podem possuir algumas calorias, apesar de praticamente DESPREZÍVEIS → Quanto a intensidade do dulçor Edulcorantes naturais → FRUTOSE ⦁ Está naturalmente nas frutas e no mel ⦁ É um adoçante natural extraído de frutas e de alguns vegetais como milho ⦁ Apresenta 4 kcal/g e provoca cáries ⦁ É duas vezes mais doce que a sacarose (açúcar refinado) ⦁ Quando submetida ao calor a frutose derrete, porém mantém o seu sabor ⦁ Não é recomendada para diabéticos – apesar de não necessitar de insulina, em excesso pode aumentar os níveis de lipídeos plasmáticos (colesterol total e LDL-c) ⦁ O seu alto poder adoçante torna a frutose um adoçante pouco calórico, uma vez que são necessárias dosagens pequenas para atingirmos um sabor adocicado. → STÉVIA ⦁ Presente da natureza – planta ⦁ O extrato doce da stévia é chamado steviosídeo ⦁ Seu princípio doce, o glicosídeo ⦁ 30 vezes mais doce que açúcar de cana ⦁ Não tem calorias e ainda é diurética – entretanto, seu excesso pode causar diarreia ⦁ Muito indicada aos diabéticos ↳ O nosso organismo não absorve a stévia, desta forma, a insulina não é produzida – assim, é recomendado aos diabéticos, e além disso pode-se reduzir inflamações ligadas ao pico de produção de insulina e diminuir o armazenamento de gordura no sangue ⦁ É atóxico ⦁ After taste amargo causa pouca aceitabilidade ↳ A indústria o associa outros adoçantes artificiais como ciclamato e sacarina (blend) para melhorar o sabor residual ⦁ É substituto da sacarina ⦁ Ao contrário de outros adoçantes sintéticos, é estável ao calor e a diversos níveis de pH, além de não caramelizar como o açúcar → SORBITOL ⦁ Encontrada na natureza em frutas e em alga marinhas ⦁ Apresenta poder adoçante 50% menor do que a sacarose – baixo poder edulcorante ⦁ Possui 4 kcal/g ⦁ Pessoas com diabetes descompensado não devem consumi- lo pois pode aumentar nível de colesterol ↳ Sorbitol não é aconselhável a pacientes obesos e diabéticos mal controlados, ao ser absorvido se transforma em frutose no organismo – frutose é transformada em glicose no fígado, mas como o processo é lento, não altera significativamente a glicemia ⦁ É estável ao calor – boa estabilidade ⦁ Em combinação com outros adoçantes (acessulfame-K, aspartame, ciclamato sacarina ou esteovídeo) é usada na fabricação de biscoitos, chocolates, gomas, refrigerantes, doces sem açúcar ⦁ Não contribui para a formação de cárie dentária → MANITOL ⦁ Encontrado em vegetais e algas marinhas ⦁ Possui um poder adoçante 45% menor do que a sacarose ⦁ É bastante estável às altas temperaturas ⦁ Apresenta 2,4kcal/g e é utilizado em combinação com o sorbitol na indústria alimentícia ⦁ É diurético – é utilizado em exames como colonoscopia → XILITOL ⦁ Encontrado em plantas, frutas e vegetais – como uva e morango; como alface, cebola e cenoura ⦁ É também produzido em pequena quantidade pelo corpo humano (5 a 15 g/dia) ⦁ É tão doce quanto o açúcar pois possui a mesma capacidade adoçante ⦁ Não provoca cáries pois não é utilizado pelas bactérias ↳ Ele tem o poder de inibir o crescimento da bactéria “Streptococcus Mutans”, reduzindo assim a formação de cárie ⦁ No Brasil é utilizado em: em gomas de mascar, balas, confeitos, xaropes, creme dental, enxaguatório bucal, fio dental, chicletes e adoçantes ⦁ É produzido industrialmente a partir de fontes celulósicas como casca de árvores entre outros ⦁ É metabolizado independentemente da insulina, podendo ser consumido sem restrições por diabéticos ⦁ Não existe nenhuma restrição de idade para seu uso e ele é permitido inclusive para grávidas ⦁ Dá umidade em produtos de panificação → XILITOL, SORBITOL E MANITOL: esses adoçantes obtidos pela redução da glicose (sorbitol) e frutose (manitol) e também pela hidrogenação da xilose (xylitol) tem sido amplamente empregados pela indústria na produção de goma de mascar e balas, já que não causam cáries ↳ São adoçantes calóricos sendo que cada grama contém 4 kcal Edulcorantes artificiais ou sintéticos → SACARINA ⦁ É extraída de um derivado do petróleo, o ácido sulfanoilbenzóico ⦁ Apresenta um poder adoçante 200 a 700 vezes maior que o açúcar da cana (sacarose) ⦁ A sacarina não é metabolizada, e é excretada sem alterações pelo organismo. ⦁ Possíveis efeitos colaterais: por fazer parte de uma classe de compostos conhecidos como as sulfonamidas, a sacarina faz mal por causar reações alérgicas em algumas pessoas ↳ Reações como dor de cabeça, dificuldade para respirar,diarreia e problemas de pele ⦁ Muitos pesquisadores acreditam que a sacarina não deve ser usada em crianças e mulheres grávidas, inclusive pela possibilidade de alergias ⦁ Sozinha, tem gosto residual amargo e metálico e, por isso, é normalmente associada ao ciclamato ⦁ É estável a altas temperaturas, podendo ser utilizada em preparações quentes ⦁ De acordo com o National Cancer Institute dos Estados Unidos, não existem evidências científicas consistentes de que adoçantes artificiais com venda aprovada possam ser causadores de câncer – estudos foram feitos apenas em ratos → ACESSULFAME-K ⦁ É um sal de potássio sintético produzido a partir de um ácido da família do ácido acético ⦁ Poder de doçura 180 a 200 vezes maior que o açúcar ⦁ Sabor residual semelhante a glicose ⦁ O organismo o absorve, mas não o metaboliza, é eliminado tal como é ingerido ⦁ É estável em altas temperaturas e isso facilita sua utilização em preparações com forno e fogão ⦁ Alguns aspectos estruturais similares ao da sacarina, porém sem o sabor metálico → CICLAMATO ⦁ Extraído a partir de um derivado do petróleo, o ácido ciclo hexano sulfâmico ⦁ Poder adoçante que supera em 30 vezes o da sacarose (açúcar comum) ⦁ Alguns estudos o associaram ao aumento do risco de câncer de bexiga em ratos – estudos foram feitos apenas em ratos ⦁ Deve ser evitado por hipertensos devido ao sódio ⦁ Apresenta um sabor próximo do açúcar, mas com residual amargo ⦁ É um dos adoçantes mais baratos do mercado e é muito utilizado pela indústria, principalmente de refrigerantes dietéticos → SUCRALOSE ⦁ Único adoçante artificial não calórico derivado do próprio açúcar, por isso é o adoçante cujo gosto mais se assemelha a ele ⦁ Ela é produzida a partir da molécula do açúcar, mais precisamente substitui- se uma parte da molécula do açúcar por cloro ⦁ É cerca de 600 vezes mais doce que a sacarose ⦁ Reconhecido como seguro para a saúde, estável em ampla faixa de pH e temperaturas elevadas ⦁ A Sucralose é recomendada pela Associação Americana de Gravidez, pois não afetam a quantidade de açúcar no sangue ⦁ Pessoas que possuem problemas na tireoide devem evitar o uso de Sucralose, pois contem Cloro em sua composição e este pode interferir no metabolismo do iodo → ASPARTAME ⦁ O aspartame é obtido a partir de 2 aminoácidos naturais presentes em vários alimentos, o ácido aspártico e a fenilalanina ⦁ Sabor semelhante ao da sacarose, sem apresentar residual amargo ⦁ Instabilidade fora da faixa de pH de 3 a 6, especialmente em temperaturas de 70°C ↳ O aspartame perde sua doçura quando submetido a altas temperaturas – sugere-se que seja utilizado em alimentos e líquidos após a retirada do fogo. ⦁ É CONTRAINDICADO para os portadores de fenilcetonúria (incapacidade do organismo de metabolizar a fenilalanina), uma anomalia rara que geralmente é diagnosticada no nascimento (teste do pezinho); pelo mesmo motivo, também se desaconselha o uso por grávidas ⦁ Algumas notícias associaram o uso do aspartame ao aparecimento de tumores, mudanças de humor, perda de memória entre outros malefícios tem assustado as pessoas., entretanto, não existem comprovações científicas até o momento de que o aspartame cause qualquer anomalia ↳ Os estudos mostram que somente um consumo muito além do normal poderia provocar efeitos no sistema nervoso. Por isso, a OMS sugere uma quantidade limite de ingestão, e isso vale para qualquer adoçante artificial ⦁ Até o momento os estudos mostrem que o aspartame é seguro para consumo → NEOTAME ⦁ Novidade na área de edulcorantes, aprovado no Brasil em 2008 ⦁ É derivado da fenilalanina e do ácido aspártico ⦁ Poder adoçante de 7.000 a 13.000 vezes a mais que a sacarose ⦁ Não apresenta contra indicação para portadores de fenilcetonúria como é o caso do aspartame ⦁ Tem gosto bastante parecido com o açúcar comum e não possui sabor residual ⦁ É parcialmente absorvido no intestino delgado e rapidamente metabolizado e excretado nas fezes e urina. ⦁ Uma quantidade insignificante de metanol é liberada durante a metabolização do neotame e menos de 20% da fenilalanina originada da ingestão deste é liberada no plasma, o que permite a utilização por indivíduos fenilcetonúricos → TAUMATINA ⦁ A taumatina consiste em uma proteína vegetal natural composta por uma sequência de 207 aminoácidos; presente principalmente na fruta Katemfe ⦁ Trata-se da substância mais doce da natureza, em média 3 mil vezes mais doce que o açúcar ⦁ Diversos estudos científicos e toxicológicos demonstram a inocuidade da Taumatina à saúde do homem ⦁ Reconhecida como GRAS, a Taumatina é o único edulcorante intenso sem limite máximo de uso e pode ser utilizada por todos os grupos populacionais, sem restrições Ingestão Diária Aceitável (IDA) → Os edulcorantes, como todo aditivo, têm seu uso permitido de acordo com legislação pertinente → O JECFA e o FDA especificam o limite de cada edulcorante em termos de IDA (Ingestão Diária Aceitável), que servem como referência mundial Contraindicações dos adoçantes → ACESSULFAME-K ⦁ Contraindicado em deficiências renais que necessitam limitar a ingestão de potássio ⦁ Permitido para diabéticos → ASPARTAME ⦁ Contraindicado para fenilcetonúricos, gestantes e lactentes ⦁ Permitido para diabéticos → CICLAMATO ⦁ Contraindicado para hipertensos → SACARINA ⦁ Contraindicado para hipertensos → STÉVIA ⦁ Não há contraindicações pois é atóxico e seguro para o organismo → FRUTOSE ⦁ Contraindicado para quem estiver com excesso de TG → LACTOSE ⦁ Contraindicado para pessoas com alergia/intolerância ao leite e seus derivados ⦁ Pode ter efeito laxativo → MANITOL ⦁ Se consumido em excesso, pode ter efeito laxativo → SORBITOL ⦁ Acima de 70g/dia tem efeito diurético e laxativo ⦁ Permitido para diabéticos → XILITOL ⦁ Não favorece a formação de cáries → SUCRALOSE ⦁ Atóxica à reprodução e crescimento infantil ⦁ Permitido para diabéticos → MALTODEXTRINA ⦁ Contraindicado para diabéticos por conter glicose, dextrose e diversos açúcares Utilização de blends → As empresas estão utilizando os blends: ⦁ Maior sinergia entre os edulcorantes ⦁ Potencialização do poder edulcorante em função da união/sinergia das propriedades individuais ⦁ As melhores características são preservadas ⦁ Menor ingestão diária de edulcorantes ⦁ Melhor percepção sensorial Dose certa ⦁ Os adoçantes são seguros se utilizados na dose correta, de forma não exagerada ⦁ Como eles possuem um poder de doçura maior que o açúcar, uma pequena quantidade já é o suficiente para dar sabor a alimentos e bebidas ⦁ Crianças não devem utilizá-los, a lactose presente no leite e a frutose das frutas e sucos já garantem um bom suprimento de carboidratos ⦁ A OMS sugere uma quantidade limite de ingestão dos adoçantes artificiais, sendo que o cálculo deve ter por parâmetro o peso corporal da pessoa ↳ A ingestão diária aceitável (IDA) é expressa em mg por quilo de peso corporal e significa a quantidade de edulcorantes máxima permitida diariamente por toda a vida sem causar danos à saúde ↳ Basta multiplicar a dose diária pelo peso (kg) → Qual é melhor, açúcar ou adoçante? E qual deve ser utilizado? – Nenhum dos dois ↳ A indicação de adoçantes é realizada para pacientes com patologias que restringem ou proíbem o consumo de açúcar como hipertrigliceridemia (aumento de triglicerídeos) e diabetes → AÇÚCAR: é considerado um ingrediente “natural”, não é um aditivo, porém seu consumo excessivo está cada vez mais associado a obesidade, DCV e diabetes, além de favorecer a formação de cáries → Não existem fundamentações científicas que indique que os adoçantes têm efeitos danosos sobre a saúde, mas a OMS recomenda alternar os tipos de adoçantesa fim de evitar um possível efeito cumulativo dos edulcorantes ao longo dos anos (SBD, 2003)
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